terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Templo das Máquinas. PARTE I

Edifício da Exposição Universal de Paris de 1867, construído pelo engenheiro Jean-Baptise Krants e o arquiteto Leopold Hardy.

Em 1867 realizou-se em Paris uma grande exposição das indústrias do século XIX. Ao deslumbrante certamente compareceram os chefes de Estado de quase toda a Europa, os quais se fraternizaram exprimindo, diante das multidões originárias das cinco partes do mundo, os seus propósitos de paz e de concórdia, sob a égide da ciência e do progresso técnico.

Por singular coincidência, a assembléia das máquinas assentava suas tendas no famoso Campo de Marte, logradouro das paradas militares, em passagem, pelo nome, o deus flamejante das batalhas. O momento festivo, porem, não dava conta de tão desagradável augúrio. Tudo era júbilo na planície rasgada à margem do Sena, com silvos de sirenes e o colorido das bandeiras de todas as nações.

O palácio dos mostruários, formava majestosa elipse, dividia-se em sete galerias concêntricas seccionadas por numerosas ruas transversais que iam terminar no gracioso jardim aberto ao centro do edifício. O conjunto arquitetônico assentava num vasto parque semeado de construções menores: mesquitas, pagodes, teatros, quiosques, fontes e estátuas.

Dentro e fora do grandíloquo templo da civilização, ostentavam a glória de seus produtos, 42 mil expositores dos países mais adiantados da Terra.

Tudo o que a ciência e a técnica haviam elaborado em meio século de pesquisas e de esforços, vinha ali estadear-se na emulação do concurso e estímulos da competência.

Você quer saber mais?

SALGADO, Plínio. A Aliança do Sim e do Não. São Paulo: Editora das Américas, 1957.

FALE COM OS CONSTRUTORES

http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=121

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pelos Pampas Ecoa o Canto do Hino Riograndense!

O Hino
I.
Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade


Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
II.
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

Trecho suprimido

Durante o Regime Militar a segunda estrofe foi retirada oficialmente.

Que entre nós, reviva Atenas
para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Música: Comendador Maestro Joaquim José Mendanha
Harmonização: Antônio Corte Real

Você quer saber mais?

http://www.youtube.com/watch?v=1lCGPG1D8_s&NR=

http://www.estado.rs.gov.br/

http://www.35ctg.com.br/

domingo, 11 de setembro de 2011

O MAIOR ATENTANDO TERRORISTA DE TODA HISTÓRIA.CERCA DE 221 MIL PESSOAS MORRERAM EM HIROSHIMA E NAGASAKI.

Explosão da Bomba Atômica em Nagasaki e as torres do World Trade Center em chamas, após o impacto dos aviões.
Atentado ao World Trade Center X Atentado Terrorista as cidades de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos da América: O maior terrorista mundial.
Hiroshima e Nagasaki
(Bombas Atômicas)
World Trade Center
(Colisão de dois aviões)
221 mil mortos instantaneamente e milhares de feridos que morreram posteriormente devido a exposição há radiação residual.
3 mil mortos.
A data de 11 de Setembro, há 7 anos é lembrada como o dia do “maior atentado terrorista da história mundial”. Condenaram-nos a todo ano, assistir as cenas que chocaram o mundo naquela época o que, para mim, não passam de propaganda americana para justificar o TERRORISMO que esse país tem feito com outros povos no Afeganistão, Iraque e, no futuro sabe-se onde mais, talvez Irã, Coréia do Norte, Índia, Colômbia, Bolívia e e quem sabe até mesmo o Brasil .
Enfim, o que sabemos ao certo é que as Torres Gêmeas do World Trade Center foram acertadas por dois aviões e que 3 mil pessoas acabaram morrendo.
O verdadeiro ataque TERRORISTA que matou 220 mil seres humanos em Hiroshima e Nagasaki foi causado pelos Estados Unidos da América.
O maior atentado terrorista da história aconteceu nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, quando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram alvos de duas bombas atômicas matando aproximadamente 220 mil pessoas, isso sem considerar aquelas outras que vieram a morrer mais tarde por culpa da exposição à radiação do local. É só fazer as contas, APROXIMADAMENTE 73 VEZES MAIS PESSOAS MORRERAM NESSAS DUAS CIDADES DO QUE NO “ATENTADO” DE 11 DE SETEMBRO.

