Erosão causada pela chuva é diferente da erosão causada pelos ventos em pedra calcária.
Dados
sobre a Esfinge:
A Esfinge não foi construída com blocos
quadrados, como as pirâmides e templos os quais guarda, mas esculpida na rocha
bruta. Seus escultores lhe deram a cabeça de um homem (alguns dizem ser de uma
mulher) e um corpo de um leão. Tem 65 pés (20 metros) de altura e 241 pés (73.5
metros) de comprimento. Apresenta uma das mais fantásticas expressões faciais,
como se representasse uma centena de Mona Lisas e seus olhos, virados para
leste, contemplam fixamente o horizonte distante, o equinócio, alguma coisa não
pertencente a este mundo, mas além dele, no firmamento. Alguma coisa, que
talvez, esteja refletida ou "congelada" na essência e na idade da
Esfinge.
Antes desta nova descoberta
(abaixo), era sugerido que a Esfinge havia sido construída há aproximadamente
4500 anos atrás, ou seja, em 2500 a.C.
A
Descoberta:
Um dia, enquanto lia o livro
Sacred Science (Paris, 1961) do autor e matemático francês Schwaller de Lubicz,
no Egito, a resposta para o que Lubicz chamava a atenção em seu livro veio à cabeça
de John Anthony West. Schwaller apontava o que parecia ser erosão provocada
pela água, no corpo da Esfinge. Pegando uma fotografia de perto da Esfinge,
West percebeu que o padrão de desgaste da Esfinge não era horizontal como visto
em outros monumentos de Giza, mas vertical. O desgaste horizontal é resultado
pela exposição prolongada a ventos fortes e tempestades de areia. Com certeza
houve várias tempestades assim nesta árida região do Saara. Surgem então as
perguntas: Poderia a água ser responsável pelo desgaste vertical na Esfinge?
Água de onde?
West sabia que a maioria dos
Egiptólogos acreditava que a Esfinge havia sido construída na mesma época em
que viveu o faraó Khafre (2555 à 2532 a.C) - a pirâmide de Khafre é a situada
do lado esquerdo da Esfinge. Ele também sabia que esta crença estava tão firme
e difundida, que se faria necessária uma escavadeira intelectual para pôr este
conceito abaixo.
Em primeiro lugar, West
perguntou a si mesmo se existia alguma prova concreta que fosse, que ligasse
Khafre à Esfinge. A resposta foi não, e a razão foi simples. Não há inscrições
- nem uma sequer - nem esculpida em uma parede ou em uma estela (coluna
destinada a conter uma inscrição) ou escrito nos amontoados de papiros que
identificasse Khafre (ou qualquer outra pessoa) com a construção da Esfinge e
dos templos em sua proximidade. Certamente, um monumento com sua magnitude,
tendo sido esculpido em rocha bruta, teria sido celebrado, mas não há nem a
mais ligeira menção a este monumento.
Poderia então ser a Esfinge
muito mais antiga que o reinado de Khafre, como West já o suspeitava? Poderia
esta hipótese explicar, por exemplo, o estranho desgaste vertical na estátua?
A
Confirmação:
Em 1991 o Dr. Robert Schoch,
geólogo e professor da Universidade de Boston, junto com John A. West e um time
de cientistas e arqueólogos, decidiu examinar as novas descobertas. Após meses
de estudos, Schoch chegou a conclusão de que realmente, conforme havia dito
West, os padrões de desgaste haviam sido formados por intensas chuvas - chuvas
torrenciais. Mas porque não haviam marcas como estas nos outros monumentos? Com
certeza não haveria de ter chovido somente na Esfinge e em seus templos.
"Isso é
impossível!", bradaram os egiptólogos. - "Não é impossível",
disse Schoch. "se levarmos em conta que a Esfinge pode ter sido construída
quando tais chuvas eram comuns nesta região”.
Por que a relutância da
comunidade científica em aceitar tais fatos? Simplesmente por que a história
deverá ser reescrita e os cientistas deverão ter que reconsiderar as origens do
homem como um todo. Bem, que seja. Assim funciona o progresso. De todo modo,
isto já foi feito muitas vezes antes. Poderia ser feito novamente.
Provar que a Esfinge é muito
anterior a pirâmide de Khafre é uma coisa. A questão é quanto tempo mais
antiga, exatamente? Como a ciência pode determinar a verdadeira idade de um
monumento de pedra?
