terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Identidade Social.

A Psicologia Social estuda o comportamento social , os comportamentos que individualizam, o ser humano é estudar o comportamento de indivíduos no que ele é influenciado socialmente como à família. Esta influência histórica-social se faz sentir primordialmente, pela aquisição da linguagem. As palavras através dos significados atribuídos por um grupo social por uma cultura, determinam uma visão de mundo, um sistema de valores e consequentemente, ações, sentimentos e emoções decorrente que se apreende quando reforçado.

“O doce ou o dinheiro o sorriso ou a expressão de desagrado podem ou não contribuir para um processo de aprendizagem, dependendo do que eles significam em uma dada sociedade. Assim também, aquilo que deve ser apreendido é determinado socialmente.”

É muito difícil encontrar comportamentos humanos que não englobam comportamentos sociais; Estudar a relação essencial entre o indivíduo e a sociedade, esta entendida historicamente, desde como seus membros se organizam para garantir sua sobrevivência até seus costumes, valores e instituições necessárias para à continuidade da sociedade.

História não é estática, pois gera transformações fundamentalmente qualitativas. Como o homem se torna agente da história, ou seja, como ele pode transformar a sociedade em que vive. Através do grupo ou grupos a que pertencemos e como nos, nesta convivência vamos definindo a nossa identidade social.

Assim desde o primeiro momento de vida, o individuo está inserido num contexto histórico, pois as relações entre o adulto e a criança recém-nascida seguem um, modelo ou padrão que cada sociedade veio desenvolvendo e que considera correta.

E quando se fala em “dar o direito” significa que a sociedade tem normas e ou leis que institucionalizam aqueles comportamentos que historicamente vêm garantindo a manutenção desse grupo social.

Algumas regras são consideradas de “bom-tom” , outras são rígidas, consideradas imperdoáveis se desobedecidas passíveis de punição por autoridades institucionalizadas.

“O que expõe o homem ao perigo de perder a liberdade é o abuso ou o mau uso que dela se faz. Sempre existem riscos na liberdade. Na servidão, o único risco é se libertar”.

Estas normas são o que basicamente, caracteriza os papeis sociais, e que caracteriza os papeis sociais, e que determina as relações sociais!

Para existir um chefe tem que ter outros que ajam como chefiados. Em relação a todas as relações humanas existem expectativas de comportamentos mais ou menos definidos e quanto mais a relação social for fundamental para a manutenção do grupo e da sociedade, MAIS PRECISAS E RÍGIDAS SÃO AS NORMAS QUE A DEFINEM.

Afinal, se nós apenas desempenhamos papéis, e tudo que se faz tem uma determinação social, onde ficam as características que individualizam cada um de nós?

Podemos fazer todas as variações que quisermos, desde que as relações sejam mantidas, isto é, aquelas características do papel que são essenciais para que a sociedade se mantenha tal e qual.

Você quer saber mais?

Lane, T. Maurer. O que é Psicologia Social, Editora Brasiliense, São Paulo, 1981.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Islândia a terra dos Vikings.

Museu Viking, Hella, Islândia

A imagem mais popular a respeito dos Vikings é a de imensos guerreiros saqueadores, matando e pilhando nas costas européias com seus capacetes de chifres (esta última, uma fantasia criada no séc. XIX1). Uma avassaladora quantidade de estudos e publicações vem revisando essa imagem nas últimas décadas, concedendo uma outra faceta à antiga cultura nórdica. Em especial, o livro Viking Age Iceland é um dos mais promissores representantes dessa tendência. Escrito por Jesse L. Byock, professor de Escandinávia Medieval na Universidade da Califórnia, que já publicou dezenas de estudos em revistas especializadas, além de consultoria para enciclopédias, documentários de televisão e reportagens jornalísticas sobre o tema.

A obra em questão é um verdadeiro compêndio dos estudos de Byock desde a década de 1970, inseridos dentro da mais atualizada historiografia. O autor consegue congregar diversas áreas do conhecimento, como Arqueologia, Antropologia, História, Literatura e Geografia Física. O livro é fartamente ilustrado com muitos recursos gráficos, como mapas e croquis, que além de facilitarem na identificação dos pontos tratados no texto, acabam proporcionando uma interessante comunhão entre a perspectiva geográfica e histórica.
A principal problemática do livro é tentar solucionar a contradição levantadapor James Bryce em 1901: como a sociedade islandesa conseguiu tornar-se criativa e independente politicamente, sob condições totalmente desfavoráveis? Para esse intento, foi utilizado como principal elemento teórico a noção de cultura do antropólogo Melville Herskovits. Para Byock, o foco cultural da Islândia teria sido a lei, a sua estrutura jurídica e suas dependências para soluções legais. Graças à lei coletiva, os Vikings conseguiram vencer seus obstáculos, criar uma sociedade original e um Estado independente.

O capítulo inicial concede uma visão conceitual da História Viking, principalmente a origem das migrações partindo da Escandinávia do século IX d.C., que não obedeciam a nenhuma política organizada. Uma das mais importantes contribuições do autor nesse momento, é a respeito da palavra Viking. Através de farta documentação, Byock consegue esclarecer definitivamente a sua origem etimológica: não era um termo que designava toda as etnias escandinavas (como se pensava desde o Setecentos), mas somente aplicado aos aventureiros, piratas e colonizadores que saíam além mar. Mas o que unificava culturalmente os nórdicos? A religião e a língua (Old Norse), e no caso dos imigrantes instalados na Islândia, as futuras Sagas. Escritas como uma espécie de “socorro” aos recentes moradores do inóspito, com formas coerentes de senso, definindo quem eles eram, seus valores tradicionais – importantes para a auto-imagem dos migrantes que vinham de terras diferentes e distantes. Segundo Jesse Byock, as Sagas constituem verdadeiras aberturas na História para observar a vida privada, social, os valores e a cultura material dos primeiros Vikings no Atlântico Norte. Sem serem contos folclóricos ou puramente romances, as Sagas são descrições realistas sobre os confrontos entre os fazendeiros e seus chefes.