O que importa é que esse “ato terrorista” está bem longe de ser o maior atentado terrorista da história da humanidade.
Para tanto procuremos a definição para TERRORISMO NO DICIONÁRIO AURÉLIO. “Trata-se de um Sistema governamental que impõe, por meio de terror, os processos administrativos sem respeito aos direitos e às regalias dos cidadãos. Um ato de violência contra uma pessoa ou toda uma comunidade".
Sendo assim, o MAIOR ATO TERRORISTA DA HISTÓRIA HUMANA FOI LEVADO AOS NOSSOS SEMELHANTES PELOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, uma nação que sempre abusou da propaganda para vender uma imagem de boazinha, defensora da liberdade e justiça. Uma nação que justifica os seus atos imperialistas em outros povos, com o velho e mentiroso discurso de levar a liberdade!
Foto acima:Bombeiros trabalham após a queda das Torres do World Trade Center
Obvio que no caso de Hiroshima e Nagasaki, os EUA e o Japão estavam em guerra, porém nada justifica tirar tantas vidas de inocentes assim de uma vez só. Existem várias versões da história, no meu ponto de vista os EUA aproveitaram a oportunidade de testar

sábado, 3 de setembro de 2011

Do natural ao artificial na obtenção dos hábitos

Um especialista chamado M. Scott Peck, autor do livro A estrada menos percorrida disse que faz parte da natureza humana “ir ao banheiro de calças”. Algo que não é verdade, pois somos treinados para tal é uma habilidade construida aos poucos como todas.

Para uma criança, o treinamento no urinol parece à coisa menos natural do mundo. É tão mais fácil simplesmente fazer tudo nas calças. Mas, com o tempo, essa coisa artificial torna-se natural quando a criança, depois de treinar a autodisciplina, adquire o hábito de usar o vaso sanitário.

Isso vale para qualquer disciplina, seja aprender a usar o vaso sanitário, escovar os dentes, ler e escrever, ou qualquer nova habilidade que nos disciplinamos a aprender. Pensando a respeito disso, disciplina tem como objetivo ensinar-nos a fazer o que não é natural.

Através da disciplina, podemos fazer com que o não natural se torne natural, se torne um hábito. Somos criaturas de hábitos.

Possuímos quatro estágios necessários para adquirir novos hábitos ou habilidades. Eles tanto se aplicam à aprendizagem de bons hábitos como à de maus hábitos, de boas e de más habilidades, de bons e de maus comportamentos. O interessante é que eles se aplicam totalmente ao aprendizado de novas habilidades de liderança.

Estágio Um: Inconsciente e Sem Habilidade

Este é o estágio em que você ignora o comportamento e o hábito. Isto se dá antes de você aprender a usar o vaso sanitário, beber, fumar, esquiar, jogar futebol, ler e escrever.

Estágio Dois: Consciente e Sem Habilidade

Este é o estágio em que você toma consciência de um novo comportamento, mas ainda não desenvolveu a prática. É quando começam a sugerir o vaso sanitário, fumou seu primeiro cigarro, bebeu, esquiou, jogou futebol, leu e escreveu. Tudo é muito desajeitado, antinatural e até assustador. Mas, se você continuar a lidar com isso, irá para o terceiro estágio.

Estágio Três: Consciente e Habilidoso

Este é o estágio em que você está se tornando cada vez mais experiente e se sente confortável com o novo comportamento ou prática. É quando a criança quase sempre consegue se controlar, quando se “saboreia” os cigarros e a bebida, quando consegue esquiar razoavelmente, quando já demonstra alguma habilidade no futebol.

Você está “adquirindo o jeito da coisa” neste estágio. Qual seria a evolução final na aquisição de um novo hábito?

