A
“Primavera dos Povos” é como chamamos a série de movimentos revolucionários liberais
que ocorreram por toda a Europa durante todo o ano de 1848. A partir Revolução
Francesa de 1789, os ideais libertários chegaram a todos os lugares da Europa, deixando
temerosos os monarcas absolutistas europeus.
Diante
desses acontecimentos institui-se o Congresso de Viena, em 1815, após a derrota
de Napoleão Bonaparte, os reacionários governos europeus que procurava restaurar
a antiga ordem vigente anterior a Revolução Francesa de 1789, e dar uma nova
feição à Europa. Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e
políticas repressoras voltaram a ser aplicadas à população.
Como
ocorreu com a subida do rei Luís Filipe da França em 1830, denominado "rei
burguês", havia esperança entre a classe burguesa que seus interesses
seriam devidamente representados, sendo o próprio monarca oriundo daquela
classe.
As
revoluções liberais se espalharam por toda Europa. Essas revoluções conhecidas
como “Primavera dos Povos” chegou até o Brasil durante a Revolução Praieira,
ocorrida em Pernambuco também em 1848. Predominante em todos esses movimentos
foi à ideologia do socialismo utópico com a concepção do famoso ‘Manifesto
Comunista’ de Karl Marx e Friedrich Engels em 1848.
Mas
como nem a primavera dura, em dezoito meses todos os regimes derrubados foram
restaurados com exceção da República da França. A primeira onda revolucionária
assinalou a derrota da aristocracia em 1830 e a segunda onda marcou a derrota
do proletariado em 1848. Tendo assim atingido a burguesia os seus dois alvos
concretos: de um lado a aristocracia do Antigo Regime e do outro o
proletariado.