sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Conheça a vida de Sólon, o pai da democracia grega


Sólon. Imagem: Teclo Logo Existo. 

Sólon, um dos Sete Sábios da Grécia, acabou com a transmissão de poder hereditária e abriu o acesso aos altos cargos do governo para (quase) toda a população ateniense.

Na Grécia antiga, os aristocratas tinham tanto orgulho de sua origem que se diziam descendentes dos deuses. Cada família recitava a longa lista de antepassados até chegar ao patriarca divino. Com Sólon (638-558 a.C.), não foi diferente: ele traçava sua origem até Poseidon, o deus grego dos mares. Mas, diferentemente dos outros nobres, Sólon se importava com os "reles mortais" e dedicou a vida a construir uma sociedade mais justa e igualitária. Tanto que os historiadores o consideram o pai da democracia ateniense.

"Sólon integra a lista dos Sete Sábios da Grécia ao lado de figuras como o matemático Tales de Mileto", diz o filósofo Ron Owens, da Universidade de Newcastle (Austrália), no livro Solon of Athens (Sólon de Atenas, inédito no Brasil). "Foram feitas várias listas dos sete sábios, e Sólon está em todas elas. Sua influência não era mesmo de desprezar: ao menos 115 autoridades do mundo antigo o mencionam em seus escritos, entre eles Aristóteles (384-322 a.C.)."
Apesar da glória entre seus pares, Sólon é hoje quase um ilustre desconhecido. Sempre que se fala em Atenas, vêm à mente filósofos e matemáticos, mas nunca um sujeito como ele - misto de mercador, poeta e legislador. Afinal, quem foi Sólon? E o que ele agregou à história das ideias?

Sociedade em frangalhos

Sólon nasceu provavelmente em 638 a.C., em Atenas, numa família nobre em decadência. A Grécia estava dividida em dezenas de cidades-estados (poleis, plural de pólis), com governos independentes e uma cultura religiosa comum. Em Atenas, mandava a aristocracia dos eupátridas (os "bem nascidos"), que nomeavam arcontes (magistrados) para legislar em causa própria. Os pobres não tinham acesso ao poder político e muitas vezes pagavam suas dívidas com escravidão. Sólon presenciou essas injustiças ainda jovem, quando embarcou em viagens mercantes para tentar recompor a fortuna da família. Ele viu que artesãos e pequenos proprietários de terras eram alijados das decisões políticas e sempre perdiam para os nobres em disputas judiciais. "A maioria dos camponeses era leal aos aristocratas porque dependia deles para se proteger dos inimigos de Atenas. Mas a população em geral estava cada vez mais insatisfeita", diz o historiador Bernard Randall no livro Solon: The Lawmaker of Athens (Sólon, o Legislador de Atenas, inédito no Brasil).

Busto de Sólon. Imagem: Livro Sólon de Atenas de Gilda Barros.

A oligarquia vetava até os mercadores que enriqueceram com o comércio entre a Grécia e o mundo mediterrâneo. Eles tinham dinheiro suficiente para adquirir armas e terras e por isso esperavam obter uma fatia do poder político. Mas continuaram fora do Areópago, o conselho que escolhia os magistrados. Sua única chance de ganhar uma causa na Justiça era molhando a mão do juiz.

"Com o tempo, mais mercadores se tornaram ricos e viram que a única forma de obter poder seria por meio da força", diz Randall. De fato, ao longo do século 7 a.C., vários tiranos deram golpes em oligarquias gregas com o apoio dos novos-ricos. Em 632 a.C., o nobre Cylon tentou usurpar o poder em Atenas com o respaldo da ilha vizinha de Megara, onde seu sogro governava com mão de ferro. Mas o plano falhou e Cylon deu no pé.

Em 621 a.C., para tentar botar ordem no caos, o arconte Drácon elaborou um código de leis duríssimas contra o crime. Um simples roubo era punido com a morte. Não é à toa que "draconiano" virou sinônimo de extrema rigidez. No entanto, nem mesmo as leis de Drácon acalmaram os ânimos.

Da poesia para as leis

O que seria de Einstein sem Sir Arthur Stanley Eddington.


Sir Arthur Stanley Eddington. Imagem: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

Eddington é famoso pelo seu trabalho sobre a Teoria da Relatividade. Eddington escreveu um artigo em 1919, Report on the relativity theory of gravitation, que anunciou a Teoria Geral da Relatividade de Einstein para o mundo anglófono. Devido à Primeira Guerra Mundial, os novos desenvolvimentos da ciência alemã não eram muito bem conhecidos no Reino Unido.

