sexta-feira, 9 de março de 2012

Religião ou Jesus!

O nosso alvo deve ser Jesus! Existe apenas um Deus, Ele é único o criador dos céus e da terra.

Muitas pessoas trocaram de religião em busca da sua “verdade”, geralmente, porque se decepcionaram com o que vivenciaram onde estavam ou pelo que viram (e veem) através dos meios de comunicação. Eu também vejo muita coisa errada, mas na minha frente eu busco o que está na Bíblia. Se alguém me fala algo referente à religião, sem respaldo bíblico eu respeito, mas não guardo para mim. Não sigo a doutrinas impostas por homens, e sim a Bíblia.

Veja o que diz Jesus sobre a religião: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desses é vã”.Tiago 1:26

Uma coisa que temos que colocar no coração é que não existe ser humano perfeito, vamos encontrar erros em todos os lados que formos, mas não podemos nos espelhar, na pessoa que está fazendo errado, faça a sua parte. Em todas as religiões sempre vai existir alguém que está fazendo algo, diferente do que a palavra de Deus diz. Sejam católicos, evangélicos, budistas, hindus, muçulmanos, judeus, espíritas, entre outras religiões.

Tem gente que vive para olhar e analisar a vida dos outros, é capaz de detalhar a roupa de todos que estavam na igreja, sabe a vida de todos os vizinhos. Disse Jesus: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?Mateus 7:3

Temos que olhar para Jesus e lembrar como ele foi perfeito, como veio a terra e viveu sem pecar, de coração puro e gestos humildes. Ai sim terá forças para caminhar. A nossa religião tem que ser Jesus, a pessoa que você mais admira, pode um dia te decepcionar, mas Jesus NUNCA!

João15:17 Disse Jesus ”Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros.”

Para mim, o amor ao próximo vem em pequenos detalhes, seja simplesmente desviar de alguém, ceder à vez no trânsito, falar sempre com um sorriso, ser amável e gentil com todos na medida do possível. Fazer com os outros, o que você gostaria que fizesse com você ai não tem erro.

Conhecer a Deus transcende a qualquer entendimento, por isso, não haja com a razão, muito menos com a emoção, busque o que Deus tem para te falar, senão, você pode se tornar um religioso ou ateu.
Deus te ama e ele não está procurando que “placa de igreja” você pertence ou se você vai à igreja. Esse amor independe disso, por que você é filho. Um filho não precisa fazer nada, o pai ama independente de qualquer coisa.

Mas é importante você buscar uma igreja que se identifique para avivar a sua fé sempre que bater aquela angustia, na “casa de Deus” você encontrará conforto, mas Ele fala com você em qualquer lugar no banheiro, no carro, na sua cama!

Seja cristão “semelhante a cristo” e não religioso. Fiquem na paz!


Você quer saber mais?

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/search/label/F%C3%89

segunda-feira, 5 de março de 2012

IGREJA CATÓLICA, RIQUEZA MATERIAL OU VIRTUDE ESPIRITUAL?

Na foto à esquerda vemos monges franciscanos, na foto à direita a realização de uma Missa Tridentina.

Sabemos que muitos afirmam que a Igreja Católica diga-se de passagem,é tão rica ao ponto de ser capaz de usar os bens que tem para aniquilar a fome do mundo.Esta mentira de que a Igreja é a instituição mais rica do mundo vai acabar por este artigo,onde com provas concretas escreverei a verdade. Embora seja protestante luterano, não posso me calar diante de tantas mentiras dirigidas contra a cristandade. Pois, afirmo aqui, o que Lutero, afirmou a quase 500 anos. "Nunca desejei criar uma nova Igreja, mas reformar os erros da Santa Mãe Igreja Católica". Pois é para mim, no mínimo ridículo lutar contra quem está há 2000 anos protegendo a fé cristã. Seja contra as invasões muçulmanas ou contra as piores heresias de seitas barbaras.

Diferente da visão de instituição bilionária ou trilhonária que muitas pessoas têm da Igreja Católica,o Estado do Vaticano, tem um PIB de 333 milhões de dólares (muito diferente dos bilhões ou trilhões que muitos pensam que a Igreja tem),ou seja, o Vaticano é a 179° economia do mundo.

