quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ann Blair e o excesso de informação agora e no passado

"Preocupe-se com a sobrecarga de informação se tornou um dos tambores de nosso tempo. O mundo de livros estão sendo digitalizados, revistas e jornais em linha e trabalhos acadêmicos são constantemente reforçada por uma corrente sem fim de posts de blogs e feeds do Twitter e os dispositivos para manter-nos participantes na avalanche digital são mais numerosos e sofisticados. O montante total das informações é criado em dispositivos eletrônicos do mundo deve superar a marca zettabyte este ano (um pouco concebível com 21 zeros depois dele). "Leia o artigo completo em Boston.com .

"Sentir-se oprimido pela quantidade de informação também? O que há de novo? A quantidade de dados digitais disponíveis em todos os dias da Web atinge proporções de registros agora mais do que um zettabyte (10 21 bytes) e, presumivelmente, acumulando em um ritmo cada vez maior, estimado em 30 por cento de crescimento ao ano de 1999 a 2002. "Leia o artigo completo no The Chronicle of Higher Education .

Prof Blair também apareceu em NPR's Talk of the Nation em 29 de novembro. A transmissão pode serassistido a partir 29 de novembro de 2010 às 6:00 pm.

O novo livro de Blair Prof, Muito do saber: Gerenciamento de Acesso Livre à Informação antes da Idade Moderna , que foi recentemente publicado pela Yale University Press, aborda a história da gestão da informação na Europa antiga e medieval e no mundo islâmico e na China.

Você quer saber mais?

http://history.fas.harvard.edu/news/?p=635

Veja a lista das piores enchentes globais dos últimos dez anos

Cheias no Paquistão em 2010

Chuvas afetaram um quinto do Paquistão no ano passado

As chuvas recentes na região serrana do Rio de Janeiro deixaram, segundo cálculos de autoridades estaduais, mais de 200 mortes, a maioria delas nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo.

Recorrentes no Brasil durante os meses do verão, as enchentes e os deslizamentos também provocam historicamente tragédias em diversos países do mundo. Em países como Índia e China, essas tragédias costumam se repetir por anos seguidos.

A mais mortal enchente de que se tem notícia, desde 1900, segundo o site International Disaster Database (EM-DAT, que compila informações globais de desastres), ocorreu na região central da China, em 1931: estima-se que 3,7 milhões de pessoas tenham morrido nas inundações.

Veja, a seguir, a compilação do International Disaster Database das dez mais graves enchentes ocorridas nos últimos dez anos.

O site contém informações de desastres globais em que houve no mínimo dez mortes e uma centena de afetados, pedido por ajuda internacional ou declaração de estado de emergência.

Haiti sofreu com dias seguidos de chuva

Haiti – maio de 2004 – 2,6 mil mortes

Dias seguidos de chuva forte fizeram com que rios transbordassem no Haiti e na vizinha República Dominicana, deixando milhares de desabrigados e de casas destruídas.

Paquistão – julho de 2010 – 1,9 mil mortes

As cheias afetaram um quinto do território do país e deixaram 4,6 milhões de paquistaneses desabrigados. As chuvas arrasaram as colheitas do país, elevando em 15% o preço dos cereais no Paquistão.

China – maio de 2010 – 1,7 mil mortes

As águas provocaram enchentes e deslizamentos no sul da China, destruindo casas e plantações e dificultando o abastecimento de água potável na região.

Índia – julho de 2005 – 1,2 mil mortes

Chuvas de monções no oeste da Índia provocaram cheias recordes na época. A tragédia aumentou com rumores, em 28 de julho, de que uma represa havia cedido à pressão da água, o que levou a uma debandada de pessoas. A confusão resultou em outras 15 mortes.

Bangladesh – julho de 2007 – 1,1 mil mortes; Índia – julho de 2007 – 1,1 mil mortes

Chuvas constantes por quase três semanas no sul da Ásia provocaram enchentes em diversos países da região e deixaram quase 20 milhões de desabrigados. Além de China e Bangladesh, as águas afetaram também Nepal, Butão e Paquistão.

