sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

POR QUAL MOTIVO O CATECISMO MAIOR PARA OS LUTERANOS TÊM UM CONTEÚDO DIFERENCIADO DO CATECISMO MENOR?


O Catecismo Maior encontra-se no Livro de Concórdia.

Foi publicado em abril de 1529. Este catecismo é relativamente desconhecido dos cristãos. No entanto foi o primeiro livro de instrução a ser elaborado. Difere do Catecismo Menor em alguns aspectos. Foi escrito na forma de explanação contínua, e não em perguntas e respostas. Dedica um espaço maior para a exposição dos Dez Mandamentos. Lutero foi um existoso reformador, professor, pastor, autor e compositor de hinos. Movido pelo seu profundo e vivo interesse na difusão da palavra de Deus, ele compôs seu Catecismo Maior para ser usado por pastores, professores e pais na promoção da causa da educação cristã entre os homens. O Catecismo Maior deveria trazer material suplementar para os que ensinavam o Catecismo Menor. Lutero pretendia que ele fosse usado na igreja, na escola e no lar.

Devido ao fato de infelizmente grande número de pastores e pregadores estarem sendo muito negligentes a respeito das coisas de Deus e desprezarem seu ofício e a instrução. Uns por causa de sua erudição outros por causa de preguiça deixaram cair em ruína e desolação suas paróquias, pois lêem uma vez, logo acham saber tudo e atiram os livros a um canto. Para tanto o Catecismo Maior volta-se para esses pregadores e eruditos.

Depois que as igrejas evangélicas haviam alcançado certa estabilidade externa, a necessidade era fortalecê-las internamente. Lutero já havia produzido um bom número de sermões e panfletos, desde 1516, para dar educação popular sobre os elementos básicos da doutrina cristã. Em 1525, confiou aos seus amigos Justus Jonas e João Agrícola a tarefa de compor um livro de instrução religiosa para crianças, ao qual se referiu como “catecismo’. Quando este trabalho sofreu atraso, como aconteceu em uma tentativa com Melanchthon, em 1528, Lutero tomou a iniciativa novamente. Entregou a Melanchthon a composição das “Instruções aos Visitadores do Clero do Eleitorado da Saxônia” (1528), enquanto ele mesmo assumiu a tarefa de preparar o Catecismo.
O material básico para tanto consistia de três séries de sermões que Lutero pregou em maio, setembro, novembro e dezembro de 1528 e março de 1529.

Antes que estes sermões terminassem, Lutero já estava escrevendo o Catecismo Maior. Partes dele foram enviadas à gráfica antes que o todo estivesse completo. Em abril de 1529, foi publicado o Catecismo Alemão, impresso pó Jorge Rhaw, em Wittenberg. (O título Catecismo Maior não é de Lutero). Mais tarde, no mesmo ano, Lutero publicou uma edição revista, incluindo uma “Exortação à Confissão”, uma inserção longa na introdução do Pai-Nosso e várias notas marginais. Esta edição foi a primeira a ser ilustrada, sendo várias das gravuras de Lucas Cranach, o Velho. Outra edição foi publicada em 1530, acompanhada de um segundo e longo prefácio que foi composto, provavelmente, em Coburgo. A última edição revisada por Lutero foi editada em 1538.

Uma tradução do Catecismo Maior para o latim foi publicada em 1529 e uma segunda edição em 1544, obra de um humanista, Vicent Obsopoeus, que se encarregou de fazer dele uma peça literária em grande estilo, adornando-o com citações clássicas e alusões à História Antiga. (De resto é, de modo geral, uma tradução servil do alemão de Lutero.)

Você quer saber mais?


Fonte: Livro de Concórdia/(Editado por) Darci Drehmer. Traduzido por Arnaldo Schüler. 5.ed.-São Leopoldo: Sinodal; Canoas: Ulbra; Porto Alegre: Concórdia, 2006.

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COROA DE ADVENTO

“Venho sem demora. Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3.11)

Advento é tempo de alegria. A razão dessa alegria é Cristo. Pois Advento significa vinda, chegada.

