sexta-feira, 15 de março de 2013

A Verdade Sobre o Talmud (The Truth About the Talmud).


Talmud Babilônico. Imagem: Arquivo pessoal.


Introdução

Michael A. Hoffman II and Alan R. Critchley.



O Talmud é o livro mais sagrado do Judaísmo (na realidade uma coleção de livros). Sua autoridade toma precedência sobre o Antigo Testamento no Judaísmo. Evidência disso pode ser encontrada no próprio Talmud, Erubin 21b (Edição Soncino): "Meu filho, seja mais cuidadoso na observância dos Escribas do que nas palavras da Torah (Antigo Testamento)."



A supremacia do Talmud sobre a Bíblia no Estado Israelense pode também ser vista no caso dos Judeus etíopes negros. Etíopes são versados no Antigo Testamento. Porém, sua religião é tão antiga que pré-data os Escribas do Talmud, dos quais os etíopes não têm conhecimento. De acordo com o N.Y. Times de Set. 29, 1992, p.4:

"O problema é que a tradição etíope Judaica vai não mais que a Bíblia ou a Torah; o mais tardio Talmud e outros comentários que formam a base das modernas tradições nunca vieram o suficiente."


Porque eles não são comerciantes na tradição Talmúdica, os judeus negros etíopes são discriminados e foram proibidos pelos sionistas a dirigir casamentos, funerais e outros serviços no Estado Israelense.



Rabi Joseph D. Soloveitchik é respeitado como um dos mais influentes rabis do século XX, o "líder que não traz desafio" do Judaísmo Ortodoxo e a autoridade internacional em Halakha (lei religiosa Judaica). Soloveitchik foi responsável pela instrução e ordenação de mais de 2,000 rabis, "uma geração inteira" de lideranças Judaicas.



O repórter de religião, Ari Goldman, do N.Y. Times, descreveu a base da autoridade do rabi:

"Soloveitchik veio de um longa linha de distinguidos estudiosos Talmúdicos... Até o começo do século XX, ele se devotou quase exclusivamente ao estudo do Talmud...Ele veio do Seminário Teológico Elchanan da Universidade de Yeshiva University, onde permaneceu como proeminente professor de Talmud... Ele sustentou o título de Leib Merkin professor de Talmud...sentando com seus pés cruzados em frente à mesa sustentando um volume aberto do Talmud."

(N.Y. Times, 10 de Abril de 1993, p. 38).


Em parte alguma Goldman refere-se ao conhecimento de Soloveitchik da Bíblia como a base para ser uma das principais autoridades na lei Judaica.


As credenciais do rabi estão todas estabelecidas sobre sua maestria no Talmud. Outros estudos são claramente secundários. O britânico Jewish Chronicle de 26 de Março de 1993 declara que na escola religiosa (yeshiva), os Judeus são "dedicados ao Talmud com a exclusão de qualquer coisa mais."

O Talmud Anula a Bíblia

Os escribas judeus reclamam que o Talmud é parcialmente uma coleção de tradições que Moisés deu-lhes em forma oral. Essas não haviam ainda sido escritas antes do tempo de Jesus. Cristo condenou as tradições do Mishnah (em breve Talmud) e aqueles que ensinavam-no (Escribas e Fariseus), porque o Talmud anula os ensinamentos da Santa Bíblia.



Shamuel Safrai em The Literature of the Sages, Primeira Parte (p.164), aponta que nos capítulos 4 e 5 do Tratado Gittin do Talmud, ele anula o ensinamento bíblico a respeito do empréstimo de dinheiro: "Hillel decretou o prozbul para a melhoria do mundo. O prozbul é uma ficção legal que permite que as dívidas sejam coletadas depois do ano Sabático e era intenção de Hillel através disso submeter o medo que prestamistas de dinheiro tinham de perder seu dinheiro".

O famoso aviso de Jesus Cristo a respeito da tradição dos homens que invalidam as Escrituras (Marcos 7, 1-13), é em verdade, uma referência direta ao Talmud, ou mais especificamente, o precursor da primeira parte dele, o Mishnah, que existiu na forma oral durante toda vida de Cristo, antes de estar cometido a escrita. Marcos Capítulo 7, do versículo um ao treze, representa a assinalada condenação de Nosso Senhor ao Mishnah.