Eddington nasceu em Kendal, na Inglaterra, em uma família Quaker. Desde cedo ele mostrou grande talento para a Matemática e ganhou diferentes prêmios e bolsas que permitiram que financiasse seus estudos, que ele finalizou em 1905. Começou suas pesquisas no laboratório Cavendish, e mais tarde pesquisas em Matemática que ele interrompeu rapidamente, tendo recebido no final de 1905 um posto no Observatório de Greenwich. Ele foi imediatamente integrado a um projeto de pesquisa iniciado em 1900, quando placas fotográficas do asteróide 433 Eros foram tiradas durante todo um ano. Sua primeira tarefa foi terminar a análise dessas placas e determinar precisamente o valor da paralaxe solar.

Em 1906 ele começou seu estudo estatístico do movimento das estrelas e, no ano seguinte, ganhou um prêmio pelo ensaio que escrevera sobre o assunto.

Em dezembro de 1912, George Darwin, um dos filhos de Charles Darwin, morreu e Eddington foi nomeado para substituí-lo. Como o titular da outra cadeira de Astronomia de Cambridge, a Lowndean chair, também morreu durante o ano seguinte, Eddington tornou-se o diretor do observatório de Cambridge, assumindo assim a responsabilidade da Astronomia teórica e experimental em Cambridge.

Uma das fotografias de Eddington do eclipse de 1919, apresentada no seu artigo de 1920 anunciando seu sucesso. Imagem. F. W. Dyson, A. S. Eddington, and C. Davidson.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Eddington foi chamado para efetuar seu serviço militar. Como quaker e pacifista, recusou servir no Exército e pediu uma derrogação para efetuar um serviço alternativo, mas isso não era possível naquela época. Alguns amigos cientistas resolveram o problema, conseguindo se pronunciar em seu favor para dispensá-lo do serviço militar alegando sua importância para a ciência. Em 1915, ele recebeu por intermédio da Royal Astronomical Society os artigos sobre a Teoria Geral da Relatividade de Einstein e de de Sitter. Eddington começou então a se interessar pelo assunto, principalmente porque essa nova teoria podia explicar o avanço, inexplicado até então, do periélio de Mercúrio.

Comprovação da Teoria Geral da Relatividade

Após a guerra, Eddington partiu para São Tomé e Príncipe, onde um eclipse solar total seria visível em 29 de maio de 1919.

Segundo a relatividade geral, uma estrela visível nas proximidades do Sol deveria aparecer em uma posição ligeiramente mais afastada deste porque sua luz deveria ser ligeiramente desviada pela ação da gravidade do Sol. Esse efeito somente pode ser observado durante um eclipse total do Sol, pois senão a luminosidade do Sol impede a visibilidade da estrela em questão.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cidade submersa encontrada no Caribe é vinculada ao mito de Atlântida.


Ruínas intrigam cientistas no Caribe. Imagem: Advanced Digital Communications (ADC).

Um grupo de pesquisadores da empresa canadense Advanced Digital Communications diz ter encontrado as ruínas de uma cidade submersa, perdida na costa oeste de Cuba.
Eles acreditam que a cidade foi construída há milhares de anos

Os exploradores usaram sofisticados equipamentos de sonar e um mini-submarino guiado por controle remoto, que encontrou e filmou estruturas em pedra, algumas parecidas com pirâmides, a 700 metros de profundidade. 

A cidade submersa encontra-se no Mar do Caribe, próximo a Península de Guanahacabes em Cuba. Imagem: La Nación.

Os pesquisadores disseram que ainda não sabem explicar a natureza do que foi encontrado, mas isso pode indicar que Cuba já esteve ligada ao território americano por uma faixa de terra que partia da Península de Yucatán no México.

Pirâmides

A Advanced Digital Communications é uma das quatro empresas que está atuando em conjunto com o governo cubano na exploração dos mares, onde há centenas de navios espanhóis do período colonial carregados de tesouros afundados.

Os exploradores registraram as primeiras imagens da cidade submersa no ano passado, por meio de um aparelho de scanner que mostrou estruturas de pedra simetricamente organizadas, remanescentes de uma antiga cidade.

História da proclamação da República no Brasil: Monarquia, República e República Integralista!



Deodoro da Fonseca à esquerda e Plínio Salgado à direita. República e República Integralista. Imagem: Brasil Escola e Ação dos Blogs Integralistas. Adaptação: CHH.

Histórico da República

O regime monárquico existiu no Brasil entre os anos de 1822 a 1889. Neste período o país teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II.