A Igreja em outras épocas foi muito mais rica que agora,pois durante a Reforma Protestante e até mesmo no processo de independência e unificação da Itália,a Igreja perdeu grande parte de suas terras do Estado Pontifício,restando apenas o Vaticano que é o menor país do mundo , e que conta atualmente com 800 habitantes.

Ou seja , o patrimônio da Igreja Católica atualmente no momento que escrevo este artigo são 333 milhões de dólares.Não chega nem aos bilhões que muitos por ignorância afirmam que a Igreja tenha.Grande parte dos bens materiais que a Igreja têm (Catedrais,obras de arte,doações de reis da Idade Média) não podem ser vendidos por se tratarem de patrimônios da humanidade)

Com certeza estes 333 milhões de dólares que é o PIB do Vaticano seja para nós muito dinheiro,mas enquanto o Vaticano é a 179 ª economia do mundo,o Brasil é a 7 ª maior economia do mundo,com um PIB de 2 trilhões de dólares.Nem sequer são milhões,mas trilhões de dólares que é o PIB de nosso país,onde todos sabemos que é pelo PIB que se mede a riqueza e o progresso econômico de uma determinada região.

A Igreja Católica por ser a Igreja com o maior número de fiéis no mundo certamente é rica, mas com o suficiente para se manter e nada mais. Diferente da propaganda enganosa de que o atual papa, Bento XVI viva no mesmo luxo que a Igreja do século XVI,dos tempos de Lutero. A Igreja Católica em meio de tantas revoluções perdeu bens materiais,mas ao mesmo tempo se enriqueceu de bens espirituais e de virtudes.Perdeu riquezas,mas adquiriu grandes homens nos últimos dois séculos,como Paulo VI, João XXIII, São João Bosco, João Paulo II e entre tantos nomes que ficaram para ser mencionados.

Para terminar, não nos enganemos, mas busquemos a verdade. Muitas pessoas tem uma visão distorcida da Igreja Católica por não a conhecerem. A Igreja não é esta instituição grandiosamente rica,como muitos afirmam, pois só o PIB do Brasil de 2 trilhões de dólares já deixam o PIB do Vaticano para traz.

Você quer saber mais?

http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/sp_ss_scv/informazione_generale/sp_ss_scv_info-generale_en.html

http://www.vatican.va/news_services/television/index.htm

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Alcorão vs. A Bíblia


As mensagens que se tornnou o Corão, ou Alcorão, tornar-se um volume de cerca de quatro quintos do tamanho do Novo Testamento. O Corão é dividido em 114 capítulos, ou Suras, que estão dispostas em ordem decrescente de comprimento, com exceção da sura breve em primeiro lugar, que faz parte da oração diária do muçulmano.

Os muçulmanos rejeitam a Bíblia - e, por extensão, o cristianismo e o judaísmo - como sendos corruptos e substituídos pelo Alcorão. "Os muçulmanos consideram o Velho e Novo Testamentos como a partilha de dois defeitos de que o Alcorão é livre ... Eles gravaram apenas partes da Verdade ... e / as Bíblias judaicas e cristãs foram parcialmente danificados na transmissão, fato que explica as discrepâncias ocasionais que ocorrem entre suas contas e entes paralelos no Alcorão ... O Alcorão é a revelação final e infalível da vontade de Deus. Seu segundo capítulo diz explicitamente: "Esta é a Escritura do qual não há dúvida" (John Miller e Aaron Kenedi, dentro do Islã, 2002, p 22.).

"Muhammad estava em desacordo com os políticos cristãos quando ele tinha adquirido uma certa quantidade de informações suplementares sobre as crenças cristãs ... Os cristãos estavam errados em dizer que Jesus ... era o filho de Deus ... havia um único Deus, Alá ... Ele Jesus não era Deus ...O Islã, a última revelação profética, que havia sido concedida para os árabes, era, portanto, a religião suprema e definitiva "(Maxime Rodinson, Muhammad, 1980, p. 240).

Há muitos conflitos entre a Bíblia e várias passagens do Corão. Sura 19:34-35 refere-se a Jesus apenas como o filho de Maria e nega que Ele foi morto na crucificação, dizendo que era outro que parecia com ele.

