Papa Bento XVI, durante o anúncio de sua renúncia. Imagem: http://www.acidadevotuporanga.com.br.
Hoje trago um tema que tem
sido uma avalanche de informações na mídia. A recente renúncia do Papa Bento
XVI, o Bispo de Roma da Igreja Católica Romana. Foi algo que pegou todos os
católicos e inclusive membros de outras denominações cristãos, que veem na figura do Papa, um baluarte do
cristianismo mundial, pois além de sacerdote Cristão o Papa é um
grande mediador de causas internacionais e um líder respeitado por diversas
nações inclusive não cristãs que veem nele a figura de um justo representante
do Estado do Vaticano, a menor nação do mundo, mas com um poder de influência
incrível.
Embora diante da surpresa
dos fiéis pelo mundo, desde que foi eleito em 19 de abril de 2005, sabia-se no Vaticano que seu papado seria curto
devido à idade avançada de Joseph Alois Ratzinger, foi eleito como o 265º Papa
com a idade de 78
anos e três dias.
O anuncio de sua renúncia
foi feito nesta segunda-feira (11 de fevereiro de 2013) oficialmente que
renuncia ao Pontificado por sua "idade avançada". Ele disse que ficará
no posto até 28
de fevereiro, quando será convocada nova eleição.
A tradição dita que os papas
devem ficar no posto até a morte. Mas Bento XVI, que completará 86 anos em abril,
disse que lhe falta vigor "tanto do
corpo como do espírito" para continuar no cargo, e que tem consciência
da "seriedade" do seu ato. Em suas próprias palavras vemos a
humildade e respeito pela responsabilidade que lhe cabe. Vemos pois, sua
demonstração de sabedoria, ao mostrar que os líderes devem fazer o melhor para
seu povo e não ficar apegados a cargos políticos por interesses pessoais, dessa
forma Bento XVI, deu um exemplo aos governantes das diversas nações, um
exemplo de desapego a ser seguido por cada cristão seja lá aonde estiver,
Cristo deve estar acima de qualquer obra, então lemos:
“Após ter examinado perante
Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade
avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino.
Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser
realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau
sofrendo e rezando.”
Papa
Bento XVI, Bispo de Roma da Igreja Católica Romana, 11 de fevereiro de 2013,
Vaticano.
Quando anunciou sua
renúncia, Bento XVI, afirmou que não tem mais forças para continuar. Na
terça-feira (12 de fevereiro de 2013), o Vaticano confirmou que o papa usa um marca-passo há dez
anos. E foi confirmado que Bento XVI se submeteu a uma cirurgia
para trocar o aparelho há cerca de três meses. O irmão dele, Georg Ratzinger, disse que o papa
estava considerando a renúncia há alguns meses porque sentia dificuldades para
andar. Seu médio o advertiu a não fazer viagens transatlânticas e diminuir o
ritmo.
“No entanto, no mundo de
hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo
para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é
necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos
últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha
incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado.”
Papa
Bento XVI, Bispo de Roma da Igreja Católica Romana, 11 de fevereiro de 2013,
Vaticano.
Para aqueles que consideram um
ato de fraqueza a renúncia do Papa é porque não acompanharam seu papado, não
possuem a menor ideia da quantidade de responsabilidades que cerca um homem que
gere a maior religião cristã do mundo. Que possuí certa de dois bilhões de fiéis espalhados
pelos quatro cantos da terra. Que além
de cuidar da vida espiritual e material da Igreja, realiza o trabalho mediador
e evangelístico pelo mundo com diversas atividades. Isso tudo para um homem
de 86 anos. Para um jovem no auge da juventude já seria uma tarefa
terrivelmente desgastante, imagine para um senhor entrando na casa dos noventa
anos?