Infelizmente, devido à ignorância abismal de nossa época, a expandida noção "Judaico-Cristã" é que o Antigo Testamento é o livro supremo do Judaísmo. Mas não é isso. Os fariseus ensinam como doutrina os mandamentos dos rabis, não de Deus.



O comentário talmúdico sobre a Bíblia é sua lei suprema, e não a própria Bíblia. Esse comentário realmente, como Jesus disse, anula as leis de Deus, não as confirmam. Como estudantes do Talmud, nós sabemos que isso é verdade.

O estudioso judeu Hyam Maccoby, em Judaism On Trial, cita o Rabi Yehiel ben Joseph: "Além disto, sem o Talmud, nós não seríamos capazes de entender as passagens na Bíblia...Deus entregou sua autoridade aos sábios e a tradição é uma necessidade assim como as Escrituras. Os sábios também fizeram decretos de sua própria conta...qualquer um que não estude o Talmud não pode entender as Escrituras."



Há uma minúscula seita judaica que faz considerável esforço para evitar o Talmud e aderir ao Antigo Testamento somente. Esses são os Karaítas, um grupo que, historicamente, tem sido o mais detestado e severamente perseguido pelo rabinato judaico ortodoxo.



Ao Mishnah os rabis posteriormente acrescentaram o Gemara (comentários rabínicos). Juntos compreendem o Talmud. Há duas versões:

o Talmud de Jerusalém e o Talmud Babilônico.

O Talmud Babilônico é respeitado como a versão autorizada: "A autoridade do Talmud Babilônico é também maior do que o Talmud de Jerusalém. Em casos de dúvida, o anterior é decisivo". (R.C. Musaph-Andriesse, From Torah to Kabbalah: A Basic Introduction to the Writings of Judaism, p. 40).



Esse estudo é baseado no autorizado Talmud Babilônico. Nós publicamos aqui dentro os provérbios autenticados do Talmud Judaico. Veja-os você mesmo.

Nós publicamos a seguir irrefutável documentação na esperança de libertar todo povo, inclusive o povo judeu, das corrosivas desilusões e racismo dessa literatura de ódio, que é o manual dos judeus ortodoxos e hassídicos por todo mundo.

A aplicação pelos supremacistas judeus da literatura de ódio talmúdica tem causado enorme sofrimento por toda a história e hoje, na Palestina ocupada, é usada como uma justificação para o assassinato em massa de civis palestinos. O Talmud especificamente define todos que não sejam judeus como não-humanos.

Alguns Ensinamentos do Talmud Judaico

Onde um Judeu Deveria Fazer o Mal


Moed Kattan 17a: Se um Judeu é influenciado a fazer o mal ele deveria ir a uma cidade onde ele não é conhecido e fazer o mal ali.

Penalidade por Desobedecer os Rabis

Erubin 21b. Todo aquele que desobedece os rabis merecem a morte e serão punidos sendo fervidos em excrementos quentes no inferno.

Golpear um Judeu é o mesmo que golpear Deus

Sanhedrin 58b. Se um bárbaro (gentio) golpeia um judeu, o gentio deve ser morto.

Trapacear não-judeus é permitido.

Sanhedrin 57a . Um judeu não precisa pagar a um gentio ("Cuthean") os salários devidos a ele pelo trabalho.

Judeus têm Status Legal Superior


Baba Kamma 37b. "Se um boi de um israelita fere um boi de um cananita não há responsabilidade; mas se um boi de um cananita fere um boi de um israelita...o pagamento deve ser total".

Judeus Podem Roubar de Não-Judeus

Baba Mezia 24a . Se um judeu encontra um objeto perdido por um gentio ("pagão") ele não precisa ser retornado. (Afirmado também no Baba Kamma 113b).

Sanhedrin 76a. Deus não terá misericórdia de um judeu que "casar sua filha com um homem velho ou tomar uma pessoa para seu filho pequeno ou retornar um artigo perdido a um Cuthean..."

Judeus Podem Roubar e Matar Não-Judeus


Sanhedrin 57a. Quando um Judeu mata um gentio ("Cuthean"), não haverá qualquer pena de morte. O que um judeu rouba de um gentio, ele pode guardar.