A sura 61:6 diz: "Jesus filho de Maria ... disse aos israelitas: 'Estou enviado a você de Deus para confirmar a Torá já revelou, e para dar a notícia de um apóstolo que quer vir após mim, cujo nome é Ahmad ( o louvado) "- sendo este último uma referência a Maomé, cujo nome significa" louvável "Jesus é aqui apresentado como declarando-se como apenas o precursor do maior e último profeta Muhammad.

A Bíblia, é clara, apresenta Jesus como o Filho de Deus, o Profeta final e o caminho da salvação. Como Paulo escreveu: "Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e Cristo Jesus homem, que se deu em resgate por todos, para servir de testemunho a seu devido tempo" (I Timóteo 2:5-6).
No entanto, com base no que o Alcorão afirma: "Os muçulmanos respeitam Jesus como um de talvez 124.000 mensageiros ou profetas que Allah enviou, e um dos 25 listados no Alcorão, mas não como nosso Redentor" (Marvin Olasky, "Islam vs Liberdade, "O Mundo, 10 de setembro de 2011).

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mentes do século XXI. Turbinadas e Desestabilizadas!

Vivemos em uma sociedade buscadora de novidades, aonde não é descabido dizer que a maioria das transformações das últimas décadas, principalmente na sociedade ocidental, manifesta o tom de uma busca intensa de novidades: velocidade, precocidade, abusos (de drogas inclusive), violência, ambição desmedida pela fama e pelo sucesso, narcisismo, histeria, inconsequência, pansexualidade, fanatismo religioso, inovação constante, pressa, impaciência, esportes radicais, lutas mais agressivas, competitividade, relações efêmeras e voláteis, versatilidade, expressão afetiva, mulheres cada vez mais ativas e competitivas, cirurgias plásticas estéticas e todas as formas de preservar ou recuperar a juventude. São comportamentos, atitudes ou sonhos que sempre estiveram presentes ou latentes, mas parecem se intensificar cada vez mais com a carga crescente de estímulos que as crianças recebem.

Isso pode ser muito bom para provocar mudanças na sociedade, mas traz o risco da instabilidade, da inconsequência e dos excessos. Sem uma concepção de comunidade, de ética e de bem-estar geral, esta onda de estímulos associada às fracas estruturas familiares, que não conseguem impor limites de modo claro e afetivo, pode gerar enormes problemas para todos.

Crianças são estimuladas a realizarem várias tarefas ao mesmo tempo como: jogar vídeo game, usar o computador, msn, ouvir música e ver as notícias de seus idolos da "hora". Dentre outras atividades que prejudicam a concentração e atrapalham o bom desempenho se o foco fosse um só!

É fácil perceber que uma das grandes mudanças atuais é a carga de estímulos e novidades a que estamos expostos. Comparados às crianças de 60 anos atrás ou de uma comunidade indígena ou rural, os bebês nascidos nas classes média e alta já vêm ao mundo com dezenas de roupas coloridas, um quarto todo enfeitado, móbiles pendurados no berço, chocalhos e brinquedos em tal quantidade que mal se acostumam com um e já ganham outros tantos ainda mais barulhentos, surpreendentes e coloridos. Televisão com vários canais, música o tempo todo, videoclipes (com edição frenética de imagens), tipos diferentes de comidas, computadores, internet, videogames ensandecidos e ensandecedores...Não é à toa que os brinquedos de ação estão cada vez mais comuns e ousados. Skates, patins e bicicletas não servem para andar para lá e para cá: são usadas para saltar, voar, girar, se quebrar.

Porque esperaríamos que na hora de namorar fosse diferente? Enjoou, troca! E as meninas, cada vez mais estimuladas, passam a ter um perfil mais comum ao estereótipo masculino: independente, explorador, conquistador.

Como vão ficar as relações?

Estamos cultivando uma geração de pansexuais polígamos? Além disso, a mídia reforça o modelo de que só é bom se tiver muita adrenalina! Para quê? Certamente para vender mais. Devêramos então, nos surpreender com o aumento do consumo de drogas lícitas e ilícitas, apesar da redução da propaganda direta? Será que o mercado é um bom regulador do comportamento humano? Não precisamos repensar nosso modelo de sociedade e a filosofia de vida que estamos levando?

Onde fica a discussão ética disso tudo?

