terça-feira, 19 de junho de 2012

COISAS QUE O GAÚCHO FALA


Foto de um Gaúcho datada de 1868

Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.
Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.

É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?".

Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la.

Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de co

Cidade perdida? Paisagem como de Atlântida é descoberta no fundo do mar.


 Recentemente, geólogos descobriram uma paisagem de cerca de 56 milhões de anos de idade usando dados coletados por empresas de petróleo.

A paisagem antiga, perdida, encontra-se enterrada sob o Atlântico Norte, com sulcos cortados por rios e picos que já pertenceram a montanhas. 

“Parece um mapa de um país terrestre”, disse o pesquisador Nicky White. “É como uma paisagem antiga, fóssil, preservada dois quilômetros abaixo do fundo do mar”.

Até agora, os dados revelaram uma paisagem 10.000 quilômetros quadrados a oeste das Ilhas Orkney (ou Órcades, localizadas no Mar do Norte), que se estendia acima do nível do mar cerca de um quilômetro. 

Os cientistas suspeitam que a paisagem faz parte de uma região maior que se fundiu com o que é agora a Escócia, e pode ter se estendido em direção a Noruega, em um mundo pré-humano.

A descoberta surgiu a partir de dados coletados por uma empresa que utiliza uma técnica avançada de eco-sondagem. Ar de alta pressão é liberado de cilindros de metal, produzindo ondas sonoras que viajam para o fundo do oceano através de camadas de sedimentos. 

Toda vez que essas ondas sonoras encontram uma mudança no material através do qual estão viajando, por exemplo, de lama para arenito, um eco volta. Microfones registram esses ecos, e as informações neles contidas podem ser usadas para construir imagens tridimensionais da rocha sedimentar abaixo do mar.

A equipe descobriu uma camada enrugada

Mistério: o que causou o Dia Escuro?


O fenômeno aconteceu em 19 de maio de 1780 na Nova Inglaterra (EUA) e Canadá, e foi conhecido como o Dark Day ou Dia Escuro. Pelo nome, você já entendeu: foi um dia escuro.
Nos últimos 232 anos, historiadores e cientistas têm discutido a origem do evento: seria um vulcão, uma nuvem de fumaça, um asteroide, ou algo mais sinistro?

Com o pouco conhecimento da época, as pessoas estavam com medo, e alguns advogados de Connecticut (EUA) achavam que estava ocorrendo o Julgamento Final, principalmente por que nos dias anteriores, tanto o sol quanto a lua tiveram uma luz avermelhada.
Mas, o que poderia ter acontecido naquele dia de 1780?

O Departamento de Meteorologia apontou que uma nuvem espessa poderia baixar o suficiente para fazer as luzes das ruas acenderem e os carros terem que ligar os faróis. Mas é improvável que uma nuvem fosse capaz de causar todos os eventos do Dia Escuro.

Um eclipse também foi descartado, por que estes eventos são previsíveis, e não há registro de um naquele dia. Além do mais, eclipses duram poucos minutos.

Outra possibilidade seria a erupção de um vulcão – a erupção do Eyjafjallajokull espalhou cinzas na atmosfera o suficiente para obrigar aeroportos a cancelarem pousos e decolagens por toda a Europa Setentrional. Além disso, as cinzas vulcânicas podem causar “dias amarelos”.

Só que não há registro de atividade

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Messerschmitt Me 163 Komet



Me 163

O Messerschmitt Me 163 Komet,  desenhado por Alexander Lippisch, era um avião de combate alemão a jato. Foi o primeiro avião a jato operacional, propulcionado por foguetes. Seu design foi revolucionário, e o Me 163 era capaz de um desempenho inigualável em voo. O piloto de testes do Messerschmitt, Rudy Opitz em 1944 chegou a 1.123 kmh (698 mph). Mais de 300 aeronaves foram construídas;  No entanto, o Komet se mostrou ineficaz em combate, tendo sido responsável pela destruição de apenas cerca de nove aeronaves aliadas (16 vitórias do ar por 10 perdas, segundo outras fontes). 