Baba Kamma 37b. Os gentios estão fora da proteção da lei e Deus "expôs seu dinheiro a Israel."

Judeus podem Enganar os Não-Judeus

Baba Kamma 113a. Judeus podem usar mentiras ("subterfúgios") para iludir um gentio.

Crianças Não-Judias são Sub-humanas

Yebamoth 98a.  Todas crianças gentias são animais.



Abodah Zarah 36b. Meninas gentias estão em um estado de niddah (imundície) desde o nascimento.

Contemplação com Cristo Morrendo Jovem


Uma passagem do Sanhedrin 106 contempla-se com a idade precoce que Jesus morreu: "Tu escutaste como o velho Balaão (Jesus) era?—Ele respondeu: não está realmente expresso, mas posto que está escrito, homens sanguinários e enganadores não deverão viver nem metade de seus dias, segue-se que ele tinha trinta e três ou trinta e quatro anos".

Jesus no Talmud:
Horríveis Blasfêmias Contra Jesus Cristo


Enquanto é a prática padrão de desinformação de apologistas do Talmud negar que ele contém quaisquer obscenas referências a Jesus Cristo, certas organizações judaicas ortodoxas mais próximas admitem que o Talmud não somente menciona Jesus, mas o deprecia (como um feiticeiro). Essas organizações judaicas ortodoxas fazem essa admissão talvez fora da crença que a supremacia judaica seja tão bem estabelecida no mundo moderno que eles não precisam se precoupar com as reações adversas.


Por exemplo, no website do grupo Hassídico Ortodoxo Judaico Lubavitch –um dos maiores no mundo –nós enconstramos o seguinte enunciado, completo com citações talmúdicas:



"O Talmud (edição Babilônica) registra outros pecados de 'Jesus o Nazareno':



1) Ele e seus discípulos praticaram feitiçaria e magia negra, lideraram judeus erradamente ao interior da idolatria, e foram patrocinados por poderes estrangeiros, gentios, para o propósito de subverter a adoração judaica (Sanhedrin 43a).



2) Ele aprendeu bruxaria no Egito para executar milagres, usou procedimentos que envolviam cortar sua carne. (Shabbos 104b).

Vamos examinar mais adiante alguma dessas passagens anticristo do Talmud:



Sanhedrin 43a. Disse que Jesus ("Yeshu" e na nota de rodapé #6 da Edição Soncino, Yeshu "o Nazareno") foi executado porque ele praticou bruxaria: "É ensinado que na noite da Páscoa, Jesus foi pendurado, e quarenta dias antes disso a proclamação foi feita: Jesus é para ser apedrejado até a morte porque ele praticou bruxaria e seduziu o povo para a idolatria...Ele foi um incitador do mal e tu não deverás ter piedade ou perdão".


"A Editio Princeps do completo Código da Lei Talmúdica, a Mishneh Torah de Maimonides – cheia não somente com os mais ofensivos preceitos contra todos os gentios, mas também com ataques explícitos ao Cristianismo e a Jesus (depois de cujo nome o autor adiciona piedosamente, 'Pode o nome do mau perecer')... --Dr. Israel Shahak, Jewish History, Jewish Religion, p. 21.


"O Talmud contém umas poucas referências explícitas a Jesus...Essas referências são certamente não lisonjeiras...Parece haver pouca dúvida que a descrição da execução de Jesus na noite da Páscoa refere-se a Jesus Cristo...A passagem em que a punição no inferno de Jesus é descrita, também parece referir-se a Jesus Cristo. É uma parte da polêmica anticristã datando do periodo pós 70 CE..." --Hyam Maccoby, Judaism on Trial, pp. 26-27.

"De acordo com o Talmud, Jesus foi executado por uma corte rabínica própria por idolatria, incitar outros judeus à idolatria e desprezo à autoridade rabínica. Todas as fontes clássicas judaicas que mencionam essa execução são totalmente felizes em tomar a responsabilidade por isso; na descrição talmúdica os romanos não são mesmo mencionados.

quarta-feira, 13 de março de 2013

O Novo Papa Francisco I: conhecendo sua história e vocação.



Primeira aparição do Papa Francisco I. Imagem: RTP Notícias.

