sábado, 2 de outubro de 2010

OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL .

OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA.




Na costa brasileira existem mais de 2.000 embarcações naufragadas, muitas destas guardam em seu interior objetos de grande importância histórica, além de riquezas que atraem não só aos arqueólogos mas também aos "caçadores de tesouro". Aos primeiros pelo interesse em descobrir e documentar o passado, aos outros pelo lucro que muitas vezes representam.
Abaixo vocês irão encontrar um pequeno resumo sobre as embarcações que mais interesse despertam para ambos os grupos.

SANTA ROSA

Nau portuguesa armada com 70 canhões (de ferro e de bronze) considerada uma das mais poderosas de Portugal. Em 1726, partiu de Salvador comandando uma esquadra de 55 embarcações que retornava ao Reino.
Não se sabe bem o que ocorreu para que em 6 de setembro, depois de 14 dias de navegação, a embarcação explodisse e posteriormente naufragasse. Uma das versões é a de que o acidente foi provocado depois de uma discussão entre o Capitão e o Comandante do regimento de soldados.
Da tripulação de mais de 700 homens, apenas 7 foram localizados vivos e destes apenas 3 sobreviveram às queimaduras.
Junto com seu casco afundaram cerca de 6 toneladas de ouro, que faziam parte dos quintos do Rei, além de uma grande quantidade de ouro e pedras preciosas não declaradas (como era comum já naquela época).

Fontes indicam dois locais possíveis para seu naufrágio:

• 1. Defronte ao cabo de Sto. Agostinho (PE)
• 2. Defronte ao cabo Branco (PB)


Seu tesouro que inclui peças de grande valor histórico, além do ouro, está avaliado em aproximadamente US$ 700 milhões. Isto o coloca entre os mais ricos naufrágios do mundo, ainda não localizados.

SANTA CLARA

A Nau portuguesa Santa Clara fazia parte da carreira das Índias, de onde partiu acompanhada de outras duas. Na altura do Cabo da Boa Esperança, nos piores mares do mundo (Roaring Forties) transferiram os viajantes e carga das naus acompanhantes que estavam na iminência de naufragar e a que sobrou, a Santa Clara, aproou para a Bahia.
Seu capitão era Luís de Alter.
De Salvador partiu com 676 pessoas a bordo mas veio a naufragar, horas depois, nos recifes de Arembepe.
Possuia um tesouro avaliado em mais de, atualmente, US$ 200 milhões.
O grande historiador Pedro Calmon narra a corrida do ouro dos habitantes de Salvador quando souberam da notícia. Muitos bens e cadáveres estavam espalhados pela praia, pois somente 6 pessoas escaparam.
Foi a maior carga de ouro transportada por uma nau a partir da Índias que naufragou abaixo da linha do Equador.

SÃO JOÃO MAGNANIMO

Charrua construída no Arsenal do Pará e lançada ao mar em 1794.
Em uma de suas primeiras viagens, ainda em 1794, quando em rota para Portugal naufragou no Banco da Tijoca (PA).
Transportava toda a prataria que havia na Igreja dos Mercenários.

PRINCE

Nau de guerra francesa.
Tinha como capitão Morin des Zerets.
Em 1752 navegava da França com destino à Índia quando, em 26 de Julho, pegou fogo e naufragou.

Existem 3 versões do local do naufrágio:

1. próximo a Natal (RN),
2. em Pernambuco e
3. próximo a ilha da Ascensão, no meio do Atlântico.


Transportava carga avaliada em mais de 5 milhões de libras.
De sua tripulação de mais de 400 pessoas apenas nove sobreviveram.

NAU DE GONÇALO COELHO

Até o momento não foram encontrados documentos que nos informem seu nome.
Seu proprietário era Fernão de Loronha (Fernado de Noronha) e tinha como comandante Gonçalo Coelho.
Era uma embarcação de três mastros, tinha uma capacidade de carga de cerca 300 tonéis (hoje equivalentes a aproximadamente 260 toneladas), com uma tripulação de 240 homens.
Seu naufrágio ocorreu no dia 10 de agosto de 1503, o que a torna o naufrágio mais antigo documentado para as costas do Brasil.
Quase tudo o que se sabe vem da Léttera escrita por Américo Vespúcio, que estava comandando uma das embarcações da frota de 6 navios enviada para explorar as costas do Brasil e nela construir fortalezas.
Seu valor histórico é incalculável pois nela estão depositadas as características não só da construção naval, bem como a dos equipamentos e utensílios utilizados à bordo durante a era dos Descobrimentos.
O ponto mais provável de seu naufrágio: nas proximidades da ilha de Fernado de Noronha.