Estágio Quatro: Inconsciente e Habilidoso

Este é o estágio em que você já não tem que pensar. É o estágio em que escovar os dentes e usar o vaso sanitário de manhã é a coisa mais natural do mundo. É o estágio final para o alcoólatra e o fumante , quando estão praticamente esquecidos do seu hábito compulsório. É quando você esquia montanha abaixo como se estivesse caminhando pela rua. Este estágio descreve Pelé no campo de futebol. Muitos jornalistas esportivos “zombavam” dele, dizendo que ele joga como se estivesse “inconsciente”, o que é uma descrição exata do que acontece, muito mais do que eles imaginam. Com certeza, Pelé não tem que pensar em sua forma e estilo, pois isso se tornou natural para ele. Este estágio também serve para os datilógrafos e os pianistas altamente eficientes, que não pensam em seus dedos batendo no teclado. Tornou-se natural para seu comportamento aos hábitos e à sua verdadeira natureza. Estes são líderes que não precisam tentar ser bons líderes, porque são bons líderes. O líder neste estágio não tem que tentar ser uma boa pessoa, pois ele é uma boa pessoa.

A real capacidade de liderança não fala da personalidade do líder, de suas posses ou carisma, mas fala muito de quem ele é como pessoa. Eu achava que liderança era estilo, mas agora sei que liderança é essência, isto é, caráter.

Muitos grandes líderes tiveram diferentes personalidades e estilos muito diversos, e no entanto foram líderes eficientes.

Liderança e amor são questões ligadas ao caráter. Paciência, bondade, humildade, abnegação, respeito, perdão, honestidade, compromisso. Estas são as qualidades construtoras do caráter, são os hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nos tornar líderes de sucesso, que vencem no teste do tempo.

“Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter torna-se nosso destino”

Você quer saber mais?

HUNTER, C. James. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2004.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Crepúsculo da Civilização

Há um sentido de vida, que é novo, e que precisamos decifrar.

Fala-se geralmente num crepúsculo da civilização. Eu prefiro falar num crepúsculo da Humanidade.

Não é uma civilização que está terminando o seu ciclo: é uma Humanidade que está em face de outra Humanidade. Não é um sistema econômico que está isoladamente em jogo: é um senso de vida, de concepção cósmica. Não se trata de rumos políticos, mas de algo mais profundo, de que dependem os rumos políticos.

Temos, diante de nós, problemas morais, culturais, multiplicando-se em problemas pedagógicos, estéticos, jurídicos e administrativos. E todos esses problemas não podem ser tratados segundo a mentalidade das civilizações extintas, mas segundo o sentido de uma época que se desdobra em novos planos e novas finalidades.

Você quer saber mais?

SALGADO, Plínio. A Quarta Humanidade. São Paulo, Ed. Das Américas, 1957.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Treinando o intelecto para decifrar os códigos da inteligência

Em constante treinamento, as Legiões romanas, estavam sempre prontas para o combate.

Tito, o general romano, encarregado de construir o Coliseu, sentia orgulho porque o exército romano era o único que se preparava para a guerra em tempos de paz, que treinava seus soldados durante todo o ano. Era o mais eficiente. Com seu exército, ele conquistou Jerusalém no ano de 70 d.C., levando dezenas de milhares de cativos a Roma. Utilizando da mão de obra dos cativos, o grande general construiu monumentos que até hoje estão de pé.

SPQR é um acrônimo da frase latina Senatus Populusque Romanus. A tradução para o português é "O SENADO E O POVO ROMANO".

O treinamento que antes atingia os exércitos e algumas poucas áreas da sociedade, hoje permeia todos os setores. Estamos na era do treinamento. Treina-se para praticar esportes, andar, dançar calcular, escrever, contar histórias, encenar uma peça. Treina-se para dirigir veículos, pilotar aviões, operar máquinas. Treina-se para falar em público, usar computadores, fazer programas, administrar empresas, executar projetos. Treina-se para tomar vinho, apreciar uma obra de arte, observar a qualidade dos produtos.

Pela constante especialização as Legiões tornaram-se imbatíveis diante dos inimigos de Roma.

