sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O que faz um verdadeiro líder?



O Líder? Imagem: Construindo História Hoje.

Que características distinguem um verdadeiro líder de alguém que apenas ocupa um cargo de liderança? O que torna uma pessoa um verdadeiro líder?

Este é uma ano de eleições municipais, um momento ideal par se explorar as qualidades de uma verdadeira liderança.

O historiador e biografo Dr. James MacGregor Burns, vencedor do Prêmio Pulitzer, PhD em ciências políticas pela Universidade de Harvard, escreveu um livro de grande influência em 2010, intitulado Liderança, que é completo, incisivo e esclarecedor em muito níveis. Ele precede seu prólogo com algumas citações notáveis, incluindo um de Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945.

“A presidência é ...preeminentemente um lugar de liderança moral. Todos os nossos presidentes foram grandes líderes do pensamento, por vezes, quando certas ideias históricas na vida da nação tinham de ser esclarecidas...Isso é o que o cargo – uma excelente oportunidade para reaplicar, usando-as em novas situações, as regras, usando simples de conduta humana para as quais sempre voltamos. Sem uma liderança atenta e sensível às mudanças, todos se desorientam ou até se perdem pelo caminho”.

Burns aborda isso em liderança transformacional, a contracapa do seu livro resume sua avaliação:

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O Império Inca ou Tawantinsuyo. Parte I.




O deus Solar dos Incas, Viracocha. Imagem: Construindo História Hoje.

A princípio, o Estado instituído por um grupo indígena, que se auto-intitulava “Filhos do Sol” e era liderado por um “cacique” mitológico chamado Manco
Capac,
limitavam-se ao fértil vale de Cuzco e cercanias, territórios do povo de etnia Quíchua.

Assim como os Collas, Chancas, Chimús e outros povos e demais nações contemporâneas, os incas, com seu império ainda em gestação e reduzido à região de Cuzco, lutavam para aglutinar tribos vizinhas e engrandecer seus domínios com a finalidade de ampliar seus campos de cultivo, a fim de assegurar uma produção de alimentos satisfatória para seus súditos.

A expansão incaica, assim como o posterior surgimento do império, foi consequência da própria dinâmica de organização política dos povos andinos. A qualquer momento, um dos pequenos reinos poderia se tornar um pouco mais poderoso e desestruturar o frágil equilíbrio de forças entre os vários grupos indígenas.

Tawantinsuyo o Império dos Quatro cantos. Imagem: construindo História Hoje.

Foram os incas de Cuzco que, por volta de 1438, ao derrotar os Chancas, outra etnia indígena que lutava para se impor na região, logrou dominá-los e, posteriormente, os:  Collas,Chimús,Tumpis,Tallares,Ayavacas,Huancabambas,Bracamoros,Chachapoyas,
Cajamarcas,Conchucos,Huacrachucos,Yaros,Huamallies,Huánucos,Pumpus,Taramas,
Huancas,Yauyos,Chocorvos,Lucanas,Soras,Pocras,Cañas,Canchis,Changos,
Camanchacos,Chirihuanos, Quitenhos e muitos outros povos, formando o Tawantinsuyo, ou Império dos Quatro Cantos do Mundo que, durante a chegada dos espanhóis, se estendia desde o sul da Colômbia até o norte do Chile e noroeste da Argentina em um total de cerca de 4,5 mil quilômetros. Em 1532, os espanhóis desarticularam esse extenso império.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte IV.



Números egípcios. Imagem: O Egito Antigo.

Para Pitágoras, o número mais importante de todos era o dez, constituído da soma de um, dois, três e quatro. Isso é expresso geometricamente como um triângulo referido como “tetraktis sagrada”. A tetraktis, também conhecida com década, é uma figura triangular que consiste de dez pontos distribuídos em quatro fileiras: um, dois, três e quatro pontos em cada uma.

A tetraktis sagrada de Pitágoras. Imagem: Construindo História Hoje.

Os pitagóricos acreditam que as maravilhosas propriedades da tetraktis são a fonte e a raiz da natureza eterna. Em essência, é a expressão da realidade metafísica e o “mundo ideal” de Platão. O juramento pitagórico inclui uma referência à tetraktis; eles juram por:

 “ele que deu à nossa família a Tetraktis, que contém a Fonte e a Raiz da Natureza eterna”.

De acordo com West, a tetraktis grega pode ser vista como a Grande Enéade egípcia manifesta e desmitologizada. Embora não seja necessariamente um avanço em relação ao conceito egípcio da Enéade, a tetraktis grega é uma forma de tentar entender os diversos significados por trás da Enéade.