Tratando dos conflitos e situações de crise, as Sagas narram tanto virtudes quanto defeitos, assim como banalidades ou humores da vida cotidiana. A partir do segundo capítulo, “Resources and Subsistence”, o historiador inicia sua meticulosa reconstituição do cotidiano dos primeiros islandeses. Mais do que em outras regiões, os Vikings da Islândia tiveram que adaptar-se às severas condições do ambiente geográfico encontrado. Isso pode ser constatado nas técnicas de construção das habitações, os tipos de materiais e o modo de vida dentro das moradias ao longo do ano. Byock concede especial atenção ao mais famoso sítio arqueológico da Islândia – Stöng – cujas casas originais foram reconstituídas em 1974. As habitações de Stöng foram feitas com revestimento de tepe, originando grande aquecimento interno, fator primordial de sobrevivência naquelas paragens. Este sítio foi muito bem preservado devido à erupção do vulcão Hekla em 1104, constituindo-se numa espécie de Pompéia Viking. Além da cultura material, o autor também percebeu a relação entre fatores sociais e impacto ambiental, uma tendência muito atual
na arqueologia mundial, à exemplo das pesquisas nos sítios da Ilha da Páscoa (Pacífico) e Meso-América (especialmente os Maias). No terceiro capítulo, “Curdled Milk and Calamities”, Byock examina as dificuldades da vida no Atlântico Norte. Os problemas mais comuns eram a fome e o surgimento de doenças contagiosas. Uma das alternativas que os migrantes encontraram para escapar dessas crises foi as Hreppar, associações de comunidades visando a cooperação mutua das famílias de fazendeiros. A coleta de produtos alternativos do mar, como algas marinhas (söl) e peixes garantiam a sobrevivência da comunidade. A discussão da estrutura da sociedade escandinava é um do pontos fortes da análise de Byock, examinada nos capítulos 4 a 15. Quem ocupava uma posição estratégica na sociedade islandesa eram os goðar, os chefes. Estes eram encarregados de facilitar a redistribuição da riqueza, a transferência de propriedades e terras, alianças, organizar festas e banquetes, presidir a cultos religiosos, recolher taxas e tributos.

Ocasionalmente ocorriam disputas entre os goðar pelo controle de uma região, encerradas muitas vezes pelo Althing (assembléias), fóruns para encontros dos homens livres e aristocratas. Essas assembléias extinguiram os chefes com poderes supremos ou coercitivos – os reis, típicos da Escandinávia medieval - resolvendo todos os interesses dos fazendeiros. Com a presença do Althing, até o goðar atuava como igual dentro dessa sociedade. Mesmo assim, as situações de conflito existiam. As comunidades nórdicas da Islândia conservaram culturalmente os valores militares da terra de origem, somadas às realidades da nova paisagem, e quando envolvidos em disputas mantinham a postura dos guerreiros Vikings. Os tipos de conflitos mais comuns eram os combates (warfares), ocorridos em pequena escala, a nível individual ou familiar, e que só desapareceram da Islândia no fim do Estado livre (século XIII). O motivo para o surgimento dos combates era a vingança de sangue - parentes ou amigos tentando vingar alguma morte. Essas animosidades chegavam a durar várias gerações, mas algumas vezes consistiam apenas em trocas de insultos contra a honra e acabavam em indenizações para a família da vítima. Quando o confronto era resolvido pelo Althing, as punições variavam entre o banimento da ilha até a morte. Um famoso banido por assassinato foi Erik, o vermelho, que acabou colonizando posteriormente a Groelândia. Também quem não seguia as regras da sociedade podia ser banido
pela assembléia.

Outro aspecto muito original da sociedade islandesa tratado por Byock foi o casamento. Quando a mulher casava, não abandonava sua linhagem familiar. Ela continuava ligada ao parentesco original, assim como seus filhos (ambos submissos ao pai da família). Para beneficiar a política do clã, muitos casamentos eram arranjados para favorecerem alianças. Mas se a união não produzia filhos ela estava encerrada. Muitas mulheres islandesas casavam diversas vezes, e nem a idade ou a perda da virgindade era um empecilho. Apesar de citar pesquisas especializadas como as de Nanna Damsholt, o autor não chegou a aprofundar o papel da mulher na sociedade Viking.

Do mesmo modo, quando trata da religião, Jesse Byock acaba sendo muito superficial. Em seu livro, ele explorou apenas os aspectos mais importantes, como alguns atributos de deidades. O mais importante deus do Atlântico Norte foi Thor (deus do trovão, das tempestades), muito cultuado pelos fazendeiros e navegadores. Seu nome está conectado a enorme número de pessoas e lugares. Outro deus muito popular é Freyer (deus da fertilidade e sexualidade). Já Odin é o deus dos guerreiros e aristocratas, adorado por uma elite reduzida. Os Vikings islandeses também acreditavam em espíritos guardiões chamados Landvaettir, presentes em diversas regiões da ilha. Infelizmente o autor não aprofundou o tema do paganismo na Islândia, sendo que em três páginas, somente duas são dedicadas a citar o texto original da escavação do túmulo pagão de Patreksfjord, na década de 1960 por Thórr Magnússon. A religião é explorada em maiores detalhes por Byock nos quatro últimos capítulos da publicação, que analisam o período de conversão da ilha ao cristianismo. Inicialmente, as tentativas de conversão foram frustadas, como a empreendida pelo rei norueguês Olaf Tryggvason, sendo que muitos santuários e imagens das divindades foram destruídos. Posteriormente, durante a assembléia nacional do ano 1000, foi adotado na legislação o cristianismo como religião oficial. Pela importância atual da Islândia no renascimento dos cultos pré-cristãos no século XX e pela popularidade da mitologia Viking, Byock afastou-se de uma interessante possibilidade teórica, ao deixar de refletir sobre a religião nos primeiros séculos de ocupação da ilha. Por exemplo, a mulher escandinava pagã podia divorciar-se e ter propriedades, algo impensável no mundo cristão medieval. Como a transição para o cristianismo afetou essa tradição na sociedade islandesa? De qualquer maneira, a obra Viking Age Iceland de Jesse Byock é uma ótima referência aos medievalistas, tanto pelas suas propostas metodológicas quanto pela importância que o tema dos escandinavos vem adquirindo nos últimos tempos. Mas também é uma valiosa contribuição aos sociólogos, arqueólogos e historiadores do direito. “By then the Vikin Age was long past”. Com certeza a imagem que fazemos sobre os nórdicos está cada vez mais distante do pensamento oitocentista, o que nos aproxima ainda mais da Idade Média e suas possibilidades de novos estudos.