Entretanto, quando tudo parecia perfeito na era do treinamento, eis que ao olhar para as mazelas psíquicas e sociais das sociedades modernas constatamos que cometemos um gravíssimo erro histórico. Esquecemos de realizar o mais importante treinamento, o treinamento para decifrar e aplicar os códigos da inteligência. Sem eles não podemos desenvolver nosso imaginário, nossa capacidade de superação das intempéries e nossas potencialidades intelectuais.

Você quer saber mais?

CURY, Augusto. O Código da Inteligência. Rio de Janeiro: Ed. Thomas Nelson Brasil/ Ediouro, 2008.

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Normose


Esse trabalho encontra-se no blogue de minha amiga Smareis, Refletindo com Smareis.

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado.
Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Autora: Martha Medeiros
Imagens: Internet

Você quer saber mais?

http://caminhostropecosevitoria.blogspot.com/2011/07/normose.html#ixzz1Tpo3L9R2

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Burguesia, Burguesia...Gaúcha!

Assim como ocorria com os trabalhadores que no inicio da revolução industrial morriam sob suas máquinas satisfeitos, lembrando que outrora eram escravos, assim está acontecendo nos dias de hoje, com o medo do desemprego, aceitamos condições sub-humanas de trabalho, onde somos usados de todas as maneiras, em função do bem dos acionistas e donos de consultorias de fachada, quando na verdade, deveriam se chamar companhias escravagistas S.A.

Autor: Leandro CHH

Abordando o desenvolvimento da burguesia gaúcha ao longo da República Velha temos por premissa o fato que o país não reproduz, ao industrializar-se, os padrões europeus, o empresariado que decorre desse processo é o agente de uma nova ordem, mas não o seu introdutor; não cabe a ele o nascer do capitalismo no Brasil. Porque a mesma já nasce subordinada a um contexto agrário predominante.

À herança colonial/escravista e à dependência do capital estrangeiro, a burguesia somaria mais um condicionante no seu processo formativo: a ambivalência da mescla de uma tradição senhorial, dos longos anos de predomínio da ordem agrária na sociedade.


Por meio da afirmação classista procuram sua identidade por meio da dominação do capital sobre o trabalho e da viabilização dos interesses do empresariado no interior da sociedade civil. Definindo os pontos de vista e interesses específicos do setor e da sua organização classista. A burguesia industrial busca firmar-se em um contexto agropastoril dentro do qual se desenvolve um setor industrial.


Máquina à vapor.

No Rio Grande do Sul as primeiras fábricas ligadas ao meio de acumulação de capital comercial na área do chamado complexo colonial imigrante. A liderança empresarial, com origens sociais marcadas pela influência imigrante e do capital mercantil, constitui-se basicamente de grupos familiares ligados pelo casamento.


Em relação aos aspectos sociais e políticos buscavam a dominação do capital sobre o trabalho, obtendo o domínio e disciplina do operário na empresa e expropriando o trabalhador do seu “saber” particular.


Quando o Rio Grande do Sul começou a industrializar-se a Europa já exportava máquinas para a América Latina. Este processo de mecanização altera a planta industrial obrigando a criação de métodos de fiscalização do trabalho, a imposição de normas reguladoras das tarefas fabris e o treinamento dos operários para a nova situação.


A maquinaria além de aumentar a produtividade destitui o trabalhador de seu controle sobre o próprio trabalho. Com a mecanização aplicasse técnicas como o taylorismo que difundia-se entre a burguesia gaúcha, que visa racionalizar a produção, aumentar a produtividade, economizar tempo, suprimindo gastos desnecessários e comportamentos supérfluos, aperfeiçoar a divisão social do trabalho e o controle do tempo do trabalhador pela classe dominante.


Mesmo diante dessa pratica desumana os burgueses procuravam fazer propaganda positiva sobre o trabalhador do novo modelo criando no proletariado um “relógio moral interno” que orientaria seu comportamento pelos padrões fabris.


Mas isso não significou que no Rio Grande do Sul o trabalhador abandonou de imediato suas características artesanais, as quais permaneceram por muito tempo antes de progressivamente irem se combinando com o uso das máquinas.


Máquina de costura Wheeler & Wilson.