Com a crise e desgaste da Monarquia, o sistema monárquico não correspondia mais aos anseios da população e às necessidades sociais que estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades econômicas, mais democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte da população urbana do país.

A forte interferência de D. Pedro II nas questões religiosas, que provocou atritos com a Igreja Católica, colocou sua delicada posição como Imperador em uma posição desfavorável para os interesses da Igreja no Brasil e a expansão do Cristianismo.

A censura imposta pelo regime monárquico aos militares, levou ao descontentamento dos militares brasileiros. Essa censura imposta pela monarquia aos militares era devido aos rumores de corrupção existentes na corte.

Nesse período da História a classe média e profissionais liberais desejavam mais liberdade política, por isso muitos aderiram ao movimento republicano, que defendia o fim da Monarquia e implantação da República. Que seria uma solução para suas reinvindicações.

No final do século XIX a elite agrária brasileira desejava mais poder político, algo que falta por parte do regime monárquico. Gerando dentro da elite agrária brasileira um corpo de resistência a Monarquia e um forte apelo a República e a ascensão política permitida pelo mesmo.

O movimento republicano foi fortalecido pelo apelo dos membros da elite das cidades do Sudeste brasileiro que investiram no fortalecimento do movimento republicano e na expansão econômica possibilitada pela nova forma de governo.

Em 15 de novembro de 1889, na capital brasileira, então Rio de Janeiro, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que derrubou a Monarquia e instaurou a República Federativa e Presidencialista no Brasil. No mesmo dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência da República.

República e a atualidade

Em suma, está claro que a história da República não demonstra um avanço democrático em grande escala; e infelizmente uma prova inconteste de que o Brasil continua com instituições muito frágeis e, ao menos no que diz respeito à capacidade de combater a corrupção, em muito pouco têm avançado. Mas, será o culpado a República ou aqueles que fazem dê-la o que querem e corrompem seu verdadeiro objetivo. A República ascendeu como resposta a insatisfação do povo do à monarquia vigente e a falta de resposta para problemas e a expectativa demonstrava ser a República mais plena de meios para solucionar como segue uma pequena lista abaixo:

1-Liberdade plena de culto sem interferência do Estado.

2-Fim de qualquer tipo de censura por parte do Estado em relação as instituições públicas e privadas.

3-Liberdade política de escolha a todos os cidadãos, independente de qualquer coisa.

4-Fortalecimento da indústria e comercio no meio urbano e crescimento dos investimentos na agricultura. Que era algo almejado pelas elites urbana e rural.

Além do fato que a república tem a vantagem de ser igualitária e dar voz ao povo na escolha de alguém do seu grupo para o liderar. E tem um sistema baseado na meritocracia, que é algo que me agrada bastante.

Mas como ainda há um longo caminho a percorrer, até a República Integralista, a República é a melhor escolha.

Agora, o mundo não é perfeito e surge a corrupção e as pessoas agarradas ao poder, que acontece em ambos os sistemas, monárquico Sem me alongar muito deixo a minha visão sobre o assunto: a monarquia é inviável pela desigualdade em que assenta. Só porque uma pessoa nasceu em berço nobre não lhe dá à partida vantagem perante outras pessoas, por princípio.

Mas existe uma forma de República e abrange todos os sucessos da República atual, e soluções para todos os problemas presentes nela. É a República baseada no Estado Integralista de Direito.

A República Integralista

Na República Democrática Integralista, a representação não é baseada através do voto direto, mas sim através do voto indireto. O Presidente é eleito pelas Câmaras Corporativas Nacionais por meio indireto. Não por meio da representação de classes, mas sim através da representação nacional feita por meio das profissões organizadas.

Diversos são os modos de efetuar essa representação, mas ela nunca perde o caráter nacional. A Nação decide através dos grupos econômicos como hoje decide através dos partidos. Cumpre ainda notar que no regime Integralista cada individuo não tem direito a um único voto, qualquer que seja o seu valor pessoal, como acontece atualmente. Pode uma pessoa desenvolver a sua atividade em múltiplos setores da vida nacional, pertencendo assim a varias organizações sindicais. É justo que ela interfira proporcionalmente na vida do Estado, através de todos esses setores (Corporações), fazendo valer os direitos de cada uma das projeções do seu eu. É o individuo integral agindo segundo processos integrais pela consideração desigual dos direitos de homens desiguais.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte V. Imperador Romano Joviano.


Imperador Romano Joviano. Imagem: Enciclopédia Barsa. ed. 1975.

