sábado, 14 de junho de 2014

A enganosa cruz nazista.


Chefe da propaganda Joseph Goebbels falando na Lustgarden em Berlim. O mestre de psicologia de massa ajudou Hitler a moldar a Alemanha em uma inclinação maciça para resistir às forças aliadas.

Hitler se tornou ditador de um país que era, ao menos nominalmente, cristão. Ele se viu diante do desafio de fazer com que milhões de pessoas desistissem de sua fé em Deus e em Cristo. O cristianismo não foi exatamente descartado, mas substituído pelo “cristianismo positivo”, que poderia coexistir tranquilamente com o nazismo. Como muitas nações cristãs de hoje, ele acreditava que o cristianismo deveria abrir mão de seu caráter singular, para que a cruz pudesse unir-se a outras ideologias. Ele não podia suportar os cristãos que adoravam unicamente a Cristo, portanto limitou o livre exercício da expressão religiosa á esfera espiritual ainda menor.

Esse foi exatamente o tipo de controle que os legisladores da constituição americana tentaram evitar. Quando eles aprovaram a Primeira Emenda (“O Congresso não poderá formular nenhuma lei estabelecendo uma religião, e tampouco proibir seu livre exercício”), pensavam estar protegendo a liberdade religiosa, garantindo que o povo pudesse viver livremente sua fé. Compreendiam que essa frase significava que:

1)  O Congresso (ou Estado) não deveria interferir nas práticas religiosas.

2)  Nenhuma igreja nacional será estabelecida, à qual todos seriam obrigados a pertencer. 

Nas mãos de um grupo de reformadores de elite, essa emenda está agora sendo distorcida de forma que faria seus autores estremecerem.  Atualmente, as cores interpretam, com freqüência, a liberdade religiosa como liberdade da religião. Em vez de separar a igreja da interferência do Estado, o significado agora é que as práticas religiosas deveriam ser removidas do Estado. Forças poderosas estão tentando desarraigar todos os vestígios da influência cristã, reescrever a história americana expulsar Deus do setor público.

Nos EUA, sempre que chega o mês de dezembro, os advogados da ACLU saem a campo. Estão sempre prontos a ameaçar qualquer distrito ou cidade que ouse exibir presépios, como ficam ansiosos por calar os alunos que quiserem cantar canções natalinas durante uma apresentação escolar. 

Essas são reminiscências da Alemanha de Hitler: “Noite Feliz” deve ser substituído por “Rodolfo, a rena do nariz vermelho”, o Natal deve ser rebatizado como Solstício de Inverno e Cristo deve deixar o caminho livre para Papai Noel.

Hitler fez com que os livros escolares alemães fossem reescritos, para alinhá-los com o nacional-socialismo; da mesma forma, os livros escolares americanos são revisados a fim de apagar nossa herança cristã e estimular valores humanistas.  Seja na China , seja na Alemanha nazista, a premissa é a mesma: a religião não pode ser praticada corporativamente nas esferas que pertencem ao Estado. Uma vez que essa premissa esteja firmada, o passo seguinte é expandir os poderes do Estado para invadir diretamente a livre prática religiosa, até mesmo na “esfera espiritual”.

As semelhanças entre a Alemanha nazista e os EUA podem não ser tão evidentes, mas só quem for cego para as realidades que nos cercam poderá negar que esse relatório da Alemanha de Hitler significa um alerta sinistro para muitas nações cristãs de hoje e, incluindo os EUA.

O objetivo não é banir a religião cristã, mas obter o controle total – a completa submissão das igrejas aos caprichos morais e despóticos do governo político.

Essa intrusão dos tribunais na esfera espiritual continuará. Á medida que as nações cristãs escorregam para o paganismo, a igreja sofrerá pressões para realizar rituais não pertencentes as suas crenças. As pregações contra as doutrinas heréticas serão definidas como “violência verbal”.  Novas leis que proibirão as pessoas de testemunhar sobre Jesus nos mercados e até mesmo pelo rádio serão aprovadas. Um Estado hostil, se não puder extinguir a mensagem da cruz, tentará mesmo assim abafá-la.

Sob novas diretrizes os símbolos religiosos, como crucifixos ou Bíblias, podem ser declarados ilegais sob essas novas diretrizes. Na verdade o povo será orientado a deixar para trás sua crença mais estimada quando for para o trabalho.  Podemos dizer, como os cristãos na Alemanha nazista,  que o que “se espera é que a igreja definhe até desaparecer”.

“Na verdade, os planejadores sociais liberais querem que nos renda-mos, assim como querem que façamos a promessa de fechar a boca e guardar nossos pontos de vistas para nós mesmos.”

quinta-feira, 12 de junho de 2014

A Questão do Paleoíndio e as tradições culturais



A Questão do Paleoíndio
Pedro Ignácio Schmitz

As periodizações locais e regionais no Brasil apresentam algumas controvérsias por se basearem em diferentes pressupostos, métodos ou dados.