O projeto iniciado sob a égide da Forschungsanstalt Deutsche für Segelflug (DFS) Instituto Alemão de Estudos de vôo planador. Seu primeiro projeto foi uma conversão do anterior Lippisch Delta IV conhecido como o DFS 39 e usado apenas como um teste para as asas da aeronave.

 
A versão seguinte com um motor munido de uma pequena hélice começou com os 194 DFS. Esta versão utilizava asas como lemes, que Lippisch sentiu que poderia causar problemas em alta velocidade. Mais tarde, redesenhado-los para ser montado sobre um estabilizador vertical convencional na parte traseira da aeronave. O projeto incluiu uma série de características de um planador, com uma derrapagem utilizada para pousos, o que poderia ser recolhido na quilha da aeronave em vôo. Para a decolagem, um par de rodas, cada uma montada nas extremidades de um de um eixo transversal especialmente concebidos, em conjunto compreendendo uma decolagem "dolly" montado debaixo do estrado de aterriçagem, foram necessárias devido ao peso do combustível, mas estes eram libertados pouco depois decolagem. Foi planejado para passar para o Walter R-1-203 motor de 400 kg (880 lb) movimento por propulsão de foguete.

Heinkel também trabalhou com com Hellmuth Walter em seus motores de foguete, montados no 112 para testes, e mais tarde no primeiro avião com a finalidade para o uso de foguetes, o He 176. Heinkel também havia sido escolhido para produzir a fuselagem para o DFS 194, quando entrou em produção, verificou que o  combustível altamente volátil seria muito perigoso em uma fuselagem de madeira, com os quais poderia reagir. O trabalho continuou sob o codinome Projekt X.

 Me 163D

No entanto, a divisão de trabalho da DFS e Heinkel teve alguns problemas, e  a DFS parecia incapaz de construir a fuselagem para um protótipo. Lippisch solicitou sua saída do projeto junto com sua equipe da DFS a Messerschmitt. Em 2 de janeiro de 1939, mudou-se juntamente com sua equipe da DFS, concluíu parcialmente 194 aviões

Abuso verbal-emocional. Infância e adolescência.


Apesar de a violência verbal e da violência psicológica geralmente não deixarem marcas físicas, originam problemas emocionais, cognitivos e comportamentais. São normalmente realizadas por pessoas que sofreram agressões verbais em sua infância ou adolescência e na idade adulta utilizam desses mesmos meios ao conviver em sociedade!

A violência verbal e a violência psicológica andam, habitualmente, de mãos dadas e estão sempre presentes em todas as outras situações de maus tratos. Sempre que uma pessoa é exposta a este tipo de violência, pode afirmar-se que é alvo de abuso emocional. Este tipo de abuso caracteriza-se pela ausência ou inadequação de suporte afetivo e pelo não reconhecimento das necessidades emocionais do menor, de uma forma intencional e persistente. Os insultos verbais, a humilhação, a
ridicularização, a desvalorização, a hostilização, a indiferença, a discriminação, as ameaças, a rejeição, a culpabilização, as críticas e o abandono são apenas alguns exemplos da forma como o abuso emocional se manifesta.

Contrariamente ao que muitos possam pensar, esta e outras formas de violência ocorrem em todas as camadas sociais, econômicas e culturais, embora sejam mais frequentes em famílias desorganizadas e disfuncionais.

Apesar de a violência verbal e da violência psicológica geralmente não deixarem marcas físicas, originam problemas emocionais, cognitivos e comportamentais sérios. Vários estudos demonstraram que pessoas expostas a situações deste tipo apresentavam

sábado, 9 de junho de 2012

Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”. Parte III.


O Primeiro Imperador Jimmu Tenno, filho da deusa Sol Amaterasu.

No budismo japonês cultuam-se os BUTSU e BOSATSU (ser iluminado). Três desses seres têm grande relevância: 

AMIDA: preside a “Terra Pura” ou paraíso ocidental.
KANNON: é o protetor das crianças, e das mulheres em trabalho de parto é também o bosatsu daqueles que buscam o perdão.
JIZO: também se preocupa com as crianças, particularmente com as almas daquelas que morreram (inclusive, em épocas recentes, como os fetos abortados), é também o bosatsu daqueles que sentem dor.

