terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A escravidão psicológica

Vamos começar esta lição estudando o seguinte texto, retirado do livro “A Revolução da Dialética”:

“A escravidão psicológica destrói a convivência. Depender psicologicamente de alguém é escravidão.
Se nossa maneira de pensar, sentir e obrar depende da maneira de pensar, sentir e obrar daquelas pessoas que convivem conosco, então estamos escravizados.

Constantemente, recebemos cartas de muita gente desejosa de dissolver o eu, porém queixam-se da mulher, dos filhos, do irmão, da família, do marido, do patrão, etc. Essas pessoas exigem condições para dissolver o eu.
Querem comodidades para aniquilar o Ego, reclamam magnífica conduta daqueles que com eles convivem.
O mais gracioso de tudo isto é que essas pobres pessoas buscam as mais variadas evasivas: querem fugir, abandonar o lar, o trabalho, etc. - dizem que - para se realizarem a fundo.

Pobre gente... seus adorados tormentos são seus amos. Naturalmente, essas pessoas não aprenderam a ser livres, sua conduta depende da conduta alheia.

Se quisermos seguir a senda da castidade e aspiramos a que primeiro a mulher seja casta, então estamos fracassados.
Se queremos deixar de ser bêbados, porem nos afligimos quando nos oferecem o copo, por causa daquilo que dirão ou porque a recusa possa incomodar nossos amigos, então jamais deixaremos de ser bêbados.
Se queremos deixar de ser coléricos, irascíveis, iracundos, furiosos, porém como primeira condição exigimos que aqueles que convivem conosco sejam amáveis e serenos e que nada façam que nos irrite, estamos bem fracassados, sim, porque eles não são santos e a qualquer momento acabarão com as nossas boas intenções.

Se queremos dissolver o eu, precisamos ser livres.
Quem depender da conduta alheia não poderá dissolver o eu.
Temos de ter nossa própria conduta e não depender de ninguém.

Nossos pensamentos, sentimentos e ações devem fluir independentemente de dentro para fora.
As piores dificuldades nos oferecem as melhores oportunidades.

No passado, existiram sábios rodeados de todo tipo de comodidade; sem dificuldades de espécie alguma.
Esses sábios querendo aniquilar o eu, tiveram de criar situações difíceis para si mesmos.
Nas situações difíceis, temos oportunidades formidáveis para estudar nossos impulsos internos e externos, nossos pensamentos, sentimentos, ações, nossas reações, volições, etc.

A convivência é um espelho de corpo inteiro onde nos podemos ver tal como somos e não como aparentemente somos.
A convivência é uma maravilha. Se estivermos bem atentos, poderemos descobrir a cada instante nossos defeitos mais secretos. Eles afloram, saltam fora, quando menos esperamos.

Conhecemos muitas pessoas que diziam: Eu não tenho mais ira... e à menor provocação trovejavam e faiscavam.
Outros dizem: Eu não sinto mais ciúmes - porém basta um sorriso do cônjuge a qualquer vizinho ou vizinha para os seus rostos se tornarem verdes de ciúmes.
As pessoas protestam contra as dificuldades que a convivência lhes oferece. Não querem se dar conta de que essas dificuldades, precisamente elas, estão lhe brindando todas as oportunidades necessárias para a dissolução do eu.
A convivência é uma escola formidável. O livro dessa escola tem muitos tomos, o livro dessa escola é o eu.

Necessitamos ser livres de verdade se é que realmente queremos dissolver o eu. Não é livre quem depende da conduta alheia.
Só aquele que se faz livre de verdade sabe o que é o amor. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.
Se somos escravos do pensar, do sentir e do fazer dos demais, nunca saberemos o que é o amor.
O amor nasce em nós quando acabamos com a escravidão psicológica.
Temos de compreender profundamente e em todos os terrenos da mente esse complicado mecanismo da escravidão psicológica.

Existem muitas formas de escravidão psicológica. É necessário estudar-se todas elas se é que realmente queremos dissolver o eu.
Existe escravidão psicológica não só no interno como também no externo. Existe a escravidão íntima, a secreta, a oculta, da qual não suspeitamos sequer remotamente.
O escravo pensa que ama quando na verdade só está temendo. O escravo não sabe o que é o verdadeiro amor.

A mulher que teme a seu marido pensa que o adora quando na verdade só o está temendo.
O marido que teme a sua mulher pensa que a ama quando na realidade o que acontece é que a teme.
Pode ser que tema que se vá com outro, que seu caráter se torne azedo, que o recuse sexualmente, etc.
O trabalhador que teme ao patrão pensa que o ama, que o respeita, que vela por seus interesses, etc.
Nenhum escravo psicológico sabe o que é amor; a escravidão psicológica é incompatível com o amor.

Existem duas espécies de conduta: a primeira é a que vem de fora para dentro e a segunda é a que sai de dentro para fora.
A primeira é o resultado da escravidão psicológica e se origina por reação. Nos pegam e pegamos, nos insultam e respondemos com grosserias.
O segundo tipo de conduta é melhor, é o tipo de conduta daquele que já não é escravo, daquele que nada mais tem que ver com o pensar, o sentir e o fazer dos demais.
Tal tipo de conduta é independente, é conduta reta e justa.
Se nos pegam, respondemos abençoando. Se nos insultam, guardamos silêncio.
Se querem nos embriagar, não bebemos ainda que nossos amigos se aborreçam, etc.

Agora, nossos leitores compreenderão porque a liberdade psicológica traz isso que se chama amor.”


Este texto nos fala sobre algumas dificuldades que nós mesmos colocamos em nosso caminho, e que são um sério obstáculo para a mudança interior:


  • Ter um comportamento que depende da vontade dos outros e não de nossos próprios princípios.
    Ora, se queremos mudar temos que seguir nossos princípios, fazer o que achamos ser o correto.
    Porém é muito comum que algumas pessoas que vivem ao nosso redor e que não estão interessadas em mudar a si mesmas, incomodem-se quando nós deixamos de ser o que éramos, querem que não mudemos também, que continuemos a ser os mesmos de antes, que voltemos a fazer as mesmas coisas.
    A nós, como sempre, nos resta escolher entre as duas conhecidas opções: Ser ou não Ser?

  • Fugir das situações difíceis que ocorrem em nossa vida, e que são importantes para o autoconhecimento e a mudança interior.
    Este provavelmente seja um dos maiores obstáculos para a mudança interior.
    Evidentemente ninguém gosta de passar por situações desagradáveis, no entanto são nestas situações em que descobrimos nossos maiores defeitos, os defeitos que precisamos eliminar com maior urgência para elevarmos nosso nível do Ser.

Se nos habituamos a fugir das situações difíceis seremos sempre escravos psicológicos, e não poderemos provocar em nós mesmos uma verdadeira mudança.
Ante as situações desagradáveis teremos que escolher entre enfrentar a nós mesmos ou simplesmente fugir de nós mesmos.
Mais uma vez existem apenas duas opções: Ser ou não Ser.

Por isso escreveu Nietzsche: “O pior inimigo que você poderá encontrar será sempre você mesmo”.

Você quer saber mais?

http://www.divinaciencia.com/

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Índios Ticunas criam milícias nas tribos, Parte II.