A
Astronomia Se Junta ao Debate:
(Tradução
e adaptação do texto de Robert Bauval, publicado na revista AA&ES, agosto
1996)
Em 1989 eu publiquei um
artigo no Oxford Journal, Discussões sobre Egiptologia (vol.13), no qual eu
demonstrei que as 3 Grandes Pirâmides e suas relativas posições para o Nilo
criavam no solo um tipo de holograma em 3-D das três estrelas do cinturão de
Órion (3 Marias) e suas relativas posições com a Via Láctea. Para dar apoio a
esta controvérsia, eu trouxe à luz o eixo inclinado da Grande Pirâmide o qual,
situado no meridiano sul, "aponta" para este grupo de estrelas.
Trouxe também as evidências escritas dos Textos da Pirâmide que identificavam o
destino da vida após a morte dos faraós com Órion. Mais tarde, no meu livro O
Mistério de Órion (Heinemann-Mandarin) eu também demonstrei que o melhor
encaixe para os padrões das Pirâmides de Giza/Nilo com o padrão do cinturão de
Órion/Via Láctea ocorreu mais precisamente em 10.500 a.C.
A esquerda temos os efeitos da erosão causada por chuva e a direita os efeitos da erosão causada pelos ventos.
Os antigos egípcios, por
exemplo, se referiam constantemente a uma distante era dourada a qual eles
chamavam ZEP TEPI, "A PRIMEIRA
ERA" de Osíris. Osíris era
Órion, e a Grande Pirâmide tem um eixo bem no meridiano sul da Terra,
direcionado para Órion. Para mim, esta silenciosa linguagem astro-arquitetural
parecia estar nos dizendo: ‘aqui, no céu, estava Osíris, quando estas pirâmides
foram construídas, e agora também, que suas origens estão enraizadas na
"Primeira Era"’.
Mas "Primeira Era"
de que? Como poderiam as estrelas da constelação de Órion ter uma
"Primeira Era"?
Bem, elas podem e tem,
levando-se em conta que você possa ler através da "linguagem"
alegórica dos antigos via a arquitetura simbólica e os Textos da Pirâmide
relacionados. Alegoria, em outras palavras, é a "chave" de que os
astrônomos que construíram o complexo de Giza usaram.
Quando as estrelas de Órion
são observadas no meridiano, na maneira precisa que os antigos astrônomos
egípcios fizeram por muitos séculos, não há como deixar de notar que estas
estrelas atravessavam o meridiano sul em diferentes altitudes em diferentes
épocas. Isto, é claro, devido ao fenômeno de Precessão (veja O Mistério de
Órion, apêndices 1 e 2).
Em resumo, pode ser
considerado que as estrelas de Órion tenham um "início" ou
"começo" no nadir, ou ponto de partida do seu ciclo de precessão.
Simples cálculos mostram que isto ocorreu em 10.500 a.C.. Poderiam os antigos
astrônomos da "Era das Pirâmides" ter usado sua muito inteligente
"linguagem silenciosa" combinada com a Precessão para congelar a
"Primeira Era" de Osíris - algo como os arquitetos das catedrais
góticas congelaram em seus trabalhos alegóricos na "Época de Cristo"?
No livro do cientista Graham
Hancock, Fingerprints of the Gods (Heinemann-Mandarin), é mostrado que a data
da "Primeira Era", 10.500 a.C., também significava o início da Era de
Leão.
Isto foi quando a
constelação de leão teria crescido em forma de espiral (na alvorada, antes do
Sol) no dia do equinócio da primavera. Este evento trouxe o leão celestial para
descansar exatamente no leste, em perfeito alinhamento com a Esfinge.
A Esfinge, em outras
palavras, foi feita para olhar para sua própria imagem no horizonte - e
conseqüentemente na sua própria "era". Hancock observou que 10.500
a.C. não era uma data aleatória. Ela significava precisamente outro começo, o
começo definido no solo com os padrões e alinhamentos das pirâmides próximas a
Esfinge.
Isto prova então que não só
as pirâmides, mas também a Esfinge está nos atraindo para a mesma data de
10.500 a.C.. Estaríamos lidando com uma coincidência - ainda que espantosa - ou
seria tudo isso parte de um projeto feito pelos antigos?
Haveriam evidências de uma
presença contínua aqui em Giza, através das eras, de alguns grandes
"astrônomos" que poderiam ser responsáveis para ver este projeto
realizado?
Se existem, quem seriam
eles? De onde vieram? Porque em Giza? Graham e eu gastamos os 2 últimos anos
pesquisando este fascinante acontecimento. Nós acreditamos que o que nós
descobrimos irá mudar para sempre a percepção do que era e ainda é Giza. Os
resultados completos de nossa investigação está descrito em nosso novo livro,
Keeper of Genesis.
O
Enigma da Esfinge: