segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A SECA DE 1932

Histórico da Seca de 1932



Na seca de 1932, milhares de flagelados pretendiam seguir do sertão para Fortaleza em busca de alimentos e melhores condições de vida. Temendo uma invasão maciça da Capital, o governo concentrou os retirantes num campo improvisado na barragem do Açude Patu, em Senador Pompeu. Centenas de famílias foram mantidas ali sob a promessa de trabalho, mantimentos e água. Mas repentinamente, a construção foi paralisada e os sertanejos abandonados à própria sorte. Logo vieram a fome e as doenças. Sem amparo, muitos morreram. Não existem números oficiais, mas o povo da cidade estima que pelo menos sete mil homens, mulheres e crianças foram enterrados no cemitério da barragem.

Para entendermos uma página negra da história do Brasil, ocorrida no Ceará, primeiramente durante a seca de 1915 e depois repetida em 1932, é necessário voltarmos um pouco no tempo, até 1877, época de outra grande seca que assolou o estado nordestino.



ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SENADOR POMPEU

Como é sabido por todos(ou ao menos deveria ser) a seca sempre foi um flagelo sazonal no Cariri. A falta de uma política efetiva, nesse sentido, perpetua o sofrimento dos irmãos nordestinos ao longo dos séculos.
Em 1877, ainda no tempo do império, a grande seca que assolou o sertão cearense, fez com que uma grande massa humana se deslocasse em direção das grandes cidades da época, como por exemplo Fortaleza, que obviamente era dominada pelas elites. Pressionados pela fome e pela falta de condições de sobrevivência e não encontrando resposta para as mesmas, esse famélico cortejo invadiu a capital da terra do sol e passou a saqueá-la.
Durante esse período (1877-1879) a solução encontrada pelo governo foi incentivar os flagelados a colonizarem a Amazônia, originando assim o primeiro Ciclo da Borracha.
Em 1915, nova seca fez com que os sertanejos se dirigissem para as grandes cidades, desta feita o Governo do Ceará, optou por criar o primeiro ”campo de concentração, no alagadiço, hoje Otávio Bonfim, ao oeste da cidade de Fortaleza, lá foram “abrigadas” mais de 8 mil almas a quem eram fornecidas alimentação sob a vigília constante de soldados. Mais uma vez foi estimulada a migração para a Amazônia e o campo ( curral humano ) foi desativado em novembro do mesmo ano.

Em 1932, nova seca assola o Ceará e novamente o movimento dos sertanejos se faz em direção às grandes cidades atendidas pela via férrea. Desta feita o governo instala novos campos de concentração, cercados por arames farpados e vigiados por soldados em:
Senador Pompeu, Ipu, Quixeramubim, Cariús, Crato (Buriti, por onde passaram 65.000 pessoas) além do já conhecido campo do Alagadiço( Otávio Bonfim) e o novo campo a noroeste da capital, o Pirambu, mais conhecido como o Campo do Urubú.


Campos projetados para abrigar 2000 pessoas, chegaram a manter 18.000 flagelados. As condições de higiene inexistiam, as pessoas viviam em verdadeiros currais.
Ao chegar tinham suas cabeças raspadas e eram obrigadas a usar um uniforme feito de sacas de açúcar, confeccionado por eles mesmos.
A cabeça raspada impedia a proliferação de piolhos, no entanto, as péssimas condições de higiene, alimentação precária e um surto de cólera, dizimaram milhares de sertanejos presos nesses campos de concentração tupiniquins.

“A seca de 1932 foi uma das maiores da história do Ceará. Fome e doenças como cólera, febre amarela e varíola marcaram aquele povo sofrido pela sede e fome. Senador Pompeu foi uma das cidades que abrigou um dos sete campos de concentração, criados pelo governo da época para deter a vinda de retirantes à Fortaleza.”

Mais uma vez o governo mandou milhares de cearenses para a amazônia , dando origem ao segundo ciclo da borracha.
Estima-se que cerca de 73 000 flagelados foram confinados nesses campos onde as condições eram desumanas, o que resultou em inúmeras mortes.
Ainda durante essa seca, flagelados cearenses foram enviados para o combate nas trincheiras da Revolução de 1932 em São Paulo.
Com o advento da segunda guerra mundial e temendo comparações com os campos de concentração nazistas os tais campos de concentração foram totalmente desativados e em outras ocasiões subsequentes e semelhantes, criaram-se albergues onde a população flagelada recebia melhor tratamento.
Quanto ás mortes também não se pode considerar que os campos de concentração cearenses tinham a intenção de serem campos de extermínio, mas sim o de afastar do olhar das elites das grandes cidades a face da pobreza de seus semelhantes que viviam no sertão.

-Qualquer semelhança com fatos contemporâneos não será mera coincidência.

De qualquer maneira, milhares de pessoas morreram, outro tanto foi enviado para bem longe, de forma que, ao invés de se solucionar o problema das secas, dava-se sumiço aos que dela padeciam.
Toda documentação desses infames campos de concentração tupiniquins tem sido oculta ao longo das décadas, embora haja hoje ação na justiça solicitando a identificação, via dna de todos os mortos sepultados em valas comuns e seu translado para cemitérios regulares.
Pleiteia-se também indenização para os sobreviventes e seus descendentes.
A “Justiça” cearense, manobra de todas as formas possíveis, extinguindo as ações sem julgamento de mérito , tentando com isso fazer permanecer no esquecimento essa página negra da nossa história.
Em Senador Pompeu, esta triste memória permanece viva graças ao misticismo das pessoas que acreditam que as almas sofridas, enterradas no improvisado “cemitério da barragem” atendem a pedidos e fazem milagres.

“O governo obrigava as vítimas da seca a trabalhar na construção da barragem do açude Patu. No entanto, repentinamente, a obra teve seus trabalhos paralisados e, junto com a paralisação, o governo deixou de manter o posto de saúde e o setor de fornecimento de alimentos que funcionava no campo. Com isso, os retirantes foram adoecendo e morrendo.

Atualmente, Senador Pompeu é o único município onde se encontra viva a memória do campo de concentração. O cemitério da Barragem do Patu é considerado um espaço sagrado para visitação. Há romarias, pessoas que rezam e pagam promessas. Os moradores acreditam que as almas dos concentrados são milagrosas, porque sofreram muito”.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://valdecyalves.blogspot.com/2009/11/caminhada-da-seca-em-2009-em-senador.html


http://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_de_concentra%C3%A7%C3%A3o_no_Cear%C3%A1


http://opovo.uol.com.br/opovo/ceara/834054.html


http://institutocasarao.blogspot.com/2010/05/campo-de-concentracao-da-seca-de-1932.html


http://www.direitoshumanos.etc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3713:barragem-do-patu-ce-monumento-homenageara-vitimas-da-seca&catid=15:dhescas&Itemid=158


http://www.google.com.br/webhp?sourceid=navclient-ff#q=Campo+de+Concentra%C3%A7%C3%A3o+da+Barragem+do+Patu,+na+Seca+de+1932&hl=pt-BR&sa=G&biw=720&bih=342&prmd=v&source=univ&tbs=vid:1&tbo=u&ei=nE-qTK-FCYP_8AbN7rnhDA&oi=video_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CCYQqwQwAw&fp=b5795d582281b2b0


http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=591129


sábado, 2 de outubro de 2010

FOTÓGRAFOS DA BOMBA ATÔMICA.

ATÉ ONDE VAI A FALTA DE SABEDORIA HUMANA?

De 1945 até 1962, as forças militares dos EUA estavam soprando centenas de bombas atômicas na atmosfera. Naquela época um monte de fotógrafos estavam fazendo fotos do poder destrutivo da bomba atômica. Apenas alguns deles sobreviveram até hoje.



















VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://topics.nytimes.com/top/news/science/topics/atomic_weapons/index.html

http://www.atomicarchive.com/Effects/index.shtml

http://www.wagingpeace.org/menu/issues/nuclear-weapons/index.htm

REVOLUÇÃO DE 30. TERCEIRA CONSTITUIÇÃO

TERCEIRA CONSTITUIÇÃO
(A CONSTITUIÇÃO DA REVOLUÇÃO DE 30)


NOME ............Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil
DATA .............16 de Julho de 1934

ORIGEM ....... Promulgada

DURAÇÃO ....3 anos


PREÂMBULO

Nós, os representantes do Povo Brasileiro, pondo a nossa confiança em Deus, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para organizar um regime democrático, que assegure à Nação a unidade, a liberdade, a justiça e o bem estar social e econômico, decretamos e promulgamos a seguinte...
ORGANIZAÇÃO

A Nação Brasileira, constituída pela união perpétua e indissolúvel dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios em Estados Unidos do Brasil, mantém como forma de governo, sob o regime representativo, a República Federativa proclamada em 15 de novembro de 1889 (artigo 1º). Todos os poderes emanam do povo, e em nome dele são exercidos (artigo 2º).