Paramilitares que não confiam no Exército nem na Polícia Federal assumem o controle de uma região isolada do país.

Em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia, drogas, alcoolismo, estupros nas comunidades indígenas. As imagens deprimentes e os problemas sérios das drogas e do álcool levaram os índios a formar sua própria polícia, uma verdadeira milícia paramilitar.

Um índio cantor aparece embriagado, como acontece todos os dias na terra dos tikunas, terra que fica no extremo oeste da Amazônia. Estamos a mais de mil quilômetros de Manaus, em uma região conhecida como Alto Solimões. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e armas.
Às margens estão as aldeias Tikuna. São mais de 20 vilas. É a mais numerosa nação indígena do Brasil. São índios que, próximos dos brancos, adotam práticas perigosas.

Segundo eles, a bebida vem das cidades, mas eles que trazem. Na tribo também é vendida. Isso já foi comprovado várias vezes.

Em um dos locais onde vende bebida dentro da comunidade indígena, a equipe de reportagem do Fantástico bate. Eles não saem, porque sabem que estão errados. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.

Um índio não consegue nem responder. É menor de idade. Muitos deles não encontram o caminho de volta e saem sem equilíbrio, entrando no mato até cair no igarapé.

Em cada comunidade, contingentes de 100, 150 e até 300 milicianos. Todos índios, com treinamento militar. Cada tropa tem o seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Lá ele é comandante.

Repórter: No Exército, você usava arma.
Comandante: Usava arma. Aqui não. Porque aqui é proibido.
Repórter: Quais as armas que vocês usam?
Comandante: Só o cassetete, aqui. Para defender o nosso povo.

Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas que não agrada à comunidade. Como criminalidade, estupro, invasão da terra. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm”, afirma o cacique Odácio Sosana Bastos.

O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades tikunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, explica o antropólogo.

Operação Pantera é o nome da cadeia, com um metro e meio de altura, da polícia indígena, que fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas quebradas, porque os presos ficam chutando pela parte interna.

“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. Quando ele não está alterado, soltamos e deixamos ele para outro dia. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique, chama o pastor, chama o chefe do posto. Fazemos uma reunião, um julgamento. Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém. É que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta”.

Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada.

“Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, indaga o cacique tikuna, Odácio Sosana Bastos.

“Arma de fogo, não. Arma de fogo é proibido, a Legislação não permite. Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte. Isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite” afirma Gisele Dias Bleggi, do Ministério Público.

No flagrante de uma dessas prisões, o índio mais velho foi preso por embriaguez e desacato ao policial. Além de ficarem presos, a tradição de castigos físicos é muito forte.

“Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”.

A tropa de índios é composta tanto por homens quanto por mulheres. Acompanhamos a soldado Saldanha até sua casa. O marido dela também é miliciano. Ela concilia as tarefas de dona de casa com as rondas policiais. Mas tem problema de alcoolismo na própria família.

Repórter: São quantos filhos?
Saldanha: Cinco.
Repórter: Eles passaram a beber também? Seu filhos?
Saldanha: Agora que a polícia está cuidando e ele não sai muito mais, não. Eu choro muito.

Pelo serviço de policiamento, os índios querem receber do Estado. “Queremos que o Governo Federal nos reconheça com salário”, defende o cacique.

“Um salarinho aí para cada policial. Porque todo policial tem filho”, destaca um deles.

“A Polícia Federal não reconhece essa formação de polícia. A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar”, afirma Gustavo Henrique Pivoto João, delegado da Polícia Federal.

Procurada pelo fantástico, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, se manifestou por meio de uma nota. Para a Funai, a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verificada a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais.

“O problema da segurança nessas aldeias, dentro de uma região de fronteira ameaçada por narcotráfico, por corrupção, por muitas coisas dessa ordem”, aponta o antropólogo José Pacheco de Oliveira.

Você quer saber mais?

http://fantastico.globo.com/

Índios Ticunas criam milícias nas tribos.

Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia. Na terra dos tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas

Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas. O Rio Solimões é a principal estrada da região. As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.

Da Redação:EXEMPLO QUE OS INDIOS DE AMAMBAI DEVERIAM COPIAR...

Os tikunas formam a mais numerosa nação indígena do Brasil. A proximidade com os brancos tem feito os índios adotarem práticas perigosas, como o alcoolismo. O índios alegam que a bebida vêm das cidades e são vendidas nas tribos. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.

Muitos jovens e até crianças com idades entre 10, 11 e 12 anos de idade já estão envolvidos com álcool. É possível ver jovens bebendo na porta de casa, sem o menor controle dos pais. Embriagados, muitos perdem o equilíbrio e chegam a cair no igarapé.

Lei dos caciques

Em cada comunidade há um contingente que pode variar de 100 a 300 milicianos. Todos os índios têm treinamento militar e todas as tropas têm seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Na aldeia, ele atua como comandante. “Aqui é meus ‘polícia’. Eles me indicaram para o cargo”, diz.

O tempo que passou no Exército, onde atuava com armas, trouxe a experiência para treinar. “Sim, senhor. Com isso hoje existe a polícia indígena. (...) Sim. Aqui eu não. Porque proíbe. Aqui só cassetete para defender nosso povo”, afirma o índio.

Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas. É como criminalidade, estupro, invasão da terra, invasão da caça de mata ou dos lagos. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm, não tomam a providência. É por causa disso que a polícia indígena foi criada”, afirma o cacique ticuna, Odácio Sosana Bastos.

“Antes de a gente começar o nosso trabalho, havia muitas drogas: cocaína, brilho, heroína, pasta. Tudo entrando pela fronteira. Mas quando a gente começou o trabalho, nós reduzimos em 85% o problema que tinha na comunidade”, garante o cacique.

Nos últimos anos, foram 85 casos de suicídio só em uma aldeia dos tikunas. “Quando consomem, eles chegam em casa com a cabeça já com álcool. O pai conversa com o filho e aconselha. Depois o filho fica revoltado. Aí o filho pega uma corda dessas e consegue se enforcar por causa do alcoolismo”, conta João Inácio Irineu Vitorino, ‘delegado’ da polícia indígena.

O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades ticunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, diz o antropólogo.

Operação Pantera

A cadeia da polícia indígena, com um metro e meio de altura, fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas estão quebradas, porque os presos chutaram a parte interna.

“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique ou chama o pastor. Fazemos uma reunião, um julgamento. Pergunta se a pessoa vai fazer de novo ou não. Aí a pessoa vai dizer que não vai fazer mais. Mas muitos repetem, muitos não cumprem”, conta

“Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém, é que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta com o pessoal aqui quando nós começamos a trabalhar para acabar com esse negócio da bebida.”

Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. “O Ministério Público diz que nós, como índio, não precisamos usar a arma. Por quê? Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, questiona Sosana Bastos.

Ministério Público

A procuradora da República Gisele Dias Bleggi lembra que a legislação não permite o uso de arma de fogo. "O que eles alegam para instituir a polícia indígena é a questão que eles acham que o Estado está sendo muito omisso, o Estado não está dando a proteção que tem que dar para poder garantir a segurança dos membros das próprias comunidades. Arma de fogo, não, arma deles pode. Arma de fogo é proibido, a legislação não permite", diz.