Esse excesso de excitação coincide também coma redução da maternidade em nossa sociedade: mães que trabalham deixam os filhos em creches onde são mais estimuladas e tem menos vivencia do modelo de apego e cuidado materno que sabidamente aumenta a tolerância e a segurança da criança. Quando voltam para casa, podem estar cansadas demais para serem mães tolerantes. Esta combinação promove o temperamento de busca de novidades e não desenvolve a persistência, um padrão de temperamento frequente em ambientes de extremos estímulos externos.

Acredito que o ponto central é avaliar a influência destas mudanças de ambiente desde o nascimento, porque o cérebro até 10 anos é extremamente maleável e adaptável. O maior exemplo é o aprendizado de idiomas. Se mudar de país, uma criança até 10 anos aprende o idioma novo sem sotaque ou diferenças de conhecimento em comparação aos nativos. Por que para o resto seria diferente? E mais, o que promove o desenvolvimento cerebral é exatamente o estímulo, portanto não devemos nos surpreender com a crescente precocidade das crianças em todos os níveis. Quem nasceu na década de 1920, por exemplo, mal experimentou o rádio, o telefone e o automóvel na sua infância, hoje, aos sete anos de idade, se anda a 120 Km/h, se tem TV e computador no quarto e celular próprio.

Os professores sabem o que é tentar conter essa geração que não consegue ficar quieta e prestar atenção.

Claro que o modelo atual de escola também não ajuda muito. Mas como vai ser daqui a 10 ou 15 anos?

Não é, em parte, essa tormenta de informações intensas e voláteis que nos distancia cada vez mais da serenidade do índio e do camponês? Talvez seja hora de admitir a hipótese de que novidades e estímulos demais podem ser deletérios. E quem sabe possamos auxiliar as crianças no desenvolvimento da tolerância a frustrações e não estimulá-las em excesso se já tiverem um forte temperamento de busca de novidades, reduzindo a chance de virem a manifestar instabilidade ou insaciabilidade de sensações na vida adulta?

A televisão tem sido o foco central por muitos anos do encontro familiar nas noites. Desligue a sua televisão, rádio, computador e celular por um tempo. Aproveite esse tempo para sentar-se à mesa com sua família, falar sobre como foi o dia no seu trabalho e na escola de seus filhos.

Em resumo ambientes muito estimulantes gerariam crianças turbinadas, que se transformam em adultos turbinados e mais turbinadores da sociedade. A poluição de informações e estímulos tem crescido bastante, mas foi devastadora nesta última década, com a popularização de computadores, celulares e televisões no quarto com programas em alta rotação. Como se não bastasse, esses estímulos têm feito com que todos, principalmente os mais jovens, durmam cada vez mais tarde e, portanto, menos que é outro fator desestabilizador da mente. É só uma hipótese, e pode não ser a única, mas acho que deve ser considerada.

Jantares e almoços em família são verdadeiras fontes da juventude para a relação familiar.

Além disso, a presença da mídia e as informações externas ao nosso microcosmo são cada vez mais abundantes e invasivas, tendendo (por sua própria essência) ao extremo. Obviamente uma família almoçando tranquila no domingo não é notícia, exceto se um avião cai em cima da casa ou se ela ganha um prêmio maravilhoso. Com isso, torna-se mais importante ponderar nossa visão de mundo para não sermos jogados para cima e para baixo a toda hora por manchetes e pelos acontecimentos alardeados.

Não podemos esquecer da velha e boa leitura. Aproveite um momento para lêr um bom livro de seu agrado, em um ambiente sereno e calmo. Isso faz uma diferença muito grande entre aprender e acumular informações.

Você quer saber mais?

CLONINGER CR, SVRAKIC DM, PRZYBECK TR. A psychobiological model of temperament and character. Arch Gen Psychiatry. 1993; 50(12): 975-90.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Heinrich Rudolf Hertz (1857 - 1894).

Heinrich Rudolf Hertz nasceu em Hamburgo, em 22 de fevereiro de 1857, filho de renomado advogado. O jovem Hertz não foi nenhum menino prodígio; era um jovem como muitos outros, um pouco mais sério, talvez. Durante seus estudos preliminares, em um colégio da cidade natal, seu maior interesse se voltava para as oficinas da escola, onde passava a maior parte do tempo livre. Ali trabalhava no torno, construindo e montando os mais diferentes mecanismos, sobretudo instrumentos ópticos. Esse gosto característico pela construção se manteve durante toda sua vida, mesmo quando se dedicou à intensa pesquisa física: sempre construiu os instrumentos e aparelhos de que necessitava para seu trabalho.