MADAGASCAR

Cliper inglês que partiu, em 1853, da Austrália com destino à Inglaterra e desapareceu nas costas do Brasil. Transportava como parte de sua carga 1.020,6 toneladas (36.000 oz.) de ouro que seriam entregues num banco na Inglaterra.

Vários pesquisadores o tem procurado e duas diferentes (bem diferentes por sinal) possíveis localizações são as mais prováveis:

• 1. Na região de Bragança no Pará
• 2. Nas costas do Rio Grande do Sul.


RAINHA DOS ANJOS

Nau de guerra portuguesa, armada com 56 canhões.
Voltando da China para Lisboa, em maio de 1722, e estando no Rio de Janeiro, acidentalmente pegou fogo e explodiu, levando para o fundo sua carga, que incluía os presentes que o Imperador da China enviava ao Rei de Portugal.
Este tesouro é estimado em mais de US$ 450 milhões.

EMBARCAÇÕES DA BATALHA DO ABROLHOS

No dia 11 de setembro de 1631 duas esquadras, uma luso-espanhola (com 19 navios de guerra que comboiavam mais 35 embarcações) e outra holandesa (com 18 embarcações de guerra), combateram a cerca de 80 léguas do arquipélago dos Abrolhos.
O combate se iniciou pelas 9 horas da manhã e foi terminar por volta das 4 horas da tarde.Neste duro conflito perderam-se, segundo alguns autores 6 embarcações, segundo outros apenas 4.

Com concordância geral, foram ao fundo as seguintes embarcações:

Frota holandesa:


• Prins Wilhelm - nau capitânia ( 46 canhões, 300 tripulantes)
• Provincie van Utrecht ( 38 canhões, 262 tripulantes )

Frota luso-espanhola:

• San Antonio - nau almiranta ( 28 canhões, 344 tripulantes )
• N.S. dos Prazeres Menor ( 18 canhões, 188 tripulantes )

Estas embarcações naufragadas representam valioso patrimônio histórico mas repousam numa profundidade entre 150 e 200 metros e numa localização muito vaga ( 80 léguas a leste dos Abrolhos ).

NAU DE AIRES DA CUNHA

Em outubro de 1535 parte de Portugal uma esquadra, comandada por Aires da Cunha, composta por 10 embarcações, com uma tripulação total de 900 homens, fortemente armada, tanto para o mar quanto para terra e com 113 cavalos a bordo. Tinha a missão oficial de tomar posse da capitania do Maranhão em nome de seu donatário, João de Barros.
Em março de 1536, quando a esquadra chegava às costas do Maranhão, fortes chuvas e vento castigavam a região e, provavelmente devido a estas condições climáticas adversas, a nau capitânia desapareceu.
Por ser a mais importante das embarcações e nela estavam os personagens mais influentes, com seus bens, seu valor histórico é bem elevado, bem como existe a possibilidade de que ela estivesse transportando valores.
Além desta, outras embarcações da esquadra naufragaram na ilha do Maranhão.
Possíveis locais: Ilha do Medo e Coroa Grande.

VOCÊ QUER SABE MAIS?

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/sinau.htm

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/Materiasespeciais.htm

http://www.pldivers.com.br/Naufragio.asp

http://www.pldivers.com.br/links.asp

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

PELA SOBERANIA PALESTINA E ISRAELENSE.

ISRAEL E PALESTINA COEXISTINDO COMO NAÇÕES SOBERANAS.