Ela também fala a respeito a aplicação do que chama de "penas cruéis". "Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte - isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite. O Ministério Público não pode virar as costas, mas o Ministério Público não pode apoiar que os indígenas formem uma organização militarizada”, diz a procuradora Gisele.

A tradição de castigos físicos é muito forte. “Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”, diz Santo Mestâncio Alexandre, cacique da comunidade indígena Umariaçu 2.

Os índios querem receber do Estado por este serviço de policiamento. “Queremos que o governo federal nos reconheça com salário e queremos que o Congresso nacional reconheça com leis nossa segurança”, diz.

Polícia Militar

O delegado da Polícia Federal Gustavo Henrique Pivoto João diz que não se pode reconhecer este tipo de formação policial. “A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar. Caso isso venha evoluir para uma situação que eles tenham, por exemplo, armamento, a polícia não concorda. A Polícia Federal não apoia. A Polícia Federal reprime qualquer ação que vá de encontro ao estado democrático de direito, contra os direitos humanos”, afirma.

Para cuidar da área, a polícia conta com três delegados e 34 agentes.

Por meio de nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, diz que a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verifica a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais.

“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Pivoto João.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal e Ano-Novo

Adoração dos Pastores de Gerrit van Honthorst , 1622, Óleo sobre tela, 164 x 190 cm. Museu Wallraf-Richartz.

Uma vez mais nos cabe a honra e a satisfação de vos falar no umbral de um novo Natal e de um Ano Novo, ano este que estamos certos de que será, a exemplo do ano que ora termina, de grande progresso para o nosso Movimento, a despeito, é claro, das vicissitudes inerentes à marcha de qualquer Movimento que afirme o Primado do Espírito em uma época dominada pelo mais avassalador materialismo; que sustente que o Estado, a Economia, o Direito e a Política ajam conforme a Moral e a Ética e sejam transcendidos por elas em um tempo em que tudo está divorciado dos princípios morais e éticos; que encarne o Espírito da Nobreza em uma era que vive sob o signo do Espírito Burguês e que defenda a Tradição em um Mundo governado pelas forças da antitradição.

Desejamos a todos um feliz e santo Natal e um igualmente feliz e santo Ano Novo. E esperamos que vos lembreis, não somente no dia de Natal, mas em todos os dias de vossas vidas a partir de hoje, de Cristo, de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Soberano do Universo, princípio e fim de todas as coisas e Mestre de todos nós.

É por Cristo que nos levantamos neste grande, nobre e belo Movimento em defesa do Brasil Profundo e de suas mais lídimas tradições, sob o lema, elevado como nenhum outro, “Deus, Pátria e Família”. É por Cristo que nos irmanamos em torno da bandeira azul e branca do Sigma, Sigma que é, com efeito, o símbolo pelo qual os primeiros cristãos gregos identificavam SOTEROS, o Salvador, que não é senão, como bem sabeis, o Nosso Senhor Jesus Cristo. É por Cristo, ainda, que pugnamos pelo Solidarismo Cristão, pregando e praticando a Caridade, a Solidariedade, a Harmonia e a Cooperação entre as Pessoas das diferentes classes sociais, bem como a Justiça Social e o fim do iníquo sistema que separou a Economia da Ética e transformou o Trabalho e a Propriedade em simples mercadorias regidas pela lei da oferta e da procura e o Mundo em um vasto mercado governado pelo dinheiro e pelo nefando poder deste e onde os Homens valem por aquilo que têm e não por aquilo que são. É por Cristo, ademais, que queremos instaurar uma Sociedade Orgânica e um Estado movido pela Ética e pela Ética transcendido. É por Cristo, enfim, que nos fazemos soldados, bandeirantes da Tradição e da verdadeira e autêntica Revolução, isto é, da Revolução entendida no mais rigoroso e próprio sentido do termo, isto é, compreendida como uma transmutação integral de valores no sentido de recondução do Homem e da Sociedade ao seu princípio, como reedificação do Homem e da Sociedade autênticos.

Nossa Revolução não é senão a Revolução proposta pelo Servo de Deus Fulton Sheen, isto é, “a verdadeira revolução”, “revolução de dentro para fora”, “revolução que mude os corações”, “revolução semelhante à que descreve o Magnificat, que foi mil vezes mais revolucionário do que o manifesto de Karl Marx, em 1848” [1]. Aliás, o Manifesto do Partido Comunista, de 1848, plágio descarado do Manifesto da democracia no século XIX, de Victor Considérant, nada tem de revolucionário no sentido tradicional do vocábulo, posto que não rompe com as ideias dominantes em seu tempo, tais como o materialismo, o economicismo e o mito do progresso ilimitado do Homem e da Sociedade. Com efeito, o marxismo é, no plano filosófico, um produto da denominada “esquerda hegeliana”; no campo econômico, filho, antes de tudo, do liberalismo inglês de Adam Smith e David Ricardo; no campo político, filho de Rousseau e dos socialistas franceses. Donde a afirmação, reconhecida por diversos marxistas, de que o pensamento de Marx deriva da filosofia alemã, da economia inglesa e da política francesa dominantes em sua época.

Em sua magnífica apresentação à conferência O Rei dos reis, de Plínio Salgado, o historiador e pensador tradicionalista português João Ameal recorda que, “no mais aceso do combate, uma voz poderosa” (a de Plínio Salgado) soara e “um aliado de vulto” (Plínio Salgado) “ocupara, entre nós, o seu posto de primeira linha” e que, ao ser publicada a Vida de Jesus, logo saudara ele “em Plínio Salgado um desses portadores de Verdade que, na hora própria, a Providência suscita”. Pouco adiante afirma o autor de No limiar da Idade-Nova que, na Vida de Jesus, “no fervor e no calor da sua evocação, Plínio Salgado parecia um contemporâneo de Cristo”, e não apenas parecia, mas o era de fato, pois “para ele, como para nós, Cristo está fora e acima do tempo” [2]. Em seguida, evocando a conferência de Plínio Salgado intitulada A aliança do sim e do não, assim aduz o mestre tradicionalista da História de Portugal e de Europa e seus fantasmas:

“’As verdadeiras revoluções’ – escreveu um dia Péguy – ‘consistem essencialmente em mergulharmos nas inesgotáveis fontes da vida interior. Não são os homens superficiais que podem pôr em marcha tais revoluções – mas os homens capazes de ver e de falar em profundidade’. Porque Plínio Salgado é desses homens capazes de ver e de falar em profundidade, porque não se queda nas aparências transitórias e vai direto ao essencial (só o essencial, aliás, o interessa) – respirava-se, à saída da sua conferência, por entre a banal algazarra da noite citadina, uma atmosfera que se poderia chamar, de fato, revolucionária, no sentido mais exato do termo revolução, que significava volta ao ponto de partida. Exortara-nos o orador a voltar ao ponto de partida, ao Senhor e Criador que está na origem de tudo e a quem devemos regressar com humilde e incondicional adesão se queremos merecer que nos ensine o Caminho, a Verdade e a Vida.

“Revolução prodigiosa. Revolução decisiva – a única decisiva! Como poderemos deixar de ser gratos ao grande camarada de armas que veio dar-lhe tão considerável impulso?” [3].