Para que possamos nos localizar no tempo e no espaço faremos abaixo uma tabela de comparação entre os nomes das periodizações usadas de uma forma geral e os nomes americanos aproximadamente correspondentes:

Periodização Geral

Periodização Americana

Paleolítico
(Inferior, Médio e Superior)
Período Lítico
(Pré-Pontas e Paleolíndio)
Mesolítico
Período Arcaico
Neolítico
Período Formativo

Conceitua-se Paleoíndio a cultura que possui os seguintes elementos: populações que teriam vivido predominantemente da caça de megafauna, sítios principalmente de matança, artefatos identificadores usados como facas, raspadores e raspadeiras, ambiente frio e seco, populações  pouco numerosas, dispersa e nômade. O Período Arcaico por sua vez caracteriza-se por uma cultura de adaptação ao clima pós-glacial e que buscava novos recursos alimentares de forma geral e diversificada.

O nome Tradição Itapirica criado pelo PRONAPA, a partir de material da Bahia, designa um complexo tecnológico que data cerca de 9.000 à 6.500 anos a.C, sendo que em alguns lugares teria alcançado datas mais recentes, predominantemente dentro do Holoceno mas com elementos paleoíticos que ultrapassavam o período e talvez o ambiente característico do Pleistoceno, daí a ideia de chama-lo de Paleoíndio Defasado.

Nesses sítios a alimentação era baseada na caça generalizada e no consumo de produtos vegetais, sua localização se dava  em abrigos rochosos, grutas e cavernas. Esta cultura arqueológica também se estende em Goiás de 9.000 a 6.000 a.C.

A fase Paranaíba, de Goiás caracteriza-se por uma cultura arqueológica em que as pontas de projétil estão ausentes, não podendo assim ser chamadas de Pré-pontas. Atualmente pesquisas  ainda nos revelam que as culturas arqueológicas dos caçadores das savanas tropicais têm como identidade a unifacialidade de seus artefatos.

A dúvida que resta é que esses materiais não contêm elementos paleolíticos suficientes para adequar- se ao conceito de Paleoíndio no Brasil Central.

Pré-história da Região do Parque Nacional Serra da Capivara
Anne-Marie Pessis

O Parque Nacional Serra da Capivara localiza-se no sudeste do Estado do Piauí. O clima da região hoje é semi-árido mas em épocas pré-históricas predominava um clima tropical úmido que se estendeu até cerca de 12.000 anos atrás, permitindo o desenvolvimento de uma grande vegetação.

Existem evidências de que a presença humana nesta região  remota 50.000 anos dado que autora nos mostra seguir a mesma linha de raciocínio da arqueóloga Niède Guidon. Por outro lado há também evidências da presença humana no sítio arqueológico Monte Verde que datam 33 mil anos. Ainda não é possível precisar as vias de penetração do continente nesse período, nem construir teorias que expliquem o processo do povoamento americano.

Comprova-se através de vestígios que durante milênios essa região teria uma única cultura material . Possuíam como habitação lugares abertos próximos a fontes de água independentemente do grau de nomadismo ou sedentarismo. Foram encontradas nas paredes do Parque Nacional uma grande quantidade de pinturas rupestres com representações de animais muito diversificadas.

A partir de 10.000 anos as transformações climáticas afetaram a sobrevivência dos grupos humanos, as populações ali instaladas desde o Pleistoceno iniciaram um novo período cultural que perdurou de 12 mil á 3.500 anos AP ( Tradição Nordeste e Agreste).

A Tradição Nordeste (12 mil a 6 mil anos AP) desenvolveu uma cultura material mais aperfeiçoada se comparada com seus antecessores. Aparece o uso de instrumentos feitos de sílex que eram mais duráveis, surge  o polimento do material lítico, introduzindo o uso da queima da argila para fabricação de cerâmica. Sua característica mais importante é a arte rupestre marcada por três estilos baseados na organização social dos grupos da Tradição Nordeste:

1 Estilo Serra Capivara: pinturas homogenias relacionadas com a vida, caça e mitos.
2 Estilo De Transição Serra Talhada: o aumento da população gerou variedades de grupos e rivalidade entre eles fato testemunhado pelos temas violentos nas pinturas.
3 Estilo Serra Branca: os grupos da Tradição Nordeste já tinham suas características étnicas bem diferenciadas e procuravam expressar essa diferença pintando ornamentos próprios de sua etnia.