Enchente na Índia

Enchentes foram constantes na Índia nos últimos anos

Índia – junho de 2008 – mil mortes

Chuvas fortes no noroeste do país fizeram com que rios transbordassem e deixassem milhares de aldeias submersas. Calcula-se que as cheias tenham afetado 8 milhões de indianos.

Índia – julho de 2009 – 992 mortes

Uma forte temporada de chuvas de monções afetou diversos Estados indianos, deixando estimadas 500 mil casas inundadas.

Índia – junho de 2004 – 900 mortes

O sul da Ásia foi atingido por fortes chuvas no verão (do hemisfério Norte) de 2004, que afetou 70 milhões de pessoas, grande parte delas na Índia. Na época, a Cruz Vermelha britânica disse que “milhões de pessoas perderam não apenas suas casas, mas seus meios de sobrevivência, suas colheitas e suas terras”.

China – junho de 2002 – 793 mortes

A quantidade de chuvas superou as previsões das autoridades chinesas, que foram forçadas a organizar a evacuação de 12 mil pessoas em áreas de risco na Província de Jiangxi, no sudeste do país.

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http://www.bbc.co.uk/

Onde está Deus na hora da dor.

Reconstruindo a fé e restaurando os sonhos

Áreas da região serrana produtoras de alimentos que abastecem a cidade do Rio de Janeiro ficaram completamente destruídas após as enchentes e deslizamentos.

Por: H. Guther Faggion

Muitas pessoas acham que a conversão espiritual é uma passagem de primeira classe para um mundo perfeito, onde inexiste dor e sofrimento. Afinal de contas, o Senhor é bom, e isto é um fato incontestável. No entanto, mesmo o cristão mais fiel já passou pela experiência do sofrimento. Nestes momentos, não podemos evitar a pergunta: como explicar que o Deus Todo-Poderoso não se dignou a usar um pouco de seu poder para ajudar? "Ninguém pode contestar a opinião de que a vida é pontuada de dificuldades, angústias e problemas. A maioria de nós aprendeu a enfrentar a realidade de que a vida é difícil. Mas será injusta? Alguma coisa nos golpeia, bem no fundo, tornando quase intolerável para nós aceitar e resistir às injustiças. Nosso impulso de justiça supera nossa paciência com o sofrimento", escreve Charles Swindoll em Jó - um homem de tolerância heróica.

O sofrimento é definitivamente um dos temas universais mais complexos e abrangentes da história da humanidade. Esse sentimento tem sua expressão maior - não se limitando ao sentido religioso da questão - em Jó. E de todos os tipos de sofrimento que possamos imaginar, aquele que acometeu esse personagem bíblico foi dos piores: o martírio de Jó não é decorrência de seu erro, não se justifica por sua história de homem íntegro e reto. A seqüência de tragédias na vida desse homem próspero causou-lhe a perda da saúde, da família e dos bens materiais. Entretanto, a fé de Jó, mesmo diante dos conselhos de sua esposa - "Amaldiçoa a Deus e morre" (Jó 2:9) - e de seus supostos amigos, continuou incrivelmente inabalável. Isso nos remete a uma inevitável indagação: como é possível sofrer tudo isso e ainda acreditar que Deus nos observa e se interessa por nós?
Justificar
CRISE ESPIRITUAL - Lidar com o sofrimento é o mais duro teste para a fé. A princípio, pode parecer uma contradição: por que Deus permite situações de tamanha calamidade pessoal na vida de pessoas que se dispõem a crer e confiar nele? Invariavelmente, todos os dias muitas pessoas não resistem a esses testes e caem. "Descobri que para muitas pessoas existe um grande abismo entre o que esperam de sua fé cristã e o que de fato acontece. A partir de um verdadeiro mundo de livros, sermões e testemunhos, todos prometendo vitória e sucesso, elas aprendem a esperar que Deus atue de modo impressionante em suas vidas. Se não enxergam tais intervenções, sentem-se desapontadas, traídas e freqüentemente culpadas", escreve Philip Yancey no livro Decepcionado com Deus.