Estamos certos de que os elogios de Ameal a Plínio Salgado – que, aliás, estão presentes em outros trabalhos de sua lavra, a exemplo da conferência São Tomás e a Idade Nova [4] e do livro A Verdade é só uma [5] – chocarão muitos pseudo-tradicionalistas e mesmo alguns tradicionalistas sinceros, que, jamais havendo lido a obra de Plínio Salgado, a julgam ser praticamente o contrário daquilo que realmente é. Com efeito, Plínio Salgado, defensor do Syllabus e adversário do modernismo religioso [6], é um verdadeiro bandeirante da Fé e da Tradição, como foi amplamente reconhecido por grandes pensadores tradicionalistas e autoridades da Igreja d’aquém e d’além mar, de Hipólito Raposo a D. Manuel Gonçalves Cerejeira, Cardeal-Patriarca de Lisboa, de Fernando de Aguiar ao Padre Leonel Franca, de Alberto de Monsaraz ao Padre Moreira das Neves, do próprio João Ameal a D. Manuel Trindade Salgueiro, que entregou sua alma a Deus no cargo de Arcebispo de Évora, de Francisco Elías de Tejada ao Padre Domenico Mondrone...

Feito este breve parêntese, voltemos a tratar da verdadeira Revolução. Esta tem como objetivo a restauração do Homem e da Sociedade em Cristo e, por conseguinte, a restauração da Civilização Cristã e da realeza de Cristo. Assim, fazemos nossas as palavras de Plínio Salgado, quando este nobre Homem de pensamento e de ação, o primeiro, na opinião de Francisco Elías de Tejada, a efetivamente compreender a Tradição Brasileira [7], afirma, no encerramento de sua conferência Primeiro, Cristo!:

“Seja, pois, a exaltação da realeza de Cristo, o coroamento destas palavras. Eu a proclamo, do fundo da minha pequenez, com o ardor de um soldado. E como soldado vos convido ó homens do meu tempo, a aclamarmos o Cristo-Rei, por cujo Reino devemos ir à luta, uma luta diferente, porque não seremos portadores de morte, mas de vida; nem de aflições, mas de consolações, nem de crueza, mas de bondade” [8].

Do mesmo modo, afirmamos, também com o egrégio autor de A Tua Cruz, Senhor, que “a ordem humana só pode repousar na ordem divina” [9], cujos fundamentos “estão na Doutrina Revelada” [10] e que “as soluções para todos os problemas econômicos e políticos, morais e estéticos, derivam, luminosas e puras, dos Evangelhos” [11]. E, já nos havendo nos estendido por demais, finalizamos, ainda com palavras do Mestre da Vida de Jesus e de Psicologia da Revolução:

“Um filósofo francês [Charles Maurras] (...) lançou um slogan famoso: ‘politique d’abord’. Eis que chegado é o momento em que nós, católicos, devemos lançar outro, mais avançado e corajoso, dizendo: ‘Christ d’abord’. Sim; Jesus antes de tudo: o mais virá por acréscimo” [12].

Por Cristo e pelo Brasil!

Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira. São Paulo do Campo de Piratininga, 19 de dezembro de 2010.

Notas:

[1] SHEEN, Fulton J. Filosofias em luta. Trad. De Cypriano Amoroso Costa. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1946, p. 18.

[2] AMEAL, João. Apresentação. In SALGADO, Plínio. O Rei dos Reis. 5ª ed. (em verdade 6ª). In Idem. Primeiro Cristo!. 4ª ed. (em verdade 5ª). São Paulo/Brasília: Editora Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1979, p. 93.

[3] Idem, p. 94.

[4] Idem. São Tomás e a Idade Nova. In Idem. São Tomás de Aquino: iniciação ao estudo de sua figura e de sua obra. 3ª ed., rev. e acresc. com novos apêndices e um quadro biobliográfico. Porto: Livraria Tavares Martins, 1947, pp. 512-513.

[5] Idem. A Verdade é só uma.Porto: Livraria Tavares Martins, 1960, pp. 41-53.

[6] As críticas de Plínio Salgado ao modernismo religioso e sua defesa do Syllabus põem ser encontradas na obra A aliança do sim e do não (SALGADO, Plínio. A aliança do sim e do não. 4ª ed. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 6º. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 7-105) e em Pio IX e seu tempo (Idem. Pio IX e seu tempo (Prefácio à obra de Villefranche – Pio IX – publicada em 1948 pela Cia. Editora Panorama – S. Paulo). In Idem. Obras Completas. 2ª ed., vol. 11. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 359-477).

[7] TEJADA, Francisco Elías de. Plínio Salgado na Tradição do Brasil. Trad. De Gerardo Dantas Barreto. In VÁRIOS. Plínio Salgado, “in memoriam” (volume II – autores estrangeiros). São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, p. 70.

[8] SALGADO, Plínio. Primeiro, Cristo!. 4ª ed. (em verdade 5ª). São Paulo/Brasília: Editora Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1979, pp. 26-27.

[9] Idem. O dia do Papa. In Idem. Primeiro, Cristo!, cit., p. 57.

[10] Idem, p. 65.

[11] Idem. Princípios cristãos para o estudo da Sociologia. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 19. São Paulo: Editora das Américas, 1957, p. 349.

[12] Idem. Primeiro, Cristo!, cit., pp. 16-17.

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http://cristianismopatriotismoenacionalismo.blogspot.com/

Federação Luterana Mundial - Genebra/Suíça

Lutheran World Federation (Federação Luterana Mundial)

A Federação Luterana Mundial (FLM) é uma comunhão global de igrejas cristãs oriundas da tradição luterana. Fundada em 1947, em Lund, Suécia, a FLM conta hoje com 140 igrejas-membro de 78 países representando cerca de 66,7 milhões de cristãos.

A FLM confessa as Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos como sendo a única fonte e norma de sua doutrina, vida e serviço. A FLM vê, nos três Credos Ecumênicos e nas Confissões da Igreja Luterana, especialmente na Confissão de Augsburgo e no Catecismo Menor de Martin Lutero, a pura exposição da Palavra de Deus.


O pão nosso de cada dia


As igrejas-membro da FLM confessam a Deus Trino, estão em acordo com a proclamação da Palavra de Deus e estão unidas em comunhão de púlpito e altar. A FLM confessa a única, santa, católica e apostólica Igreja e está decidida a servir à unidade Cristã ao redor do mundo. Ela age em nome de suas igrejas-membro em áreas de interesse comum, como comunicação, relações ecumênicas e inter-religiosas, questões ligadas aos Direitos Humanos, assistência humanitária, teologia e demais aspectos ligados à missão ao desenvolvimento.

A mais alta instância decisória da FLM é a Assembléia, que reúne-se a cada seis anos. Entre uma Assembléia e outra, a FLM é governada pelo seu Conselho, que reúne-se entre cada 12 e 18 meses, e pelo seu Comitê Executivo, que também funciona como diretoria e comitê de pessoal da Federação. O Conselho da FLM compreende o Presidente, o tesoureiro e 48 membros eleitos pela última Assembléia.