A Tradição Agreste (10.500 a  3.500 anos AP) esse povo surge na região do Parque Nacional com uma cultura diferente, sua técnica de arte rupestre era grosseiramente pintada.
Em 3.500 anos aparecem os primeiros agricultores ceramistas na região.

Os mais Antigos Caçadores-Coletores do Sul Do Brasil
Pedro Augusto Mentz Ribeiro

Os mais antigos caçadores-coletores da região sul do Brasil, seriam os componentes da Tradição Umbu e Humaitá. Devido as paisagens abertas e fechadas encontradas no sul brasileiro, afirma-se que a Tradição Umbu e Tradição Humaitá apresentam traços característicos peculiares a cada uma delas, o que lhes diferencia.

Permanecem discussões sobre qual das duas tradições teria sido a primeira a penetrar na América e no sul do Brasil. Mas através das datações obtidas, acredita-se que a primeira teria sido a Tradição Umbu na qual encontrava-se nesta área em torno de 12.000 a 7.000 anos AP, sendo que a Tradição Humaitá só chegaria ao sudeste do Paraná e ao nordeste do Rio Grande do Sul a partir de 7.000 anos AP. Entretanto, não dispõem-se de dados, que poderiam referir-se aos caminhos percorridos por ambas tradições antes de chegar ao sul do Brasil.

Tradição Umbu

Os habitantes que formaram essa tradição conviveram com uma fauna extinta composta por tatu- gigante, tigre-dentes-de-sabre, mastodontes e etc.

A cultura material desta tradição, está dividida em :

I Período – O mais antigo, que vai de 6.000 à 11.500 anos AP, ocorreu no sudoeste e na encosta do planalto sul do Rio Grande do Sul.

II Período – Datado de 6.000 AP, a cultura material irá surgir na encosta do planalto, centro e leste do Rio Grade do Sul.

III Período – Datado de 6.000 AP até mais ou menos a época da conquista, 575, já será possível encontrar em toda a região a indústria pré-cerâmica Umbu.

O que vai indicar um aumento populacional e uma melhor adaptação ao meio ambiente, será a sofisticação na tipologia de pontas, os aterros nas áreas alagadiças, a adoção de cerâmica e o aumento de sítios arqueológicos com grande quantidade de material.

Foram os únicos a ocuparem áreas alagadiças, que no verão propiciaram melhor coleta de moluscos e caça de rãs, cuícas e etc.

Utilizavam a técnica de lascamento e polimento para obter seus instrumentos líticos, dominavam o lascamento por percussão direta  e indireta (bipolar) e pressão.

A Tradição Umbu possui como material característico a pedra lascada (furadores, raspadores, pré-formas bifaciais, facas bifaces), pedra utilizada (bigorna, polidores), pedra matéria corante (fragmentação de laterita com e sem sinais de utilização), ossos (furadores, agulhas, anzóis), dente (canídeo, tubarão) e as conchas que eram utilizadas na fabricação de discos de colar.

A arte rupestre encontrada no sul do Brasil, são atribuídas aos portadores desta tradição, quase todas estas manifestações são encontradas na encosta dos planaltos, foram produzidas utilizando a técnica de alisamento e picoteamento. Usam motivos geométricos, bimorfos (pegadas) e puntiformes.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Arqueologia do Paraná


Ponta. Altamirado Paraná.
                     
Arqueóloga Dra. Claudia Inês Parellada
Museu Paranaense

A atual exposição do Museu Paranaense podem ser observados vestígios relacionados a diferentes ocupações humanas, a partir de 12.000 anos atrás,  no atual território paranaense. Na visita faz-se uma grande viagem no tempo e no espaço por cerca de mil peças arqueológicas dispersas em vitrines, dioramas e contextualizadas com painéis e maquetes.

São peças provenientes de diversas regiões do Paraná, e que procuram iluminar ainda mais o passado. Trata-se de uma exposição resultante de um grande quebra-cabeças científico, no qual as pesquisas possibilitam a incorporação de novos materiais, e que o visitante pode percorrer e viajar pelo tempo...

Os primeiros povos, os paleoíndios, chegaram ao Paraná há mais de doze mil anos, vindas das terras altas do centro e oeste sul-americano: áreas andinas e amazônicas, encontrando aqui um clima diferente do atual, mais frio e seco, com a vegetação predominante de campos e cerrados.

Estes povos conviveram com animais da megafauna, como a preguiça gigante, o mastodonte e o tigre dente-de-sabre, fazendo grandes pontas de projéteis, e caçando também aves, pequenos mamíferos e roedores, além de praticarem a pesca.

Há dez mil anos, com  o clima tornando-se cada vez mais quente e úmido, outros grupos caçadores e coletores migram para o Paraná, ocupando em momentos diversos tanto o vale de grandes rios, tais como o Iguaçu, o Ivaí, o Tibagi e o Paraná, como topos de morros e montanhas, inclusive abrigos rochosos, e o litoral. São povos relacionados ao período arcaico, e no sul do Brasil denominados Umbu, Humaitá e Sambaquieiros.