Johnni Langer
Doutor em História - UFPR. Professor da Universidade do Contestado (SC),
e Faculdades Integradas de Palmas (PR)

Você quer saber mais?

BYOCK, Jesse L. Viking Age Iceland. London: Penguin Books, 2001. Ilustrado, 448p.

http://revhistoria.usp.br/

http://www.superstock.com/stock-photos-images/1848-198249

Estudo americano revela que em apenas dez minutos as pessoas mentem três vezes. Saiba como isso pode prejudicar a sua vida !


Maíra Magro

LUBRIFICANTE SOCIAL Em geral, mentimos para tornar a interação mais fácil e agradável ou para parecermos melhores do que realmente somos

"Detesto mentira!" Qual foi a última vez que você disse essa frase ou ouviu alguém dizer? Seja como for, quem disse... mentiu. Podemos até falar que odiamos a mentira, mas lançamos mão desse recurso quase sem perceber.

O professor de psicologia Robert Feldman, da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, filmou a interação entre mais de 50 pares de pessoas que acabavam de se conhecer e constatou que elas mentiam em média três vezes numa conversa de dez minutos.

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DEU ERRADO Rogério Yamada inventou uma traição para testar o ciúme da namorada: ela terminou com ele.

Feldman, uma autoridade mundial sobre o tema e autor do livro recém-lançado no Brasil "Quem É O Mentiroso da Sua Vida? Por Que As Pessoas Mentem e Como Isso Reflete no Nosso Dia a Dia", constata que recorrer a desvios da verdade, além de ser quase uma questão cultural, é um recurso de sobrevivência social inescapável. "Em geral, mentimos para tornar as interações sociais mais fáceis e agradáveis, dizendo o que os outros querem ouvir, ou para parecermos melhores do que realmente somos", disse à ISTOÉ.

O problema, ressalta, é que meros desvios dos fatos podem crescer e virar uma bola de neve, gerando relacionamentos baseados no engano. "Devemos ser mais verdadeiros e demandar a honestidade", conclama Feldman. Na maioria das vezes, a realidade é deturpada sem malícia. São as mentiras brancas, que funcionam, nas palavras do especialista, como "lubrificantes sociais". Isso não acontece apenas nas conversas entre estranhos, permeia também os relacionamentos mais íntimos.

A dermatologista carioca Jocilene Oliveira, 55 anos, admite praticar um clássico feminino: "Se comprei um vestido e meu marido me pergunta quanto custou, digo que foi uma bagatela, mesmo que não tenha sido", conta ela, para quem essa mentirinha de vez em quando serve para "evitar stress" no casamento. Há poucas chances de o marido de Jocilene descobrir a verdade. Segundo a psicóloga carioca Mônica Portella, é como se jogássemos uma moeda para cima cada vez que tentássemos descobrir se alguém está falando a verdade.

Ela estudou sinais não verbais da comunicação, como movimentos dos olhos e gestos das mãos, para ver se é possível detectar os momentos em que uma pessoa diz inverdades. "A taxa de acerto de um leigo é de 50%", revela. Outro artifício muito usado é mascarar os fatos para fazer o interlocutor sentir-se bem, como dizer que um corte de cabelo duvidoso ficou "diferente" e não horrível. A lista de situações em que exageramos ou modificamos a realidade não tem fim.

Quem nunca inventou uma desculpa esfarrapada para justificar um atraso? Segundo especialistas, as técnicas de dissimulação são aprendidas pelas crianças desde cedo - e não por meio de colegas malandros, mas com os próprios pais. "O processo educacional inibe a franqueza", aponta Teresa Creusa Negreiros, professora de psicologia social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

Uma menina que ganha uma roupa será vista como mal-educada se disser, de cara, que achou o modelo feio. O paradoxo é que, embora a sociedade condene a mentira, quem falar a verdade nua e crua o tempo todo será considerado grosseiro e desagradável. "Mentir por educação é diferente de ter um mau caráter", pondera Teresa. Mas, para Feldman, mesmo as mentiras inofensivas devem ser evitadas, com jeitinho. "Nossos filhos não precisam ser rudes e dizer que detestaram um presente", afirma. "Mas podemos ensiná-los a ressaltar algum aspecto positivo dele, em vez de dizer que gostaram."

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CLÁSSICO FEMININO Jocilene Oliveira mente sobre o preço da roupa nova para evitar stress no casamento

As inverdades repetidas no cotidiano mascaram os parâmetros que temos para avaliar nossas atitudes e a dos companheiros, gerando todo tipo de desentendimento. Quando estamos diante de alguém que fala muita lorota, não sabemos com quem estamos lidando.

"É muito difícil categorizar mentiras e dizer que umas são aceitáveis e outras não", afirma Feldman. Em alguns casos, os efeitos são irreversíveis. Preocupado em saber se a ex-namorada gostava realmente dele, o estudante paulistano Rogério Yamada, 22 anos, decidiu testar o ciúme dela inventando que a havia traído.

"Ela acabou terminando comigo", lembra. "Hoje me arrependo." Quem é enganado também sofre, com mágoa e desconfiança - segundo especialistas, a dor é mais forte quando afeta os sentimentos ou o bolso.

A psicanalista Ruth Helena Cohen, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), oferece um consolo a quem se sentiu ludibriado: a mentira tem muito mais a ver com a psicologia de quem a conta do que com seu alvo - como no caso de Rogério, que no fundo queria saber se era amado. "É uma forma de defesa, que revela uma verdade sobre quem a diz", afirma Ruth.