Foi o interesse pelas construções mecânicas que, ao término do colégio, o orientou para uma faculdade de engenharia. Freqüentou-a por dois anos, mas o desejo de realizar pesquisa pura se tornou mais forte que sua inclinação para a engenharia. Passou, então, em 1878, aos estudos de física, na Universidade de Berlim.

Sua seriedade e empenho nos estudos logo foram notados por von Helmholtz, que era seu professor. E quando este propôs aos seus alunos, em 1880, um trabalho versando sobre uma questão de eletrodinâmica, de escolha individual, Hertz apresentou uma pesquisa original, intitulada "Sobre a Energia Cinética da Eletricidade", que foi merecidamente a vencedora.

Ainda nesse ano de 1880, também ano de sua diplomação, Hertz tornou-se assistente de von Helmholtz e, durante os três anos que passou no instituto berlinense, ocupou-se com pesquisas experimentais sobre a elasticidade dos gases e sobre as descargas elétricas através destes. Em 1883, obteve a docência na Universidade de Kiel, onde começou a estudar a eletrodinâmica de Maxwell. Este havia previsto teoricamente a existência das ondas eletromagnéticas, mas o fato ainda não havia recebido confirmação experimental.

Os estudos de eletrodinâmica o fascinavam, e ele imaginava como poderia reproduzir praticamente os fenômenos tão claros na teoria. Uma de suas descobertas fundamentais foi realizada diante dos estudantes, durante uma aula demonstrativa, no outono de 1886. Nessa ocasião, Hertz encontrava-se em Karlsruhe, onde era professor da Escola Politécnica desde o ano anterior. Nesse mesmo ano casou-se com Elizabeth Doll, filha de um professor de Karlsruhe, e com ela teve duas filhas.

Durante uma aula, na qual se utilizava, para demonstração, de duas bobinas ligadas a faiscadores, notou que, enquanto numa das bobinas deflagrava uma faísca, na segunda era deflagrada outra. Esta, porém, era muito pequena, pouco luminosa, e seu ruído era coberto pelo da primeira, muito mais forte. Foi desse modo que Hertz, quase por acaso, descobriu o importante fenômeno das centelhas secundárias.

O jovem cientista compreendeu que aquelas faíscas elétricas eram conseqüência de fenômenos eletrodinâmicos que se processavam nas proximidades de circuitos oscilantes com capacitância e auto-indução mínimas. Para comprovar suas idéias, repetiu, seguidamente, as experiências. Logo percebeu que tinha diante de si um campo novo: o da criação das ondas eletromagnéticas e sua propagação a distância.

(Garrafa de Leyden)

Inicialmente, conduziu experiências com um circuito constituído por uma garrafa de Leyden como condensador, uma bobina como indutância e um faiscador. Constatou, então, que a cada faísca que se produzia aparecia uma correspondente muito intensa em uma outra bobina, colocada em frente da primeira. O valor da capacitância era pequeno (a garrafa de Leyden possui pequena capacitância e forte resistência às altas tensões), mas o efeito era notável.

(Oscilador linear)

Hertz não abandonou esse campo de pesquisas. Com espírito metódico, continuou suas experiências por cinco anos, utilizando instrumentos sempre mais complexos. O aparelho típico que usava era um oscilador linear (ou dipolo), formado por duas grandes esferas metálicas ligadas por um condutor retilíneo interrompido por um faiscador - constituído por duas esferas metálicas menores. Os dois braços deste oscilador eram ligados aos pólos de uma bobina de Ruhmkorff; quando a bobina gerava uma tensão alta, ocorria uma descarga entre os dois braços do oscilador. Tal descarga era oscilante, e Hertz verificou que as oscilações possuíam uma freqüência que dependia, unicamente, das características geométricas do oscilador. Era por isso que as faíscas irradiavam no espaço ondas eletromagnéticas de freqüência bem determinada.