Os sambaquis são aterros elaborados por diferentes populações pré-coloniais, principalmente de conchas de moluscos e gastrópodos, e em menor escala de ossos de animais, alguns  menores compostos por restos alimentares e outros, os maiores com altura de até 25 metros, planejados e construídos como grandes centros cerimoniais, com muitos sepultamentos associados. Deve ser destacado que parte dos sambaquis é formada por diversas camadas arqueológicas, originadas por ocupações de culturas muitas vezes distintas.


Abrigo Pontão. 

Ao lado está um sepultamento fletido, semelhante à posição fetal,  evidenciado a 3,20m de profundidade junto ao sambaqui do Poruquara, no litoral norte paranaense. A conservação de ossos humanos, mesmo que possam ter mais de dois mil anos, acontece em ambientes específicos, como os ricos em cálcio, devido à grande quantidade de valvas de moluscos e gastrópodos.

No planalto, como no vale do Ribeira, existem também os chamados sambaquis fluviais, onde ocorrem vestígios associados a gastrópodos terrestres nas proximidades de grandes rios.

Os povos Umbu e Humaitá eram nômades que permaneciam tempos curtos em cada acampamento, caçando animais, coletando frutos e raízes, e muitas vezes deixando representações simbólicas de seus mitos e histórias através de gravuras, pinturas e esculturas nas rochas. As pinturas, geralmente vermelhas ou pretas, são figuras de animais associadas a seres geométricos, seres humanos e plantas.
                
A maior parte das pinturas rupestres no Paraná está concentrada em abrigos e cavernas nos Campos Gerais, apesar da arte rupestre se distribuir por todo o território paranaense.


Esqueleto encontrado no Sambaqui de Poruquara.

Para caçar usavam armadilhas, arpões e flechas com pontas de osso, madeira e pedra, e preparavam os alimentos com auxílio de talhadores, raspadores e facas lascadas em rochas ou minerais.  Testemunhos desse período recuado foram encontrados em um dos sítios arqueológicos mais antigos do Paraná: Ouro Verde, situado no sudoeste paranaense, no vale do rio Iguaçu, e onde foram identificados vestígios de caçadores-coletores Umbu com mais de nove mil anos.

Os primeiros povos ceramistas e agricultores chegaram ao Paraná há quatro mil anos, vindos do planalto central brasileiro. Eram os Itararé-Taquara, ancestrais de índios da família linguística Jê como os Kaingang e Xokleng, que vivem até hoje no sul do Brasil, e que tiveram intensa miscigenação com os antigos caçadores-coletores aqui estabelecidos.
                   
Os agricultores Itararé-Taquara moravam em aldeias, com 200 a 300 pessoas, divididas em 4 a 6 casas comunitárias. Em áreas próximas plantavam roças de milho, amendoim, feijões e abóboras. No período em que aguardavam  o crescimento das plantações dividiam-se em pequenos grupos, para a coleta de mel, pinhão e diversos frutos. Assim, contribuíram bastante para a expansão de áreas com pinheiro araucária, pitanga, jaboticaba, araçá, jerivá e palmito, realizando o manejo dessas espécies.
  
Os Itararé-Taquara usavam flechas, algumas com ponta-virote, que serviam para caçar animais e derrubar pinhas, além de grandes pilões de pedra, lâminas de machado polidas petalóides e semi-lunares.


Enterravam os mortos construindo aterrros, algumas vezes na forma de grandes estruturas circulares, com pedras ou não, ou cremavam os mortos. Alguns cemitérios, com sepultamentos estendidos e fletidos, ficavam junto a abrigos rochosos, em áreas consideradas sagradas, onde eram feitas pinturas e gravuras, geométricas ou figurativas.

A cerâmica Itararé-Taquara possui geralmente forma cilíndrica e espessura fina, algumas vezes recoberta por engobo negro ou vermelho. A decoração externa da cerâmica era feita com impressão de carimbos ou malha grossa, e também incisões, antes da queima dos vasilhames. As técnicas de manufatura eram o acordelado, o paleteado e o modelado.
     
Há dois mil anos chegaram ao Paraná populações da família linguística Tupi-Guarani, os Tupiguarani, ancestrais de índios Tupi e Guarani, cujos descendentes vivem até hoje no Brasil e em países vizinhos. Vieram provavelmente da Amazônia, ocupando primeiro o norte e oeste paranaense, para depois fundarem aldeias no planalto curitibano e litoral.