É claro que, além das mentirinhas brancas, há aquelas contadas com dolo: são trapaças e traições para beneficiar quem conta ou prejudicar o outro, como ganhar uma confiança não merecida ou cometer uma fraude financeira. Em casos mais raros, a mania de inventar e alterar os acontecimentos pode revelar uma patologia.

É a chamada "mitomania", ou compulsão por mentir, que demanda tratamento psicológico. Uma das razões pelas quais contamos tanta mentira é que raramente nos damos mal por isso. O mentiroso tem duas vantagens: a maioria das conversas está baseada na presunção da verdade e é praticamente impossível identificar uma inverdade no ato.

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Você quer saber mais?

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Os Continentes Míticos de Mu e Lemúria.

Suposto mapa de Lemúria.

Mu é o nome de um continente hipotético que supostamente existia em um dos oceanos da Terra, mas desapareceu no início da história humana. O conceito eo nome foi proposto pelo viajante do século 19 eo escritor Augusto Le Plongeon, que afirmou que várias civilizações antigas, como as do Egito e Mesoamérica, foram criados por refugiados de Mu - que ele localizado no Oceano Atlântico.

Este conceito foi popularizado e expandida por James Churchward (1851-1936), que afirmava que Mu já foi localizado no Pacífico.

A existência de Mu foi disputada já em tempo de Le Plongeon. Hoje, os cientistas negar provimento ao conceito de Mu (e de outros continentes perdidos como Lemuria) como fisicamente impossível, já que o continente não pode cair nem ser destruído por qualquer catástrofe concebível, especialmente no curto período de tempo exigido por esta premissa.

Além disso, o peso de todos os elementos arqueológicos, linguísticos e genéticos é contrária à alegação de que as antigas civilizações do Novo e do Velho Mundo têm uma origem comum. Assim, a própria "fatos" que a teoria foi concebida para explicar agora são vistos para ser falsa. Mu é hoje considerado um lugar fictício, e livros sobre o assunto são geralmente encontradas no "New Age" ou "Religião e Espiritualidade" seções do livro-sellers.

História do Conceito

Augustus Le Plongeon

A idéia de Mu apareceu pela primeira vez nas obras de Augusto Le Plongeon (1825-1908), após suas investigações sobre as ruínas maias em Yucatán. Ele alegou que ele tinha traduzido os escritos antigos maias, que supostamente mostrou que os maias de Yucatán eram mais velhos do que as civilizações mais tarde, da Grécia e do Egito, e, adicionalmente, contou a história de um continente ainda mais. Le Plongeon realmente tem o nome de "Mu", de Charles Etienne Brasseur de Bourbourg que em 1864 mal traduzida que era então chamado Codex Troano usando o alfabeto de Landa. Brasseur acreditava que uma palavra que ele leu como Mu refere a uma terra submersa por uma catástrofe [carece de fontes?]. Le Plongeon então identificados com esta terra perdida de Atlântida, e transformou-o em um continente que supostamente afundou no Oceano Atlântico:

    "Em nossa viagem para o oeste através do Atlântico vamos passar à vista de que o local onde outrora existiu o orgulho ea vida do oceano, a Terra de Mu, que, na época que temos vindo a considerar, ainda não tinha sido visitado pelo ira de Homen, aquele senhor de fogos para cuja fúria vulcânica que depois caiu uma vítima A descrição de que a terra dada por Sólon Sonchis, sacerdote em Sais;. da sua destruição por terremotos, e submersão, gravado por Platão em seu Timeu, foram contada e recontada tantas vezes que é inútil sobrecarregar as páginas com a repetição do mesmo ".

Le Plongeon alegou que a civilização do Egito antigo foi fundado pela rainha Moo, um refugiado da cessão do terreno. Outros refugiados supostamente fugido para a América Central e se tornou o Mayans.

James Churchward

Simbólico desenho feito em 1931 pelo pesquisador glifo maia,
James Churchward,
representando um cataclismo de terremotos e vulcões que
supostamente afundou o continente de Mu no Oceano Pacífico.

Churchward mapa está mostrando como ele pensou Mu refugiados espalhados após a
cataclismo pela América do Sul, ao longo das costas da Atlântida e em África.

Explorador anglo-americano, James Churchward era um amigo íntimo de Augusto e Alice Le Plongeon. James Churchward, em livros como " O Continente Perdido de Mu (1931), escreveu que a pátria se estendia desde as Ilhas do Havaí às Ilhas Fiji e da Ilha de Páscoa para as Marianas.

Churchward queria uma antiga civilização própria, e usando a metodologia de cobrança duvidosa Plongeon Le conjunto de 'descobrir' um. Suas descobertas foram fixados no cinco volumes principais da série Mu publicado em 1926-1931. A premissa básica era de estudar vários textos antigos Churchward tinha descoberto a existência de um continente perdido muito tempo com uma civilização avançada que aproximadamente 60.000 anos antes tinha afundado abaixo do Oceano Pacífico, após um terremoto catastrófico. Sessenta e quatro milhões de pessoas supostamente morreu. As ilhas havaianas e nas ilhas do Pacífico são os picos das montanhas restantes do continente perdido.

Volume # 1 - O Continente Perdido de Mu definidos utilizando a teoria de Churchward um "vasto conhecimento da ciência, da arte antiga e história, mitologia e ocultismo" para recriar o esplendor e desgraça deste mundo antediluviano escondido. Lemúria ou Mu era cerca de 5.000 quilômetros de comprimento e 3.000 quilômetros de largura. O Jardim do Éden não foi na Ásia, mas em um continente afundado agora no Oceano Pacífico. A história bíblica da Criação não ficou em primeiro lugar dentre os povos do Nilo ou do vale do Eufrates, mas a partir deste continente submerso agora, Mu - a Pátria do Homem.