A Igreja Católica Romana escolheu diante do Conclave o Cardeal Jorge Mario Bergoglio como o novo Papa com o nome de Francisco I. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido o novo papa nesta quarta-feira, no segundo dia de votação na Capela Sistina, no Vaticano. Bergoglio escolheu ser chamado de Francisco (Como um Jesuíta, a escolha do nome tem relação direta com São Francisco Xavier (1506-1552) , foi um missionário e co-fundador da Companhia de Jesus). A Igreja Católica Romana considera que São Francisco Xavier tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". 

Bergoglio não estava entre os nomes apontados como favoritos para suceder Bento XVI, que renunciou no mês passado. O conclave secreto que escolheu o primeiro papa latino-americano da história começou na noite de terça-feira com uma primeira votação, e nesta quarta-feira outras quatro rodadas aconteceram. A fumaça branca indicando que o novo pontífice tinha obtido a necessária maioria de dois terços aconteceu após a quinta votação [1].

Uma multidão alegre na Praça de São Pedro começou a gritar e a aplaudir quando começou a surgir a fumaça branca, em meio a uma chuva persistente e ventos frios.

História e Vocação

Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, Argentina, nasceu em 17 De dezembro de 1936 em Buenos Aires. Foi ordenado pelos Jesuítas em 13 de dezembro de 1969 durante os seus estudos teológicos na Faculdade Teológica de São Miguel. Foi mestre novice em São Miguel onde também ensinou teologia. Foi Provincial para a Argentina (1973-1979) e reitor da Faculdade de Teologia e Filosofia de São Miguel (1980-1986). Após completar a dissertação doutoral na Alemanha serviu como confessor e diretor espiritual em Córdova. Em 20 de maio de 1992 foi nomeado Bispo de Auca e Auxiliar de Buenos Aires, recebendo a consagração episcopal em 27 de junho. A 3 de junho de 1997 foi nomeado Arcebispo coadjuvante em Buenos Aires Buenos Aires e sucedeu ao Cardeal António Quarracino em 28 fevereiro de 1998. Relator geral adjunto da 10ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos em outubro de 2001.Presidente da Conferência de Bispos da Argentina de 8 de novembro de 2005 até 8 de novembro de 2011. Proclamado Cardeal pelo Papa João Paulo II no consistório de 21 de fevereiro de 2001 com o título de S. Roberto Bellarmino [2].


O novo papa, Francisco, aparece na Basília de São Pedro, no Vaticano, após ser eleito nesta quarta-feira para suceder Bento XVI. Imagem: Agência Reuters.

É a primeira vez nos últimos 600 anos que coexistem um Papa Emérito com um Sumo Pontífice. É também o primeiro Papa Jesuíta a ocupar a cadeira de S. Pedro [2].

Papado – Administração de um Papa

Como sucessor de São Pedro, o primeiro bispo de Roma, o papa se apresenta como o vigário de Cristo na Terra, com supremacia sobre todos os demais bispos da Igreja Católica Apostólica Romana. A autoridade do Papa foi estabelecida no Ocidente durante os cinco primeiros séculos depois de Cristo, mas a recusa das Igrejas do Oriente em acatá-la resultou (1054 d.C) no primeiro Grande Cisma. O papado fortaleceu seu poder secular no Ocidente após a coroação de Carlos Magno como sacro imperador romano, em 800 d.C, por Leão III. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Sobre os originais dos Santos Evangelhos


Fragmento mais antigo do Novo Testamento, também conhecido por Rylands Papyrus 457. Datado do segundo século. João 18:31-33;37-38. Imagem: John Rylands Library.

Muito tem se falado acerca dos originais dos Santos Evangelhos e devido a essa constante dúvida de muitas pessoas crentes ou não na palavra de Deus, que acreditei humildemente ser necessário escrever um estudo com bases fortes e fieis como as do Felipe Aquino (É professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI na Diocese de Lorena. Escreve artigos e publica notícias no Portal Canção Nova e no site da Editora Cléofas, pai de cinco filhos e 9 netos). Ele discorre sobre o tema com tal maestria que não nos deixa dúvida para uma clara compreensão das origens e manutenção da fiel palavra de Deus no Santo Evangelho entre seu povo. Deixo-vos agora esse pequeno estudo, que espero possa trazer grandes revelações para meus amigos leitores. Realmente os originais (autógrafos) dos Evangelhos, tais como saíram das mãos São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João, desapareceram. Mas isto não impede que a História prove a sua existência.

