Era chamada Táurica
(Chersonesus Taurica ou Scythica) pelos antigos gregos e romanos, seu nome
atual deriva-se do seu nome tártaro Qırım, através do grego: Κριμαια (Krimaia).
Os primeiros habitantes de quem se têm resquícios autênticos foram os
Cimerianos, que foram expulsos pelo Citas durante o século VII a.C.. Uma
pequena população que se refugiara nas montanhas ficou conhecida posteriormente
como os Tauri. Neste mesmo século, os antigos colonos gregos começaram a ocupar
a costa, isto é, Dórios de Heracleia em Quersoneso, e Jônios de Mileto em
Teodósia e Panticapaeum (também chamado Bósforo).
Dois séculos mais tarde,
(438 a.C.) o archon, ou líder, dos Jônios assumiu o título de rei do Bósporo,
um Estado que manteve relações importantes com Atenas, fornecendo àquela cidade
trigo e outros produtos. O último destes reis, Perisades V, sendo pressionado
pelos Citas, pediu proteção a Mitrídades VI, rei do Ponto, em 114 a.C.. Depois
da morte de seu protetor, seu filho Farnaces, como recompensa pelo auxílio dado
aos romanos na guerra contra o próprio pai, recebeu em 63 a.C. de Pompeu o
reino do Bósporo. Em 15 a.C., foi mais uma vez devolvido ao rei do Ponto, mas
daí em diante acabou mantendo-se um território tributário de Roma.
Chersonese, Chersonesos,
Cherson, Khersones, mas o mais conhecido em todo o mundo como Quersoneso, foi
uma das mais proeminentes colônias gregas, fundadas a cerca de 2.500 anos
atrás, e que atualmente se converteu em um desses locais turísticos que não
podemos deixar de visitar quando estivermos a passeio nestas terras.
No entanto, considerando o
império grego e o território que chegou a ocupar, é temos que destacar em
primeiro lugar que este lugar, famoso por seus sítios arqueológicos, não se
encontra na Grécia, mas sim na Ucrânia, em particular na costa do Mar Negro nos
arredores de Sebastopol na Criméia.
Com o tempo, essas terras
estavam nas mãos do que é atualmente a superfície da Ucrânia, país que
conseguiu explorá-las especialmente a partir dos descobrimentos de sítios
arqueológicos de 1827, embora até então dependiam do governo russo, como parte
da URSS, e que depois de algumas décadas, especialmente desde a queda do
comunismo, foram abertos para as pessoas de todo o mundo dispostas a
visitá-los.
A primeira coisa a notar,
neste contexto, é que os edifícios que se encontram aqui, em muitos casos,
apenas em restos, contam com a particularidade de possuir influências das
culturas grega, romana e bizantina, de modo que suas formas e desenhos são
praticamente impossíveis de encontrar em outros lugares do mundo, embora entre
todos eles, se destaque especialmente um anfiteatro romano e um templo grego.