A coroa simboliza vitória e poder. Coroas são usadas para festejar vitórias. Soldados e atletas vencedores são homenageados com coroas.
A coroa de Advento quer anunciar a vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e Satanás. Seus ramos verdes falam da nova esperança, da vida e da alegria que aguarda os fiéis na eternidade, pois cremos na “remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna”.
Conforme antigo costume, os quatro domingos de Advento são representados por uma coroa de Advento com quatro velas. A medida que as velas vão sendo acesas, lembramos a esperança dos antigos, que profetizavam a vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus desde os primórdios do mundo: "Ah! se de Sião viesse já o livramento de Israel!. Quando Deus restaurar a sorte de seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará." (Salmo 53.6)

O significado de Advento

O Significado da Coroa de Advento e as Velas

Neste Domingo dia 27 de novembro de 2011, marca o fim do ano da Igreja já inicia o Advento e um novo tempo da Igreja. Estamos vivendo a época de Advento. Advento quer dizer Vinda. É um tempo em que a Igreja olha para o futuro, para o cumprimento final da promessa da volta de Cristo, ao mesmo tempo em que olha para o passado, lembrando o cumprimento das promessas de Deus em Belém. Geralmente ressalta-se um significado tríplice do Advento:

1) A vinda do Senhor como nosso irmão, no Primeiro Natal;

2) A vinda do Senhor pela Palavra e Sacramentos, nos dias de hoje;

3) A vinda do Senhor em glória no Dia do Juízo Final.

A Coroa de Advento é uma forma de expressar alegria pela vinda de Cristo Para comemorar o período de Advento.

O círculo da coroa simboliza tanto a eternidade, como a aliança de Deus com a humanidade através de Cristo.

Os ramos verdes simbolizam a esperança cristã na vida eterna.

As quatro velas, que vão sendo acesas uma a uma, a cada Domingo de Advento, simbolizam a alegria da aproximação de Cristo – a LUZ DO MUNDO – que veio no Natal – que vem diariamente pela palavra e sacramentos e que virá no dia derradeiro.

A vela branca no centro da coroa representa Cristo – que finalmente chegou a nós. É chamada “A Vela do Natal”, ou “Vela de Cristo”, pois só é acesa no Natal e em todos os cultos após o Natal – até a Epifania.

Veja o significado de cada uma das velas deste período de Advento:

A PRIMEIRA: A VELA DA PROFECIA

A igreja cristã tem hoje seu Ano Novo. É o Primeiro Domingo de Advento. Conforme antigo costume, os quatro domingos de Advento são representados por uma coroa de Advento com quatro velas.

À medida que as velas vão sendo acesas, lembramos a esperança dos antigos, que profetizavam a vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus desde os primórdios do mundo: Ah! Se de Sião viesse já o livramento de Israel! Quando Deus restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará (Sl 53.6)

Voltem-se os nossos pensamentos para a noite em que Cristo nasceu da virgem Maria, em cumprimento à promessa do Pai de remir o mundo dos seus pecados. Meditemos no alto e sublime privilégio de pertencer, como membros, ao corpo de Cristo, através da fé, mantida viva pela Palavra e Sacramentos. Meditemos no amor e na presença de Deus, mesmo nas horas mais difíceis de nossas vidas. Emanuel, Deus conosco.

A SEGUNDA: A VELA DE BELÉM

A primeira vela de Advento foi a vela da Profecia. A segunda vela é a Vela da Preparação para a vinda do Salvador, denominada a Vela de Belém. Muitos pensamentos se acumulam na mente dos cristãos durante esta época cheia de atividades de Advento. É da maior importância que os nossos corações se atenham à admoestação de João Batista, de arrependimento, por causa da presença do Reino de Deus entre nós. José e a Virgem Maria fizeram uma jornada até Belém. Foi uma longa e cansativa jornada. Mas a viagem era necessária em preparação para o grande evento daquele primeiro Natal.

Escreve o evangelista Mateus (2.6), citando as palavras do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.

A mensagem da Vela da Preparação, ou a Vela de Belém, nos leva a meditar e render graças a Deus que colocou até mesmo um imperador pagão, César Augusto, a nosso serviço, para que o Salvador nascesse na cidade designada por Deus. E reconheçamos o grande privilégio de pertencermos como membros, ao corpo de Cristo, pela fé. Recebamos em nossos corações o Emanuel, Deus conosco!