Flávio Joviano, General e Imperador romano nascido em Singidunum (Atual Belgrado), na região do Danúbio, em 331 d.C. Pertencia à Casa de Constantino.  Em 26 de junho de 363 d.C, foi eleito pelos soldados imperador romano pelo exército, após a morte do imperador Juliano. O Imperador Juliano, O Apóstata (Flávio Cláudio Juliano imperador, embora batizado e educado no cristianismo, declarou-se pagão ao iniciar o mandato, e adotou as antigas crenças pagãs greco-romanas, o que lhe valeu o apelido de o Apóstata. Apesar de sua aparente tolerância religiosa, tomou medidas contra os cristãos. Foi o último imperador pagão a ascender ao trono do Império Romano). Foi mortalmente ferido em batalha contra as forças de Sapor II do Império Sassânida. 


A esquerda, Juliano, O Apóstata. Imagem: Denkmäler des klassischen Altertums. 1885. Band I., Seite 763. 

Flávio Joviano tomou parte nas campanhas persas de Juliano, O Apóstata, como Oficial de Estado-Maior. Quando Juliano foi morto a norte de Ctesifonte, junto ao Tigre, os generais estavam profundamente divididos e em desavenças políticas entre si, pelo que uma parte do exército acabou por proclamar Joviano como Imperador. A aposta parece que resultou, pois Joviano acabou por conseguir salvar as legiões do desastre, com o preço de uma paz com os Persas, que foi, no entanto, humilhante para Roma, mas a única via possível para se salvarem milhares de soldados e a região oriental do Império.

Teve como principal ato a adoção do cristianismo como religião oficial do Estado. Publicou um Edito restituindo aos cristãos todos os privilégios retirados por Juliano, o apóstata, restabelecendo o cristianismo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte IV. Imperador Romano Constante.


Busto do Imperador Romano Constante. Imagem: Museu Louvre, Paris.

Flávio Júlio Constante nascido em 320 d.C em Sírmio, foi um imperador romano que governou de 337 a 350 d.C. Constante foi o terceiro e mais jovem filho de Constantino I e Fausta, segunda esposa de Constantino.

A partir de 337, ele foi co-imperador com seus irmãos Constâncio II e Constantino II. Na divisão administrativa do império ocorrida após a morte de Constantino. Em 341-342 d.C, Constante liderou uma campanha de sucesso contra os francos.

O escritor Julius Firmicus Maternus mencionou que Constante visitou a Britânia nos primeiros meses de 343, mas não explicou porquê. A velocidade desta viagem, junto com o fato que ele cruzou o Canal da Mancha durante os perigosos meses de inverno, sugere que foi em resposta a algum tipo de emergência militar.

A maior parte dos membros da Dinastia Constantiniana eram devotos Cristãos.

Constante promulgou um édito banindo os sacrifícios pagãos em 341.

Imperadores Cristãos. Parte III. Imperador Romano Constâncio II.


Busto de Constâncio II. Imagem: Museu de Arqueologia da Universidade da Pensilvânia.

Nascido em 7 de agosto de 317 d.C em Sírmio, com o nome de Flavius Iulius Constantius, mais conhecido como Constâncio II. Imperador romano oriental de 337 d.C – 361 d.C.   Segundo filho de Constantino I, o Grande, governou o Império Romano do Oriente, em Constantinopla.

Após a morte de Constantino I, o Império Romano foi dividido em três regiões administrativas diferentes e governado por seus três filhos. O mais velho, Constantino II, governou a parte Ocidental, que abrangia a Hispânia e a Gália, com capital em Augusta Treverorum (atual Trier). Constante, o terceiro filho, governou a parte central (Itália e Ilíria), com capital em Mediolanum (atual Milão).

Foi Constâncio II, que inaugurou a Igreja de Hagia Sophia em Fevereiro de 360 d.C.  Nas Crônicas de Sócrates de Constantinopla diz que a igreja foi construída por ordem de Constantino, o Grande. 

Junto com os irmãos Constantino II e Constante foram feitos césares 333 d.C e herdeiros do Império pelo próprio pai Constantino I, o Grande. Antes de morrer, Constantino I dividiu o Império entre seus três filhos, ficando para ele assumir o controle do Oriente, onde continuou a luta contra os persas.

Constâncio II apoiou o irmão Constante na sua ambição de controlar o Ocidente, o que provocou a morte de Constantino II, em Aquiléia (340).

Flavius Iulius Constantius ou Constâncio II. Imagem: Dec Ufcg.

domingo, 11 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte II. Imperador Romano Constantino II.


Busto de Flavius Claudius Constantinus, mais conhecido como Constantino II. Imagem: Enciclopédia Larousse Cultural.