Agricultores, plantavam especialmente mandioca, milho, batata-doce e feijão, e moravam em aldeias com 300 a 400 pessoas em grandes casas comunitárias. A cerâmica é diagnóstica para compreender aspectos do cotidiano dos índios Tupi e Guarani, a pintura em linhas vermelhas e pretas sobre engobo branco é muito comum e revela parte da cosmologia desses povos. A forma carenada, assemelhada a quilha de um navio, de algumas panelas cerâmicas é característica de povos Tupi e guarani.


Maquete de Villa Rica. 

Vasilhame GuaraniOs Tupiguarani costumavam sepultar os mortos acondicionados em grandes vasilhames cerâmicos, no interior das habitações, que em seguida eram queimadas e reconstruídas. O recipiente usado para enterrar geralmente pertencia ao morto, e tinha como funções básicas anteriores armazenar grãos, fermentar bebidas e preparar alimentos.
      
Os principais artefatos em pedra encontrados em sítios arqueológicos Tupiguarani  são lâminas de machado polidas ou lascadas, adornos labiais em forma de "T" (tembetás), raspadores, talhadores, polidores em canaleta e adornos polidos perfurados.

Nesta exposição ainda são mostrados materiais relativos a ocupação espanhola no Paraná, afinal o Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, colocava o atual território paranaense, a oeste de Paranaguá, como sendo espanhol.

Nesta área, denominada Província del Guairá, povoada por grupos indígenas das famílias linguísticas Tupi-Guarani e  Jê, a Coroa espanhola fundou, a partir de 1554, cidades, inicialmente Ontiveros, depois entre 1556 e 1557,  Ciudad Real del Guairá, cujas ruínas atualmente estão localizadas no município paranaense de Terra Roxa.

A terceira cidade espanhola  fundada  foi Villa Rica del Espiritu Santo, em 1570, nas proximidades do rio Cantu. Em 1589, depois de epidemias de varíola e gripe no local da primeira fundação, Villa Rica foi transferida para as proximidades da foz do rio Corumbataí no Ivaí. Lá, no atual município paranaense de Fênix, existe o Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo, com um museu arqueológico aberto a visitantes.


Pinturas rupestres. Abrigo Floriano no Parque Guartela.

A partir de 1610, numa tentativa de conquistar o Guairá com menor número de conflitos com os grupos indígenas Guarani e Jê, foram criadas quinze missões jesuíticas, que tiveram apoio da Coroa espanhola.

As datas das fundações, algumas controversas, e os nomes das missões coordenadas por padres jesuítas  no Guairá foram:           

- 1610: Nuestra Señora de Loreto e San Ignacio Mini
- 1624: San Francisco Xavier
- 1625: San Joseph, Nuestra Señora de Encarnación
- 1626: Santa Maria
- 1627: San Pablo del Iniaí, Santo Antonio, Los Angeles, San Miguel, San Pedro, Concepción de Nuestra Señora de Guañaños
- 1628: San Thomas, Ermida de Nuestra Señora de Copacabana
- 1630: Jesus-Maria
                              
Os ataques dos bandeirantes paulistas, para capturar indígenas para trabalhar em áreas agrícolas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia,  eram contínuos desde o final do século XVI, e assim até 1631 todas as missões foram destruídas  ou simplesmente abandonadas.


sábado, 7 de junho de 2014

Contragolpe cristão dentro do Terceiro Reich.


Um exemplar de Fundamentos do nacional-socialismo, de Alois Hudal, entregue a Hitler em novembro de 1936 como parte de uma conspiração pra dividir o movimento nazista. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

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Esse trabalho é baseado no livro “A Biblioteca esquecida de Hitler: os livros que moldaram a vida do Führer”, do autor Timothy W. Rybach. 
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Em 1936 o bispo Católico Alois Hudal, com então 49 anos escreveu o livro Fundamentos do nacional-socialismo.  A primeira vista poderia parecer mais um livro dentre tantos que apoiavam e instruíam os cidadãos dentro das políticas do nacional-socialismo. O livro era apresentado com uma capa marrom estridente que lembra os uniformes das Tropas de Assalto, com seu título e autor escritos em um tom dourado atenuado em uma capa de linho. A principio parece um tratado conspiratório, assim como a fotografia brilhante em página inteira de seu autor, mal parece a imagem do artífice de uma trama do Vaticano para dividir o movimento nazista de dentro, purificá-lo das toxinas antissemitas, infundi-lo de caridade cristã e despertar em seus seguidores o catolicismo romano latente que os conspiradores tinham certeza de que jazia dormente dentro de suas almas.

O herege livro “O Mito do Século XX”.

Um plano que parecia tão ingênuo quanto ambicioso, mas por algumas horas em novembro de 1936, quando Hitler recebeu o livro, aquele plano pareceu cambalear à beira do sucesso, uma conspiração de um homem só (bispo franciscano Alois Hudal) iniciado dois anos e meio antes, na tarde de 7 de fevereiro de 1934, por um estudioso do Antigo Testamento.