Volume # 2 - Os Filhos de Mu é a história dos pioneiros do Mu. Sessenta e três milhões de pessoas viviam no continente perdido de Mu agora mais de 200.000 anos atrás. Os filhos de Mu tornou-se a pessoas mais influentes na Terra. Mu teve um governo extremamente sofisticado, o florescimento da cultura e da tecnologia científica. Grande parte da civilização Lemuriana viviam em casas com tetos transparentes. Eles construíram abrigos, feitos, alimentação, vestuário e suas próprias ferramentas. Eles estavam livres de estresse e doença, vivendo em paz há centenas de anos. Suas habilidades psíquicas foram altamente desenvolvidos - astral, viagem telepatia e teleportação fabricação de dispositivos de comunicação tradicionais desnecessários. Eles eram principalmente vegetariana, agricultura orgânica, a cultura ao ar livre que funcionava em harmonia com a natureza ea terra.

Volume # 3 - Os Símbolos Sagrados de Mu, esse volume fala sobre as origens do ocultismo moderno e religiões antigas. Todas as religiões têm uma origem comum na Inspirado Escritos Sagrados de Mu. A Oração do Senhor pode ser encontrado no gás inspirado Escritos Sagrados de Mu. Evidências da religião Mu remonta 170.000 anos. Esses ensinamentos foram ensinados por Osíris, Moisés e Jesus. Moisés condensou as quarenta e duas questões da religião de Osíris para os Dez Mandamentos. Jesus condensou o texto para se adequar a linguagem do seu dia. As Últimas Palavras de Jesus na cruz foi na língua de Mu, 'desconhecida na Palestina ".

Volume 4 - As Forças Cósmicas de Mu - A evolução biológica é um mito, Não há tal coisa como força atômica. Todas as doenças podem ser conquistadas por meio apropriadamente os raios de luz colorida. As temperaturas da Terra e as estações tornaram-se inalteravelmente fixada em seu estado atual e que a Terra não podem ser lançados para o espaço ou desenhada para o sol.

O volume é # 5 - Segundo Livro das Forças Cósmicas de Mu - Churchward continua a tirar conclusões a partir de documentos antigos ea sabedoria de Mu apresentar algumas teorias revisionistas surpreendentes sobre a idade da Terra, a natureza dos montes e processos vulcânicos, o gelo Idade e Flood.




Possíveis indícios da Lemúria

Monumentos de pedra de origem misteriosa ponto do Pacífico inteiro, a partir de submarinos site Japão em Yonaguni, a Petroglyphs enigmática sobre a Ilha Grande do Havaí, a Ilha de Páscoa entre e megalíticos locais sagrados.

Muitos acreditam que a Ilha de Páscoa era parte da Lemúria. Suas centenas de estátuas de pedra colossal e ponto linguagem escrita para uma cultura avançada, mas ele apareceu no local mais remoto do mundo. As lendas da Ilha de Páscoa falam de "Hiva", que afundou sob as ondas como as pessoas fugiram.

Samoans chamado semelhantes lugar Bolutu. Ele foi abastecido com árvores e plantas com frutos e flores, que foram imediatamente substituídos quando colhidos. Em homens Bolutu podia caminhar através das árvores, casas e outros objetos físicos sem qualquer resistência.

Os Maoris da Nova Zelândia, ainda falam sobre a chegada há muito tempo atrás de uma ilha naufrágio chamada "Hawaiki 'um lugar vasto e montanhosas do outro lado da água.


As pedras de Ica no Peru pode descrever mapas do continente perdido da Lemúria.




Livros e outras publicações

Graham Hancock afirmou que a destruição de Mu ocorreu por volta de 10.000 aC

James Bramwell e William Scott-Elliot afirmou que os eventos cataclísmicos começou a 800.000 anos atrás e prolongou-se até a última catástrofe, que ocorreu precisamente em 9564 aC.

Desmarquet de 1993 Michel livro Thiaoouba Profecia contém uma descrição detalhada do continente Mu, supostamente experimentado pelo autor, enquanto sob a instrução de extraterrestres.

Masaaki Kimura sugeriu que certian características subaquático situado ao largo da costa da ilha Yonaguni, Japão (popularmente conhecido como Monumento Yonaguni) são ruínas de Mu (ou "ruínas do mundo perdido de Muin", segundo a CNN.


David Childress acredita que a primeira civilização na Terra surgiu há 78 mil anos em um continente gigante conhecida como Mu ou Lemuria, e durou um incrível 52 mil anos. Às vezes, é dito ter sido destruída por terremotos gerados por um deslocamento do pólo que ocorreram cerca de 24.000 aC, houve uma linguagem e um governo. A educação foi a tônica do Império sucesso, e porque cada cidadão era versado nas leis do universo e foi dada uma formação sólida em uma profissão ou comércio, a prosperidade magnífico resultado. Uma criança de educação era obrigatória para 21 anos de idade, para que ele seja elegível para freqüentar a escola de cidadania. Esse período de treinamento durou sete anos, por isso a mais tenra idade em que uma pessoa poderia se tornar um cidadão do império tinha 28 anos. Os Anciões da Lemúria, conhecida como a Escola Treze, mudou a sua sede antes do cataclismo para o planalto desabitado da Ásia Central que agora chamamos o Tibete. Aqui eles supostamente criada uma biblioteca e uma escola conhecida como A Grande Fraternidade Branca.

Rig Veda

Os mitos e tradições da Índia, estão repletos de referências. O Rig Veda fala de "os três continentes que foram", o terceiro foi o lar de uma raça chamada Danavas. Um país chamado Rutas era um imenso continente distante ao leste da Índia e lar de uma raça de adoradores do sol. Mas Rutas foi dilacerado por uma convulsão vulcânica e enviado para as profundezas do oceano. Fragmentos permaneceu como a Indonésia e as ilhas do Pacífico, e alguns sobreviventes chegaram a Índia, onde eles se tornaram a casta Brahman elite.

Popol Vuh

A mesma história de fuga para a terra seca aparecer no Popol Vuh,
a Maya história da criação que nos leva a ao mito do fim do mundo em 2012 .

Você quer saber mais?

http://www.bibliotecapleyades.net/atlantida_mu/esp_lemuria_2.htm

http://www.lemuria.net/


sábado, 22 de janeiro de 2011

Plínio Salgado, Bandeirante da Fé e do Império.


