Arte egipcia, Ptolomeu I Sóter. Imagem: UFCG.
Como
General macedônico do exército de Alexandre que ficou com a parte egípcia do
império macedônico, depois da morte (305 a. C.) do filho do general Alexandre
IV, que governava o Egito a 12 anos (317-305 a. C.). Assumindo o governo
(305 a. C) nomeou-se faraó e declarou a independência egípcia.
Isto
consolidou o desmantelamento do império de Alexandre, o maior do mundo até
então. Rei
egípcio que governou entre os anos 305 e 285 a. C., ocupando o território que
lhe foi cedido por Alexandre da Macedónia, quando o acompanhou na expedição que
empreendeu à Ásia.A conquista de Jerusalém é por si obtida no ano de 320 a. C.,
ocupando de igual modo a Fenícia e a Celesíria, que serão tomadas
posteriormente por Antígono, voltando a ser reconquistadas em 312 a. C.No ano
de 306 a. C. sofre uma derrota no mar de Chipre frente a Antígono e a seu filho
Demétrio. O facto de ter obrigado este último a levantar o cerco que mantinha à
cidade de Rodes valeu-lhe o título de sóter, o salvador.
Com a morte de Antígono no ano de 301 a. C., perde para o rei sírio Seleuco os territórios da Celesíria e da Fenícia.
Dois anos antes da sua morte, abdica do trono em favor do seu descendente e filho Ptolomeu II Filadelfo.
A obra cultural do período de Ptolomeu I fica marcada pela criação do museu e da biblioteca de Alexandria e pela presença de um número significativo de sábios e letrados na sua corte. Escreveu igualmente uma história sobre as guerras de Alexandre.
Ptolomeu,
trouxe um novo período de florescimento para o país do Nilo. Sóter, que
em grego quer dizer salvador, tornou-se, então, fundador da grande
Dinastia dos Lágidas que governou o Egito por quase 300 anos (323-30 a.
C.). Educado na corte e amigo íntimo do príncipe Alexandre, foi exilado (337
a. C), com outros amigos do príncipe, mas retornou após a coroação de Alexandre
(336 a. C) e tornou-se seu guarda-costas. Mais tarde, participou de campanhas
na Europa, Índia, Afeganistão e Egito, nas quais se mostrou comandante
cauteloso e confiável, muitas vezes condecorado.
O Farol de Alexandria, cuja construção começou em 297 aC. Imagem: Grécia Antiga.
Após a morte de Alexandre (323 a. C), certo de
que não seria possível manter a unidade do império, propôs que as satrapias
(províncias do império) fossem divididas entre os generais. Tornou-se, então,
sátrapa do Egito e de territórios libios e árabes, e nos anos seguintes
estendeu seu domínio ao Chipre, Síria e regiões costeiras da Anatólia.
Consolidou
e expandiu seus domínios por meio de guerras e, sobretudo, de hábeis
negociações, alianças e casamentos. Manteve cordiais relações políticas com a
Grécia e conquistou ao mesmo tempo a simpatia dos egípcios com medidas como a
fusão de religiões da Grécia e do Egito e a restauração dos templos dos faraós,
destruídos pelos persas. Fundador da Academia de Alexandria (313 a. C),
Museu e Biblioteca (290 a. C.), para a qual convidou um grupo de sábios
notáveis para integrar seu corpo de mestres, tornando esta cidade