A Bíblia naturalmente é farta no que tange a exemplos de sofrimento - justo ou injusto. Diversos salmos foram visivelmente inspirados em um momento de profunda angústia e dor. Histórias como a de Ester ou da maior de todas as dores, o sacrifício vicário de Jesus Cristo. No entanto, por que nos últimos tempos pouco se ouve falar dessa relação entre a fé e o sofrimento, a crença e o martírio? As pregações preparam os cristão para que eles encontrem a Deus na alegria tanto quanto na dor? Larry Crabb, em seu livro Sonhos despedaçados, argumenta: "O sofrimento causado pela destruição dos sonhos não deve ser considerado algo a ser - se possível - aliviado, nem algo a ser suportado caso não haja outra saída. É uma oportunidade a ser aproveitada, uma chance de descobrir nosso desejo pela bênção mais elevada que Deus deseja nos dar - um encontro com ele".
ALÉM DO SOFRIMENTO - Crer em Deus em meio ao sofrimento não é tarefa simples, principalmente para aqueles que ousam exercer uma fé questionadora. Pessoas com esse perfil costumam passar por conflitos espirituais, a maioria experimentada em situações de desespero e luta interna. "Todo ser humano sofre. É parte da condição humana. Porém, quem sabe o que fazer em relação ao sofrimento? Deus sabe! Entretanto, muitas vezes, parece que para Deus a questão não está em como solucionar o sofrimento, mas em entender que o sofrimento é a solução", escreve o pastor Ariovaldo Ramos no prefácio de O caminho de Jeremias, de Marson Guedes, que fala da vida do profeta que sublimou a dor diante da missão divina. "Fiquei aturdido ao descobrir que Jeremias se sentia violentado por Deus e não conseguia entender por que Ele escolheu uma pessoa tão sensível para dizer palavras tão duras ao povo que amava", conta Guedes. "Não se pede de nós que gostemos do sofrimento, mas que não nos deixemos vencer por ele, porque nosso Deus o venceu", conclui. Afinal, mesmo em meio ao sofrimento, sempre há a esperança que vem do alto.

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http://www.mundocristao.com.br/

História da Cidade de Porto Alegre.

Usina do Gasômetro

OS PRIMITIVOS HABITANTES


Os grupos silvícolas que habitaram a região onde surgiria Porto Alegre pertenciam ao grande grupo indígena guarani. Ao sul, pelas margens do Guaybe haviam grupos da tribo guarani. Ao norte, pelas margens do Gravataí (atual Passo da Areia) localizavam-se os Tapi-mirim (moradores da pequena aldeia), adversários dos Tapi-guaçú (moradores da grande aldeia), residentes outra margem do Rio Gravataí.
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A LENDA DE OBIRICI

O filho do cacique dos Tupi-mirim freqüentemente fazia visitas à tribo Tupi-guaçu. Jovem e de boa aparência, conquistou o amor de duas cunhãs (moças) tipi-mirins. A bela Obirici, filha do cacique, e outra moça, filha de um índio simples. Para decidir com quem ficaria, o jovem tupi-mirim fez um torneio entre as duas: a que acertasse maior número de flechaços em um alvo seria sua eleita. Obirici perdeu, e vencida pela tristeza, passou a chorar. Suas lágrimas, inundaram a região, formando um riacho que correu pelas areias até o Rio Gravataí. Nasceu o Ibicuiretã. Hoje na região localiza-se o próspero bairro Passo da Areia, onde foi construído um viaduto que foi batizado como Viaduto Obirici, homenagem à bela índia tupi-mirim.
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O PRIMEIRO POVOADO

No século XXVII o Rio Grande do Sul era grande produtor de gado. Por isso, vinham de São Paulo, tropeiros, em busca dessa riqueza. Em suas andanças pelo Rio Grande usavam certas localidades para seus pousos, que paulatinamente transformavam-se em povoados. Porto Alegre nasceu dessa forma.

