sábado, 1 de agosto de 2015

A economia feudal


Uma economia de base agrária

A agricultura era a fonte principal do sustento da população. As aldeias e domínios tendiam a ser autossuficientes. Tendo por base a agricultura de subsistência, a economia feudal também possuía comércio e artesanato.       A unidade agrícola senhorial era chamada de senhorio. Nela produziam-se quase tudo para a sobrevivência dos moradores (alimentos, ferramentas, vestimentas e utensílios domésticos). No senhorio havia celeiros para armazenar colheitas, moinho pra triturar os grãos e fornos para pães.

O senhorio medieval

Manso senhorial: produtos dessa terra eram exclusivos do senhor e nela trabalhavam servos e camponeses. Terras comunais: os produtos destas terras eram tanto dos servos como dos senhores. Constituídas de pastos para os animais, florestas e baldios (terra sem cultivo ou edificações). Manso servil: terras destinadas aos servos. Produziam o que era necessário para sua sobrevivência. Em troca deviam obrigações ao senhor.

A agricultura e o trabalho servil

Os servos, com seu trabalho abasteciam toda a sociedade e pagavam tributos pela utilização das terras dos senhores, cada imposto tinha um objetivo como segue: Corveia: Cultivo pelos servos do manso senhorial de duas a três vezes por semana sem pagamento e toda produção pertencia ao senhor. Talha: Os servos entregavam ao senhor uma taxa entre 30% e 40% de tudo que era produzido no manso servil. Capitação: Imposto por servo que morava no feudo. Banalidades: O uso da reserva senhorial (fornos e moinho), deviam ser pagas pelos servos por meio de parte de sua produção.

O comércio medieval

Muito fraco, mas praticado durante toda a Idade Média próximos aos castelos. Reduzido uso de dinheiro e prevalência da troca direta de produtos, prática chamada escambo. Houve grande desigualdade no comercio europeu durante a Idade Média, pois na região da Escandinávia e Península Itálica já havia, no século X centros de comércio de longa distância com mercadores europeus e orientais.

Alimentação na época feudal.

Os cereais eram os alimentos mais importantes da dieta dos camponeses. Havia também legumes e verduras que completavam sua dieta. A dos nobres se acrescentava a carne e a variedade. 

Feudo do senhorio medieval

MANSO SENHORIAL: Terras de cultivo, Florestas, Terras para caça, (exclusiva do senhor), Moinhos, Celeiros.

TERRAS COMUNAIS: Pastos, Florestas e Baldios.
MANSO SERVIL: Terras destinadas aos servos, nelas produziam seu sustento.


O Ensino e a Cultura na Europa feudal


A Igreja Católica cumpriu um papel importante na preservação da cultura clássica, no ensino e no desenvolvimento intelectual durante a Idade Média.

O Renascimento Carolíngio: Durante seu reinado, Carlos Magno promoveu um movimento que foi chamado de Renascimento Carolíngio. O principal objetivo era preparar intelectualmente o clero cristão, para que pudesse orientar os fiéis com autoridade e sabedoria. Carlos Magno reuniu conhecedores da cultura antiga, como Alcuíno e Eginhardo. Com a orientação desses estudiosos, a Bíblia foi revista e copiada pelos monges, e os textos gregos, romanos e cristãos serviram de base para desenvolver o ensino. O movimento carolíngio preservou a cultura da Antiguidade clássica e fez dos mosteiros e das escolas palatinas (localizadas no palácio do imperador) centros de difusão do conhecimento antigo.

As transformações no ensino: Até o século X, a Igreja mantinha escolas junto aos mosteiros ou às catedrais. O ensino era voltado, principalmente, à formação eclesiástica e consistia no estudo de textos religiosos, como a Bíblia, e de textos de pensadores cristãos, em especial os de Santo Agostinho. Nas escolas cristãs, estudava-se o trívio (gramática, retórica e dialética) e o quatrívio (aritmética, geometria, astronomia e música). O alcance dela ,porém, era pequeno, pois, em geral, apenas os membros do clero e os filhos dos nobres podiam frequentá-las.

A literatura medieval: do oral ao escrito: A língua escrita utilizada nos primeiros séculos da Idade Média era o latim. Outros idiomas mantiveram-se por séculos como línguas faladas e eram empregados pelos distintos grupos da sociedade medieval. Aos poucos, o latim foi se misturando às diferentes línguas germânicas locais, originando as línguas modernas, como francês, alemão, italiano, espanhol, português e inglês e outras. Elas se afirmaram a partir dos séculos XI e XII, com o desenvolvimento de uma literatura escrita e profana. Essa literatura tinha, por base, antigas histórias, sem autoria definida, que eram transmitidas oralmente de geração em geração. Para a diversão dos frequentadores das cortes dos senhores feudais, exibiam-se os jograis, compostos de recitadores, cantores e músicos ambulantes, contratados pelo senhor. Eles executavam acrobacias, cantavam e tocavam instrumentos musicais, principalmente a viola e o alaúde. Esses artistas levavam uma existência nômade, viajando em caravanas compostas de homens e mulheres que viviam de doações feitas pelos nobres.

As novelas de cavalaria: No século XII, surgiram os primeiros romances, que ficaram conhecidos como novelas de cavalaria. Escritas em versos e em prosa, as novelas adaptavam antigas narrativas orais que abordavam os feitos heroicos e as guerras históricas travadas por Carlos Magno e os doze pares de França, as lendas do rei Arthur e dos cavaleiros da távola redonda ou os amores de Tristão e Isolda. O enredo das novelas de cavalaria apresentava um verdadeiro código de conduta no qual se destacavam o heroísmo, a honra e a lealdade, que eram os ideais da cavalaria medieval. Valorizava-se a ação do cavaleiro, em defesa da honra e a lealdade ao rei e à Igreja. A mulher era o objeto do amor cortês do homem, a dama que deveria ser tratada e amada com respeito e delicadeza. Esses primeiros romances ajudaram a divulgar os valores da sociedade medieval.