A TERCEIRA: A VELA DOS PASTORES

Aproxima-se a festa da vinda do Salvador. Com a terceira vela lembramos aqueles humildes pastores nas campinas em volta de Belém, suspirando (Sl 14.7): Ah! Se de Sião viesse já a salvação de Israel! Quando o Senhor restaurar a sorte do seu povo, então exultará Jacó, e Israel se alegrará.

O mundo de hoje não vê o Natal sob este prisma. Aguarda-o como uma festa de alegrias terrenas, sem se lembrar daquele que transformou o Natal no mais importante evento da humanidade. Queria Deus que estejamos nós preparados para receber o Menino Jesus, como os pastores o estavam, ao dizerem uns aos outros, depois que o anjo deles se ausentou: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer!

Ao refletirmos sobre esta vela, denominada A Vela dos Pastores, aproximemo-nos do Salvador com reverência e lhe ofereçamos o nosso coração!

A QUARTA: A VELA DOS ANJOS

A quarta vela de Advento é denominada a Vela dos Anjos. Os anjos de Deus desempenharam papel importante no Advento de Jesus: O anjo Gabriel anunciou a Zacarias o nascimento do precursor do Messias. O mesmo anjo anunciou a Maria o nascimento do Salvador. E uma milícia dos exércitos celestiais apareceu aos pastores nas campinas de Belém para lhes anunciar o nascimento do prometido Príncipe da Paz.

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” foi a mensagem angelical de nova esperança ao mundo.

E, finalmente, quando chegar o dia derradeiro, quando vier o Filho do Homem na sua majestade, todos os anjos virão com ele (Mt 25.31).

Este é o Advento final, que aguardamos como todos aqueles que exultaram com o primeiro Advento do Salvador. Deus conceda que naquele dia todos nós estejamos preparados para cantar hosanas eternamente ao Filho de Deus!

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Confissão de Augsburgo: Confissão de Fé apresentada ao Invictíssimo Imperador Carlos V, César Augusto, na Dieta de Augsburgo, no ano de 1530.

Dieta de Augsburgo em 1530. Os príncipes protestantes da Alemanha defendem suas crenças diante do imperador Carlos V.

No dia 21 de janeiro de 1530, o Imperador Carlos V convocou uma dieta imperial a reunir-se em abril seguinte, em Augsburgo, Alemanha. Ele desejava ter uma frente unida nas suas operações militares contra os turcos, e isso parecia exigir um fim na desunião religiosa que tinha sido introduzida como resultado da Reforma. Conseqüentemente, convidou os príncipes e representantes das cidades livres do Império para discutir as diferenças religiosas na futura dieta, na esperança de superá-las e restaurar a unidade. De acordo com o convite, o Eleitor da Saxônia pediu aos seus teólogos em Wittenberg que preparassem um relato sobre as crenças e práticas nas igrejas da sua terra. Uma vez que uma exposição de doutrinas, conhecida com o nome de Artigos de Schwabach, tinha sido preparada no verão de 1529, tudo o que parecia ser necessário agora era uma exposição adicional a respeito das mudanças práticas introduzidas nas igrejas da Saxônia. Tal exposição foi, por isso, preparada por teólogos de Wittenberg e, visto que foi aprovada num encontro em Torgau, no fim de março de 1530, é chamado comumente de Artigos de Torgau.

Juntamente com outros documentos, os Artigos de Schwabach e Torgau foram levados para Augsburgo. Lá foi decidido fazer uma declaração luterana conjunta em vez de uma simples declaração saxônica, a explanação a ser apresentada ao Imperador. Circunstâncias também exigiram que se deixasse claro na declaração que os luteranos não fossem reunidos ao acaso com os demais oponentes de Roma. Outras considerações indicaram que seria desejável enfatizar mais a harmonia com Roma do que as diferenças. Todos estes fatores contribuíram para determinar as características do documento que estava sendo preparado por Filipe Melanchthon. Os Artigos de Schwabach tornaram-se a base para a primeira parte do que veio a ser chamado de Confissão de Augsburgo, e os Artigos de Torgau tornaram-se a sua segunda parte. Lutero, que não estava presente em Augsburgo, foi consultado por correspondência, mas as emendas e revisões continuaram sendo feitas até a véspera da apresentação formal ao Imperador, em 25 de junho de 1530. Assinada por sete príncipes e pelos representantes de duas cidades livres, a Confissão imediatamente adquiriu importância peculiar como uma declaração pública de fé.

