A experiência do padre Kircher, faz
parte da história da Hipnose. O padre Kircher amarrava as patas de uma galinha
e deitava-a sobre uma tábua, punha-a de lado de barriga para baixo. No fim da
agitação ela voltava a ficar calma. Depois ele traçava com um giz, sobre a
tábua, um traço que partia do bico. Depois ele suavemente desamarrava-lhe as
patas, então ela permanecia imóvel. A galinha permanecia nesse estado durante
muito tempo, para tirá-la dessa posição teria que sacudi-la ou assustá-la.
Ora a galinha, inutilizava os seus
esforços para se libertar, apesar deste da desamarrá-la, ela continuava no seu
lugar, porque imaginava o traço como um obstáculo e permanecia no estado de
imobilidade, dessa maneira condicionava-se à sua situação.
Um parente meu, rejubilou-se da morte de um
irmão, foi censurado pelos outros familiares, as próprias filhas do falecido
lhe disseram depois que era altura de ele perdoar ao irmão. Era o irmão que ele
competia e odiava na sua infância. No funeral do irmão chorou, parecia sentir
remorsos e lamentou-se sobre ele. Então, começou a andar cabisbaixo, disse a
alguém que morreria muito em breve, e precisamente depois de um mês da morte do
irmão, morreu de morte repentina.
Muitos de nós conhecemos casos
semelhantes, em que as explicações variam, desde uma simples coincidência,
segundo os cépticos, de uma chamada do além, segundo os espiritualistas, ou de
uma precognição, segundo a parapsicologia. Eu diria antes de um condicionamento
mental.
Tal como a galinha na experiência
do padre Kircher, que se condicionou que não podia fugir nesse círculo de giz,
o ser humano também se condiciona. Ele próprio se limita muitas vezes como se
estivesse num círculo traçado por giz. Há muitos anos eu li, que houve um
incêndio num hospital na Índia, em que havia muitos acamados e vários fugiram,
apesar de estarem entrevados há muitos anos. O medo de morrerem queimados foi
tão grande que se esqueceram que não podiam andar. Dessa maneira se esqueceram
do condicionamento mental que os limitava numas muletas e numa cama.
Sabe-se que as pessoas que
prolongam mais a existência, são as que têm mais esperança de viver. E as que
se limitam nos anos, morrem mais cedo. Temos o exemplo de muitos aposentados ao
ficarem inativos abreviam a morte. Tudo isso se deve ao seu condicionamento
mental.
É a nossa mente que limita os
nossos horizontes, quando ficamos estagnados no nosso círculo mental.
Nunca diga: “Eu não sou capaz”,
porque antes de agir já está a limitar-se. Diga antes: “Eu vou experimentar”,
ou “Eu vou conseguir”.
Na nossa educação desde a mais
tenra meninice aceitámos os conceitos dos nossos pais, ora alguns foram úteis
para o nosso desenvolvimento, mas outros, porém, revelaram-se catastróficos ao
longo da vida. Alguns conceitos tornaram-se crenças proféticas tão poderosas
que se auto realizaram.
Todo o conceito limitador nos
imobiliza em todos os aspectos. Vejamos alguns: Acreditar que viemos ao mundo
para sofrer, com o objetivo de alcançar o Céu. Não fazermos o que gostamos por
causa das críticas dos amigos ou vizinhos. Não avançar com os nossos projetos
com medo de falhar. Julgar que somos velhos para estudar ou mudar de profissão.
E muitos outros conceitos limitadores se poderiam incluir.
O condicionamento mental
paralisa-nos num círculo imaginário e espesso, criado por nós em que só saímos
dele quando acreditamos no impossível.