Tito, o general romano, encarregado de construir o Coliseu, sentia orgulho porque o exército romano era o único que se preparava para a guerra em tempos de paz, que treinava seus soldados durante todo o ano. Era o mais eficiente. Com seu exército, ele conquistou Jerusalém no ano de 70 d.C., levando dezenas de milhares de cativos a Roma. Utilizando da mão de obra dos cativos, o grande general construiu monumentos que até hoje estão de pé.
SPQR é um acrônimo da frase latina Senatus Populusque Romanus. A tradução para o português é "O SENADO E O POVO ROMANO".
O treinamento que antes atingia os exércitos e algumas poucas áreas da sociedade, hoje permeia todos os setores. Estamos na era do treinamento. Treina-se para praticar esportes, andar, dançar calcular, escrever, contar histórias, encenar uma peça. Treina-se para dirigir veículos, pilotar aviões, operar máquinas. Treina-se para falar em público, usar computadores, fazer programas, administrar empresas, executar projetos. Treina-se para tomar vinho, apreciar uma obra de arte, observar a qualidade dos produtos.
Pela constante especialização as Legiões tornaram-se imbatíveis diante dos inimigos de Roma.
Entretanto, quando tudo parecia perfeito na era do treinamento, eis que ao olhar para as mazelas psíquicas e sociais das sociedades modernas constatamos que cometemos um gravíssimo erro histórico. Esquecemos de realizar o mais importante treinamento, o treinamento para decifrar e aplicar os códigos da inteligência. Sem eles não podemos desenvolver nosso imaginário, nossa capacidade de superação das intempéries e nossas potencialidades intelectuais.
Você quer saber mais?
CURY, Augusto. O Código da Inteligência. Rio de Janeiro: Ed. Thomas Nelson Brasil/ Ediouro, 2008.
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