Por Victor Emanuel Vilela Barbuy

Plínio Salgado é, antes e acima de tudo, um Apóstolo de Cristianismo e de Brasilidade, um arauto da Tradição Cristã e da Tradição Nacional Brasileira. Descendente do Bandeirante Manuel Preto, o herói de Guairá, aliás por ele retratado no poema-épico em prosa A voz do Oeste (1934), que inspirou Juscelino Kubitschek a edificar Brasília [1], foi, ele próprio, um Bandeirante, dilatando a Fé e o Império por todos os lugares onde passou. Este “Cavaleiro do Brasil Integral”, na expressão do poeta Ribeiro Couto [2], e “Cavaleiro do verbo claro e ardente”, no dizer do Padre Moreira das Neves [3], sempre foi, como ressalta Francisco Martins de Souza, o herdeiro do tradicionalismo católico no sentido que a este imprimiu Jackson de Figueiredo [4].

Jackson de Figueiredo, porém, foi crítico ferrenho de Portugal e de sua herança, como bem observou, com tristeza, António Sardinha [5], que, no entanto, jamais deixou de ser amigo do autor de O nacionalismo na hora presente, em quem reconheceu um “irmão na mesma dupla fé religiosa e tradicionalista” [6] e a quem dedicou o ensaio A lição do Brasil, escrito em 1923 [7]. Já Plínio Salgado sempre admirou profundamente Portugal, o Grande Império de que nasceu o nosso Império, bem como o seu legado, de que somos herdeiros e depositários. Em sua obra histórica Como nasceram as cidades do Brasil, por exemplo, Plínio faz a apologia da força aglutinadora dos Brasileiros, que se revela na “construção maravilhosa da Unidade Nacional”, e que se constitui na “grande tradição, pelos Brasileiros herdada dos Portugueses”, no “gênio lusíada”, no “espírito dos fundadores de um grande Império, cujo segredo se encontra nas raízes romanas e cristãs de que provém” [8].

A supracitada obra de Plínio Salgado, que mereceu entusiásticos elogios de intelectuais da estatura dos Portugueses João Ameal [9] e Henrique Barrilaro Ruas [10] e dos Brasileiros Tasso da Silveira [11] e Euro Brandão [12], foi, com efeito, dedicada:

“À Nação Portuguesa, em homenagem aos antepassados comuns que construíram a minha Pátria, deram-lhe uma nobre língua e uma gloriosa tradição e animaram-na, por todo o sempre, com a alma religiosa que a integra na família lusíada das cinco partes do mundo e na comunhão universal do Cristianismo” [13].

Em Nosso Brasil, Plínio Salgado preleciona que a nossa História, “como continuidade da vida de uma das mais cavalheirescas nações europeias”, não principia em 1500, mas sim no momento da fundação da Nação Portuguesa e que todas as glórias de Portugal até 1822 são patrimônio comum a todos os descendentes dos bravos cavaleiros da Reconquista e das Cruzadas, dos grandes cientistas que desenvolveram a arte da navegação, dos nautas que enfrentaram e venceram os mares ignotos, “dos descobridores do caminho das Índias, dos soldados, marujos, escritores e poetas, que foram os primeiros europeus a atingirem a costa oriental da África, os extremos da Ásia e as ilhas misteriosas do Pacífico” [14].

Como sustenta o pensador patrício, “essa tradição de inteligência, de coragem, de universalismo, de sonhos grandiosos e de fé sequiosa por dilatar o Reino do Cristo, continuou no Brasil, plasmando o caráter, a consciência dos Brasileiros. O desbravamento dos nossos sertões pelos Bandeirantes, a reconquista do solo pátrio ocupado pelos Holandeses e pelos Franceses, a evangelização levada às tabas selvagens, o cruzamento das raças americana, africana e europeia, sob a inspiração da igualdade humana perante Deus, tudo isso foi continuação de uma história que principiou quando D. Afonso Henriques, em 1140, desembainhando a sua espada ensinou-nos, por todo o sempre, que devemos bater-nos com ardor e denodo por Cristo e pela Nação” [15].

Plínio Salgado tinha, pois, como Arlindo Veiga dos Santos, plena consciência de que “o Presente que nega o Passado não terá futuro” [16] e de que “toda manobra contra a lusitanidade fundamental do Brasil destrói sua brasilidade” [17]. Daí ter sido Plínio Salgado e não Jackson de Figueiredo o primeiro a efetivamente compreender a Tradição Brasileira, como bem sustentou o jusfilósofo e pensador tradicionalista espanhol Francisco Elías de Tejada y Spínola [18]. Tejada, que, aliás, foi apresentado à inteligência nacional por Plínio Salgado, nas páginas de sua obra O ritmo da História [19], viu, com efeito, no autor da Vida de Jesus, um “profeta incandescente e sublime de seu povo”, “encarnação viva do Brasil melhor” [20].

Lídimo representante do tradicionalismo político, Plínio Salgado sustenta que o cultivo da Tradição é o único meio de impedir a descaracterização de uma Pátria, de sorte que “sem Tradição na há Pátria” [21]. E afirma, do mesmo modo, que “a ordem humana só pode repousar na ordem divina” [22], cujos fundamentos “estão na Doutrina Revelada” [23] e que “as soluções para todos os problemas econômicos e políticos, morais e estéticos, derivam, luminosas e puras, dos Evangelhos” [24].

Consciente de que a profunda crise atravessada pelo Mundo Ocidental é, antes de tudo, uma crise do Homem, sempre pregou Plínio a restauração do Homem, a reconstrução do Homem, por ele considerada “a grande Cruzada dos tempos modernos” [25]. Tal seria, para o autor de Psicologia da Revolução, o primeiro e mais decisivo passo para a cura da terrível enfermidade que ataca nossa Sociedade. Jamais deixou ele, ademais, de proclamar a imperiosa necessidade da "salvação do Mundo pela santificação das almas", afirmando que "não é digno de lutar pelo Cristo quem não erguer a bandeira da própria santificação" [26] e proclamando a exaltação da realeza de Cristo [27]. Consciente, como São Pio X, da importância da proposição de São Paulo, na Epístola aos Efésios, de “restaurar tudo em Cristo” (Ef. 1, 10), programa, aliás, do Pontificado daquele grande Papa, Plínio Salgado fez dela também o seu programa e, em face do lema maurrasiano Politique d’abord lançou o lema Christ d’abord, Primeiro, Cristo [28].