Ficaram-nos as cópias (manuscritos) antigas desses originais, que são:

− os papiros, os códices unciais (escritos em caracteres maiúsculos sobre pergaminho),

− os códices minúsculos
(escritos mais tarde em caracteres minúsculos)

− e os lecionários (textos para uso litúrgico).

Conhecem-se cerca de 5236 manuscritos (cópias) do texto original grego do Novo Testamento, comprovados como autênticos pelos especialistas. Sendo: 81 papiros; 266 códices maiúsculos; 2754 códices minúsculos e 2135 lecionários.

Os papiros são os mais antigos testemunhos do texto do Novo Testamento. Estão assim distribuídos pelo mundo:







P7 – Atos dos Apóstolos – Berlim (Alemanha), do século IV.
Existem 76 papiros do texto original do Novo Testamento. Acham-se ainda em Leningrado (p11, p68), no Cairo (p15, p16), em Oxford (p19), em Cambridge (p27), em Heidelberg (p40), em Nova York (p59, p60, p61), em Gênova (p72, p74, p75) dentre outros [1].

sexta-feira, 8 de março de 2013

Isótopos revelam que temperatura dos dinossauros era semelhante a dos mamíferos!



Crânio de um Camarasaurus, mostrando sua mandibula com dentes em forma de espátulas grandes. Imagem: Sauriermuseum Aathal [5], Switzerland.

No debate sobre se os dinossauros eram de sangue frio (mais corretamente, que possuiam a temperatura do ambiente ou não) ou quente [1].  Seria bom se houvesse alguma forma de descobrir qual era a temperatura do corpo dos dinossauros [2].

Surpreendentemente, existe um meio, graças a Robert Águia da Caltech e seus colegas foram capazes de fazer uso do fato de que os isótopos ¹³C e 18O preferencialmente se ligam entre si por uma quantia que depende da temperatura [2]. Em particular, a quantidade precisa de ligação de carbonato nos ossos depende da temperatura na qual eles foram formados:

“quanto maior a temperatura, menos essa combinação isotópica está presente.”[1]

Dente de Brachiosaurus datado do periodo Jurassico, encontrado em Tendaguru na Tanzania. Imagem: Thomas Tütken [4] University of Bonn [3].

Os pesquisadores acham que a temperatura do corpo de grandes saurópodes [1] do periodo Jurassico [1] deve ter sido entre 36-38°C semelhante ao dos mamíferos modernos e diferente dos modelos previsto na escala baseada  para sague frio que variava entre 4-7°C [2]. Eles de fato deveriam ser bastante quentes por causa de seu grande tamanho e da dificuldade associada em se livrar do calor.

segunda-feira, 4 de março de 2013

A vida urbana nas cidades romanas: Pompéia.



Vista geral, das muralhas do norte, em direção ao sul e ao Fórum. Imagem: Roma Legado de um império, volume I.

Quando falamos em um grande império, pensamos de igual modo em suas grandes cidades e capitais. E não foi diferente no Império Romano, aonde suas cidades eram de extrema importância provincial para economia, política e localizadas estrategicamente de modo a preencher requisitos militares de segurança e mobilidade. Este é o primeiro de uma sequência de textos sobre as principais cidades romanas. Veremos um pouco de sua origem, história e mitologia. Tenham uma boa leitura amigos Construtores!

Pompéia, originariamente uma cidade etrusca, foi ocupada pelos Samnitas no século V a.C. Depois disso, continuou a ser uma comunidade de língua osca, até que, no ano 80 a.C., Sila ali estabeleceu uma colônia. A seguir à sua destruição pela erupção do Vesúvio em 79 a.C., Pompéia permaneceu sepultada sob uma camada de cinzas e de lava até ao século XVIII.


Natureza-morta com ovos e tordos. As naturezas-mortas foram muito populares no período do Quarto Estilo (c. 55-79 d.C). Imagem: Roma Legado de um império, volume I.

