quinta-feira, 30 de julho de 2015

Investigando nossa origem:


Quem acompanha o Blogue Construindo História Hoje, sabe que eu como seu administrador, possuo a postura de que tanto a Teoria Criacionista como a Evolucionista seja ensinada nas escolas. Por isso não omito de postar trabalhos que possuem por base a Teoria Evolucionista de Charles Darwin, ainda que discorde dela pela falta de evidências científica que a comprovem.
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Quando surgiu a vida na Terra? Quando apareceram os primeiros seres humanos? Para os cientistas o Universo possui aproximadamente 15 bilhões de anos, o planeta Terra em torno de 4,5 bilhões de anos, o surgimento das primeiras formas de vida datam de 3 bilhões de anos atrás, já os dinossauros perambulavam no planeta entre 230 milhões a 65 milhões de anos atrás. Os primeiros primatas surgiram logo após a extinção dos dinossauros e entende-se que os primeiros hominídeos (nossos ancestrais) apareceram a 7 milhões de anos, os primeiros ancestrais de nossa espécie teriam surgido e se expandido por volta de 1,5 milhões de anos e há apenas 200 mil anos os seres humanos como nós conhecemos sobrevivem. A maioria dos animais primitivos não existe mais. Não conseguiram sobreviver por causa das mudanças climáticas, da disputa por comida e dos ataques de outros animais. Ao longo de milhões de anos foram substituídos por outras espécies, que por sua vez também se extinguiram. Somente os que tiveram descendentes mais adaptados puderam evoluir e sobreviver.

A Teoria da Evolução: A explicação para a evolução das espécies começou a ser dada pelo cientista inglês Charles Darwin (1809-1882), autor da famosa Teoria da Evolução das Espécies. Darwin provou que ao longo de milhares de anos todas as espécies de seres vivos se transformaram, ou seja, evoluíram. Algumas espécies não conseguiram sobreviver e extinguiram-se. Outras espécies foram evoluindo, ou seja, foram se modificando através de milhões e milhões de gerações. Há cerca de 32 milhões de anos surgiram os primatas. São animais mamíferos com capacidade de agarrar coisas com as mãos. Nos dias atuais, os macacos e os seres humanos são considerados primatas. Há 7 milhões de anos, os primatas começaram a evoluir para 2 espécies diferentes. Uma parte deles teve descendentes que deram origem aos macacos. Outra parte desses primatas teve descendentes que evoluíram até se tornarem a espécie humana. Portanto não é verdade que o ser humano evoluiu a partir do macaco. O que acontece é que seres humanos e macacos têm um antepassado comum. Os seres humanos e seus antepassados são chamados de hominídeos. Há dois milhões de anos havia três ou mais espécies de hominídeos. Depois elas desapareceram, substituídas por espécies de hominídeos. Os nossos antepassados hominídeos até que eram bem parecidos com macacos. O Australopitecus tinha um cérebro pequeno como o do chimpanzé, maxilares salientes e era coberto de pêlos. Mas andava sobre dois pés e não tinha uma cauda como os macacos. O fóssil mais antigo de Australopitecus foi encontrado na Etiópia (África) em 1974. Ele tinha 3,5 milhões de anos. Era uma fêmea adulta e recebeu o nome de Lucy. Não se sabe exatamente por que os Australopitecus desapareceram. Mas, centenas de milhares de anos antes de isso acontecer, surgiu outro gênero de hominídeos: o HOMO. O homo tem inteligência, isto é, tem capacidade de raciocinar, de fabricar utensílios, de articular uma linguagem e de se comunicar. Mas estas capacidades foram surgindo aos poucos. Os cientistas constataram que o gênero Homo dividiu-se em 4 espécies distintas (nós pertencemos a uma delas), sendo que uma não gerou a outra e algumas delas podem ter convivido entre si em curtos períodos de tempo. Foram elas: Homo habilis, Homo erectus, Homo Sapiens neanderthalensis, Homo sapiens e Homo Sapiens sapiens.

Pré-história geral: A Pré-História corresponde ao período que vai do surgimento do homem (hominídeo) até a invenção da escrita. O termo Pré-História tem sido criticado, pois pode sugerir que o homem desse período não deva ser incluído na História. Ora, o homem, desde seu aparecimento, é um ser histórico, ainda que ele não utilizasse a escrita. Outras expressões foram propostas para denominar os povos sem escrita, como: povo pré-letrado, povo ágrafo etc. O emprego dessas expressões, entretanto, não se generalizou. Como o termo Pré-História é de uso universal, vamos também empregá-lo, mas conscientes de que esse período integra a História, em sentido amplo.

Fontes para o estudo da pré-história: Atualmente utilizamos diferentes fontes históricas para reconstituir nosso passado, utilizamos documentos escritos ou mesmo fotografias, como fizemos em aula. E se quiséssemos reconstituir a Pré-História, que fontes utilizaríamos? O homem pré-histórico deixou uma série de vestígios de sua existência e de modo de vida: fósseis, instrumentos, pinturas etc. Entre as ciências que pesquisam essas fontes pré-históricas destacam-se a Paleografia Humana e a Arqueologia Pré-Histórica. A Paleografia Humana estuda os fósseis dos corpos dos homens pré-históricos, geralmente ossos e dentes, partes mais resistentes, que se preservaram ao longo do tempo. A Arqueologia Pré-histórica estuda objetos feitos pelo homem pré-histórico, procurando descobrir como eles viviam. Instrumentos de pedra e metal, peças cerâmicas, sepulturas são alguns desses objetos. DIVISÃO DA PRÉ-HISTÓRIA. As fontes pré-históricas indicam que nesse período, existiram diferentes culturas. Deduz-se que os objetos inicialmente tiveram formas variadas e foram feitos de diferentes materiais: madeira, osso, pedra lascada, pedra polida, metal. A partir de constatações dessa natureza, dividiu-se a Pré-História em três grandes períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, Neolítico ou Idade da Pedra Polida e Idade dos Metais.