A forma triangular da tetraktis representa a progressão aritmética da criação do abstrato e absoluto ao concreto e diferenciado. O lado esquerdo do triângulo (1, 2, 4 e 8) simboliza o movimento da vida a partir da unidade absoluta.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte III.



A pirâmide que forma a Grande Enéade de deuses egípcios. "De Um se formam Nove, de todos se forma Dez". Imagem: Mitologia Egípcia Hoje.

Para os egípcios, o maior mistério de todos era a “transformação” (o número nove) do Criador de Não visto para Visto, o Um que se manifesta como muitos. Essa transformação foi revelada através de sucessivos estágios: Atum (ou Rá) em Heliópolis, Ptah em Mênfis, Toth em Hermópolis e Amun em Tebas. Segundo o Papiro de Qenna do Museu de Leyden, escrito durante a décima oitava dinastia:

“Os deuses ao todo são três: Amun, Rá e Ptah, que não têm iguais. Aquele cuja natureza (literalmente, “cujo nome”) é um misterioso, sendo Amun; Rá é a cabaça, Ptah o corpo. Suas cidades na terra, estabelecidas para sempre são: Tebas, Heliópolis e Mênfis (estáveis) para sempre. Quando uma mensagem vem do céu, é ouvida em Heliópolis, repetida em Mênfis para Ptah, e transformada em carta escrita com letras de Toth (em Hermópolis) para a cidade de Amun (Tebas)”.

Essa ideia de mensagem representa o progresso da “transformação” de Céu para Terra. Porque Heliópolis era considerada o “ouvido do coração”, foi lá que a mensagem do ouvida. Nos textos sagrados, como o Sol era tido como o coração do sistema solar, então Heliópolis era o coração do Egito, a cidade do Sol. O nome Heliópolis, como é usado nos textos funerários, significa “a origem absoluta das coisas”, o que não quer dizer que isso se referia estritamente à cidade física de mesmo nome. Quando se diz em textos egípcios: “vim de Heliópolis” ou “vou para Heliópolis”, significa que “eu procedo do início” ou “estou retornando para a Fonte”.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte II.



Ogdoáda egípcia. Durante o Médio Império, o número oito era retratado na Ogdóadaoito babuínos com Hórus, o falcão representando o deus Ra-Harakhty. que formam outra variação da mitologia egípcia da criação. Imagem: Egito Além da Eternidade.

A história mítica de Hórus e Seth caracteriza as estruturas rítmicas da dualidade. Das menores parcelas da realidade – o próton e o elétron – à vida orgânica e a nós, humanos, homens e mulheres – há um ritmo constante de dualidade na vida natural. É assim que o mundo funciona, tanto o animado quanto o inanimado. O próton atrai o elétron para criar uma realidade física. O macho e a fêmea, de toda a vida animal, são atraídos um pelo outro para assegurar a continuidade da vida. A dualidade está contida dentro da unidade absoluta. Eis o significado do número dois. Todo o ser humano experimenta essa dualidade já que o mundo natural reflete isso com a divisão em macho e fêmea de toda vida orgânica. Contudo, essa divisão deve encontrar conciliação, como fizeram Hórus e Seth. Essa conciliação é representada no número três.

O número três representa a relação e a conciliação entre a causa absoluta (um) e a dualidade (dois) que ela cria de si mesma. Existe meramente em um plano espiritual. Com esse decreto filosófico existe uma inegável associação entre causa e dualidade. Podemos entender isso como o que poderíamos chamar de “efeito”. Esforçamo-nos a valer para afetar pessoas e acontecimentos, muitos de nós por meio de preces ou pensamentos positivos quando as ações diretas não são ou não podem ser bem-sucedidas. Os antigos egípcios comportavam-se do mesmo modo. Em vez de chamar de prece ou pensamento positivo, eles chamavam a isso de magia.

O número quatro, representando a ideia do mundo material, era recorrente no simbolismo egípcio – as quatro regiões do céu, os quatro filhos homens de Hórus, o quatro filhos de Geb, os quatro canopos nos quase os órgãos dos mortos eram depositados no funeral. Segundo o mito egípcio, Geb se casou com sua irmã Nut, a deusa do céu, sem a permissão do poderoso deus sol, Rá. Rá ficou zangado com Nut e Geb que forçou o pai deles, Shu, o neter do ar, a separá-los: por isso a terra é separada do céu. Além disso, Rá proibiu que Nut tivesse filhos em qualquer mês do ano. Felizmente, Toth, o divino escriba, decidiu ajudar e induziu a Lua a jogar damas com ele, sendo que o prêmio era a luz da Lua. Toth ganhou tanta luz que a lua foi obrigada a acrescentar cinco novos dias ao calendário oficial. E Nut e Geb tiveram quatro filhos: Osíris, deus dos mortos, Seth, deus do caos, Ísis, deusa mãe e feiticeira, Néftis, deusa do lar.

O entendimento do número cinco, ou vida, pelos egípcios, pode ser visto no conceito do homem consciente, unido com o Absoluto e alcançando unidade com a Causa (deus). Ele se tornaria uma estrela, e “se tornaria um na companhia de Rá”. Nos hieróglifos, o símbolo para estrela era desenhado com cinco pontas. Visto como sagrado em diversas culturas, o pentagrama e o pentágono também refletem o valor místico do cinco.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mitologia egípcia e o conhecimento através dos números. Parte I.



Rá-Atum enfrentando a Serpente Apófis. Imagem: Enciclopédia Larousse.

De acordo com Schwaller de Lubicz, os antigos egípcios usavam deliberadamente a proporção harmônica em sua arte e arquitetura, com base no sistema numérico de pensamento. Era uma visão de mundo abrangente, que incluía a filosofia, a matemática, o misticismo e a teologia.

John Anthony West, um simbolista contemporâneo nos mesmos moldes de Schwaller de Lubicz, acredita que o que atualmente é conhecido como misticismo numérico pitagórico é, na verdade, de origem egípcia, e antecede até mesmo o Egito Antigo.

 Rá-Atum ou Atum. Imagem: Enciclopédia Larousse.

Quando o misticismo numérico é aplicado aos mitos egípcios, torna-se claro que as histórias e a mitologia egípcias são baseadas na compreensão dos números e não no animismo. É uma filosofia, mas não no nosso sentido do termo. Não existem textos explicativos. Mesmo assim, é sistemático, autoconsciente e organizado em princípios que podem ser expressos de maneira filosófica.

Por exemplo, na mitologia egípcia Atum (ou Tum) representa a causa transcendente, o absoluto ou o tudo, o Um, o primeiro e verdadeiro deus e criador que fez o mundo e tudo que nele há. Dentro dele estava o potencial para toda a vida. O nome Atum vem de uma

domingo, 23 de setembro de 2012

O Papel das Sociedades Secretas



Irmandade da Serpente. Imagem: Cuttingedge.

"Existe um poder em algum lugar tão organizado, tão sutil, tão atento, tão entrelaçado, tão completo, tão disseminado e abrangente, que é melhor sempre abaixar muito bem a voz ao dizer qualquer coisa em condenação a ele." (presidente Woodrow Wilson, 1913, citado no livro do Dr. Dennis Cuddy, "Secret Records Revealed" (Registros Secretos Revelados), pág. 24).

"Debaixo das amplas ondas da história humana fluem as ocultas correntes subterrâneas das sociedades secretas, que frequentemente determinam das profundezas as mudanças que ocorrerão na superfície." — (Autor Arthur Edward Waite, em The Real History of the Rosicrucian Steiner Books (A Verdadeira História dos Livros Rosa-cruzes de Steiner), 1977).

O batimento pulsante e intenso do organismo vivo chamado Elite — aqueles em posições de influência que tomam decisões indesejadas por nós — conseguiu implementar um governo global. Eles usaram todo o seu arsenal e, ao longo de dezenas de anos, e de várias gerações, e nós a aceitamos mansamente.

Eles usaram e continuam usando tanto métodos públicos como secretos para nos fazer aceitar a dissolução da nossa Constituição e, ironicamente, sermos gratos por isso. Eles invadiram nossas igrejas, nossas escolas, nossa cultura, nossa economia, nossa história, nossas fortalezas políticas. E, sem nenhuma lamentação, perdoamos a perda do nosso país, a perda dos nossos valores e costumes, a perda da liberdade de pensamento e a perda do controle de nossas próprias mentes. Eles detêm nossa economia, nosso sistema político, nossos filhos e, acima de tudo, eles nos detêm — nós que, anos atrás, teríamos lutado para impedir a derrubada do nosso querido país e das nossas liberdades.
Alguns dos meios que eles usam para alcançar seus objetivos são grosseiros; outros são camuflados e feitos a portas fechadas, mas independente de como alcançam suas metas, o resultado é sempre o mesmo: eles planejaram bem, implementaram de forma admirável e nos quebrantaram totalmente.
As técnicas deles têm sido variadas e eficientes, mas um dos mais eficazes métodos por trás das cenas é o uso das sociedades secretas.

