Sociopatas/Psicopatas, eles parecem pessoas normais, mas não tem a menor empatia por seu semelhante são capazes de fazer qualquer coisa para atingirem seus objetivos e destruírem outras pessoas. Imagem: Divulgação TXT.
“Dedico essa sequencia de postagem a todas as pessoas de bem que
lutam e acreditam em um mundo mais justo e menos violento.”
A
gente resiste muito a acreditar na existência do MAL enquanto prática humana! Mas ele está ai, vizinho, rondando
cada um de nós, e a gente nem se dá conta! O que assusta nessas pessoas é
que elas parecem tão comuns, tão gente
igual à gente. E no entanto, a incapacidade de ter empatia pelo outro revela
claramente que elas não são como a gente: psicopata não tem semelhante. Ele nem
sabe o que é isso. Essa sequencia de postagens que começo hoje nos fará
descobrir que estamos sempre correndo o risco de ser a próxima vítima. Mas, ao
mesmo tempo, nos dá as únicas armas possíveis para nos defendermos deles: a possibilidade de reconhecê-los
para sair de perto! Tenho por
interesse tirar o psicopata que você imagina, aquele assassino sanguinário que você
vê nos filmes hollywoodianos, onde o senso comum o confina, para mostrar que a maioria deles não chega ao assassinato,
ainda que todos vivam a matar: sonhos, esperanças, a confiança
que os outros depositam neles. A boa
notícia é que eles são uma proporção muito pequena da população, de modo que
podemos continuar apostando na humanidade!
Esses
“predadores sociais” com aparência
humana estão por ai, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os
setores sociais. Por esse motivo, é natural que você esteja agora se perguntando,
de forma íntima e angustiada, se as pessoas com as quais convive ou que fazem
parte do seu mundo são dotados de consciência ou não.
Por isso nesse exato momento proponho um passeio mental. Pare e
pense:
Nos seus vizinhos;
Nos professores de seu filho;
Nos jovens nas escolas onde estuda;
Nos trabalhadores da sua rua;
Nos amigos dos seus amigos;
Nos líderes religiosos;
Nos políticos de sua nação;
Será que todos, sem exceção,
são dotados de consciência? Entre homens e mulheres 4% da população apresentam
esse lado sombrio da mente. Destituídos de compaixão, culpa ou remorso!
Se
puder, tente imaginar como seria não ter consciência, culpa nem remorso
independente do que fizesse, não se sentir de forma alguma tolhido pela
preocupação com o bem-estar de estranhos, amigos ou mesmo parentes. Imagine ser
capaz de desconhecer a noção de responsabilidade, salvo como um fardo que os
outros aparentemente carregam sem questionar.
Acrescente a capacidade de esconder das pessoas o fato de que a
estrutura psicológica delas é radicalmente diferente da sua. Como todos
erroneamente pressupõem que a consciência é um atributo universal dos seres
humanos, esconder que você não a possui exige pouquíssimo esforço. O sangue-frio
que corre em suas veias é tão bizarro, tão completamente alheio à experiência
dos outros, que eles nem sequer suspeitam de seu transtorno. E ainda mais é
provável que sua estranha vantagem sobre a maioria das pessoas, mantidas na
linha pela consciência, jamais seja descoberta.
Imagine
ser capaz de não se perturbar por aquela incômoda voz interior que impede outras
pessoas de fazer qualquer coisa para alcançar o sucesso. Se necessário, não
hesitará em manipular aqueles que confiam em você, tentar acabar com colegas poderosos
ou influentes e passar como um trator por cima de grupos de pessoas mais
fracas. Não importa qual for a sua ocupação, você manipula e intimida seus
subordinados da maneira mais frequente e ultrajante possível sem que corra o
risco de ser demitido ou responsabilizado. Deixar os outros tremendo significa
ser poderoso.
A ausência
de culpa foi, na verdade, o primeiro distúrbio de personalidade reconhecido
pela psiquiatria e os termos usados para defini-lo ao longo do tempo. Segundo,
o atual Manual diagnóstico e estatístico de distúrbios mentais DSM-IV-TR,
da Associação Americana de Psiquiatria, o diagnóstico clínico do “Transtorno da
Personalidade Antissocial” deve ser cogitado quando um indivíduo apresentar, no
mínimo, três das sete características a seguir:
1- Incapacidade
de adequação às normas sociais;
2- Falta
de sinceridade e tendência à manipulação;
3- Impulsividade,
incapacidade de planejamento prévio;
4- Irritabilidade,
agressividade;
5- Permanente
negligência com a própria segurança e a dos outros;
6-
Irresponsabilidade persistente;
7- Ausência
de remorso após magoar, maltratar ou roubar outra pessoa.
A combinação de
três desses “sintomas” é suficiente para levar muitos psiquiatras a
considerarem o individuo ausente de consciência ou sociopata (psicopatia).
Seria
difícil de refutar a observação de que indivíduos totalmente livres do estorvo
de uma consciência às vezes obtêm dinheiro e poder, pelo menos por algum tempo.
Um número excessivo de capítulos no
livro da história da humanidade, de suas primeiras linhas aos acréscimos mais
contemporâneos, está organizado em torno dos grandes sucessos de invasores
militares, conquistadores, magnatas sem escrúpulos e construtores de impérios.
Esses indivíduos já morreram há muito tempo ou são demasiadamente privilegiados
para serem avaliados de maneira que agradaria a um psicólogo clínico. No
entanto, com base em determinados comportamentos bastante conhecidos e
largamente documentos, concluímos, que um bom número deles não possuí qualquer
senso de obrigação baseado em vínculos emocionais com os outros. Ou seja,
alguns deles eram, e são sociopatas (psicopatas).
E, como não entendemos esses indivíduos, com sua psicologia nos é estranha, quase nunca os reconhecemos e os detemos até que tenham prejudicado a humanidade de formas inimagináveis. Imagem: Divulgação TXT.
Para
piorar a situação, conquistadores cruéis e grandes imperadores em geral são
admirados por seus contemporâneos e durante a vida costumam ser vistos como
modelos para toda a raça humana. Sem dúvida, inúmeros meninos mongóis do século
XIII foram ninados à noite com as histórias do destemido Gêngis Khan, e hoje
nos perguntamos qual dos heróis modernos que elogiamos para nossos filhos
acabará lembrado pela história como um interesseiro inescrupuloso. Gêngis Khan
foi excepcional entre os tiranos sociopatas. Desde que começaram a documentar guerras
atividades e projetos de genocídio, os historiadores têm observado com
frequência que um determinado tipo de vilão catastrófico e amoral parece
renascer constantemente na raça humana. Nem bem nos livramos de um,
outro surge em algum lugar do planeta. Do ponto de vista genético populacional,
é provável que exista alguma verdade nessa lenda. E, como não entendemos esses indivíduos,
com sua psicologia nos é estranha, quase nunca os reconhecemos e os detemos até
que tenham prejudicado a humanidade de formas inimagináveis.
Teólogos e cientistas também concordam
que há dois erros humanos que costumam contrariar a nossa natureza em geral
benevolente.