Como saber se os hominídeos eram inteligentes? Supõe-se que a inteligência esteja relacionada ao tamanho do cérebro. A medição do espaço interno dos crânios encontrados indicou que o cérebro do Austrophitecus tinha 450 cm³; do Homo habilis, 500 cm³; o do Homo erectus, entre 825 e 1,2 mil cm³ e o do Homo sapiens sapiens, 1,5 mil cm³.  Cultura: modo de vida de cada povo, transmitido de geração a.geração. Abrange tanto a produção material (instrumentos, vestimentas, edificações etc.) quanto a produção a não-material (crenças, artes, ciência, linguagem religião, leis, costumes etc.) do ser humano.   Fóssil: resto ou traço visível da matéria original de um organismo morto há muito tempo.

Os nativos brasileiros e os indígenas da América do Norte.



Os nativos do Brasil: No território do Brasil atual, os portugueses entraram em contato com povos diversos. Havia grande heterogeneidade étnica, linguística e cultural. A maioria dos grupos vivia da coleta, a da caça e da pesca, e alguns praticavam a agricultura. Não há um consenso entre os especialistas sobre a quantidade de nativos que vivia no território hoje pertencente ao Brasil quando ocorreu a invasão portuguesa. Os números oscilam entre 2,5e 5 milhões de pessoas pertencentes a centenas de povos. Cada povo tinha costumes e tradições próprios. De forma geral, pode-se dizer que os grupos se organizava em aldeias fixas ou itinerantes (no caso de grupos nômades), dependendo da etnia.

A visão religiosa era semelhante,  respeitando a diversidade de cada grupo. Cultuavam elementos e algumas forças da natureza como o Sol, a Lua, o trovão, as águas. Organizavam rituais, danças festas, criavam adornos e faziam pinturas corporais e com motivos religiosos. Não havia entre eles a noção de propriedade. A terra e o que nela fosse produzido ou coletado eram bens comuns a todos da mesma aldeia. A aldeias eram organizadas hierarquicamente e havia um chefe, responsável pela tomada de decisões e pela liderança do grupo em caso de guerras. As decisões eram tomadas de acordo com os costumes de cada grupo : alguns consultavam os membros masculinos do grupo ou os homens mais idosos, por exemplo. Alguns grupos relacionavam-se com outros, mantendo contatos pacíficos e por sua vez reunindo-se em festas e rituais. Outros eram considerados inimigos e era para caça, coleta,  agricultura e armazenamento.

As técnicas de produção, dependendo da cultura e do local onde habitam; alguns, por exemplo, usavam cerâmica queimada, outros não. Para os portugueses, o contato com os saberes indígenas foi muito importante. Eram os nativos que conheciam as matas e seus recursos, como as plantas comestíveis ou as que podiam ser usadas como remédios, bem como a localização de fontes de água. O contato inicial dos portugueses foi com os tupis, habitantes do litoral. Por isso, os missionários que fizeram parte da colonização do Brasil elegeram o tupi como língua geral, desconsiderando a imensa variedade linguística  entre os nativos. Muitas manifestações culturais e línguas indígenas, que existiam quando os portugueses fizeram contato com eles, permaneceram entre seu descendentes nos diversos grupos  indígenas atuais. Os tupis se referiram aos demais grupos indígenas como tapuia, que quer dizer “inimigo”. Por isso, os portugueses classificaram os indígenas brasileiros em dois grupos: tupis, os do litoral, e tapuia, os do interior do território. Pelo que se sabe por cronistas e viajantes que estiveram no Brasil nos primeiros séculos da colonização, os indígenas aceitaram melhor os portugueses do que o contrário.

Os indígenas da América do Norte: Centenas de grupos indígenas habitavam a região hoje chamada de América do Norte, antes da chegada dos europeus. E assim, como nos outros lugares do continente, os indígenas norte-americanos também apresentavam grande diversidade étnica e cultural. Estima-se que havia mais de 300 línguas diferentes na região. Havia tribos nômades e sedentários que ocupavam a extensão entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Sioux (ou Dakotas), apaches, comanches iroqueses, cheroquis, algonguinos, cheyennes e crow são alguns dos grupos indígenas norte-americanos. Nas regiões do Ártico, viviam os inuits ou esquimós, com características bastantes distintas dos demais grupos em razão da adaptação a um ambiente extremamente hostil.

A economia desse grupo estava fundamentada na busca pelo que a natureza oferecia, como a caça da foca e de aves, a pesca da baleia e de outros animais de grande porte. Dos animais caçados, aproveitavam a pele para o vestuário, e o marfim e os ossos para a confecção de instrumentos de caça, como pontas de lanças e flechas, além da produção de esculturas. A domesticação do cachorro possibilitou aos esquimós o uso de trenós para locomoção e caça. Cada etnia indígena tinha seu idioma e, entre os grupos diferentes, a comunicação ocorria por meio de sinais. Entre as tribos nômades, uma das formas de obter alimentos era a caça de grandes animais, como antílopes, alces, búfalos e bisões. Dentre os grupos citados, destacavam-se os iroqueses, que ocupavam a área do Grandes Lagos e dos Apaches centrais. Sua organização social era matriarcal. Tinham uma forte estrutura guerreira, o que lhes possibilitou resistir por quase sois séculos à dominação inglesa, dificultando a expansão das colônias.