O tão nobre quanto injustiçado Movimento Cívico-Político-Social legado por Plínio Salgado, o Integralismo, se configura como o mais autêntico Movimento de Renovação Nacional, Espiritual e Social do Brasil, se constituindo, antes e acima de tudo, em uma escola de Ética, Moralidade, Civismo, Patriotismo e Nacionalismo, responsável pela formação de uma verdadeira e autêntica Elite Nacional, Elite esta não de caráter econômico, mas sim de natureza espiritual, ética, moral e intelectual, recrutada em todos os segmentos da Sociedade e forjada pelo combate, pela labuta, pelo esforço e pelo sacrifício.

Atalaia e Cidadela do Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro e de suas lídimas tradições, o Integralismo sempre pugnou pela recristianização integral do Brasil, opondo, à supremacia do ouro, a Supremacia dos valores espirituais, éticos, morais e intelectuais; à luta de classes da pseudocivilização burguesa, a Harmonia e a Justiça Social; à luta de raças, a Harmonia Étnica; à liberal-democracia burguesa e às tiranias de todos os feitios, a Democracia Orgânica, ou Democracia Integral; ao individualismo liberal e ao coletivismo comunista, o corporativismo, que vem a ser, em todos os tempos, expressão da organização natural e espontânea da Sociedade; ao Estado fraco do liberalismo e ao Estado Totalítário dos regimes coletivistas, o Estado Integral, que não é senão o Estado Necessário; aos mitos e superstições do Mundo Moderno, as verdades perenes da Tradição; às vãs filosofias do tempo, a Filosofia Perene; ao falso jusnaturalismo racionalista e abstrato do “Iluminismo” e ao positivismo jurídico, a sã e vigorosa Doutrina do Direito Natural Tradicional, ou Clássico, fundado na tradição formada pelos filósofos gregos, pelos jurisconsultos romanos e pelos teólogos e canonistas da Cristandade; ao internacionalismo do liberalismo e do comunismo e ao nacionalismo exacerbado, destrutivo e agressivo de certos credos totalitários, o nacionalismo sadio, justo, equilibrado e construtivo, alicerçado na Tradição e tendente ao universalismo; ao Espírito Burguês, o Espírito Cristão, a que também podemos denominar Espírito Nobre, ou Espírito da Nobreza, entendida esta não como classe, mas sim como um estado de espírito.

Em seu célebre discurso intitulado Cristo e o Estado Integral, Plínio Salgado ressalta que o “Estado Integral” é essencialmente “o Estado que vem de Cristo, inspira-se em Cristo, age por Cristo e vai para Cristo” e proclama sua crença em “Deus Eterno”, na “Alma Imortal”, em seu “poder optativo, deliberativo” e em sua ”capacidade de interferência nos fatos históricos, levantando as multidões e conduzindo-as”, bem como em “Cristo e na luz que d’Ele desce”. Sublinha, ademais, que fora por Cristo que se levantara; por Cristo que queria um “grande Brasil”; por Cristo que ensinava “a doutrina da solidariedade humana e da harmonia social”; por Cristo que lutava; por Cristo que conclamava aos integralistas e os conduzia; por Cristo que batalharia [29].

Toda a vida de Plínio Salgado foi, com efeito, dedicada à luta por Cristo. Consoante salienta João Ameal, em percucientes palavras que fazemos nossas:

“Plínio Salgado escreve, fala, apostoliza sob a luz perene da obediência a Cristo; os argumentos que emprega, são colhidos nas divinas palavras; as imagens que levanta, são sugeridas pelas divinas lições, os apelos que lança, são o eco dos divinos apelos e todo o seu programa é reimplantar na consciência dos contemporâneos a figura excelsa do Filho de Deus e incitá-los a que O tomem por modelo e saibam voltar ao integral cumprimento da Sua Lei.

“Porque assim é; e porque, ao serviço de Cristo, Plínio Salgado usa as armas mais eficientes e mais atuais, desenvolve a mais persuasiva (direi até: a mais imperiosa) dialética; e porque, no seu verbo de fogo, existe uma espécie de contagioso ardor que provoca, em redor, benéfica e revolucionária efervescência – deixou entre nós tão funda esteira e continuamos a senti-lo ao nosso lado quando, já de longe, nos manda novas páginas cheias de iguais exortações. A sua batalha é a nossa: batalha sem fim pela salvação dos homens, chamei-lhe um dia. Batalha sem fim – e que, todavia, tende a colocar-nos, permanentemente, diante da segura primazia do Fim Último” [30].

Plínio Salgado sempre sustentou que o Brasil é, por sua natureza, um Grande Império, e pela dilatação deste Grande Império sempre pelejou. No célebre discurso por ele proferido na Câmara dos Deputados, em Comemoração ao Dia de Ação de Graças, em 1961, agradece a Deus por nos haver feito compreender que a sua Santa Cruz deve andar, deve navegar, deve “ir de país em país, dilatando a fé e o Império – a fé em Cristo e o Império de Sua Lei -” e também por haverem nossos antepassados, os Bandeirantes, “com rudes botas, chapelões desabados e facão à cinta, dilatado este imenso Império e nos legado este vasto patrimônio territorial” [31].

Infelizmente não dispomos de tempo e nem de espaço para cuidar, aqui, da concepção de Império no pensamento de Plínio Salgado, já, aliás, magistralmente analisada por Ronaldo Poletti, Professor da Faculdade de Direito da Universidade Nacional de Brasília, em tese de doutoramento sobre o Conceito jurídico de Império recentemente publicada sob a forma de livro [32]. Consideramos, pois, oportuno encerrar, por aqui, a presente homenagem ao magno vulto do pensamento tradicionalista, patriótico e nacionalista que é Plínio Salgado, rogando a Deus, Princípio e Fim Último de todas as coisas, que nos auxilie em nossa duríssima missão de tirar o nome de Plínio Salgado do olvido do Povo Brasileiro e de fazer a verdade sobre ele triunfar, límpida e cristalina, contra todas as mentiras e calúnias que contra ele lançam os inimigos de Deus e da Pátria.