Israel aparenta ser um país comum, onde há médicos judeus, time de futebol judeu, calendário judaico, universidades que ensinam em hebraico e até mesmo judeus pedindo esmola. Há áreas ricas nos subúrbios de Tel Aviv, mas também cidades pobres e esquecidas no Negev. Os israelenses lutam para manter este sonho de existir como um Estado judaico. E suas guerras muitas vezes não se focam no presente, mas no futuro. Em Israel, o medo não é o Hamas ou o Hezbollah destruir o país agora. Sabem que isso é impossível. Podem provocar baixas, mas jamais mexer nas estruturas de um país que tem dos Exécitos mais poderosos do mundo. O temor dos israelenses é ter um inimigo armado que possa deixar vulnerável toda a sociedade israelense, impedindo que no futuro torcedores do Beitar Jerusalem entoem cânticos em hebraico nas arquibancadas porque a nação judaica terá sido eliminada do mapa.





Os palestinos lutam para existir no presente. Existem médicos palestinos, times de futebol palestinos, muitos mendigos palestinos e quase todas as cidades são pobres. Mas não existe um Estado palestino(O Estado da Palestinنa é uma organização política reconhecida parcialmente como um estado soberano no Oriente Médio. O Estado palestiniano controla algumas funções da administração pública nos territórios palestinos. Ele foi proclamado no dia 15 de Novembro de 1988 em Argel pelo Conselho Nacional Palestino).Não há moeda palestina. Não há aeroporto palestino. Não há porto palestino. Não há Exército palestino. O sonho dos palestinos é poder um dia ter uma manhã em Nablus tão comum como a dos judeus na Ben Yehuda.

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados essa é minha palavra final, pois reconheço e soberania Palestina tanto quanto a Israelense. As duas nações devem coexistir como soberanas.

O PERIGO DO NEONAZISMO ENTRE OS JOVENS.

A HIPNOSE NEONAZISTA

Mais de seis décadas depois da derrocada do nazismo, o que leva pessoas instruídas a aderirem a uma ideologia de ódio e preconceito?



“A sociedade perfeita. O nazismo se compõe de pensamentos radicais para atingir um objetivo de algo idealizado, ou seja perfeito e que dê explicações perfeitas para a sociedade, onde sejam nomeados os inimigos”, afirma o doutor em Psicologia Social e professor do curso de mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jamil Zugueib. Neste contexto, judeus, negros, homossexuais, e punks “corrompem” este imaginário de “sociedade perfeita”, e por isso passam a ser odiados. “Ter um inimigo é um grande agente socializador. O ódio é socializador. Quem odeia junto, compartilha junto alguma coisa. Odiar é ação socializadora, muito mais que amar.”
Para o professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da Universidade Positivo Antonio dos Santos Neto, o neonazismo e outros movimentos não são fenômenos típicos “da adolescência”, mas reflexos de uma sociedade que enaltece os excessos. “Olhamos para dentro de nós e não gostamos de algumas coisas que vemos, então criamos excessos para suprir isso”, afirma. “Este excesso está na estrutura da nossa sociedade. Ele desmonta alguns conceitos que são universais. É como se olhássemos um espelho e não o aceitássemos inteiro. Quebro o espelho e vivo no pedaço que eu gosto.”
Santos Neto avalia que esses “estilhaços” estão em todas as partes – como nas diferentes denominações religiosas e nas “tribos” que preferem determinados estilos musicais. A diferença, para ele, é que grupos como os dos neonazistas geram desequilíbrio. “Ainda conseguimos reconhecer o espelho inteiro. Mas essa prática (a do neonazismo) é de uma meia dúzia de malucos fora de qualquer propósito, que não reconhecem mais o todo.”
Já o professor de Filosofia Política da UFPR Emmanuel Appel avalia que a principal forma de combate ao nazismo e à intolerância é a educação. Appel cita o filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) para defender uma formação integral, que proporcione autonomia intelectual. “Adorno proclama como grande objetivo educacional evitar que Auschwitz se repita. Esta máxima deve ser a primeira grande exigência educacional”, afirma. “É preciso combater o nazismo com uma educação que conduza à autorreflexão, proporcionar condições para a libertação de toda e qualquer tutela, para evitar adesões de forma cega aos coletivos. O semiculto, o meio formado, é perigosamente hostil ao cultura e a diálogo.”

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/2009/05/22/o-neonazista-paulista-e-sua-nova-republica/

http://www.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=827

http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=3&vis=

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PESQUISA ELEITORAL. PURA MANIPULAÇÃO!

