sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Juan Domingos Perón


Presidente e ditador da Argentina de 1946-1955 e grande líder nacional escolhido pelo voto popular, ainda lança sua sombra sobre a vida política argentina, mesmo após a sua morte.
Nascido em 1895, numa família da baixa classe média, Perón teve uma carreira militar nada excepcional até 1943, quando fazia parte de um grupo de oficiais do Exército que tomou o poder através de um golpe de Estado. Como secretário do Trabalho, tornou-se popular entre os trabalhadores argentinos. Quando os outros oficiais tentaram removê-lo, as massas proletárias que o apoiavam tomaram as ruas de Buenos Aires e o levaram a presidência.

Perón consolidou seu poder absoluto eliminando rivais e promovendo ambiciosos programas de industrialização, que visavam libertar a Argentina de sua dependência econômica e melhorar a vida dos trabalhadores. O sucesso de muitos desses programas, juntamente com a personalidade forte e carismática de sua mulher, Evita, tornou-o líder de um grande movimento de massas, que passou a dominar a vida política argentina. Entretanto, Perón não encontrou a mesma popularidade junto aos oficiais do Exército e, em 1955, uma revolta da Marinha obrigou-o a renunciar.

Em 1973, após anos de ditadura militar, os argentinos forçaram a redemocratização do país e o peronismo foi o grande vencedor nas urnas. De volta de seu exilio na Espanha, Perón foi levado novamente à presidência, cargo que ocupou por menos de uma no. Em 1º de julho de 1974, Perón morreu, lançando a Argentina na profunda crise política que desembocou na brutal ditadura  do general Jorge Rafael Videla.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

George Washington

“A administração da justiça é o mais solido pilar do governo.”

George Washington nasceu em 1732, na colônia inglesa da Virgínia, sendo o segundo filho de um abastado fazendeiro da região. Embora tenha sido treinado para trabalhar como agrimensor, muito jovem ainda destacou-se como soldado, prestando serviço à Coroa britânica na Guerra contra os Franceses e os Índios. Em 1759, tornou-se membro do Parlamento da Virgínia e um dos líderes da oposição à política colonial inglesa. Escolhido como delegado aos Congressos Continentais – assembleias de representantes das treze colônias -, no segundo deles, em 1775, foi nomeado comandante chefe das forças rebeldes.

Após o sucesso da revolução emancipadora, Washington liderou a Convenção Constitucional, a assembleia que se encarregou de criar a estrutura de governo do país recém-formado. Em 1789, a nação que passara a ser conhecida como os Estados Unidos da América elegeu George Washington como seu primeiro presidente. Nesse cargo, ele organizou o Poder Executivo e o Poder Judiciário, criou o primeiro banco do Estado e instituiu tarifas alfandegárias para proteger a produção nacional, tarefas nas quais demonstrou a mesma habilidade e capacidade de liderança que caracterizaram sua atuação no campo de batalha.

Washington não apenas manteve unidos os treze Estados conflitantes durante os críticos primeiros anos de governo, mas também estabeleceu linhas de ação – política, econômica e nas relações internacionais – que continuam a moldar a atuação dos Estados Unidos ainda hoje.


BRUNS, Roger. Os Grandes Líderes: Washington. São Paulo: Nova Cultura, 1987.

Otto von Bismarck, o Chanceler de Ferro.

“A História é simplesmente um pedaço de papel coberto de tinta; o principal ainda é fazer a História, não escrevê-la.”

Um dos mais importantes estadistas europeus do século XIX, Otto von Bismarck foi o responsável pela unificação dos 39 Estados que deram origem à nação alemã. De vontade inflexível, valeu-se tanto da força bruta como de uma fria e calculada astúcia com o objetivo de obter poder para sua Prússia natal e para si próprio.

Bismarck nasceu em 1815, numa família pertencente à nobreza prussiana. Depois de frequentar a Universidade de Göttingen e a de Berlim, e fracassar na tentativa de fazer carreira no Exército e no funcionalismo público, entrou na política aos 32 anos, como delegado na Dieta Unida. Com arrogância e violência, o jovem aristocrata defendeu a monarquia dos Hohenzollern com os liberais e nacionalistas que exigiam a unificação e um governo constitucional. Férreo defensor do poder absoluto do rei, em 1862 foi indicado por Guilherme I para ocupar os cargos de primeiro-ministro e chanceler.