Com isso, Hertz demonstrou na prática a existência das ondas eletromagnéticas previstas por Maxwell. Começou, então, a estudar as propriedades dessas ondas. Aos 32 anos descobriu, por meio de experiências extremamente engenhosas, que elas se comportam de maneira inteiramente semelhante às ondas luminosas - fato também previsto na teoria de Maxwell, mas que ainda esperava por uma demonstração experimental.

Voltou sua atenção à propagação das ondas eletromagnéticas. Concluiu, assim, que sua velocidade é a mesma da luz, e que sua propagação no vácuo é retilínea. O comprimento de onda, porém, é maior do que o das ondas luminosas.

Daí, passou a uma série de experiências ópticas. Entre estas, as primeiras foram sobre reflexão em superfícies metálicas, como ocorre também com as ondas luminosas. Entretanto, Hertz verificou que, no caso das ondas eletromagnéticas, a reflexão especular ocorre também quando as superfícies são opticamente ásperas. Isso porque as ondas eletromagnéticas possuem comprimento muitíssimo maior que o da luz.

Outra célebre experiência foi a realizada com o prisma de piche, com o qual demonstrou a refração das ondas eletromagnéticas. Atravessando um prisma de piche, as ondas mudam de direção, como ocorre no caso das ondas luminosas ao atravessarem um prisma de vidro. O cientista provou, finalmente, que as ondas oscilam em um plano que contém a direção de propagação. Para demonstrar este fato, era necessário provar, primeiramente, a possibilidade de polarizar ondas eletromagnéticas. Para isso, Hertz idealizou e construiu um dispositivo dotado de uma grade de fios metálicos, que, quando atingido por ondas eletromagnéticas, as polarizava.

Embora ciente da desconfiança com que o mundo científico acolhia as hipóteses de Maxwell, Hertz apresentou os resultados irrefutáveis de seus trabalhos ao Congresso da Sociedade Alemã para o Progresso da Ciência, em 1888. Eles punham abaixo os velhos conceitos de ação a distância, assim como as tentativas dos mecanicistas em reduzir a eletrodinâmica a uma dinâmica do tipo newtoniano, explicada por movimentos de corpos invisíveis num meio hipotético, o éter.

Os expressivos resultados de suas experiências, revelando e estudando as características das ondas eletromagnéticas, fizeram com que elas fossem batizadas com o nome de ondas hertzianas.

Realizado o ciclo de experiências e concluído um capítulo de suas pesquisas, os interesses de Hertz voltaram-se para uma visão mais ampla da física e para problemas universais.

Um de seus trabalhos foi tentar explicar toda a mecânica por meio do que chamou o "princípio da trajetória retilínea".

Apesar de Hertz não ter tido sucesso nessa empresa, uma versão atualizada de seu princípio encontrou posteriormente aplicação na teoria einsteiniana da gravitação.

Ainda que cumulado de honrarias, Hertz continuou levando uma vida afastada do convívio social, dedicando-se somente à ciência. Baixo, delicado, de fronte espaçosa e barba ruiva, refletia no aspecto e na expressão bondade e grande modéstia. A seriedade e maturidade que possuía, acima do que seria de se esperar de sua idade, fizeram com que alguém o definisse como um "velho nato".

Nos primeiros meses de 1893, Hertz adoeceu e foi operado de um tumor na orelha. Passou uma temporada convalescendo em Santa Margherita Ligure (Itália), depois do que, parecendo restabelecido, regressou ao laboratório. Em dezembro desse ano, porém, foi obrigado outra vez a interromper toda atividade.

Em 1º de janeiro de 1894, antes de completar 37 anos, Hertz morria, deixando uma obra que permitiu um progresso nunca antes imaginado no campo das comunicações a grande distância.

Poucos meses após sua morte, vieram a público os três volumes de "Os Princípios da Mecânica", a última obra que Hertz enviara a seu editor de Leipzig. Sentindo que lhe restava pouco tempo de vida, confiara a tarefa de cuidar da publicação ao seu melhor assistente, P. Lenard.

Você quer saber mais?

www.rc.unesp.br/igce/fisica/lem/bibliofisicos/hertz.htm

www.sofisica.com.br/conteudos/Biografias/Hertz.php

www.dec.ufcg.edu.br/biografias/HeiricRu.html

www2.ee.ufpe.br/codec/Hertz.html