De acordo com as instruções do Imperador, os textos das confissões foram apresentados em alemão e latim. A leitura diante da Dieta foi feita do texto alemão, que é, por isso, tido como mais oficial. Infelizmente, nem o texto alemão nem o latino existem nas formas exatas em que foram apresentados. De qualquer maneira, mais de cinqüenta cópias que datam de 1530 foram encontradas, incluindo esboços que representam vários estágios no preparo antes de 25 de junho, bem com cópias com uma variedade de novas mudanças no vocabulário feitas após 25 de junho. Estas versões têm sido objeto de extensos estudos críticos da parte de muitos estudiosos, e um texto latino e outro alemão forma reconstituídos e podem ser considerados próximos, embora não idênticos, aos documentos apresentados ao Imperador. Existem diferenças entre os dois textos, razão por que ambos são reproduzidos nas publicações.

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Fonte: Livro de Concórdia/(Editado por) Darci Drehmer. Traduzido por Arnaldo Schüler. 5.ed.-São Leopoldo: Sinodal; Canoas: Ulbra; Porto Alegre: Concórdia, 2006.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O MAIS INJUSTO JULGAMENTO DE TODA HISTÓRIA FOI NECESSÁRIO!

O Sinédrio, (do hebraíco "Sanhedrin" do grego "assembleia sentada", donde vêm a palavra"assembleia") é o nome dado à associação de 23 juízes que a Lei judaica ordena existir em cada cidade.

Poucos julgamentos do passado, se é que alguns,são tão conhecidos como este. Quatro relatos da Bíblia, chamados de Evangelhos, descrevem a prisão, o julgamento e a execução de Jesus Cristo. Por que você deveria se interessar por esse assunto? Porque Jesus disse que seus seguidores deviam comemorar sua morte, o que aumenta a importância do julgamento que levou a esse desfecho; porque devemos saber se as acusações contra Jesus eram verdadeiras; e porque o sacrifício que Jesus fez, dando voluntariamente sua vida, é de importância vital para nós e para o nosso futuro. – Lucas 22:19; João 6:40.

Na época do julgamento de Jesus, a Palestina era governada por Roma. Os romanos permitiam que as autoridades religiosas judaicas administrassem a justiça entre os judeus segundo suas próprias leis, mas pelo visto não lhes concediam o direito legal de executar criminosos. Portanto, Jesus foi preso por seus inimigos religiosos judeus, mas executado pelos romanos. Sua pregação deixou os líderes religiosos da época tão humilhados que eles decidiram que Je3sus devia morrer. Mesmo assim, queriam que essa execução parecesse legal. Uma análise dos esforços que eles fizeram para conseguir isso levou um professor de Direito a classificar o caso como “o pior crime conhecido da história da Jurisprudência”.

Um erro após o outro

A Lei que Moisés transmitiu a Israel tem sido chamada de “o melhor e mais perspicaz sistema de leis já promulgado”. No entanto, os rabinos no tempo de Jesus, que tinham o costume de criar leis para tudo, haviam acrescentado a ela uma grande quantidade de regras, muitas das quais foram mais tarde registradas no Talmude. Será que o julgamento de Jesus cumpriu esses critérios bíblicos e seculares?

Será que Jesus foi preso porque duas testemunhas fizeram a mesma acusação contra ele num tribunal? Para que a prisão fosse legal, deveria ter sido assim. Na Palestina do primeiro século, um judeu que acreditasse que uma lei tinha sido violada levava o caso ao tribunal durante sessões regulares. Os tribunais não podiam acusar; eles simplesmente investigavam as acusações apresentadas. A acusação só podia ser feita pelas testemunhas de um suposto crime. O julgamento começava quando o depoimento de pelo menos duas testemunhas do mesmo caso estavam de acordo. Seu testemunho do mesmo constituía a acusação, o que levava à detenção do acusado. A provas apresentadas por apenas uma testemunha não eram aceitas. (Deuteronômio 19:15) No caso de Jesus, porém, as autoridades judaicas apenas procuraram um “meio eficiente” de se livrar dele. Ele foi preso quando surgiu “uma boa oportunidade” – à noite e “sem que houvesse uma multidão em volta”. – Lucas 22:2,2,5,6,53.