Você já ouviu falar desse veículo fundamental — as sociedades secretas -, não ouviu? Elas são reais — esses grupos sombrios e sigilosos que controlam o mundo por meio de membros poderosos que escondem a verdade de nós, que exercem uma força maior do que centenas de megatons de bombas. Não há um único artigo ou um único livro que possa cobrir a abrangência total do que as sociedades secretas realmente são, quem são seus membros, o que eles fazem e o que ainda planejam fazer. O que sabemos é que seus membros — homens e algumas mulheres de comando da elite rica — detêm poder sobre nós e se enredam pelo topo dos governos nacionais e das escolas para garantir que as pessoas desejadas sejam colocadas nos cargos. Uma vez que isso não pode ser explicado em apenas um artigo abrangente sobre as sociedades secretas, somente o básico será oferecido aqui.

sábado, 22 de setembro de 2012

Fraternidade Secreta de Assassinos e Ladrões Thugs.



Membros da Fraternidade de Assassinos Thugs, em  1894. Imagem: CSAS.

A seita se chamava Thag. Seus membros eram os thugs. Os thugs surgiram na Índia, talvez no século VII, mais provavelmente no XIII. A palavra Thag significa impostor – eles se fingiam de prestativos auxiliares a viajantes – que eram então roubados e assassinados, com um ritual complexo, feito em homenagem a Kali, deusa da destruição. Os Thugs também tinham ritos masoquistas: se flagelavam, eram dependurados em ganchos etc.

Behram Jemadar

Os Thugs foram aniquilados pelos ingleses, no século XIX. O thug mais famoso desta época foi Behram Jemadar que, diz-se, presenciou quase 1000 homicídios, tendo matado ele mesmo, com seu lenço branco e amarelo (uma marca registrada dos thugs), cerca de 250 pessoas.  Behram, assim como uma centena de outros Thugs, foi condenado à morte.
Foi uma fraternidade secreta de assassinos e ladrões de viajantes, que aparecem na História da Índia. Os registros indicam que se tornaram operantes a partir do século XVI (embora possam ter começado bem antes, no século XIII ou VII) até meados do século XIX.

No livro The Strangled Traveler: Colonial Imaginings and the Thugs of India (2002), Martine van Woerkens sugere que as provas da existência do culto dos Thugs no século XIX, foram em parte produto da "imaginação colonial", originária do temor dos britânicos pelo interior desconhecido da Índia, com suas religiões e costumes obscuros e não compreendidos por eles. 

O líder do grupo era chamado de Jamaadaar. A palavra não se refere somente aos Thugs, mas também a um posto militar designado de "Jemadar " ou "Jamaadar", que na verdade equivaleria a "tenente" para os oficiais nativos do exército britânico e depois no Exército da Índia Independente.


Dentre os bandos Thugs havia Hindus, Sikhs e muçulmanos, que adoravam a deusa da Morte Kali (ou Durga), a quem chamavam de Bhowanee. Os Sikhs eram poucos, mas um dos principais líderes, Sahib Khan, era dessa religião. Outro notório líder foi Behram, a quem se chegou a atribuir e a seu grupo de 30 ou 50 assassinos, a morte de 931 pessoas de 1790 a 1830. Behram nunca chegou a ser julgado pelos seus crimes.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Túmulo de Newgrange do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, na Irlanda


O Túmulo de Newgrange do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, na Irlanda. Vista externa. Imagem: Laalcazaba.

Newgrange é uma tumba do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, no Condado de Meath, na Irlanda, um dos mais famosos sítios pré-históricos do mundo e o mais famoso da Irlanda.

O Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne (ou Brú na Bóinne, em inglês: Palace of the Boyne) é um importante complexo de pedras Neolíticas localizado em um amplo meandro do Rio Boyne, na Irlanda. Mais tarde, na Idade do Ferro, foi utilizado como local para enterros. Os Normandos se estabeleceram na área na Idade Média. É considerado um Património Mundial da Irlanda.

O local tem importância para a Arqueoastronomia. Newgrange e Dowth, pontos específicos do complexo, têm alinhamentos solares no Solstício de inverno, enquanto que outro ponto, chamado Knowth tem um alinhamento solar no Equinócio.

 Newgrange foi construído de modo que, ao nascer do sol do dia mais curto do ano (solstício de inverno), um fino raio de sol ilumina por pouco tempo o piso da câmara no final de um longo corredor.