Tanto os KAMI, quanto os BOSATSU são considerados essencialmente complementares. E o número de divindades é importante para o xintoísmo como para o budismo.

HACHIMAN, um importante deus guerreiro, baseado no semilegendário imperador OJIN (300 d.C). Ele é venerado em quase todo o Japão. Os santuários Hachiman, são os locais preferidos para o ritual OMIYAMAIRI.  Em que bebês são levados aos santuários, pela primeira vez, para serem purificados.  Outra divindade com raízes históricas é SUGAWARA NOMICHIZANE conhecido também como TENJIN ou “Pessoa Celestial”. Viveu de 845 – 903 d.C, era um sábio e brilhante administrador e membro da corte de HEIAN. Foi acusado falsamente e

Torre de Pisa, uma obra prima da engenhosidade humana.



A TORRE DE PISA, é um campanário da catedral da cidade italiana de Pisa. Está situada atrás da catedral, e é a terceira mais antiga estrutura na praça da Catedral de Pisa. Embora destinada a ficar na vertical, a torre começou a inclinar-se para sudeste logo após o início da construção, em mil cento e setenta e três, devido a uma fundação mal construída e a um solo de fundação mal compactado, que permitiu à fundação ficar com assentamentos diferenciais. Sua inclinação está voltada para o sudeste.

A torre mede 55,86 metros no lado mais baixo e de 56,70 metros na parte mais alta. A espessura das paredes na base é de 4,09 metros e 2,48 metros no topo. Seu peso é 14 500 toneladas. A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar da face norte das escadas tem dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração realizado entre

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O SIGMA.




Autor: Sérgio de Vasconcellos

Como pôde o Integralismo, um Movimento político de tão intenso nacionalismo, de tão arraigado nativismo, adotar como seu símbolo uma letra estrangeira, o Sigma, que é grego?(1)
Contam-nos o Chefe Nacional Plínio Salgado(2) e Olbiano de Mello, que a sugestão do Sigma partiu do escritor Dr. Arthur Mota. Deixemos falar Olbiano de Mello:
“Uma tarde o Chefe avisa-nos que no Clube Português a AIB realizaria uma nova reunião.
“Se não nos enganamos, a segunda franqueada ao público depois de sua instalação. Marcada a noite, Paranhos toma-nos na residência do Dr. Arnaldo Amado Ferreira, ali pelas imediações da Avenida Paulista, onde nos achávamos hospedados. Ao entrar para o automóvel, nele se achava um outro passageiro. Tratava-se do Dr. Arthur Motta, historiador residente na Capital. Ia também, a convite de Paranhos, assistir a reunião.
“No Clube, depois que fizemos a leitura de um trabalho nosso – Paranhos saúda, na pessoa de Arthur Motta, o sociólogo e o matemático. E este, agradecendo, num improviso feliz, afirma: “que, ele matematicamente, bem compreendeu que somente seria num sigma político, formado por todos os valores diferenciais da Nação, que o Brasil acharia salvamento.
“Terminada a sessão, espalhamo-nos, aos grupos, pelas redondezas da sede daquele Clube. E mais tarde, quase à uma hora da manhã com Leães num café da rua Líbero Badaró – depararam-se-nos Casali, Reale e Igáyara de lápis em punho, a desempenhar, numa folha de papel a atual letra simbólica do Integralismo.
“Discricionariamente já haviam abandonado o modelo de distintivo que estávamos estudando em nossas reuniões na Rua Brigadeiro Luiz Antonio e, inspirados na frase de Arthur Motta, fixaram esta letra grega como a expressão integral de nosso pensamento doutrinário. Nasceu assim, noite alta, modesta e simplesmente numa mesa e no meio barulhento de um café paulistano – o Sigma Brasileiro”.(3)
Seu uso, no Distintivo e Bandeira, foi estabelecido nos três Estatutos da antiga e gloriosa Acção Integralista Brasileira.(4) Mas, é nos “Protocollos e Rituaes da A.I.B” –Capítulo III – Dos Symbolos – O Sigma -, que achamos uma exposição mais minuciosa:
Art. 12º - O sigma é o sinal simbólico do Movimento Integralista (Veja-se desenho com dimensões proporcionais  no “Monitor” nº9).
“ – É uma letra grega que corresponde ao nosso “S” e indica soma;
“ – Leibnitz escolheu-a para indicar a soma dos infinitamente pequenos;
“ – É a letra com a qual os primeiros cristão da Grécia indicaram a palavra “Deus”;
“ – É o nome da Estrela Polar do hemisfério sul.
“ – Ela lembra que o nosso Movimento é no sentido de integrar todas as Forças Sociais do País na suprema expressão da Nacionalidade.
“O Sigma maiúsculo foi preferido ao minúsculo por uma questão estética”.(5)
Gustavo Barroso nos diz quase o mesmo:
“O Sigma.
“É a letra grega escolhida por Leibnitz para indicar

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”! PARTE II.



A deusa do sol Amaterasu, saindo de uma caverna, trazendo luz solar de volta ao universo.

No final do século XVIII, Motoori Norinaga e outros estudiosos do xintoísmo contribuíram para um renovado interesse no KOJIKI e no NIHONSHOKI e em outros textos sagrados xintoístas antigos. Com ênfase ao culto imperial.

Com a restauração Meiji, o xintoísmo se tornou a religião estatal. Os missionários cristãos voltam em 1870, agora mais tolerantes. Mas ainda hoje, somente seiscentos mil japoneses professão a fé cristã, sendo a metade católica.

O xintoísmo, no entanto, permeia a vida japonesa de muitas maneiras inusitadas. O esporte nacional é a luta SUMÔ, por exemplo, e esta se origina de um antigo ritual xintoísta em homenagem aos KAMIS.

O xintoísmo SHUKYO é o sincretismo do xintoísmo com o budismo, cristianismo e outras crenças. São novas seitas que surgem no final do século XIX.

O WEI CHIB, é o relato mais antigo do Japão em uma Crônica chinesa de 297 d.C. O credo e a prática xintoísta tem como eixo a veneração de seres sobrenaturais chamados Kami que supervisionam todos os aspectos da natureza e da vida humana. Acreditam que esses seres dão vida a tudo no universo.

Diz-se que o panteão xintoísta contém um número infinito de Kamis. E muito deles são divindades que vieram do budismo e do taoismo e foram incorporadas ao xintoísmo. Os textos xintoístas mais antigos, o KOJIKI e o NIHONSHOKI, ensinam que o mundo foi criado pelas divindades celestiais IZANAGI e IZANAMI. Depois de um começo que pareceu não ter dado certo, o par original deu à luz um grupo de Kami, inclusive a deusa soberana do Sol, AMATERASU, cujo descendente,

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Conhecendo o Xintoísmo “a via dos deuses”! PARTE I.



O xintoísmo ou “via dos deuses”, é a única religião genuinamente japonesa. Em inúmeros aspectos ser japonês é ser xintoísta. O xintoísmo explica as origens e a importância do imperador no ápice da sociedade japonesa. Sua intensa preocupação com a purificação é a base dos tão generalizados costumes japoneses de limpeza.

Em parte as crenças e ritos do xintoísmo refletem a subordinação do indivíduo ao grupo. É uma religião que possuí uma coleção vagamente organizada de santuários, dedicados a um quase infinito número de KAMI (espíritos ou seres divinos), que são onipresentes.

Os japoneses adotam simultaneamente duas crenças principais, o XINTOÍSMO e o BUDISMO, sendo que muitas divindades budistas existem como Kami do xintoísmo.

O respeito profundo que os japoneses mostram ter pela natureza origina-se da crença mais antiga e fundamental do xintoísmo, segundo a qual o mundo natural é governado por seres espirituais. Esses espíritos ou divindades são chamados/conhecidos como Kami.

Ao contrário do Budismo e do Cristianismo, o Xintoísmo não têm um fundador conhecido. Foi apenas durante a cultura YAYOI, no final da Pré-história (entre 300 a.C e 300 d.C) que surgiram algumas características que lembram aspectos a religião, como por exemplo os KAMI.