Exemplar do livro O Mito do século XX de Alfred Rosenberg. Hitler certa vez descreveu o livro como algo impenetrável. Esta edição de 1940 contém o Ex-Libris de Hitler, mas não mostra sinais de ter sido lida. Imagem: Arquivo Pessoal CHH.

Naquela tarde especial de 1934, Hitler recebeu o cardeal Karl Joseph Schulte, , bispo de Colônia, em seu escritório na Chancelaria do Reich. O cardeal viera a Berlim para expressar sua preocupação com a agitação anticristã crescente entre os nazistas locais e, em particular, com a recente nomeação de Alfred Rosenberg como o “Ideólogo principal.” de Hitler, responsável pelo bem-estar “espiritual” do povo alemão. Agora o cardeal Karl Joseph Schulte vinha levantando a questão com o próprio Hitler. Este foi lembrado de que Shulte era responsável pelo bem-estar espiritual de 7 milhões de católicos, que inicialmente apoiaram a tomada do poder pelos nazistas e o acordo firmado com o Vaticano. Schulte disse que havia observado um aumento preocupante da retórica anticristã e anticlerical entre os líderes nazistas, tendências agravadas ainda mais pela nomeação de Rosenberg como “representante” do ensino “ideológico e espiritual”. Não apenas monitoramento do ensino Religioso violava os termos do acordo com o Vaticano, como Rosenberg era um conhecido militante crítico da Igreja, fato que ficava bem claro em seu livro o Mito do século XX.

Rosenberg estava entre os nazistas anticristãos mais militantes, seu livro O mito do século XX constituindo um compêndio de heresias, incluindo a defesa da poligamia, a esterilização forçada e a propagação do “quinto Evangelho”, que revelaria a verdadeira natureza de Jesus Cristo. De acordo com aquele “Evangelho perdido”, Jesus era revoltado contra seu próprio povo, era um profeta irado propenso a destruição. Em seu livro Rosenberg alegou que “São Pedro, agindo como um agente judeu, mudou seu nome para de Saulo para Paulo e ocultou o quinto Evangelho como meio de escravizar os povos da Europa” (A mais pura paranoia antissemita).

Rosenberg falou de uma ética cristã “judaizada” e imaginou o surgimento de uma nova religião. Com símbolos de culto voltados a soldados tombados em batalha, como símbolos do mito eterno do sangue e vontade, deram a vida pela honra do nome alemão.

E novembro de 1933, o Vaticano havia feito um protesto formal contra a inclusão do Mito de Rosenberg nos currículos escolares, mas em vão. Em janeiro o ministro da Educação prussiano incluiu o livro numa lista de títulos “recomendados” a bibliotecas escolares. Os bispos fizeram soar o alarme.

“Recentemente, soube que o livro O mito do século XX deveria ser incluído nas bibliotecas escolares das escolas de nível médio. Esse livro de Rosenberg não condiz com tal biblioteca no mínimo caberia no Index [o Index Librorum Probitorum do Vaticano, a famosa lista de livros proibidos].”

Cardeal Karl Joseph Schulte

À menção do livro de Rosenberg fez Hitler interromper Shulte.
“Não quero aquele livro, Rosenberg sabe disso! Eu mesmo lhe disse que não quero nenhuma relação com aquelas coisas pagã”.
Adolf Hitler

O cardeal Schulte respondeu que Hitler não podia mais falar assim sobre Rosenberg e seu livro, Herr chanceler do Reich, porque, há poucos dias o senhor nomeou oficialmente esse mesmo Herr Rosenberg como instrutor ideológico do Partido Nazista e, portanto como instrutor de grande parte do povo alemão e portanto quer goste ou não o senhor será identificado com Herr Rosenberg! Hitler respondeu que se identificava com Herr Rosenberg, mas com o autor do livro O Mito. Hitler Repetiu que sua convicção de que sua convicção de nomear Rosenberg nada tinha a ver com seu livro o Mito. O livro repetiu Hitler era assunto particular. E destacou que se alguém devia ser responsabilizado pelo livro, era a Igreja Católica, pois foram os bispos que tornaram o livro de Rosenberg tão conhecido. Sem eles, ninguém ele teria dado a menor atenção. Quando Schulte disse que Hitler estava “distorcendo” os fatos, este mudou de assunto. O encontro chegou a um final nervoso.

O Contragolpe Cristão com o livro “Fundamentos do Nacional-socialismo”.