O pensamento fordista veio completa o taylorista no Rio Grande do Sul com as idéias de que os operários devem ser os seus melhores consumidores.


Periódicos do inicio do século XX divulgam os interesses empresariais, mostrando as fábricas como modernas e higiênicas e o trabalho era harmônico e cordial e os operários referidos como sadios e ordeiros, mas não era o retrato completo da verdade.


Surge a necessidade de pessoal técnico para operar e montar as máquinas que cada vez mais estão atuantes na industria gaúcha. Desencadeando o processo qualificação/desqualificação do operariado. A lógica técnica faz com que ocorra uma divisão entre o trabalho manual e o intelectual, acentuando o controle hierárquico do processo de trabalho.


A industria busca no exterior mão de obra qualificada para os novos maquinários. Esta categoria de empregados atuava como um representante da do chefe da fábrica, investido de uma parcela de autoridade enquanto o operário só executava e produzia mercadorias. Em suma o trabalhador era despojado de seu saber técnico característico do ofício artesanal, fase ao enquadramento ás novas condições. Tornando sua mão de obra mais barata e considerada desqualificada e isso também permitiu a inserção da mão de obra de crianças e mulheres.


O empresariado tenta passar uma visão de ordem reinante nas fábricas, mas o processo de industrialização gaúcho é repleto de greves, tumultos, reivindicações operárias, contradizendo a aparência de tranqüilidade na fábrica.


O discurso nos jornais burgueses sobre as fabricas diverge muito dos boletins divulgados pelos operários onde é descrito um ambiente desumano de vigilância, repressão, salários baixos, acidentes de trabalho e longas horas de trabalho.


Os empresários procuram então um meio de projetar a industria para a vida do operário, reorganizando as estruturas e as relações reais entre os homens e o mundo econômico ou da produção. Buscando estender a ação burguesa além dos muros das fábricas, mascarando ideologicamente a coerção econômica, fazendo com que a empresa e o empregador assumam um papel de conotação paternalista na medida em que as atividades ligadas á educação, assistência social, habitação e lazer são mediadas pela figura do “bom patrão” que como pai, decide, orienta e ampara seus subordinados, regulando as relações capital-trabalho.


Moedor de carne usado na segunda metade do século XIX.

Trata-se, de estender a dominação na vida operária, subtraindo-a às influências do mundo “de fora” da fábrica. Surge a preocupação em manter o operário sob a influência de seus camaradas de fábrica e de educá-los segundo os interesses da fábrica para evitar que sua agitação venha atrapalhar ou modificar a ordem social, o mais seguro era educá-lo e moralizá-los por intermédio da escola, particularmente a profissionalizante. A escola revela-se um importante instrumento de socialização, treinamento e CONTROLE da força de trabalho.


Outra pratica para estabelecer o domínio do capital sobre o trabalho foi a das práticas de assistência social, efetivadas pela empresa, envolvendo a criação de sociedades beneficentes, seguros contra acidentes, caixas de socorros, assistência médica, creches, casas para alugar ou comprar diretamente com o empregador dentre outros “benefícios”. Vale lembrar que eram iniciativas individuais da industria e de cada empresário em sua fábrica e não estava vinculadas a nenhuma legislação trabalhista na época. É necessário, contudo verificar que nada era absolutamente gratuito, ou seja sempre havia retenção de parcela do ordenado do trabalhador para alguns ou todos os benefícios.


Deste modo a burguesia industrial criou no emprego o “seguro” para o empregado e a sua garantia de domínio sobre o mesmo. Porque perde o emprego significava perder a habitação, assim como todos os outros benefícios sociais.


Com o propósito de manter o funcionário ligado a empresa a nova elite burguesa vinda da industrialização, procurava fortificar os laços que unem seus funcionários e a empresa por meio do auxilio aos funcionários, para que os mesmo tenham conforto material e da assistência espiritual e cultural, abdicando mesmo que inconscientemente de maiores realizações pessoais e profissionais.

Você quer saber?

PESAVENTO, Sandra Jatahy. A Burguesia Gaúcha. Porto Alegre: Ed. Mercado Aberto, 1988.

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