Bismarck adotou uma política externa agressiva, baseada nos princípios da Real-politik, mediante a qual conseguiu acabar com o domínio da Áustria sobre os Estados do norte alemão e isolar durante muitos anos a grande inimiga da Prússia, a França. Após ter completado a unificação da Alemanha, em 1890 o governo autocrático de Bismarck foi encerrado pelo Kaiser Guilherme II, que exigiu o afastamento do velho “Chanceler de Ferro”.


ROSE, E. Jonathan. Os Grandes Líderes: Bismarck, São Paulo: Nova Cultura, 1987.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Rainha Vitória da Inglaterra


Nascida em 1819, a princesa Alexandrina Vitória de Hanôver teve uma infância solitária, marcada pelos rigores de uma educação extremamente moralista e pelas desavenças da família real britânica. Ascendeu ao trono quando tinha 18 anos e imediatamente impressionou seus súditos por revelar um caráter forte e uma férrea vontade de dirigir os negócios de Estado. Inicialmente auxiliada por Lorde Melbourne, então primeiro-ministro, a jovem rainha começou a desempenhar seu papel de monarca constitucional, enfrentando com dificuldade os avatares da política.
Em 1840, Vitória casou-se com seu primo, o príncipe alemão Alberto de Saxe-Coburgo-Gotha, que se tornou seu principal conselheiro nos assuntos de governo, e moderador de seu obstinado e explosivo temperamento.
O longo reinado de Vitória, que ficou conhecido como “Era Vitoriana”, caracterizou-se por um enorme esforço produtivo – concentrado no desenvolvimento das indústrias pesadas, de mineração e têxteis – e pela expansão colonialistas na Ásia e na África, fatores que fizeram da Grã-Bretanha a maior potência econômica do século XIX. Entretanto, internamente todo esse esplendor mascarava graves problemas sociais, como a violenta diferenciação de classes e a exploração do trabalho infantil. Assim, convivendo com a riqueza e a miséria, com a glória imperialista e a brutalidade colonialista, a era vitoriana gerou uma sociedade de valores duplos, sedimentada na aparência, cujo bondoso aspecto externo de Dr. Jekyll escondia a monstruosidade de Mr. Hyde.

Referência:

SHEARMAN, Deirdre. Grandes Líderes: Rainha Vitória. São Paulo: Nova Cultura, 1987. 

Elisabete I, “A Rainha Virgem”


Nascida em 1533, Elisabete foi a filha indesejável de Henrique VIII, o rei inglês que matou sua mulher Ana Bolena em 1536. Cresceu num país em guerra intestina, no despertar das reformas religiosas que conturbaram o século XVI europeu. Enjeitada pelo pai viveu uma existência solitária até a adolescência. Na juventude observou e esperou enquanto sua meia-irmã Maria Tudor mergulhava a Inglaterra em desordens e disputas.
Após assumir o trono em 1558, Elisabete demonstrou que não pretendia repetir os erros de sua predecessora. Com muita habilidade politica, unificou a nação. Culta, calculista reinou com transigência e consenso. Enquanto seus piratas aventureiros navegavam pelo mundo, poetas e artistas, dramaturgos e cientistas da Inglaterra alargavam os horizontes do pensamento e criavam a obra cultural que, hoje, identifica a era elisabetana.

Referência: 


BUSH, Catherine. Os Grandes Líderes: Elisabete I. São Paulo: Nova Cultura, 1988.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sobre George R.R Martin


Mundialmente conhecido como escritor de ficção científica e fantasia, George Raymond “Richard” Martin, nasceu em uma humilde família nos Estados Unidos em 1948, formou-se como bacharel em jornalismo com louvor em 1970 e Mestrado em 1971 na Universidade Northwestern. Começou a escrever muito cedo, ainda em sua infância Martin escrevia contos de ficção e terror e por algum dinheiro vendia para seus amigos. Sua primeira venda como escritor profissional se deu em 1970, aos 21 anos com o conto “Herói”. Trabalhou como diretor de competições de xadrez na Associação Continental de Xadrez (1973-1976) e foi também instrutor de jornalismo na Clarke College (1976-1978) em sua juventude. Mas foi em 1991 que George R.R Martin inicio a escrever a série de livros pelo qual viria a se tornar um dos maiores escritores da atualidade, a série de fantasia épica “As Crônicas de Gelo e Fogo”, o primeiro volume foi publicado em 1996 de um total de 7 volumes. Inspirados na “Guerra das Rosas” e “Invanhoé”. Sua coletânea de livros veio a se tornar uma série de televisão exibida pelo canal HBO em 2011. Mesmo com todo o sucesso de sua obra, o escritor sofre de bloqueios criativos devido a sua fixação por detalhes, e desta forma acaba demorando muito para escrever suas histórias, deixando os fãs angustiados a espera dos desfechos nas Crônicas de Gelo e Fogo, mas se isso for para recebermos as obras primas que produz vale a pena esperar. Além de um grande escritor, nunca deixou seu espírito Nerd, pois ainda hoje coleciona HQs e livros de ficção científica, além de miniaturas medievais.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