A economia de Pompéia baseava-se sobretudo nos produtos do seu fértil território, em especial o vinho e o azeite, sendo também um próspero centro industrial e comercial, sendo as principais indústrias as da manufatura e acabamento de tecidos. Existem também muitos vestígios de produção artesanal em pequena escala, de comércio retalhista e de outras atividades comerciais.

Como todas as cidades romanas, Pompéia tinha um governo local inspirado no de Roma. A instituição governante era o conselho da cidade (ordo), composto por 80-100 homens (decuriões) procedentes da classe dos proprietários, que ocupavam o cargo por toda a vida. Os magistrados executivos eram dois duoviri (o equivalente aos cônsules romanos) eleitos anualmente, assistidos por edis, que administravam as obras públicas. Encontram-se graffiti que demonstra que as eleições despertavam grande interesse.

sexta-feira, 1 de março de 2013

O Período Interbíblico: os acontecimentos entre Malaquias e Mateus.



As Alianças de Deus com os Homens. Imagem: Adv. na Mira da Verdade.

Ao ler as Escrituras Sagradas notei que havia uma falta de informações sobre o Período Interbíblico que vai de Malaquias a Mateus, encontramos um silêncio divino de quatro séculos. Nesse período, chamado “Interbíblico”, por se localizar entre os dois Testamentos, Deus esteve preparando o mundo para o nascimento do Seu filho, para o advento do Cristianismo. Então creio que este tema será esclarecedor para os meus amigos leitores.
Deus preparou o mundo em vários aspectos para a vinda de Jesus; cada povo, no seu tempo, pela providência divina, criou as condições da sociedade em que o cristianismo apareceu realizando as suas primeiras conquistas.

Os babilônicos [1], [2] levaram o povo de Deus para o cativeiro e deram-lhe lições jamais esquecidas. Os persas [1], [2] fizeram-lhe retornar à Jerusalém, edificando o templo e restaurando o ensino da lei. Os gregos [1], [2] influenciaram intelectualmente o mundo, contribuindo ainda com um idioma universal, o “Koinê”. Os romanos [1], [2] contribuíram com a paz universal e o intercâmbio entre os povos unificados sob seu domínio.  Os judeus  [1], [2] contribuíram com a preservação do Antigo Testamento e a esperança messiânica que inocularam nos países por onde andaram, principalmente depois do cativeiro.

Deus, nesses 400 anos não falou por meio de profetas nem pela palavra escrita (nenhum livro inspirado apareceu nesse período), mas podemos dizer que com Sua mão poderosa, dirigiu os povos preparando o mundo para o nascimento de Jesus Cristo [1] [2].

Relato - Descrito profeticamente em Daniel 11 à 12.2.

Duração - De 430 a 5 aC (425 anos) --- De Malaquias ao advento.

Local - Palestina.

Fatos importantes:

Para facilitar o estudo, dividiremos o período interbíblico nos seguintes assuntos:

1- O período Medo-Persa

2- O período Greco macedônio

3- O período Romano

4- A literatura apócrifa

1- O período Medo-Persa

Após Neemias e Malaquias, a Palestina continuou sob os persas por mais quase 100 anos, até 330, quando a Grécia venceu a Pérsia. O centro do império Persa ficava onde hoje é o Irã. Suas capitais foram Babilônia e depois Susa, construída por Cambises ( Neemias 1.1; Ester 1.1; Daniel 8.2). Embora em cativeiro, o povo de Deus obteve os seguintes sucessos [1]:

1- Influência espiritual dobre Nabucodonosor e os  babilônios.

2- Idolatria destruída.

3- A lei de Moises respeitada.

4- Inauguração do culto público.

5- Reverdecimento da esperança messiânica.

6- Nacionalismo pronunciado.

No período interbíblico, os persas só dominaram no mundo por cerca de 100 anos. Em 330, Dario Condomano (Dario III) foi derrotado por Alexandre “O Grande” da Grécia na famosa batalha de Arbela. Não confundir esse Dario com o Dario II ( Nothus) de Neemias 12.22. O “Jadua” aí, também não é o mesmo sumo-sacerdote que recebeu Alexandre em Jerusalém, conforme descrição de Josefo em “Antiguidades”.

2- O período Greco macedônio

Busto de Alexandre o Grande Imperador da Macedônia (356-323 a.C.).