            Em 1933, Hitler foi nomeado por Paul Von Hindenburg com o 16º chanceler da República de Weimar. Na noite de 30 de junho de 1934, numa operação conhecida como “Noite dos Longos Punhais”, Hitler mandou eliminar líderes do Partido Nazista que discordavam de suas opiniões, muitos foram presos e executados. Hitler agora detinha a autoridade absoluta, e a natureza implacável do seu regime era evidente a todos.

            Mas enquanto Hitler eliminava a dissidência em seu país e no próprio partido, a trama do bispo católico Alois Hudal para solapar a movimento nazista já estava em andamento. Na mesma tarde em que Hitler discutiu com o cardeal Schulte sobre o livro o Mito de Rosenberg, uma assembleia de cardeais conhecida como Santo Ofício se reunia em Roma para tomar uma decisão que pôs em marcha os projetos ambiciosos do bispo Hudal.

Nas negociações com o Partido Nazista que culminaram no acordo da primavera e verão de 1933, o bispo Hudal havia identificado duas facções dentro do movimento nazista: os “conservadores” como Goering e Goebbels, preocupados principalmente com o poder político, e os “radicais” do partido, como Rosenberg, que promoviam uma ideologia ariana fanática e estranha. Completando a inclusão do livro o Mito de Rosenberg no Index, o bispo Hudal recomendou uma campanha de relações públicas para expor essas divisões e forçar Hitler a tomar partido.

            Para o bispo Hudal, a expectativa pública poderia obrigar Hitler e Von Papen a se distanciarem dos radicais e adotar plenamente os termos do acordo como parte de seu “dever com a felicidade” do povo alemão. Desse modo disse o bispo Hudal, a posição do Vaticano e de todos os jornais católicos possíveis no exterior deve ser a exigência idêntica no espírito idêntico: Von Papen e Hitler, Hitler e Von Papen! Só assim segundo Hudal um clima potencialmente benéfico pode ser criado.

            Segundo o bispo Hudal, uma vez que o movimento nazista tivesse sido polarizado, os “radicais” apartados na extrema esquerda e os “conservadores” atraídos para a ala cristã, Hudal pretendia propor um projeto teológico combinado à crença católica romana com a doutrina nacional-socialista. Hudal via grande potencial nisso.

            Se os nazistas pudessem ser persuadidos a abandonar o “antissemitismo” a favor do “antijudaismo”, ou seja, incomodar-se com a comunidade religiosa, em vez da racial, o bispo Hudal acreditava que os alemães pudessem criar uma forma catequizada de fascismo que representaria a força política e social mais poderosa da Europa: a disseminação do bolchevismo. Hudal se referiu a certa “Wermacht do espírito” e notou que o ministro do Exterior soviético, Viatcheslav Mólotov, declarara que a maior ameaça ao comunismo seria a fusão do fascismo com o catolicismo romano.

            Quando o bispo Hudal delineou sua estratégia durante uma audiência privada com Pio XI, o papa ouviu pacientemente e depois disse ao bispo austríaco que este julgara mal Hitler e seu movimento ao achar que o nacional-socialismo representava um sistema de crenças.

“Ai você cometeu seu primeiro erro bispo Hudal. Você não pode falar de nada espiritual nesse movimento. É um materialismo total.”
Papa Pio XI

Para o Papa Pio XI, não havia desejo por parte dos nazistas de entrar em acordo com o cristianismo, e nunca haveria. O movimento envia táticas e poder, não fé ou crença. No final da audiência, Pio XI informou Hudal que não acreditava na “possibilidade de uma compreensão” entre nazistas e católicos, mas desejava a Hudal “boa sorte” em sua iniciativa. Hudal ignorou o conselho papal, pois acreditava que existia dentro de Hitler ainda aquele menino que um dia recebeu lições de canto no coro paroquial de Lambach e que via na posição de pároco de aldeia o ideal de vida e que deseja no mais  a situação de abade uma grande aspiração (Estas palavras o bispo Hudal extraiu lendo Mein Kampf).

            Na primavera de 1935, quando Hudal se aproximou de Von Papen com sua proposta de uma fusão católico-fascista, ele instintivamente viu o potencial e acreditou que aquilo fosse agradar Hitler, não apenas por razões táticas, mas também devido às ressonâncias mais profundas com sua formação austríaco-católica.

            Naquela primavera, ao discutir a proposta de Hudal várias vezes com Hitler, ficou encorajado pelo “grande interesse” que este mostrou pela ideia. Von Papen aconselhou Hudal a não publicar sua obra até que tivesse oportunidade de mostrá-la pessoalmente a Hitler e assegurar sua aprovação pessoal. Hudal concordou em aguardar.