A Secretaria Geral da FLM está localizada nas dependências do Centro Ecumênico, em Genebra, Suíça, o que possibilita uma cooperação próxima com o Conselho Mundial de Igrejas e outras comunhões cristãs mundiais, assim como com organizações internacionais seculares.

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O Mito do Papai Noel Versus A Realidade de Jesus Cristo

Consumismo capitalista versus Espiritualidade Cristã.

A figura simpática do “bom velhinho”, mais conhecido por Papai Noel, estará novamente diante dos nossos olhos nos dias de dezembro. Promovida por um marketing poderosíssimo, continua sendo um artifício de peso nas mãos do comércio ávido por grandes lucros nas suas vendas.

Dezembro, todavia, também oferece oportunidade para a igreja cristã colocar diante dos olhos das pessoas uma outra figura. Ao contrário do Papai Noel, não existe só no imaginário das crianças. Mas a igreja cristã parece se acomodar timidamente na sua incapacidade de competir com o marketing do Noel. Por isso, ela geralmente se recolhe e, quando muito, promove a outra figura apenas dentro de suas paredes, numa espécie de comemoração do verdadeiro Natal só para consumo interno.

E então... Jesus perde para o Papai Noel? Qual os benefícios trazidos por Jesus? São inferiores aos presentes ditos vir por meio do “bom velhinho”? A igreja cristã começa a sair de sua tímida acomodação quando ela de novo presta atenção às palavras do anjo a José, tranqüilizando aquele homem piedoso a respeito da inesperada gravidez de Maria. Ao filho gerado pelo Espírito Santo, José deveria pôr o nome de Jesus, “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).
O presente trazido por Jesus e o presente, quando vem, trazido pelo Papai Noel... Qual deles vale mais para nós, para nossos filhos e nossos amigos? Jesus salvará o seu povo dos pecados deles; é pouca coisa? Sim, qual o valor desse presente para você? Veja bem o seguinte: ele chega a você para salvar você dos seus pecados! Não, amigo, não é pouca coisa, pois o pecado também não é pouca coisa. Se você teme sofrer por causa de uma doença terrível, tipo câncer, tema muito mais sofrer por causa do pecado. Por causa dele, você está condenado a viver e morrer debaixo da ira de Deus. Sua vida acabará no inferno, num sofrimento eterno indescritível e inimaginável.
A chegada do Natal coloca diante dos seus olhos a pessoa de Jesus. Isso acontece para que o coração acolha com fé aquele que está diante dos olhos. É presente de Deus para você. Deus quer vê-lo debaixo do seu amor, do seu perdão, da sua misericórdia, para que sua vida acabe no céu, numa felicidade eterna indescritível e inimaginável.

Jesus ganha de goleada do Papai Noel. É vitória para se comemorar com muito barulho. A igreja cristã precisa fazer barulho por causa do presente de Natal que Deus dá para a humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Comece fazendo barulho dentro de sua família para que seus filhos cresçam sabendo que há um presente de Natal muito mais valioso do que qualquer outro. O encanto dos presentes de Natal acaba em pouco tempo; o encanto do PRESENTE de Natal permanece para sempre, pois Jesus, por causa da misericórdia de Deus por nós, nos salvará dos nossos pecados. Não compreendo a razão de tanto amor por mim, contudo estou encantado diante do presente que recebo do meu Senhor. Obrigado, Senhor!

Alegre-se com o presente de Deus no próximo Natal e agradeça por ele ao Senhor. Não pare por aí, todavia. Alegre também outros corações por meio do seu testemunho. Não é tão difícil fazer isso, basta perguntar para alguém: você sabe o que significa o nome Jesus? Pois quer dizer “ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Pronto... Está aberta a porta para você colocar o presente de Deus diante de uma pessoa.

Paulo Moisés Nerbas, Pastor, presidente da IELB

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Federação Luterana Mundial tem novo presidente

Bispo Munib Younan, da Igreja Evangélica Luterana na Jordânia e na Terra Santa, eleito Presidente da FLM.

O palestiniano Munib Younan, chefe da Igreja Evangélica Luterana da Jordânia e Terra Santa, é o novo Presidente da Federação Luterana Mundial. A eleição aconteceu em 31 de julho deste ano, em Stutegard, na Alemanha, onde decorreu a respectiva Assembleia, o mais alto organismo de decisão da Igreja Luterana.

Munib Younan sucede a Mark Hanson, da Igreja Evangélica Luterana da América, que ocupava o cargo desde 2003. O novo presidente foi eleito com a maioria dos votos(300 a favor e 24 contra). Tema desta XI Assembléia geral era "O pão nosso de cada dia nos dai hoje", visando encontrar respostas proféticas para as injustiças que ameaçam profundamente a vida.

Munib Younan faz parte do Comitê Cristão Internacional para Jerusalém, juntamente com os três patriarcas de Jerusalém e outros nove bispos.

Ao tomar conhecimento da eleição, o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, enviou ao neo-eleito uma mensagem de felicitações, assegurando-lhe "fervorosas orações para que o Senhor Jesus Cristo, Filho desta Terra Abençoada, esteja sempre consigo, para o bem desta terra, para a unidade dos cristãos, para o diálogo entre as religiões e para a causa do povo palestiniano".

A Federação Luterana Mundial, fundada em 1947, abrange 70 milhões de fiéis luteranos, correspondendo a 145 Igrejas, distribuídas por 79 países.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Quem foi São Nicolau?

Impressão de Selos Susan, Centro de São Nicolau, Holanda, EUA Michigan Cópia bonita mostrando St. Nicholas pronto para os feriados;

A verdadeira história do Papai Noel começa com Nicolau, que nasceu durante o século III na vila de Patara. Na época a área era grego e agora está na costa sul da Turquia. Seus pais ricos, que educou para ser um cristão devoto, morreram em uma epidemia, enquanto Nicholas ainda era jovem. Obedecendo as palavras de Jesus: "vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres", Nicolau usou sua herança inteira para ajudar os necessitados, os enfermos e os que sofrem. Ele dedicou sua vida a servir a Deus e foi feito Bispo de Myra enquanto ainda era jovem. Bispo Nicolau tornou-se conhecido em todo o terreno para a sua generosidade para com os necessitados, seu amor pelas crianças, e sua preocupação para marinheiros e navios.

Sob o imperador romano Diocleciano, Que implacavelmente perseguido os cristãos, o bispo Nicolau sofreu por sua fé, foi exilado e preso. As prisões foram tão cheio de bispos, sacerdotes e diáconos, não havia espaço para os verdadeiros criminosos, assassinos, ladrões e assaltantes. Após sua liberação, Nicolau participou do Concílio de Nicéia em 325 dC. Ele morreu 06 de dezembro, em 343 dC Myra e foi enterrado em sua igreja catedral, onde um único relíquia, Chamado maná, Formado em sua sepultura. Esta substância líquida, que dizem ter poderes de cura, incentivou o crescimento da devoção a Nicholas. O aniversário de sua morte se tornou um dia de celebração, Dia de São Nicolau, 06 de dezembro (19 de dezembro no calendário juliano).

Através dos séculos, muitas histórias e lendas foram informados da vida de São Nicolau e ações. Estes relatos nos ajudam a entender o seu caráter extraordinário e por isso ele é tão amado e venerado como protetor e ajudante de quem precisa.