Sejam estas palavras, tão sinceras quanto singelas, a nossa humilde homenagem a Plínio Salgado, encarnação viva do Espírito Bandeirante, Bandeirante da Fé e do Império, cujo luminoso pensamento nos dá a coragem, a tenacidade e o alento necessários para seguirmos em frente, na tão árdua quanto nobre missão de legar a nossos descendentes um Brasil Maior do que aquele que recebemos de nossos genitores e plenamente salvo dos erros da pseudocivilização burguesa. Que o imortal autor da monumental Vida de Jesus, “joia de uma literatura”, na feliz expressão do Padre Leonel Franca [33], nos inspire, bem como todos aqueles que viveram e morreram em prol da dilatação da Fé e do Império e da edificação e defesa deste vasto Império da Terra de Santa Cruz/Brasil, em nosso bom combate pelo despertamento das forças tradicionais que se encontram adormecidas no seio deste Grande Império do Ontem e do Amanhã e que, quando despertas, mudarão para sempre a História do Mundo.

São Paulo do Campo de Piratininga, 22 de janeiro de 2011-LXXVIII.

Notas:

[1] KUBITSCHEK, Juscelino. Carta a Plínio Salgado. In Vários. Plínio Salgado: in memoriam. Vol. I. São Paulo: Voz do Oeste, 1985, p. 223.

[2] COUTO, Ribeiro. Plínio Salgado, cavaleiro do Brasil Integral. In Sei que vou por aqui!, ano 1, n. 2, São Paulo, setembro-dezembro de 2004, pp. XVII-XVIII. O artigo foi originalmente publicado no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, a 20/7/1933.

[3] NEVES, Moreira das. Cavaleiro do Verbo: à memória de Plínio Salgado. In Vários. Plínio Salgado: in memoriam. Vol. II. São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1985/1986, p. 9.

[4] SOUZA, Francisco Martins de. Raízes teóricas do corporativismo brasileiro. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999, p. 28.

[5] SARDINHA, António. A aliança peninsular. 3ª ed. Lisboa: qp, 1975, p. 348.

[6] Idem, loc. cit.

[7] Idem. A prol do comum. Lisboa: Editora Livraria Ferin, 1934, pp. 121-181.

[8] SALGADO, Plínio. Como nasceram as cidades do Brasil. 5ª ed. (em verdade 6ª). São Paulo/Brasília: Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1978, p. 20.

[9] AMEAL, João. Plínio Salgado ou a nova luta por Cristo. In Vários. Plínio Salgado: in memoriam. vol. II, cit., pp. 127-134. O artigo foi publicado originalmente na revista de cultura portuguesa Rumo, ano I, n° 6, pp. 278 e ss.

[10] RUAS, Henrique Barrilaro. Plínio Salgado, historiador, visto por um português. In Vários. Plínio Salgado: in memoriam. Vol. II, cit., pp. 71-80.

[11] SILVEIRA, Tasso da. Um livro de Plínio Salgado. In SALGADO, Plínio. Como nasceram as cidades do Brasil, cit., pp. 191-195. Artigo originalmente publicado no semanário Idade Nova, do Rio de Janeiro, a 27/10/1946.

[12] BRANDÃO, Euro. Prefácio. In SALGADO, Plínio. Como nasceram as cidades do Brasil, cit., pp. XI-XIV.

[13] SALGADO, Plínio. Como nasceram as cidades do Brasil, cit., p. 3.

[14] Idem. Nosso Brasil. 3ª ed. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 4. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 189-290.

[15] Idem, pp. 290-291.

[16] SANTOS, Arlindo Veiga dos. Ideias que marcham no silêncio. São Paulo: Pátria-Nova, 1962, p. 76.

[17] Idem, loc. cit., p. 81.

[18] TEJADA, Francisco Elías de. Plínio Salgado na Tradição do Brasil. In VÁRIOS. Plínio Salgado, in memoriam. Vol. II, cit., p. 70.

[19] SALGADO, Plínio. O ritmo da História. 3ª ed. (em verdade 4ª). São Paulo/Brasília: Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1978, pp. 191-220.

[20] TEJADA, Francisco Elías de. Plínio Salgado na Tradição do Brasil, cit., p. 47.

[21] SALGADO, Plínio. Nosso Brasil, cit., pp. 292-293.

[22] Idem. O dia do Papa. In Idem. Primeiro, Cristo!. 4ª ed. (em verdade 5ª). São Paulo/Brasília: Editora Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1979, p. 57.

[23] Idem, p. 65.

[24] Idem. Princípios cristãos para o estudo da Sociologia. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 19. São Paulo: Editora das Américas, 1957, p. 349.

[25] Idem. Reconstrução do Homem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Clássica Brasileira, s/d, p. 16.

[26] Idem. Primeiro, Cristo!., cit., pp. 53-54.

[27] Idem, pp. 26-27.

[28] Idem, pp. 16-17.

[29] Idem. O Integralismo perante a Nação. 3ª ed. In Idem. Obras Completas. 2ª ed., vol. 9. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 200-203.

[30] AMEAL, João. Plínio Salgado ou a nova luta por Cristo. In Vários. Plínio Salgado: in memoriam. vol. II, cit., p. 129.

[31] SALGADO, Plínio. Discurso em comemoração do Dia de Ação de Graças. Análise do Homem, da Ciência e do Mundo Contemporâneo (30/11/1961). In Idem. Discursos parlamentares. Sel. e intr. de Gumercindo Rocha Dorea. Brasília: Câmara dos Deputados, 1982, p. 49.

[32] POLETTI, Ronaldo Rebello de Britto. Conceito jurídico de Império. 1ª ed. Brasília: Editora Consulex, 2009, pp. 284-290.

[33] FRANCA, Leonel. Carta a Plínio Salgado. In SALGADO, Plínio. Vida de Jesus. 22ª ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1985, pp. IX/XI

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