Semana da Arte Moderna de 1922. Imagem: Capa do Livro, O Pensamento Nacionalista no Modernismo Brasileiro de Rodrigo Rodrigues.
“Aprimora-te
na arte de bem falar; bem escrever a tua língua; um povo que perde a tradição
da palavra, acaba perdendo todas as tradições, poorque o idioma vernáculo é oi
veículo da História e o instrumento intelectual da sustentação da personalidade
de uma Pátria”.
Plínio
Salgado
O
primeiro período modernista, correspondente às primeiras décadas do século XX,
foi profundamente marcado por uma necessidade de renovação nas artes
brasileiras, as quais sofreram grande influência da vanguarda europeia,
principalmente com o Futurismo,
Dadaísmo e o Surrealismo.
De
início, estas influências tiveram mais destaque nas artes plásticas com Tarsila
do Amaral, cuja exposição realizada em São
Paulo entre 1917 e 1918, após
uma viagem feita pela Europa e aos Estados Unidos, de onde absorveu a arte de
vanguarda, resultou em num artigo do jornal “O Estado de São Paulo”, escrito por Monteiro Lobato com o título de “Paranoia ou Mistificação”. A severa crítica de Monteiro Lobato
revelava seu repúdio à influência da arte estrangeira, conforme se pode ler no
artigo:
”(...)
exposições públicas, gambumbadas pela imprensa e absorvidas por americanos
malucos, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo mistificação
pura”.
Monteiro
Lobato
Após a violenta crítica ,
Tarsila teve muitos de seus quadros devolvidos, sofreu duras provações, até se
unir com outros artistas de semelhantes aspirações, entre eles estavam: Oswald
de Andrade, Mário de Andrade, Di Cavalcanti e outros. Estes, por sua vez,
uniram forças com o escultor Vitor Brecheret, que mais tarde conquistou, até
mesmo, os elogios de Monteiro Lobato.