"Divulgação" Construindo História Hoje


Sobre Jacques Lefèvre


           
Lefèvre nasceu na cidade francesa de Étaples na costa da Picardia em 1455 em uma humilde família católica, foi teólogo e humanista. Antes mesmo de entrar para a Universidade de Paris (atual Sorbonne), aonde lecionou de 1490-1508 já havia sido ordenado sacerdote. Mas ficou conhecido mesmo como um dos pioneiros na tradução das Escrituras Sagradas para o francês. Em 1509 foi responsável pela publicação de um estudo aonde comparou cinco traduções dos Salmos em latim que visava uma melhor compreensão das Escrituras pelos menos doutos.

No começo da década de 1520 em Meaux, uma cidade próxima a Paris trechos do evangelho foram lidos durante a Missa não em latim, mas em francês graças aos estudos de Lefèvre, aonde o povo pode ouvir a mesma em seu idioma natal. Publicada em 1523 sua tradução dos Evangelhos do grego Koine para o francês teve a melhor recepção pelo povo que em pouco tempo teve todo o estoque foi vendido. Graças à proteção do rei Francisco I da França suas traduções conseguiram continuar em circulação, pois naquela época a Igreja Católica tinha resistência as traduções as línguas vernáculas devido ao perigo das interpretações. Em 1524 lançou sua tradução dos Salmos para o francês e em 1530 na Antuérpia na Bélgica foi publicada sua tradução completa da Bíblia baseada na Vulgata de Jerônimo com a aprovação do imperador Carlos V. Faleceu em 1536 ou 1537 em Nérac, França deixando seu legado para toda a humanidade.

domingo, 27 de novembro de 2016

Sobre personagens


Diante das limitações encontradas pelas pessoas em suas próprias vidas, vemos que é na literatura que a explosão do espírito humano encontra por meio de grandes escritores e em seus personagens a vazão que necessita. Pois apresentam em seus personagens o que há de melhor na humanidade, mesmo que às vezes para não fugirem da realidade em demasia dão pinceladas dos defeitos de seus personagens. Mas, no mais são repletos de uma busca pelo que há de melhor em nossa natureza com o objetivo de dar esperanças, criar empatia em seus leitores. Tem sido assim desde os primeiros mitos criados pelos primeiros grupos humanos até nos mais recentes heróis da literatura ou do cinema. O sucesso desse estilo aonde o personagem principal possui grandes habilidades que podem ser desenvolvidas e um espírito de compaixão e justiça pelos seus semelhantes tem se sobressaído. O segredo é que as pessoas necessitam ser lembradas de suas qualidades, mas muitas vezes passam seus dias olhando para seus defeitos, nesse espaço entra o herói, lembrando que você também pode.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Sobre Sherlock Holmes



Holmes foi um dos poucos personagens cujo seu nome se funde e chegada suplantar o nome de seu criador Conan Doyle. Sir Arthur Conan Doyle ficou a sombra de seu personagem ao ponto de citar em sua última estória de Holmes em 1917, que foi por culpa do personagem que suas obras sérias como o mesmo cita ficaram desconhecidas. Mas longe disso denotar uma revolta, mas sim uma competição com sua própria criação, uma competição que diante da genialidade Conan Doyle prosperou tanto com seu grande personagem como com suas próprias obras, pois o autor recebeu o título de Sir por sua obra publicada sobre a Guerra dos Bôeres, baseada em sua participação da mesma, aonde atuou como médico cirurgião. Mas suas ultimas estórias do detetive da Baker Street, Conan Doyle resolve inovar e escrever algumas estórias com base em Holmes, pois segundo a estória, Watson cobrava que Holmes escrevesse suas próprias aventuras e no caso “Um Epilogo de Sherlock Holmes”, vemos o grande detetive atuar disfarçado de um espião em meados do inicio da Primeira Guerra Mundial. Podemos concluir que o universo de Sherlock Holmes sempre terá espaço para analises e estudos de tão fantástica e envolvente ser as aventuras da dupla Holmes e Watson.