PODERES

São da soberania nacional, dentro dos limites constitucionais, os poderes Legislativos, Executivos e Judiciários, independentes e coordenados entre si (artigo 3º da Constituição Federal).

RELIGIÃO

É inviolável a liberdade de consciência e de crença, e garantido o livre exercício dos cultos religiosos, desde que não contravenham a ordem pública e aos bons costumes. As associações religiosas adquirem personalidade jurídica nos termos da lei civil (nº 5 do artigo 113).

OBSERVAÇÕES:

(1ª) = Constituinte com escassa participação popular adota medidas de proteção ao trabalho e tem tom nacionalista. O processo constituinte que dele resultou em 1934 forma um momento muito especial da história Brasileira, ainda pouco aprofundada. Há vários aspectos interessantes: os antecedentes, com a revolução de trinta, a vitória de seus ideais modernizadores, o não chamamento imediato a reconstitucionalização, a revolução de 1932; o fato de ser a única Assembléia Constituinte com representantes classistas; a busca do social, através das semelhanças com a Constituição de Weimar (Alemanha 1919); o contexto de efervescência mundial em que foi feita; a sua efêmera duração...

(2ª) = A Constituinte, eleita após duras contestações ao governo provisório de Getúlio Dornelles Vargas, tinha duzentos e quatorze representantes eleitos através de partidos e representação proporcional e quarenta representantes classistas, escolhidos por processos indiretos de entidades patronais e de empregados. Foi um período bastante crítico e instável da vida nacional. A Constituição resultante teria avanços até em relação à realidade de hoje. Todavia, não teve sustentação. Foi abortada pelo Estado Novo em 1937.

(3ª) = A nova ordem constitucional, instituiu: a firme opção pela paz e pelo arbitramento, com repúdio à guerra de conquista “por si ou em aliança com outra Nação”; a Justiça Eleitoral, o voto secreto e a Justiça do Trabalho. Além de haver expressamente estendido às mulheres a possibilidade de acesso à cidadania. O voto feminino era obrigatório salvo se a mulher não exercesse função pública remunerada; constitucionalizaram-se os direitos sociais, reconhecidos e deferidos à classe trabalhadora; introduziu e criaram, no plano da declaração de direitos, como instrumento de proteção às liberdades públicas, o mandado de segurança e a ação popular; institucionalizaram como órgãos de cooperação nas atividades governamentais, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os Conselhos Técnicos; unificou e concentrou na União, com exclusividade, a competência para legislar sobre processo em matéria eleitoral; atribuiu ao Supremo Tribunal Federal a denominação de Corte Suprema, composta de onze ministros; implantou o modelo cooperativo de federalismo; atenuou a rígida separação Igreja-Estado, autorizando a criação e manutenção de cemitérios religiosos, reconhecendo eficácia jurídico-civil ao casamento religioso, permitindo o ensino religioso de freqüência facultativa, nas escolas públicas; a coordenação dos poderes; a submissão da ordem econômica aos princípios de justiça e às necessidades da vida nacional; a previsão do monopólio estatal por interesse público e através de lei; a nacionalização dos bancos e das empresas de seguros; a pluralidade sindical e a completa autonomia dos sindicatos; extinguiu o cargo de Vice-Presidente da República; tornou indissolúvel o vínculo matrimonial e proibição da usura, e outros.