Quando Jesus foi preso, não havia nenhuma acusação contra ele. Os sacerdotes e o Sinédrio, a suprema corte judaica, só começaram a procurar testemunhas depois de sua prisão. (Mateus 26:59) Eles não conseguiram encontrar duas testemunhas que estivessem de acordo. Além disso, não cabia ao tribunal ficar procurando testemunhas. E “julgar um homem, ainda mais quando a vida dele estava em jogo, sem especificar de antemão o crime pelo qual ele estava sendo julgado, pode ser apropriadamente chamado de ultraje”, disse o advogado e escritor A. Taylor Innes.

A turba que havia detido Jesus levou-o até a casa do ex-sumo sacerdote Anás, que começou a interrogá-lo. (Lucas 22:54; João 18:12, 13) Por agir assim, Anás desprezou a regra de que acusações passíveis de pena de morte deviam ser julgadas de dia, não à noite. Além disso, qualquer investigação deveria ser realizada em tribunal público, não a portas fechadas. Sabendo que o interrogatório de Anás era ilegal, Jesus disse: “Por que me interrogas? Interroga os que ouviram o que lhes falei. Eis que estes sabem o que eu disse.” (João 18:21) Anás deveria examinar as testemunhas, não o acusado. A observação de Jesus teria motivado um juiz honesto a respeitar os procedimentos corretos, mas Anás não estava interessado na justiça.

Por causa da resposta de Jesus, um dos guardas lhe deu uma bofetada – e esse não foi o único ato de violência que ele sofreu naquela noite. (Lucas 22:63; João 18:22) A lei registrada no livro bíblico de Números capítulo 35, sobre as cidades de refúgio, diz que os acusados deviam ser protegidos contra maus-tratos até que se provasse sua culpa. Jesus deveria ter recebido essa proteção.

Depois ele foi levado à casa do Sumo Sacerdote Caifás, onde aquele julgamento ilegal continuou noite adentro. (Lucas 22:54; João 18:24). Ali, contra todos os princípios de justiça, os sacerdotes procuraram “falso testemunho contra Jesus, para entregarem à morte”. No entanto não havia duas pessoas que dissessem a mesma coisa sobre o que Jesus tinha falado. (Mateus 26:59) Assim, o sumo sacerdote tentou fazer com que o próprio Jesus se incriminasse. “Não dizes nada em resposta?”, perguntou ele. “O que é que estes testificam contra ti?” (Marcos 14:60). Essa tática era completamente inaceitável. “Questionar o acusado e condená-lo com base em sua resposta, era uma violação da justiça formal”, observou Innes, já citado.

Por fim, aqueles homens se aproveitaram de uma declaração de Jesus. Em resposta à pergunta: “És tu o Cristo, o Filho do Bendito?”, Jesus respondeu: “Sou ; e vós vereis o Filho do homem sentado à destra de poder e vindo com as nuvens do céu.” Os sacerdotes concluíram que isso era uma blasfêmia e “todos o condenaram a estar sujeito à morte”. – Marcos 14:61-64.

De acordo com a Lei mosaica, os julgamentos deviam ser realizados em público. (Deuteronômio 16:18; Rute4:1) Mas esse julgamento foi em secreto. Ninguém tentou ou teve permissão para falar a favor de Jesus. Nenhuma investigação foi feita sobre a afirmação de Jesus de ser o Messias. Ele não teve oportunidade de apresentar testemunhas de defesa. Não houve nenhuma votação ordeira entre os juízes para determinar sua culpa ou inocência.