Foi construída originalmente entre 3300 e 2900 AC, mais de 500 anos antes da Pirâmide de Quéops no Egito. Também precede Stonehenge em mais de 1.000 anos. No período Neolítico, Newgrange continuou como um local de cerimônias.

Newgrange parece ter sido usada principalmente como uma tumba. Foram encontrados restos humanos cremados de cinco indivíduos. O sol parece ter sido um importante elemento nas crenças religiosas do Neolítico.

 
 O Túmulo de Newgrange do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, na Irlanda. Vista externa do muro lateral. Imagem: Laalcazaba.

O alinhamento solar em Newgrange é ainda muito preciso se comparado a outros fenômenos, tais como o que acontece nas Ilhas Órcades, perto da costa de Escócia.

De acordo com a Mitologia irlandesa, Newgrange era um dos Sídhes (montes) onde Tuatha Dé Danann vivia. Foi construído pelo deus Dagda. De acordo com a lenda, o herói Cú Chulainn nasceu lá. Contudo, a maioria dos ciclos místicos associados com Newgrange datam da era Céltica da mitologia e da História da Irlanda.

Os mistérios da história humana na Irlanda.

A cultura megalítica detém mistérios emocionantes da história humana. A Irlanda mostra, como em muitos outros aspectos de seu passado, como um espaço sagrado é imortalizado pelos antigos monumentos projetados para durar até o fim dos tempos.

 Vista frontal do Túmulo de Newgrange do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, na Irlanda. Imagem: Laalcazaba.

Houve um tempo na história em que a espiritualidade humana expressava-se através da pedra.
Milhões de toneladas foram transportadas, decoradas, verticalmente em prol da espiritualidade e da mística. Cerca de 6.000 anos atrás, a cultura começou a ganhar força na Europa. Eles sabiam a arte da tecelagem, e praticaram enquanto aperfeiçoavam o primeiro conhecimento precioso e emergentes da metalurgia e manipulação de rudimentos de metal e, pela primeira vez, também eram caçadores-coletores, agricultores. Eles adoraram a terra, mortos e natureza e nos deixaram, desde o Mediterrâneo ocidental para o Báltico, seus monumentos de pedra característicos: os megálitos. Este imenso trabalho que durou milhares de anos, revela a realidade preocupante que essas sociedades antigas tiveram com a eternidade e o notável conhecimento construtivo e astronômicos.

Cerca de 40 km, a noroeste de Dublin em um meandro de largura formado pelo rio Boyne, o lugar de Brú na Bóinne (em gaélico, "Palácio do Boyne"), não muito longe de Tara, a montanha sagrada dos antigos reis irlandeses e cenário épico , do país mitológico. Tradição celta subseqüente (que nada tem a ver com as construções megalíticas), insiste em que os restos mortais de alguns dos seus reis estavam enterrados ali.

Vista externa de parte da parede lateral do Túmulo de Newgrange do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, na Irlanda. Imagem: Laalcazaba. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Expedições de Thor Heyerdahl



Thor Heyerdahl. Imagem: Noruega.Org.

O explorador norueguês contemporâneo mais conhecido, Thor Heyerdahl, explorou as culturas dos nossos antepassados mais remotos. A demanda era descobrir mais sobre a paisagem histórica, não sobre a geográfica. 

Heyerdahl nasceu em 1914 na pequena cidade de Larvik, na costa sul da Noruega. Depois de ter estudado de forma exaustiva materiais etnográficos e arqueológicos da Polinésia, do Continente Americano e do sudeste asiático, Heyerdahl avançou com a teoria de que a Polinésia não tinha sido povoada por povos vindos do sudeste asiático, como anteriormente se acreditava, mas sim da América.

 Na expedição Rá II, Heyerdahl, provou que usando barcos de Junco era possível atravessar o Atlântico. Imagem: Pirâmides de Güímar.

A hipótese que apresentou foi recebida de forma fria, por isso Heyerdahl decidiu demonstrar pessoalmente o que acreditava ser a verdade das suas afirmações. O navio que fabricou para a viagem era uma jangada de pau-de-balsa, uma reprodução exata das jangadas índias feitas na América do Sul desde os tempos da pré-história. Em1947, Heyerdahl partiu de Callao, no Peru, com uma equipa composta por seis homens, e navegou para as ilhas Tuamotu da Polinésia naquela que é hoje em dia a mundialmente conhecida viagem do Kon-Tiki.

A perigosa viagem de três meses era não só uma iniciativa ousada, como também uma