Divulgações das pesquisas eleitorais e as eleições



As eleições iniciaram e já estão chegando ao fim, e constantemente são divulgadas pesquisas de intenções de voto. Essas pesquisas podem definir o rumo das disputas eleitorais? Os proprietários das dos institutos de pesquisa, atividade comercial cada vez mais rentável, acredito eu que responderão que não.

Sabemos que o eleitor é livre e escolhe aqueles candidatos de acordo com sua consciência. O próprio eleitor, se pesquisado sobre o tema, dirá mais ou menos a mesma coisa. É razoável que assim seja.

Os eleitores para preservarem a sua auto-estima e o proprietário do instituto, para ostentar a lisura da atividade não poderiam responder diferente. No entanto, a observação continuada dos fatos recomenda colocar na pauta outros ingredientes, esses diretamente envolvidos no jogo eleitoral.

O debate de conteúdo político eleitoral, mesmo na reta final está afastado. O eleitor distraído, apenas aponta na cartela os nomes mais conhecidos e ainda assim os diretamente interessados entram em processo de ebulição ou abulia diante do retrato do momento estampado pela mídia.

Os candidatos, os assessores, as burocracias partidárias sabem que a cotação no mercado eleitoral passam pelos números da pesquisa. É em função dela que os jornais, rádios e tvs pautam sua cobertura. E, dado decisivo, os grandes financiadores de campanha eleitoral se orientam por ela e é ela que define, na bolsa de apostas no mercado futuro, o destino dos recursos contabilizados ou não.

As pesquisas eleitorais jogam, na cultura política dominante, papel importante na armação do cenário da disputa eleitoral. E o mais grave, elas na maioria das vezes manipuladas e desta forma obviamente direcionadas.

Do ponto de vista técnico, não existe coisa mais fácil de manipular. São infinitas as possibilidades; elaboração de questionários, escolha da amostragem, na intercalação dos dias de consulta, trazendo os efeitos positivos para a encomenda. Pelo menos é o que lhe dirá, sob garantia de sigilo, qualquer técnico da área. E mais, tudo científico, sem deixar vestígios de má fé. Pequenas alterações na margem de erro bastam para mudar a posição relativa dos candidatos.

Entre as únicas garantias de lisura, como o fio de bigode dos antigos, estão à independência dos institutos de pesquisa e a eventual competição entre eles. São artigos escassos entre nós. Eles são poucos e a maioria trabalha, fora do período eleitoral, para os mesmos clientes de sempre: governos e grandes corporações patronais. A reputação da empresa, fato por demais alegado, só será medida pela comparação entre o voto na urna com a última pesquisa realizada. As variações do período anterior, onde mora o perigo e quando se arma o cenário da disputa, ficam por conta da volubilidade do eleitor, efeito cardume e coisas que tais.

Entretanto, embora se apresente como tal, as pesquisas não são o oráculo de Delfos. Elas podem errar vergonhosamente - é exatamente isso que vem acontecendo frequentemente. Apesar de seu peso na cultura política dominada pela máquina mercante, elas não são profecias que se auto-realizam. As forças que travam a disputa eleitoral com base em projetos e idéias devem visualizar pesquisas com saudável desconfiança.

Acredito que a melhor opção é talvez manter-se à vigilância no jogo sujo - político eleitoral, e jogar com a determinação das feras, pois os jogadores acreditam. Afinal, as vitórias mais saboreadas são aquelas que quebram a escrita e superam as expectativas. E para os que esquecem - no momento da efetividade do voto, só encontramos dois personagens, um humano, o eleitor e uma máquina a urna eletrônica.

Pesquisas eleitorais: ignorância, ingenuidade ou má-fé



Em maio de 1945 foi divulgada a primeira pesquisa eleitoral no país, publicada no Diário da Noite, realizada pelo recém-criado Ibope. A sondagem tratava da primeira eleição presidencial depois de 15 anos da ditadura de Getúlio Vargas.

De lá para cá as pesquisas eleitorais tomaram corpo no país, principalmente com a instalação do americano Gallup.