St Nicholas in prison
São Nicolau em prisão
Artista: Elisabeth Jvanovsky
St Nicholas giving gold to father
São Nicolau dar dote de ouro
Artista: Elisabeth Jvanovsky

Uma história fala de um homem pobre com três filhas. Naqueles dias, o pai de uma jovem mulher teve de oferecer algo de valor futuros maridos-a dote. Quanto maior o dote, melhor a chance de que uma jovem mulher iria encontrar um bom marido. Sem um dote, uma mulher era improvável de se casar. filhas Este homem pobre, sem dote, eram, portanto, destinado a ser vendido como escravo. Misteriosamente, em três ocasiões diferentes, um saco de ouro apareceu em sua casa, fornecendo os dotes necessários. Os sacos de ouro, jogada por uma janela aberta, se teria desembarcado em meias ou sapatos à esquerda antes do fogo para secar. Isso levou ao costume das crianças penduradas meias ou sapatos de colocar para fora, esperando ansiosamente presentes de São Nicolau. Às vezes, a história é contada com bolas de ouro em vez de sacos de ouro. É por isso que três bolas de ouro, às vezes representado como laranjas, são um dos símbolos de São Nicolau. E assim, São Nicolau é um dom-donatário.

Uma das mais antigas histórias de São Nicolau mostrando como um protetor das crianças é feita muito tempo após sua morte. Os habitantes da cidade de Myra estavam comemorando o bom santo na véspera de seu dia de festa quando um grupo de piratas árabes a partir de Creta veio ao distrito. Eles roubaram os tesouros da Igreja de São Nicolau para tirar como espólio. Quando estavam saindo da cidade, que arrebatou um jovem rapaz, Basilios, para transformar em um escravo. O emir, ou governante, Basilios selecionado para ser seu copeiro pessoal, como não saber a língua, Basilios não entender o que o rei disse aos que o rodeavam. Assim, para o próximo ano Basilios esperou o rei, trazendo seu vinho em uma bela taça de ouro. Para os pais Basilios, devastada pela perda de seu único filho, o ano passou lentamente, com tristeza. Como o próximo St. Nicholas 'dia de festa se aproximava, Basilios a mãe não iria participar da festa, como era hoje um dia de tragédia. No entanto, ela foi convencida a ter um respeito simples em casa com a oração silenciosa para a custódia Basilios. Entretanto, como Basilios estava cumprindo suas funções de servir o emir, de repente ele foi levado para cima e para fora. São Nicolau apareceu com o menino apavorado, abençoou-o, colocou-as em sua casa de volta em Myra. Imagine a alegria e admiração, quando Basilios surpreendentemente apareceu diante de seus pais, ainda segurando a taça de ouro do rei. Esta é a primeira história contada de São Nicolau proteger as crianças, que se tornou seu principal papel no Ocidente.

St Nicholas rescuing boys
São Nicolau resgatar crianças assassinadas
Artista: Elisabeth Jvanovsky
St Nicholas saving ship
oração de São Nicolau mar acalmar
Artista: Elisabeth Jvanovsky

Outra história fala de três estudantes de teologia, viajando em sua forma de estudar em Atenas. Um taberneiro mau roubou e assassinou-os, escondendo seus restos em uma cuba de decapagem grande. Aconteceu que o bispo Nicolau, percorrendo o mesmo caminho, parou nesta pousada muito. Na noite em que ele sonhava com o crime, levantou-se e chamou o dono da pousada. Como Nicholas orou fervorosamente a Deus, os três rapazes foram restaurados à vida e à integridade. Em França, a história é contada de três filhos pequenos, vagando em suas brincadeiras, até a perda, atraídas e capturadas por um açougueiro mal. São Nicolau aparece e apela a Deus para devolvê-los à vida e às suas famílias. E assim, São Nicolau é o patrono e protetor das crianças.

St Nicholas famine relief
São Nicolau fornecendo alimento durante a fome
Artista: Elisabeth Jvanovsky
St Nicholas stopping execution
St. Nicholas salvar inocentes
Artista: Elisabeth Jvanovsky

Diversas histórias falam de Nicholas e do mar. Quando era jovem, Nicholas procurou a santa fazendo uma peregrinação para a Terra Santa. Não há como ele andou por onde Jesus andou, ele procurou mais profundamente a experiência de vida de Jesus, da paixão e ressurreição. Voltando por via marítima, uma forte tempestade ameaçava destruir o navio. Nicholas calmamente orou. Os marinheiros apavorados foram surpreendidos quando o vento e as ondas de repente se acalmou, poupando-os todos. E assim, São Nicolau é o padroeiro dos marinheiros e viajantes.

Outras histórias falam de Nicholas salvar seu povo da fome, poupando as vidas daqueles que inocentemente acusados, e muito mais. Ele fez muitos tipos e atos generosos em segredo, sem esperar nada em troca. Dentro de um século de sua morte, foi celebrada como uma santo. Hoje ele é venerada no Oriente como milagreiro milagre, ou como no Ocidente como patrono de uma grande variedade de pessoas, crianças, marinheiros, banqueiros, corretores-peão, acadêmicos, órfãos, trabalhadores, viajantes, comerciantes, juízes, miseráveis, donzelas casadoiras, os alunos , crianças, marinheiros, vítimas de erros judiciais, cativos, perfumistas, mesmo ladrões e assassinos! Ele é conhecido como o amigo e protetor de todos os problemas ou necessidade (veja lista).

St Nicholas blessing ships
bênção St. Nicholas navios
Artista: Elisabeth Jvanovsky
Saint Nicholas statue in niche
São Nicolau
Artista: Elisabeth Jvanovsky

Marinheiros, alegando São Nicolau como patrono, trazem histórias de seus favores ea sua protecção em toda parte. capelas de São Nicolau foram construídas em muitos portos. Como sua popularidade espalhou durante a Idade Média, tornou-se o padroeiro de Apúlia (Itália), Sicília, Grécia e Lorena (França), e muitas cidades na Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Rússia, Bélgica e Países Baixos (ver lista). Depois de seu batismo, em Constantinopla, Vladimir I da Rússia trouxeram histórias de São Nicolau e devoção a São Nicolau para sua terra natal, onde Nicolau se tornou o santo mais querido. Nicholas era tão reverenciado que mais de 2.000 igrejas foram nomeados por ele, incluindo três centenas na Bélgica, trinta e quatro anos em Roma, 23 na Holanda e mais de quatrocentos na Inglaterra.

St Nicholas with the angels
a morte de São Nicolau
Artista: Elisabeth Jvanovsky
St Nicholas bringing gifts
São Nicolau trazer presentes
Artista: Elisabeth Jvanovsky

tumba de Nicholas em Myra tornou um lugar popular de peregrinação. Por causa das muitas guerras e ataques na região, alguns cristãos estavam preocupados que o acesso ao túmulo pode se tornar difícil. Para ambas as vantagens religioso e comercial de um local importante de peregrinação, as cidades italianas de Veneza e Bari competiam para obter o Nicholas relíquias. Na primavera de 1087, marinheiros de Bari conseguiu spiriting fora os ossos, levando-os para Bari, um porto na costa sudeste da Itália. Um imponente igreja foi construída sobre São Nicolau cripta e muitos fiéis viajaram para homenagear o santo que havia resgatado as crianças, prisioneiros, marinheiros, vítimas da fome, e muitos outros com a sua compaixão, generosidade, e os inúmeros milagres atribuídos à sua intercessão. O Nicholas santuário em Bari foi um dos grandes centros de peregrinação da Europa medieval e Nicolau ficou conhecido como "Santo de Bari." Para este dia peregrinos e turistas visitam Bari é grande Basílica di San Nicola.