            Em 8 de junho de 1936, durante uma reunião com Hitler e Goebbels, Von Papen apresentou os originais de Hudal, louvando sua capacidade de reduzir a distância entre a teologia católica e a ideologia nazista, formando assim um anteparo contra a ameaça bolchevique. Conforme a previsão de Hudal, Hitler pareceu receptivo à ideia. Goebbels manteve-se cético. Pegou os originais e disse que iria examinar. Uma semana depois, enviou a Von Papen uma lista de dezessete pontos de que discordava. “Livro do bispo Hudal proibido, Von Papen intercedeu muito por ele”, Goebbels anotou no seu diário. Mas Von Papen não esmoreceu. Mostrou a resposta de Goebbels a Hudal e recomendou que o bispo fizesse as emendas sugeridas. Depois escreveu a Hitler insistindo que apoiasse Hudal “de modo a manter esse homem capaz de lutar por nós e não expô-lo ao grupo de cardeais que são seus superiores e podem silencia-lo para sempre se seu livro iminente for oficialmente proibido”.

            Conforme se pretendia, o manuscrito de Hudal semeou a discórdia entre a elite nazista. Claro que Von Papen pressionou pela publicação. Rosenberg ficou furioso com o fato de que um bispo pudesse “impor” condições ao partido. No início de outubro, Hitler cansado do exibicionismo e brigas em torno do original de Hudal, “endossou” o livro. Fundamentos do nacional-socialismo, de Hudal, foi publicado naquele mês pela Johannes Günther Verlag, em Viena. As fissuras na elite do Partido Nazista forma claras, as posições se acirrando, mas a balança parecia pender a favor de Hudal.

“Em setembro de 1935, Hitler já havia se distanciado publicamente dos radicais do partido. Seu discurso é uma rejeição singular de Rosenberg e Streicher. Mas Hitler também vinha se cansando de Goebbels que por quase dois anos tem orquestrado calúnias e difamações contra o clero católico”.

Timothy W. Ryback

            Em outubro, os primeiros exemplares do livro de Hubal, “Os fundamentos do nacional-socialismo” saíram da gráfica. Sentado no escritório em 3 de novembro de 1936, Hudal, com uma série de floreios elegantes escreveu uma dedicatória no primeiro exemplar para “o Führer da ressurreição alemã” e “Siegfried da esperança e grandeza alemã,” entregando-o depois a Von Papen para que fosse presenteado a Hitler. Em 14 de novembro de 1936 Von Papen se reuniu com Goebbels e Martin Bormann e entregou o livro a Hitler, este lhe disse que com certeza leria. Nessa reunião iniciaram-se debates que durariam horas e no final os “radicais” do partido acabaram prevalecendo. “No final, consegui assegurar a importância de 2 mil exemplares sob pressuposto de que seriam distribuídos aos círculos dominantes do partido”, Von Papen mais tarde lembrou. “A tentativa de uma discussão séria acabou sendo sabotada”.  “O livro de Hudal foi de novo derrubado”, Goebbels escreveu no seu diário.

            Quando Hudal soube do resultado, ficou arrasado. Com toda a sua ambição para o livro, este havia sido relegado a um círculo de indivíduos que dificilmente o leriam, e menos ainda o entenderiam. Fundamentos havia se tornado irrelevante. Mais ou menos na mesma época, o Vaticano se distanciou do livro de Hudal numa declaração final:

“Como o próprio autor declarou a uma entidade austríaca, e com base em diferentes observações solicitadas, declara-se que, ao escrever seu livro, não foi inspirado por mais ninguém e não foi oficialmente incumbido de fazê-lo”.

Declaração do Vaticano sobre o livro de Hudal,
Fundamentos do nacional-socialismo.
Novembro de 1936.

O bispo Hudal sentiu-se insultado e magoado com o que ele considerou uma afronta. Ao reclamar com um cardeal sobre aquela reprimenda pública, foi informado de que poderia ter sido pior. De acordo com o cardeal, o Papa Pio XI ficara furioso com os Fundamentos do nacional-socialismo e defendera sua inclusão no Index. O que salvou Hudal de ser o primeiro bispo de todos os tempos a entrar no Index foi que pareceu “inoportuno”. Quando Hudal tentou discutir o assunto com o próprio papa, seu pedido foi recusado. Os bispos da Alemanha foram igualmente duros. Chamaram-no de “bispo nazista”.

            Hudal nunca se recuperou da derrota. Após a guerra , viu-se forçado a deixar seu posto no Vaticano, e foi transferido para um mosteiro isolado. O bispo controvertido talvez tenha se consolado com a máxima latina: habent sua fata libelli – os livros têm seu próprio destino.   

07/06/2014

Leandro Claudir é Acadêmico de História e Administrador do Projeto Construindo História Hoje.

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Você quer saber mais? 

RYBACH, Timothy W. A Biblioteca esquecida de Hitler: os livros que moldaram a vida do Führer. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

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