Hoje, os principais institutos do país são os dois citados, sendo que o Gallup não se ocupa mais de pesquisas eleitorais, o Datafolha, o Sensus e o Vox Populi, que surgiu nacionalmente na eleição presidencial de 1989.

Vale lembrar que a maioria dos brasileiros se arvora em ser médico, técnico de futebol e pesquisador.

Hoje, pululam pelas 27 unidades da Federação centenas de institutos de pesquisa, em vista disso campeia na seara das sondagens eleitorais a ignorância, a ingenuidade ou a má-fé.

Todo mundo já ouvir dizer que as pesquisas são “fotografias do momento”, mas são poucos os especialistas no Brasil que a dominam com consistência.

Ao contrário disso, a maioria não vislumbra que existem metodologias diferenciadas em cada um dos grandes institutos.

Muitas vezes a divulgação dos resultados de pesquisas de intenção de votos levanta polêmicas, pois são apresentados no mesmo momento resultados diferentes.

Isso ocorre justamente por que as metodologias não são iguais, mas com certeza acontecem em função do item mais importante da sondagem que é o questionário que vai a campo para a colheita das opiniões e a forma de abordagem.

No caso da abordagem, o Datafolha se diferencia, pois pesquisa nas ruas, em vez de ir às residências.

Mas, no caso dos questionários todos os grandes institutos produzem questionários semelhantes.

A porca entorta o rabo, quando leigos se arvoram em montar pequenas estruturas estaduais para fazer pesquisas eleitorais.

Quem tem o cuidado de analisar os questionários produzidos por esses “institutos” enxerga a deficiência.

O questionário, por exemplo, que privilegia a avaliação dos governantes, antes do placar eleitoral, induz a um resultado equivocado.

A alma de uma pesquisa eleitoral está na formulação do questionário.

Dependendo de como for elaborado, o questionário pode distorcer o resultado. A elaboração de perguntas prévias e sua distribuição de prevalência possuem potencial de interferência na escolha do candidato.

Ou isso é feito corretamente ou a vaca vai para o brejo.

Uma pesquisa de intenção de voto espontâneo fica prejudicada se antes disso forem feitas avaliações administrativas do presidente, do governador e do prefeito, por exemplo.

O espontâneo perde a espontaneidade, pois a mente do pesquisado está impregnada pelos três nomes avaliados. A consulta espontânea fica assim formulada na cabeça do eleitor:

“Dado que nós estamos falando no presidente, no governador e no prefeito, em quem o (a) senhor (a) votaria nisso ou aquilo, se as eleições fossem hoje?”

Ao citar os nomes anteriormente a intenção de voto deixa de ser espontânea, porque foram colocados na mente dos entrevistados nomes em detrimento a outros que não foram avaliados. Isso contamina o resultado.

Esse é um erro freqüente. Às vezes é fruto de ingenuidade ou ignorância, mas muitas vezes é feito por má-fé, para massagear o ego do contratante ou a serviço do adversário.

Por isso, é preciso muito cuidado ao contratar pesquisas eleitorais.

Pesquisa de intenção de voto é coisa séria, deve ser feita por quem realmente entende do riscado.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://www.olhardireto.com.br

http://www.prosaepolitica.com.br

Prefeitura de SP tenta abafar descobertas arqueológicas.

Prefeitura de SP tenta abafar descobertas arqueológicas para acelerar obra



PEDESTRE PASSA DIANTE DE CARTAS COM ACHADOS NO SITIO URBANO

A entrada de jornalistas ou de câmeras está proibida pela Emurb (Empresa Municipal de Urbanização). E os arqueólogos foram advertidos para não darem entrevista. No lugar de exibir os achados que revelam o passado de São Paulo às vésperas de seu 456º aniversário, a prefeitura paulistana prefere silenciar sobre os trabalhos arqueológicos que estão sendo feitos na reurbanização do largo de Pinheiros para receber uma estação de metrô.



CACO DE GARRAFA ACHADA NAS OBRAS DE FUTURA PRAÇA DA ESTAÇÃO

"A cidade obedece ao mercado. A modernização de Pinheiros tem o desenho da especulação imobiliária. A reforma não é para a população do bairro. Por isso, é mais fácil desqualificar como caquinhos os objetos encontrados, de clara importância histórica", opina o arqueólogo Paulo Zanettini, sócio de uma empresa de resgate arqueológico e especialista nos sítios paulistanos.