Um tropeiro, chamado Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos, originário da Ilha da Madeira, casado com Lucrécia Leme Barbosa, instalou-se, por volta de 1732, nos Campos de Viamão, às margens da Lagoa de Viamão (Guaybe dos indígenas). Assim o fazendo, Jerônimo conquistou direitos sobre essas terras. Em 1939 requereu a posse das terras, recebendo a carta de sesmaria em 5 de novembro de 1740. Jerônimo trouxe, assim, para cá seus parentes e agregados, firmando uma comunidade de aproximadamente 100 almas, construindo sua casa no alto do Morro Santana.
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AS TRÊS SESMARIAS QUE DERAM ORIGEM A PORTO ALEGRE

Em 1732 Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos estabeleceu-se no Porto de Viamão, no Morro Santana. Em 5 de novembro de 1740 Jerônimo obteve a legalidade de sua posse. A Sesmaria de Santana foi destinada à criação de gado, e tinha uma área aproximada de 14.000 hectares. A Sesmaria foi vendida mais tarde a Inácio Francisco de Melo, e desapropriada, em abril de 1769, pelo governador do Rio Grande, José Marcelino de Figueiredo, para a fundação da cidade de Porto Alegre.

A Sesmaria de São José pertenceu a Sebastião Francisco Chaves, que em maio de 1733 requereu os direitos sobre as terras situadas logo ao sul do Arroio Jacareí, recebendo a concessão em 30.3.1736. A sede da sesmaria era próximo ao local onde hoje se situa a Gruta da Glória. Tinha duas léguas da frente a fundos. Estão compreendidos nessa extensão os atuais bairros Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Partenon, Santo Antônio, Medianeira, Glória, Teresópolis, Nonoai, Santa Teresa e Cristal. Dionísio Rodrigues Mendes era o dono da Sesmaria de São Gonçalo, com sede no local onde se formou Belém Velho. Tinha duas léguas de frente a fundos, e correspondia aos atuais bairros da Vila Assunção, Vila Conceição, Pedra Redonda, Camaquã, Cavalhada, Tristeza, Ipanema (parte), Vila Nova e Belém Velho.
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A CHEGADA DOS AÇORIANOS

Em 1745, devido à insistência do Brigadeiro José da Silva Paes, governador da Capitania de Santa Catarina, o Rei de Portugal autorizou a emigração dos primeiros casais oriundos das Ilhas dos Açores, naquela época com excesso de população. O Rio Grande do Sul, todavia, não foi beneficiado, pois aqui ainda ocorriam lutas entre lusos-brasileiros e espanhóis. Somente mais tarde, após a celebração do Tratado de Madrid, o Governo Metropolitano de Lisboa ordenou ao novo governador de Santa Catarina, Manoel Escudeiro de Souza, que enviasse ao povoado da Lagoa do Viamão alguns casais que estavam por chegar ao Brasil. Em vez disso, o Manoel Escudeiro mandou casais já radicados em Santa Catarina, no que foi censurado pelo rei. Foi então que um grupo de açorianos deixou a Vila do Desterro (hoje Florianópolis) em meados de abril de 1751, chegando no porto do Rio Grande, expalhando-se pelo interior.

Somente um casal decidiu seguir até o Porto do Dorneles: Francisco Antônio da Silveira, o Chico da Azenha, que recebeu um lote de terras além do Arroio Dilúvio, construindo sua casa onde mais tarde seria construído o Cinema Castelo. Francisco também construiu uma azenha (moinho movido a água) para moagem do trigo (daí a origem do nome do bairro Azenha), no local onde está o Hospital Ernesto Dorneles, plantando toda a região, até a beira do morro onde atualmente se encontram os cemitérios.

No final de 1751 chegou ao Desterro novo grupo de açorianos. O Governador Manoel Escudeiro selecionou, então, sessenta casais, que com seus filhos formava um grupo de aproximadamente 300 pessoas, que no início do ano seguinte seguiram para o Rio Grande do Sul, na nau Nossa Senhora da Alminha. No final de janeiro desembarcavam todos no Porto do Dorneles indo instalar-se no Morro de Santana e adjacências. O local, contudo, tinha pouca água. Em razão disso terminaram por se deslocar para as margens da Lagoa do Viamão, estabelecendo chácaras próximas ao povoado e estâncias um pouco mais longe.
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O PORTO DE SÃO FRANCISCO DOS CASAIS

No início o Porto de Viamão constituía-se por um aglomerado de casas de palha ao longo de três ou quatro ruas, que tinham os nomes do principal morador ou do mais antigo. Entretanto, quando chegaram os casais açorianos passaram a construir olarias, surgindo então as primeiras casas de pedra, cobertas de telhas, que se foram localizando na Rua da Praia, próximo à atual ponta do Gasômetro, naquele tempo conhecida como Ponta de Pedra.