Na medida em que o CLÃ YAMATO, (Sol) ganhou influência sobre os demais clãs seus antepassados criaram o mito que sua descendência provém de forma divina da deusa Sol AMATERASU, tornou-se predominante. Isso lançou as bases para o culto imperial que foi relegado a um papel simbólico durante o reino dos Xôguns ou Shoguns (século XVII ao XIX), mas voltou a predominar no xintoísmo dos tempos modernos.

O budismo, confucionismo e taoismo chegaram ao Japão em meados do século XI d.C. E todas as três crenças, influenciaram o xintoísmo, mas a que mais influenciou foi o budismo, ao ponto que muitas divindades budistas vieram a ser adoradas como Kami xintoísta.

Em 1868, após 250 anos de Xogunato, a restauração MEIJI devolveu o poder ao imperador (que subiu ao trono em 1867) e em 1871 o xintoísmo foi declarado à religião estatal. Então o xintoísmo passou a ser o principal mecanismo para encorajar o nacionalismo japonês e a lealdade ao imperador. A palavra SHINTO vem desse período, antes disso, essa religião era apenas a adoração dos Kami


Em 1945, o xintoísmo estatal termina com o fim da II Guerra Mundial. O imperador renúncia seus direitos de divindade e a Constituição de 1947 separa o Estado da religião, tornando os JINJAS (santuários) uma coleção vagamente organizada de locais dedicados a um número quase infinito de Kami que, na sua maioria, eram específicos de suas comunidades locais.

A maioria dos japoneses considera-se tanto xintoísta quanto budista e não percebem qualquer contradição nisso.

O xintoísmo concentra-se nas questões referentes a este mundo, na procriação na promoção da fertilidade, na pureza espiritual e no bem- estar físico. O budismo, por outro lado, embora não rejeite o mundo real, sempre deu maior ênfase à salvação e à POSSIBILIDADE DE VIDA APÓS A MORTE – daí ser muitas vezes associada com preocupações humanas sobre moralidade. Por isso a maioria dos japoneses prefere as práticas funerárias budistas.

Nas plantações de arroz, o trabalho em conjunto é vital para uma boa empreitada. Essa cooperação social e a ausência de um individualismo marcante foram características do xintoísmo desde seu começo.

O xintoísmo considera a subordinação uma virtude e prega a LEALDADE ABSOLUTA. Com efeito em muitos aspectos ser japonês é ser xintoísta, não importa que outras religiões a pessoa possa adotar.

Não se sabe ao certo se a cultura Pré-histórica JOMON (11.000 a.C – 300 d.C) já possuía uma religião baseada aos Kami. A cultura Jomon, não conhecia a escrita e eram seminômades, produziam as DOGU, figuras femininas de quadris e seios exagerados que representavam a fertilidade.

Não sabemos se existe qualquer semelhança entre as DOGU e os KAMI. A prática do ritual do arroz xintoísta persiste até os dias de hoje. Com a chegada da cultura YAYOI, uma cultura mais complexa, surge pela primeira vez evidências iconográfica xintoísta.

Intimamente associado ao culto da fertilidade Yayoi são joias chamadas MAGATAMA, os espelhos cerimônias e as ESPADAS SAGRADAS, todos eles desempenham um papel significativo na mitologia xintoísta.

A maioria dos UJIGAMI – divindades tutelares associadas com os primeiros UJIS (Clã) registrados são dessa época (300 a.C à 300 d.C). O Ujigami mais importante foi/é AMATERASU, deusa do Sol.

Em 552 d.C, missionários budistas, chegaram a parte Sul e Oeste do Japão. Muitos cortesãos adoravam a estátua de BUDA como uma manifestação de um poderoso Kami.

Na ERA HEIAN (794 d.C à 1185 d.C) desenvolve-se o Xintoísmo Ryobu ou “Xintoísmo duplo” em que os KAMI do xintoísmo e os BOSATSU (Bodisatvas, um ser iluminado ou futuro Buda) do budismo foram combinados formalmente passando a ser entidades divinas únicas.

Continua.......

Autor: Leandro CHH
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Você quer saber mais?

LITTLETON, Scott.C. Conhecendo o Xintoísmo: origens, crenças, práticas, festivais, espíritos e lugares sagrados. Petrópolis: Editora Vozes, 2010.