Alexandre “O Grande”, 336 a.C, com a idade de 20 anos assumiu o comando do exército grego e, à maneira de meteoro, investiu para o oriente, sobre as terras que estiveram sob o domínio do Egito, Assíria, Babilônia e Pérsia. Em 331 a.C, o mundo inteiro jazia aos seus pés. Invadindo a Palestina em 332 a.C, mostrou muita consideração pelos judeus, poupando Jerusalém e oferecendo-lhes imunidades para se estabelecerem em Alexandria. Esse período durou de 331 a 167 a.C [2].

Em 323 Alexandre “O Grande” morre na Babilônia aos 33 anos de idade. Após sua morte, seu império foi dividido entre quatro dos seus famosos generais, da seguinte maneira:

Seleuco I, Nicator - Ficou com a Síria, Ásia Menor e Babilônia. Capital, Antioquia da Síria.

Ptolomeu I, Sóter I, Ptolomeu Lagos - Aparece na História com esses nomes. Ficou com o Egito, capital Alexandria.

Cassandro - Ficou com a Macedônia e Grécia. Capitais Pella e Atenas.

Lisímaco - Ficou com a Trácia, atual Romênia.

Durante a época dos Ptolomeus e Selêucidas, a língua grega foi implantada na Palestina. O poder civil passou a ser exercido pelo sumo-sacerdote, que exercia também o religioso. A divisão política da Palestina contava com 5 províncias ou distritos: Judéia, Samaria, Galileia, Traconites e Peréia. Nessa fase surgiram as seguintes seitas religiosas:

Os fariseus: (heb. “separados”). Inicialmente primavam pela pureza religiosa, depois tornaram se secos, ritualistas e hipócritas. Eram nacionalistas [1].

Os saduceus: (heb. “justos”). Eram os aristocratas da época. Eram adeptos do que chamamos hoje racionalismo. Confira Atos 5.17; 23.8. Eram Helenistas (partidários dos gregos) [1].

Os essênios: Uma ordem monástica que praticava o ascetismo. A raiz que deriva a palavra “essênio significa “piedoso” [2].

Antioco Epifânio

Antíoco, o Grande, reconquistou a Palestina em 198 aC, que voltou para os reis da Síria, chamados “Selêucidas”. De 175-163 aC, foi violentamente rancoroso com os judeus; fez um esforço titânico e decidiu por exterminá-los e à sua religião. Devastou Jerusalém, em 168 aC; profanou o templo, em cujo altar ofereceu um porco; erigiu um alta à Júpiter; proibiu o culto no templo; impediu circuncisão sob pena de morte; destruiu todas as cópias das Escrituras que foram encontradas, matando a todos quantos foram achados de posse das mesmas; vendeu milhares de famílias judias para o cativeiro e recorreu a toda espécie imaginável de tortura para forçar os judeus a renunciar sua religião. Isso deu ocasião à revolta dos Macabeus, uma das mais heróicas façanhas da história [2].

O Perído Macabeu ou Hasmoneano. 

Matatias, sacerdote, de intenso patriotismo e imensa coragem, furioso com a tentativa de Antíoco Epifânio, reuniu um bando de leais compatriotas e desfraldou a bandeira da revolta. Tinha cinco filhos heróis e guerreiros: Judas, Jônatas ,Simão, João e Eleazar. Matatias faleceu em 166 aC. Seu manto caiu sobre seu filho Judas, guerreiro de admirável gênio militar. Ganhou batalha após batalha em condições de inferioridade incríveis e impossíveis. Reconquistou Jerusalém em 165 aC, purificou e reedificou o Templo. Foi esta a origem da Festa da Dedicação (João 10.22-23). Judas uniu em si a autoridade sacerdotal e civil e assim estabeleceu a linguagem dos sacerdotes-governadores Hasmoneanos, que pelos seguintes 100 anos governaram uma Judéia independente [2]. Foram eles:

Matatias – 167-166 aC.

Judas – 166- 161 aC.

Jônatas – 161- 143 aC.

Simão – 143- 135 aC.

João Hircano I – 135-104 (filho de Jônatas).

Aristóbulo e filhos – 104-63 (indignos do nome do Macabeus).