Começou a surgir a São Francisco dos Casais, com ruas e suas casinhas brancas com janelas e portas azuis. O povoado localizava-se onde atualmente se encontram a Rua dos Andradas, a Washington Luiz, a Duque de Caxias e Riachuelo. Mais tarde surgiram chácaras ao longo da Estrada da Azenha, até a ponte de madeira construída por Chico da Azenha, ocupando um e o outro lado do atual Parque Farroupilha.

A primeira igrejinha do povoado foi construída onde atualmente está a Praça da Alfândega. Ali também ficava o porto. Alguns casais instalaram suas casas nos altos da atual Avenida Independência, onde plantavam e moiam trigo. Os moinhos que construíram é que deram nome ao bairro Moinhos de Vento.
Na Praia de Belas, já no século XIX, estabeleceu-se com uma chácara Antônio Rodrigues de Belas, que deu nome ao lugar.

O Guaíba, então, ia até a Praça da Alfândega (hoje Senador Florêncio). Sua margem prosseguia por onde passa atualmente a Rua Siqueira Campos, prosseguindo até o Navegantes junto a Rua Voluntários da Pátria (antigo Caminho Novo).
Nos atuais bairros do Partenon, Medianeira, Glória, até Itapuã haviam estâncias, de onde vinha a carne e o leite para o povoado. Assim, o primitivo Porto do Viamão deu lugar ao povoado do Porto do Dorneles, ao qual seguiu-se a Freguesia do Porto de São Francisco dos Casais.
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A NOVA CAPITAL

Quando José Marcelino de Figueiredo tomou posse da Comandância da Capitania de São Pedro do Sul, em 23 de abril de 1769, não lhe agradou do local onde estava a capital. Foi então visitar o Porto dos Casais. Desde então passou a trabalhar para que ali se instalasse a capital. Em 1771 foi autorizado pelo então Vice-Rei para preparar a localidade para sediar a capital.

José Marcelino então determinou que seu substituto, o Ten. Cel. Antônio da Veiga de Andrada passasse a tratar da urbanização do Porto dos Casais. O Cap. Eng. Alexandre José Montanha ficou encarregado dessa tarefa. Foi preciso desapropriar as terras de Inácio Francisco, localizadas na colina, o melhor ponto para a construção da Igreja Matriz, do Palácio e da casa da Real Fazenda. As obras passaram a ser realizadas, enquanto que José Marcelino, no Rio, procurava obter as leis necessárias à instalação da nova capital.

Finalmente foi assinada a Provisão Régia de 26 de março de 1772, desmembrando o Porto dos Casais de Viamão, criando a freguesia do Porto dos Casais e anexando Viamão à nova freguesia. No mesmo dia foi editada a Provisão Eclesiástica, sendo nomeado primeiro vigário da nova freguesia o padre José Gomes de Farias, que iniciou suas atividades no dia 29 de setembro do mesmo ano. Em 18 de janeiro de 1773 foi publicado o Edital Eclesiástico mudando o orago de São Francisco dos Casais para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, que por alvará de 20 de outubro de 1795 passou a ser Paróquia Perpétua.

José Marcelino de Figueiredo renomeado em 5 de abril de 1773, retornou do Rio, realizando detalhada inspeção nas obras de transferência da capital, transferindo sua residência para o Porto dos Casais, no dia 25 de julho de 1773, data em que a localidade transformou-se em capital da província.
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A CRIAÇÃO DA VILA DE PORTO ALEGRE

