Presidente e ditador da
Argentina de 1946-1955 e grande líder nacional escolhido pelo voto popular,
ainda lança sua sombra sobre a vida política argentina, mesmo após a sua morte.
Nascido em 1895, numa família
da baixa classe média, Perón teve uma carreira militar nada excepcional até
1943, quando fazia parte de um grupo de oficiais do Exército que tomou o poder
através de um golpe de Estado. Como secretário do Trabalho, tornou-se popular
entre os trabalhadores argentinos. Quando os outros oficiais tentaram
removê-lo, as massas proletárias que o apoiavam tomaram as ruas de Buenos Aires
e o levaram a presidência.
Perón consolidou seu poder
absoluto eliminando rivais e promovendo ambiciosos programas de
industrialização, que visavam libertar a Argentina de sua dependência econômica
e melhorar a vida dos trabalhadores. O sucesso de muitos desses programas,
juntamente com a personalidade forte e carismática de sua mulher, Evita,
tornou-o líder de um grande movimento de massas, que passou a dominar a vida
política argentina. Entretanto, Perón não encontrou a mesma popularidade junto
aos oficiais do Exército e, em 1955, uma revolta da Marinha obrigou-o a
renunciar.
Em 1973, após anos de
ditadura militar, os argentinos forçaram a redemocratização do país e o
peronismo foi o grande vencedor nas urnas. De volta de seu exilio na Espanha,
Perón foi levado novamente à presidência, cargo que ocupou por menos de uma no.
Em 1º de julho de 1974, Perón morreu, lançando a Argentina na profunda crise
política que desembocou na brutal ditadura
do general Jorge Rafael Videla.