Perante Pilatos

Visto que os judeus pelo visto não tinham autoridade para executar Jesus, eles o levaram a Pôncio Pilatos, o governador romano. A primeira pergunta de Pilatos foi: “Que acusação levantais contra este homem?” Cientes de que a acusação forjada de blasfêmia não significaria nada para Pilatos, os judeus tentaram fazer com que ele condenasse Jesus sem investigar o caso. “Se este homem não fosse delinqüente, não o teríamos entregado a ti”, disseram eles. (João 18:29,30) Pilatos rejeitou esse argumento, o que forçou os judeus a fazer outra acusação: “Achamos este homem subvertendo a nossa nação e proibindo o pagamento de impostos a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei.” (Lucas 23:2) Assim, a acusação de blasfêmia foi astutamente mudada para traição.

Jesus perante Pôncio Pilatos. “Não acho falta nele”, declarou. (João 18: 38) Essa foi a opinião de Pilatos até o fim do julgamento.

A acusação de que Jesus “proibia o pagamento de impostos” era falsa, e seus acusadores sabiam disso. Ele ensinou exatamente o oposto. (Mateus 22:15-22) Sobre a acusação de que Jesus tinha feito de si mesmo rei, Pilatos logo viu que aquele homem não representava nenhuma ameaça para Roma. “Não acho falta nele”, declarou. (João 18: 38) Essa foi a opinião de Pilatos até o fim do julgamento.

Primeiro Pilatos tentou livrar Jesus com base no costume de libertar um prisioneiro na Páscoa. Mas acabou libertando Barrabás, que era culpado de sedição e assassinato. – Lucas 23:18,19; João 18:39,40.

A seguir, Pilatos tentou uma solução conciliatória para livrar Jesus. Ele ordenou que o chicoteassem, o vestissem de púrpura, o coroassem com espinhos, o espancassem e o ridicularizassem. Mais uma vez, ele declarou a inocência de Jesus. Era como se Pilatos estivesse dizendo: “Isso não basta para vocês, sacerdotes?” Talvez ele esperasse que a visão de um homem submetido ao açoitamento romano satisfizesse a ânsia deles de vingança ou os fizesse sentir compaixão. (Lucas 23:22). Mas isso não aconteceu.

Os judeus no entanto não conseguiam encontrar duas pessoas que dissessem a mesma coisa sobre o que Jesus tinha falado para poderem o acusar por algum crime. (Mateus 26:59).

“Pilatos procurava um modo de livrá-lo (Jesus). Mas os judeus gritavam, dizendo: “Se livrares este homem, não és amigo de César. Todo homem que se faz rei fala contra César. “ (João 19:12) O César daquele época era Tibério, um imperador que tinha a reputação de executar qualquer um que fosse considerado traidor – até mesmo autoridades de alto escalão. Pilatos já tinha irritado os judeus, de modo que não podia se dar ao luxo de ter mais conflitos, muito menos de ser acusado de traição. As palavras da multidão assumiram um tom de ameaça, uma chantagem, e Pilatos ficou com medo. Ele acabou cedendo à pressão e ordenou que Jesus, um homem inocente, fosse pregado numa cruz. – João 19:16.

Uma consideração das provas

Muitos comentaristas jurídicos analisaram os relatos dos Evangelhos sobre o julgamento de Jesus e concluiram que ele foi uma fraude, uma distorção da justiça. “O fato de o começo e o termino desse julgamento, bem como o pronunciamento formal da sentença, terem ocorrido entre a meia-noite e o meio-dia foi uma violência contra as normas e regras da lei hebraica, e contra os princípios de justiça”, escreveu o advogado. Certo professor de Direito disse: “Todo o processo foi conduzido com tamanha ilegalidade e teve tantas irregularidades que o resultado pode ser considerado nada mais que um assassinato da justiça.”

Jesus era inocente. Mas ele sabia que sua morte era necessária para a salvação da humanidade. (Mateus 20:28). Seu amor pela justiça era tão grande que se sujeitou à mais descarada injustiça já cometida. Fez isso em beneficio de pecadores como nós. Que nunca nos esqueçamos disso!

*Leis Judaicas nos primeiros séculos*

A tradição oral judaica, colocada por escrito nos primeiros séculos da Era Comum, mas considerada bem mais antiga, incluía as seguintes regras:

*Em casos passíveis de pena de morte, os argumentos pela absolvição eram ouvidos primeiro.

*Os juízes deviam fazer todo o possível para salvar o acusado.

*As testemunhas eram alertadas da seriedade de seu papel.