Através dos séculos, São Nicolau continuou a ser venerada pelos católicos e ortodoxos, e honrado pelos protestantes. Pelo seu exemplo de generosidade para com os necessitados, especialmente crianças, São Nicolau continua a ser um modelo para a vida de compaixão.

Children with St. Nicholas cookies
São Nicolau Comemorar
Artista: Elisabeth Jvanovsky
Children with St. Nicholas cookies
São Nicolau Comemorar
Artista: Elisabeth Jvanovsky

Amplamente celebrado na Europa, dia da festa de São Nicolau, 06 de dezembro, manteve viva as histórias de sua bondade e generosidade. Na Alemanha e na Polónia, os garotos vestidos como bispos pediram esmola para os pobres e, às vezes por si! Na Holanda e na Bélgica, São Nicolau chegou em um navio a vapor a partir de Espanha para montar um cavalo branco em seu dom de dar voltas. 06 de dezembro ainda é o principal dia para presentear e folia em grande parte da Europa. Por exemplo, na Holanda St. Nicholas é comemorado no dia 5, véspera do dia, por balas de partilha (jogado na porta), letras iniciais de chocolate, pequenos presentes, e enigmas. As crianças holandesas deixam cenouras e feno em seus sapatos para o cavalo do santo, na esperança de St. Nicholas vai trocá-los por brindes. presente simples que dá no início Advento ajuda a preservar um Natal foco no Dia da Criança Cristo.

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A versão estadunidense da figura do Papai Noel

Ao contrário do que muitos pensam, a famosa imagem do Papai Noel, não foi criada pela Cola-Cola e sim por Thomas Nast. O desenho teve uma ilustração inicial em 1863 intitulada ” A Licença de Natal”. A popularidade da imagem que o levou a criar uma outra ilustração em 1881, chamada de “Merry Old Santa Claus”. A imagem foi publicada em uma edição da Harper’s Weekly, tornando-se assim o velhinho gordo conhecido nos dias atuais.

Thomas Nast foi um caricaturista e cartunista editorial, também é considerado o “Pai do Cartoon americano” ou “Príncipe dos Caricaturistas”.

American Origins: (Como enviado a mim por Brian Dodd) Citação do Encarte 95.

A versão americana da figura do Papai Noel recebeu a sua inspiração e seu nome da lenda holandesa Sinter Klaas, trazida por colonos a Nova York no século 17.

Já em 1773 o nome apareceu na imprensa americana como "St. A Claus", mas foi o autor popular de Washington Irving que deu aos americanos, os primeiros detalhes sobre a versão holandesa de São Nicolau. Na sua História de Nova Iorque, publicado em 1809 sob o pseudônimo de Diedrich Knickerbocker, Irving descreveu a chegada do santo a cavalo (sem ser acompanhado por Black Peter) cada véspera de São Nicolau.

Este holandês-americano Saint Nick conseguiu sua plena forma americanizada em 1823, no poema Uma visita de São Nicolau, mais conhecido como The Night Before Christmas pelo escritor Clement Clarke Moore. Moore incluiu detalhes como os nomes das renas, o riso de Papai Noel, winks, e acena, eo método pelo qual São Nicolau, conhecido como um elfo, retorna até a chaminé. (Frase de Moore ", estabelece o dedo lado de seu nariz", foi extraído diretamente a partir da descrição de Irving 1809.)

nast 1881A imagem americana do Papai Noel foi mais elaborada pelo ilustrador Thomas Nast, que desenhou um rotundo Santa por questões de Natal da revista Harper's entre 1860 e 1880. Nast acrescentou detalhes, tais como a oficina do Papai Noel no Pólo Norte e de Santa lista dos maus e bons filhos do mundo. A dimensão humana versão do Papai Noel, em vez de o elfo do poema de Moore, foi retratada em uma série de ilustrações para propagandas da Coca-Cola introduzido em 1931, que introduziu e fez o vermelho Santa Ternos um ícone. Nas versões modernas da lenda do Papai Noel, só os trabalhadores da loja de brinquedos, são os seus elfos. Rudolph, a rena nono, com um nariz vermelho e brilhante, foi inventado em 1939 por um escritor de publicidade para a Montgomery Ward Company.

Ao olhar para as raízes históricas de Santa Claus, é preciso ir muito fundo no passado. Aquele que descobre que Papai Noel como o conhecemos é uma combinação de várias lendas diferentes e criaturas míticas.

A base para a era cristã, o Papai Noel é o bispo Nicholas de Esmirna (Izmir), no que hoje é a Turquia. Nicholas viveu no século 4 dC Ele era muito rico, generoso e amoroso para com as crianças. Muitas vezes ele deu alegria às crianças pobres, atirando presentes através de suas janelas.

PictureA Igreja Ortodoxa São Nicolau levantado mais tarde, milagreiro, a uma posição de grande estima. Foi em sua homenagem que a igreja mais antiga da Rússia, por exemplo, foi construída. Por seu lado, a Igreja Católica Romana Nicholas homenageado como um dos que ajudaram as crianças e os pobres. São Nicolau se tornou o santo padroeiro das crianças e dos marinheiros. Seu nome é dia 06 de dezembro.

PictureEm áreas protestantes da Alemanha central e norte, St. Nicholas ficou conhecido como der Weinachtsmann. Na Inglaterra, ele chegou a ser chamado de Pai Natal. São Nicolau fez o seu caminho para os Estados Unidos com os imigrantes holandeses, e começou a ser conhecido como Santa Claus.

PictureNo norte da poesia norte-americana e ilustrações, Papai Noel, com sua barba branca, jaqueta vermelha e boné pompom no topo, seria sally adiante na noite antes do Natal no seu trenó, puxado por oito renas, e descer chaminés para deixar os seus presentes nas meias crianças estabelecidos na chaminé da lareira.

As crianças, naturalmente, queria saber onde o Papai Noel realmente veio. Onde ele vive, quando ele não estava entregando presentes? Essas questões deram origem à lenda que o Papai Noel vivia no Pólo Norte, onde sua oficina Presente de Natal também foi localizado.

Em 1925, uma vez que as renas pastando não seria possível no Pólo Norte, os jornais revelaram que Santa Claus de fato viveu na Lapónia finlandesa. "Tio Markus", Markus Rautio, que comparou o popular "hora infantil" na rádio pública finlandesa, revelou o grande segredo, pela primeira vez em 1927: o Papai Noel vive na Lapônia é Korvatunturi - "Orelha Fell"

A queda, que está situado na fronteira oriental da Finlândia, pouco se assemelha a uma lebre ouvidos - que são ouvidos no fato de Papai Noel, com a qual ele escuta para saber se as crianças do mundo estão a ser agradável. Papai Noel tem o apoio de um grupo agitado de elfos, que têm muito a história de sua própria lenda Scandinanvian.