Porto Alegre transformou-se em capital da capitania quando ainda era mera freguesia. Isso perdurou até 1808. Foi o Governador Paulo José da Silva Gama quem, através de cartas dirigidas à Coroa, obteve uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1806, autorizando-o a regulamentar as quatro vilas que integrariam a capitania: Rio Grande, Vila Príncipe (Rio Pardo), Vila Anádia (Santo Antônio de Patrulha) e Porto Alegre. Entretanto, antes da criação das quatro vilas, O Príncipe D. João elevou a capital da capitania à categoria de vila, pelo Alvará de 23 de agosto de 1808. Todavia, a instalação da nova vila só ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o “Auto de Criação desta Vila de Porto Alegre”. E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o “auto de Demarcação e Declaração dos limites que ficam pertencendo a esta Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre”.
No ato de instalação da vila, levantou-se um pelorinho. Tosco, de pedra bruta, não tinha mais do que um metro e meio. Ignora-se onde foi localizado.
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ORIGEM DO NOME PORTO ALEGRE

Nossa cidade teve diversos nomes: Primeiramente, Porto do Viamão, depois Porto do Dorneles, em seguida Porto de São Francisco dos Casais, ou Porto dos Casais, e, ao ser criada a Freguesia, Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre. Não se sabe ao certo como surgiu a expressão Porto Alegre na denominação da freguesia, de onde, por certo, veio o nome de nossa cidade.

Segundo o historiador Walter Spalding, Porto dos Casais passou a se denominar Porto Alegre “por inspiração patriótica portuguesa, e religiosa” escolhidos por D. Frei Antônio do Desterro, que assinou o ato de criação da Freguesia. Na época, a cidade de Portoalegre, localizada no Alto Alantejo, em Portugal, se notabilizara pela luta entre portugueses e espanhóis pelas fronteiras dos dois países. Por isso teria seu nome sido lembrado para a nova freguesia. Há historiadores que afirmam, entretanto, que a origem do nome está na bela localização à margem do Guaíba e no encantamento dos morros que cercam a cidade.
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PORTO ALEGRE SE TORNA CIDADE

Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1822, o Imperador D. Pedro I elevou a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre à categoria de cidade. Apesar da importância do evento para a cidade não houve qualquer solenidade, como também não foi lavrada nenhuma ata de elevação da vila à categoria de cidade.

Nessa época Porto Alegre ainda era uma vila colonial, com cerca de 12.000 habitantes. Ainda existiam os muros da cidade, mandados construir por José Marcelino de Figueiredo, para defesa contra as incursões espanholas. Já o portão colonial, localizado onde atualmente situa-se o Viaduto José Loureiro da Silva encontrava-se parcialmente destruído. Além dos muros, chácaras, pelas estradas da Azenha, da Aldeia, Praia de Belas e Moinhos de Vento. A vida social se resumia a bailes e teatro amador.
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A REVOLUÇÃO FARROUPILHA EM PORTO ALEGRE

Na madrugada de 20 de setembro de 1835 travou-se o primeiro combate, na Ponte do Chico da Azenha. A resistência dos legalistas todavia foi de pouca monta. Assim, no dia seguinte os farrapos entravam na cidade, chefiados pelos coronéis José Gomes de Vasconcelos Jardim e Onofre Pires da Silveira.

Ao se aproximarem da entrada da cidade, os insurrentos tiveram uma surpresa: O 8º BC a eles se uniu em lugar de combatê-los. Com isso, o Presidente Rodrigues Braga e todos os seus auxiliares, entre os quais o Comandante de Armas e o Chefe de Polícia, meteram-se em debandada, seguindo para o Rio de Janeiro.

No dia 25 de setembro de 1835 entrou solenemente em Porto Alegre o General Bento Gonçalves da Silva, sendo então empossado o novo presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, que foi empossado pela Câmara Municipal e a Assembléia Provincial Legislativa. Somente em 15 de junho de 1836 a cidade foi definitivamente retomada pelos legalistas.

No período da invasão ocorreu uma insurreição de escravos, que passaram a fugir de seus donos para incorporar-se a unidades militares negras criadas pelos farroupilhas, que prometiam liberdade em troca do serviço militar.
Este trabalho foi feito com base nas seguintes fontes bibliográficas:
Pequena História de Porto Alegre, de Walter Spalding.
Porto Alegre, A Cidade e sua Formação, de Clóvis Silveira de Oliveira

Você quer saber mais?

http://www.poasite.com/

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/

http://www.observapoa.palegre.com.br/default.php?p_secao=4