Já foram encontradas louças holandesas, francesas e inglesas, bem como garrafas do século 19, mostrando que a vocação comercial da área é antiga. Mas a única forma de saber isso é passar na calçada esburacada no número 700 da rua Fernão Dias. Lá, espremidos entre tábuas de madeira compensada e os pontos de ônibus para Cotia, dois cartazes contam o que acontece por lá.



PEDAÇO DE FAINÇA INGLESA DESENTERRADA EM PINHEIROS

Os pedestres passam sem ler sobre o aldeamento que os jesuítas fizeram na área até 1640 com os índios guaianás, nem sobre as porcelanas Maastrich ou Sarreguemines usadas pelos habitantes do passado. É fácil ver as placas publicitárias de "compra-se ouro" ou "exame médico demissional" que se espalham pelo largo.

O pano de fundo do ocultamento do resgate arqueológico é o atrito entre Prefeitura paulistana com o Iphan (Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Uma denúncia anônima ao órgão vinculado ao Ministério da Cultura fez as obras de Pinheiros pararem em meados de novembro.

Vestígios do passado

Desde 2002, toda a obra de porte em região de potencial histórico deve ser inspecionada por especialistas, assim como acontece com o obrigatório relatório de impacto ambiental. Isso é determinado pela portaria federal 230. Pela extensão e localização, a reurbanização de Pinheiros, que inclui mais de uma dezena de quarteirões, entra facilmente no caso.

A Emurb, por meio de sua assessoria de imprensa, disse não conhecer essa legislação. A arqueóloga Luciana Juliani, proprietária da empresa A Lasca de prospecção, diz acreditar que a empresa não agiu errado. "A Emurb achou que não estava agindo mal porque não foi cobrada antes", afirmou.

Um mês depois de parte das obras parada para o resgate histórico, porém, a prefeitura convocou jornalistas para desqualificar os objetos encontrados, apontando que não passavam de pedaços de ossos, ferraduras e utensílios domésticos dos anos 1950, desgastados pelo tempo e sem valor histórico. O arqueólogo responsável, Plácido Cali, saiu prontamente para desmentir, mostrando achados de dois séculos atrás. E a tendência é achar coisas mais antigas, afinal, a cada 50 centímetros para baixo se recua um século.

"É por desconhecimento que se julga que a arqueologia existe para descobrir civilizações e múmias. Os grandes achados são raros. Nossa função é revelar como era o cotidiano do passado", disse Juliani.

Zanettini concorda com ela. "A arqueologia revela a história que foi esquecida, a história das pessoas comuns, não aquela contada nos livros de história, que relata bem só a elite de poder. Os cacos que a gente encontra falam de um cotidiano que as fotos e os textos não revelaram."

E o sítio de Pinheiros foi revelador, com um depósito de garrafas enterradas que apontam a presença por ali de uma taberna do início do século 19.

É sintomático que a revitalização da área queira apagar as pessoas comuns do presente e do passado. O novo desenho do local será elo para o eixo endinheirado que une bairros como Brooklin, Itaim e Jardins ao Alto de Pinheiros, Alto da Lapa e Vila Madalena.

O plano do prefeito Gilberto Kassab (DEM) era inaugurar a primeira parte do novo largo em julho de 2010, mas os arqueólogos acreditam que as escavações podem acabar só no final do ano.

Tendo como pano de fundo as eleições gerais deste ano, há quem veja um embate político no embargo do Iphan. A postura da Emurb de tentar abafar o assunto mostra o tamanho do desgaste que a polêmica causou para a prefeitura, Kassab e seus aliados políticos, afinal, a reurbanização de Pinheiros seria inaugurada simultaneamente a entrega da estação de metrô Faria Lima, que deve sair antes e há tempo de ser exibida no horário político dos políticos envolvidos com a obra.

E na futura praça do largo de Pinheiros não espere referência aos achados arqueológicos.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

noticias.bol.uol.com.br/.../prefeitura-de-sp-tenta-abafar-descobertas-arqueologicas-para-acelerar-obra.jhtm