Imperador romano oriental (337-340) Flavius Claudius Constantinus nasceu em Arles, em fevereiro, 316 d.C. Filho mais velho de Constantino I e Fausta, depois da morte de seu meio-irmão Crispo, foi educado em meio cristão. Filho mais velho do Imperador Constantino I e da Imperatriz Fausta, antes de morrer o imperador dividiu o Império entre seus três filhos, tocando para Constantino II o controle da Hispânia, Gália e Britânia, a parte ocidental do Império e residindo em sua capital de Tréveris, enquanto a Constâncio coube o governo da parte oriental, do Egito e províncias asiáticas, e a Constante, o filho mais jovem de Constantino I e Fausta, o controle da Itália, Ilíria e África e por ser menor, sob a tutela do irmão mais velho.

sábado, 10 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte I. Imperador Romano Constantino I.



Estátua de Constantino em York, onde foi aclamado augusto. Imagem: Gunnar Larsson.

Flavius Valerius Constantinus, conhecido como Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande, foi proclamado Augusto pelas suas tropas em 306 e governou o Império Romano até à sua morte. Nascido em 26/2/272, Naísso, Turquia. Faleceu em 22/5/337, Nicomédia, Turquia.

No ano de 312, os soldados romanos passaram a usar nos escudos o monograma cristão. O fato teria motivado por uma visão sobrenatural que seu líder, Constantino 1º, experimentou. Ele passou para a história como o primeiro imperador romano cristão.

Constantino era filho de Constâncio Cloro ou Constâncio I (cujo nome era Caio Flávio Valério Constâncio) e de sua concubina, Helena. Cresceu na corte do imperador Diocleciano e teve educação esmerada. Em 305, juntou-se ao pai, então nomeado "césar" do Ocidente, e participou das campanhas da Britânia (Grã-Bretanha).


Cristograma de Constantino. Imagem: Gunnar Larsson.

No ano seguinte, com a morte de Constâncio Cloro, foi aclamado imperador pelas legiões que comandava. O título, porém, não foi reconhecido em Roma. Em 303, após muitas batalhas e lutas políticas, Constantino conseguiu derrotar seus oponentes, passando a dividir o Império com Licínio. No mesmo ano, foi promulgado o edito de Milão, reconhecendo oficialmente a religião cristã.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Confira a história do alemão que encontrou 500 contos de fadas medievais.


Conto; A doninha. Imagem: Guia do Estudante Abril.

Esqueça as historinhas açucaradas dos irmãos Grimm. A essência dos contos de fadas medievais foi coletada por um burocrata alemão que só agora ganha reconhecimento

O escritor russo León Tolstói escreveu que para ser universal era preciso saber cantar sua aldeia. Durante toda a vida, Franz Xaver von Schönwerth fez isso em seu tempo livre. O resultado, um calhamaço de 30 mil páginas manuscritas, reúne anotações sobre a vida cotidiana da região de Oberpfalz, no sudeste da Alemanha, perto da atual República Tcheca, onde ele nasceu - e espetaculares 500 contos de fadas (alguns conhecidos, mas em versões diferentes, outros totalmente inéditos). O trabalho de Von Schönwerth, considerado um dos maiores folcloristas da Alemanha, só agora começou a ser resgatado. "O legado dele é uma fonte sem igual. Ele nos permite uma visão única na vida da Alemanha no meio do século 19", diz Manuel Trummer, professor da Universidade de Regensburg e especialista em Von Schönwerth. "A quantidade e a densidade dos manuscritos são únicos e apresentam uma universalidade que os fazem importantes não apenas para a Alemanha."

O modus operandi do folclorista era até singelo. Enquanto estava em Munique, onde viveu a maior parte do tempo por causa de suas obrigações na corte de Maximiliano 2º, de quem foi secretário-geral e conselheiro, convidava pessoas originárias da Oberpfalz para um café e escutava suas histórias. Essas pessoas geralmente não tinham altos cargos ou riqueza. Pelo contrário, eram da classe mais baixa. Ele também desenvolveu um questionário, que sempre repetia para seus entrevistados. Em 1860 e 1861, passou temporadas em Oberpfalz fazendo o trabalho de pesquisa no local - conversando com pessoas, transcrevendo o que lhe era contado, fazendo perguntas sobre diversos temas. Em seus relatos, há uma visão direta, metódica e quase sem interferência sobre o trabalho, a comida, as roupas, os passatempos, os ditados, as histórias e os contos de fadas que andavam de boca em boca na população de sua região.