*As testemunhas eram ouvidas separadamente, não na presença umas das outras.

*O testemunho delas precisava concordar em todos os pontos fundamentais: data, lugar, hora da ocorrência e assim por diante.

*Acusações passíveis de pena de morte tinham de ser julgadas durante o dia e concluídas durante o dia.

*Casos passíveis de pena de morte não podiam ser julgados na véspera de um sábado religioso ou de uma festividade.

*Casos passíveis de pena de morte podiam começar e terminar no mesmo dia se o réu fosse considerado inocente; se fosse considerado culpado, o caso só podia ser encerrado no dia seguinte, quando o veredicto era anunciado e a sentença executada.

*Casos passíveis de pena de morte eram julgados por pelo menos 23 juízes.

*Os juízes votavam um de cada vez na hora de absolver ou condenar um réu, começando pelo juiz mai novo; os escribas registravam as palavras dos que er4am a favor da absolvição e dos que eram a favor da condenação

*Para alguém ser absolvido, bastava a diferença de um voto, mas para ser condenado era necessário uma diferença de pelo menos dois votos; se houvesse apenas um voto de diferença pela condenação, convocavam-se mais juízes, dois de cada vez, até haver uma diferença de dois votos.

*Uma condenação em que pelo menos um juiz tivesse argumentado a favor do réu era inválida; uma condenação unânime era considerada “indicio de conspiração”.

*Ilegalidade no Julgamento de Jesus*

*O tribunal não ouviu os argumentos nem as testemunhas a favor da absolvição.

*Nenhum juiz tentou defender Jesus; eles eram inimigos dele.

*Os sacerdotes procuraram falsas testemunhas para condenar Jesus a morte.

*O caso foi ouvido a noite, a portas fechadas.

*O julgamento começou e terminou no mesmo dia, na véspera de uma festividade.

*Não houve nenhuma acusação formal antes da prisão de Jesus.

*A afirmação de Jesus de ser o Messias, considerada uma “blasfêmia”, não foi analisada.

*A acusação foi alterada quando o caso chegou perante Pilatos.

*As acusações eram falsas.

*Pilatos considerou Jesus inocente e mesmo assim mandou executá-lo.

O que os judeus não contavam é que estavam diante do Messias tão aguardando por eles. E eles o acusaram injustamente, maltrataram, o entregaram para ser julgado por pagãos que não vião mal nenhum nele, mas mesmo assim insistiam que ele era um perigo. A consequencia disso! A crucificação de Jesus, sua ressurreição e vitória sobre a morte. Um inocente sofreu o mais injusto julgamento da história para que hoje nós pudessemos viver na graça de sua salvação, pois todo aquele que for a Jesus Cristo terá gratuitamente a vida eterna e viverá aqui e no porvir em novidade de vida.

Você quer saber mais?

GOTTWALD, Norman K. O método sociológico no estudo do antigo Israel. Estudos Bíblicos, 7, Petrópolis: Vozes, p.42-55, 1985.

ARANGO L., José Roberto. A utopia enterrada. Negação do ideal social na monarquia de Israel. Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla, 24, Petrópolis: Vozes, p.7-17, 1996.

BAILÃO, Marcos Paulo. Evangelizar é criar uma nova sociedade – A formação da nação Israel como anúncio do Reino de Deus. Estudos Bíblicos, 31, Petrópolis: Vozes, p.18-26, 1991.

BOFF, Clodovis. Como Israel se tornou povo? Evolução de Israel do estado de clã até à monarquia. Estudos Bíblicos, 7, Petrópolis: Vozes, p.7-41, 1985.

BRITO, Jacir Rodrigues de. Midraxe e História. Estudos Bíblicos, 71, Petrópolis: Vozes, p.53-61, 2001.

COMBLIN, José. Os pobres como sujeito da história. Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla, 3, Petrópolis: Vozes, p.36-48, 1989.

CROATTO, José Severino. Dívida e justiça em textos do Antigo Oriente. Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla, 5-6, Petrópolis: Vozes, p.35-39, 1990.

CROATTO, José Severino. A Deusa Aserá no antigo Israel: A contribuição epigráfica da arqueologia. Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana/Ribla, 38, Petrópolis: Vozes, p.32-44, 2001.

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