Picture: Ear FellAo longo dos séculos, os costumes de diferentes partes do hemisfério norte, assim, se uniram e criaram o mundo inteiro é o Papai Noel - a idade, nem tempo, o homem de barbas brancas e vermelhas imortal mesmo naipe que distribui presentes nos retornos de Natal e sempre Korvatunturi na Lapónia finlandesa .

Picture: North American SantaDesde 1950, Papai Noel tem felizmente peregrinou na Napapiiri, perto de Rovaniemi, em outras vezes que o Natal, para atender as crianças e os jovens no coração. Em 1985 as suas visitas à Napapiiri havia se tornado tão comum que ele estabeleceu seu próprio Papai Noel Office lá. Ele vem lá todos os dias do ano, para ouvir o que os filhos querem para o Natal e para conversar com as crianças que chegaram de todo o mundo. Aldeia do Papai Noel também é o local principal do Papai Noel dos Correios, que recebe cartas de crianças dos quatro cantos do mundo.

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Arqueólogos encontram pedras sagradas dos incas no Peru.

As pedras cônicas já haviam sido descritas por cronistas

Mônica Vasconcelos
Da BBC Brasil em Londres

Arqueólogos do Peru e da Grã-Bretanha encontraram um conjunto de pedras incas que, segundo eles, podem revelar à humanidade o segredo do poderio da civilização que dominou parte da América do Sul entre os séculos 15 e 16.

Fazendo escavações no topo de uma montanha onde os incas realizavam rituais sagrados, os especialistas encontraram as três pedras ancestrais, objetos sagrados que, na crença inca, representavam a conexão entre o mundo dos ancestrais e o Sol.

Nenhum exemplar das pedras - descritas por cronistas espanhóis que chegaram à América no período das grandes navegações e vistas em desenhos feitos no período - havia sido encontrado antes.

Elas têm 35 cm de altura, formato cônico e são relativamente pesadas, precisando ser carregadas com ambas as mãos.

A equipe de arqueólogos incluiu cientistas da Universidade Nacional de Huamanga, no Peru, do Museu Britânico e das Universidades de Reading e de Londres, na Grã-Bretanha.

"Acreditamos que essas pedras, e as plataformas onde foram encontradas, guardam o segredo do poderio inca"", disse o especialista do Museu Britânico Colin McEwan à BBC Brasil.

Relatos Históricos

Os cientistas trabalhava há duas semanas a altitudes de entre 3,6 mil metros e 5 mil metros quando as pedras foram localizadas.

"Estou falando de arqueologia radical, era difícil trabalhar e até mesmo respirar lá em cima", disse McEwan.

Os incas acreditavam que seus ancestrais, os fundadores da civilização, haviam sido convertidos permanentemente em pedras.

Após a chegada dos colonizadores espanhóis, cronistas descreveram, em seus relatos históricos, importantes eventos públicos na praça central da capital do Império Inca, Cuzco.

Nessas ocasiões, o rei inca ficava sentado em uma plataforma elevada, de onde observava as celebrações.

Oferendas líquidas de chicha (uma bebida fermentada feita com milho) eram feitas por meio de uma abertura vertical feita na plataforma.

Quando o rei não estava presente, uma pedra sagrada era colocada no assento onde ele deveria estar sentado para representar o poder da dinastia inca.

Deuses da Montanha

"A capital inca, situada entre altitudes de 2,5 mil e 3,6 mil metros, era bastante alta", disse McEwan. "Mas a expansão do império inca implicou na conquista de altitudes ainda maiores, onde viviam as lhamas e alpacas, entre 3,6 mil metros e 5 mil metros".

Fonte de alimento e de lã para tecelagem, além de importante meio de transporte, grandes rebanhos de lhamas e alpacas eram vitais para a sobrevivência do império.

McEwan e a equipe de arqueólogos acreditam que isso explica a presença, nos cumes de várias montanhas, de cerca de 40 plataformas cerimoniais, símbolos do controle inca sobre esses territórios.

Com a ajuda do arqueólogo peruano Cirilo Vivanco Pomacanchari, da Universidade Nacional de Huamanga, que vem progressivamente localizando e mapeando as plataformas em locais remotos, a equipe chegou ao local onde as relíquias foram encontradas.

Segundo McEwan, eles não tinham qualquer ideia do que poderiam encontrar.

"Esses locais eram tão sagrados que os incas não queriam deixar qualquer traço visível da presença humana neles", disse McEwan.

"Ao escavar o chão da plataforma, encontramos amostras de solo trazidas de diferentes regiões, cuidadosamente dispostas".

Mais ao fundo, cerca de 2,5 metros abaixo da superfície, a equipe encontrou uma cavidade que havia sido escavada na rocha sólida.

"Quando escavamos, descobrimos três dessas pedras, cuidadosamente colocadas com as pontas juntas, como um tripé, apontando para baixo, indicando a conexão com o mundo dos ancestrais".

Poder Benevolente?

Questionando teorias segundo as quais os incas seriam "socialistas", McEwan disse que seu império foi construído com astúcia e violência.

"Quando negociavam com um líder local, os incas lhe ofereciam a opção de governar localmente, mas ele era obrigado a pagar impostos".

Se a oferta não era aceita, o poderio inca dizimava a população masculina e transferia os sobreviventes para outros locais, cortando seus vínculos com a terra e meios de subsistência.

As plataformas e as pedras ancestrais, parte do arsenal ideológico inca, eram um instrumento-chave de controle imperial.

"Sabíamos que os incas deveriam ter razões importantes para colocar essas plataformas nesses locais, próximos dos cumes sagrados e permitindo uma visão ampla de todo o horizonte à volta".

"Nós acreditamos que eles obrigavam a população local a trazer (as amostras de) solo e as colocavam nas plataformas como símbolos do domínio inca".

Os especialistas calculam que essas plataformas teriam sido construídas por volta de 1.400, durante a conquista daqueles territórios pelos incas, antes da chegada dos espanhóis.

Na crença inca, picos de montanhas cobertos de neve, de onde vem a água que sustenta a vida nos vales, eram sagrados.

As pedras seriam oferendas para o cume sagrado, conectando os ancestrais incas ao Sol.

"Você dá seu mais precioso objeto aos deuses da montanha, esperando em retorno a fertilidade da terra e os benefícios trazidos pelos animais que a habitam",

Corpos de crianças mumificados, encontrados anteriormente nas montanhas, indicam também a prática de sacrifícios humanos.

Nova Etapa

Segundo McEwan, o próximo passo é fazer uma análise das amostras de solo encontradas nas plataformas.

Com a ajuda de satélites, a equipe está tentando entender também a lógica por trás da localização específica de cada uma delas.

Ele diz que não há plataformas em todos os cumes altos e acredita que a escolha dos locais não era aleatória.

Finalmente, McEwan diz que a equipe quer saber como os incas conseguiram ganhar o impulso que lhes deu controle sobre um território tão imenso.

A resposta estaria guardada nas plataformas e pedras ancestrais.

"Elas estão no coração do grande projeto inca", concluiu Colin McEwan.

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