RESUMINDO

Foi uma Assembléia Constituinte com escassa participação popular. Getúlio Dornelles Vargas assumiu o poder no final do mês de outubro de 1930, como delegado da Revolução, em nome do Exército, da Marinha e do Povo.
Tinha o apoio popular, mas era uma frente chefiada por oligarquias dissidentes, sem um plano preciso de ação, além da vaga plataforma da Aliança Liberal. A crise econômica e social era extensa. Havia dois milhões de desempregados e subempregados. O governo se propunha a normalizar a vida do país, atender às aspirações políticas dos revoltosos vencedores, conterem os sentimentos de revanche das oligarquias derrotadas e, ainda, impedir o crescimento dos comunistas, muito ativos.
As diversas insatisfações dos grupos paulistas, tanto dos vencedores de 1930, marginalizados por Getúlio Dornelles Vargas, quanto dos derrotados, une-se, então, numa Frente Única. Um grupo estudantil (em 23 de maio de 1930) invade a sede da legião de Miguel Costa (chefe de polícia de Getúlio Dornelles Vargas). No tiroteio que se segue morrem os estudantes: Euclides Bueno Miragaia; Mário Martins de Almeida; Dráusio Marcondes de Souza; e Antonio Américo de Camargo Andrade.
Quatro paulistas que tombaram, gloriosamente, pela causa Constitucionalista, barbaramente trucidado pela polícia ditatorial, na Praça da
República. Sua morte viria a representar o heroísmo do soldado constitucionalista, e, deu origem à sigla “M.M.D.C.”, surgindo daí a “Sociedade Veteranos de 1932”.
A nove de julho de 1932, uma proclamação de general Isidoro Dias Lopes e do coronel Euclides de Figueiredo constitui uma Junta Revolucionária paulista. As adesões estaduais esperadas por São Paulo, no entanto, não ocorreram.
A Constituição de 1934 traz um conjunto de novidades que refletem uma época de mudanças econômicas e sociais. O direito de monopolizar, por motivo de interesse público, certas indústrias. Prévia a nacionalização progressiva dos bancos de depósito e das empresas de seguros, e proibia os juros excessivos, ou seja, a usura. Instituiu o monopólio dos brasileiros ou de empresas organizadas no país para as reservas minerais. Instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal e as férias anuais remuneradas, a indenização por dispensa sem justa causa. Reconhecia os Sindicatos e Associações profissionais. Criou a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral, estendendo o direito de voto às mulheres e aos maiores de dezoito anos de idade. Enumera minuciosamente a separação dos poderes entre os Estados e a União, ampliando a margem de ação do poder central e coibindo as tendências autonomistas da Constituição de 1891.

VOCÊ QUER SABER MAIS?

Fausto, Boris: A Revolução de 1930: historiografia e história, São Paulo, Brasiliense, 1972.

Fausto, Boris:
História do Brasil, São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 1995

Cândido, Antônio: A Revolução de 1930 e a cultura, São Paulo, Cebrap, 1984.

Cândido, Antônio: O Significado de Raízes do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 1995

Buarque de Holanda, Sérgio: Raízes do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 1995.

Murakami, Ana Maria Brandão. A Revolução de 1930 e seus antecedentes.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal


OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL .

OS NAUFRÁGIOS MAIS PROCURADOS NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA.




Na costa brasileira existem mais de 2.000 embarcações naufragadas, muitas destas guardam em seu interior objetos de grande importância histórica, além de riquezas que atraem não só aos arqueólogos mas também aos "caçadores de tesouro". Aos primeiros pelo interesse em descobrir e documentar o passado, aos outros pelo lucro que muitas vezes representam.
Abaixo vocês irão encontrar um pequeno resumo sobre as embarcações que mais interesse despertam para ambos os grupos.

SANTA ROSA

Nau portuguesa armada com 70 canhões (de ferro e de bronze) considerada uma das mais poderosas de Portugal. Em 1726, partiu de Salvador comandando uma esquadra de 55 embarcações que retornava ao Reino.
Não se sabe bem o que ocorreu para que em 6 de setembro, depois de 14 dias de navegação, a embarcação explodisse e posteriormente naufragasse. Uma das versões é a de que o acidente foi provocado depois de uma discussão entre o Capitão e o Comandante do regimento de soldados.
Da tripulação de mais de 700 homens, apenas 7 foram localizados vivos e destes apenas 3 sobreviveram às queimaduras.
Junto com seu casco afundaram cerca de 6 toneladas de ouro, que faziam parte dos quintos do Rei, além de uma grande quantidade de ouro e pedras preciosas não declaradas (como era comum já naquela época).

Fontes indicam dois locais possíveis para seu naufrágio:

• 1. Defronte ao cabo de Sto. Agostinho (PE)
• 2. Defronte ao cabo Branco (PB)


Seu tesouro que inclui peças de grande valor histórico, além do ouro, está avaliado em aproximadamente US$ 700 milhões. Isto o coloca entre os mais ricos naufrágios do mundo, ainda não localizados.

SANTA CLARA

A Nau portuguesa Santa Clara fazia parte da carreira das Índias, de onde partiu acompanhada de outras duas. Na altura do Cabo da Boa Esperança, nos piores mares do mundo (Roaring Forties) transferiram os viajantes e carga das naus acompanhantes que estavam na iminência de naufragar e a que sobrou, a Santa Clara, aproou para a Bahia.
Seu capitão era Luís de Alter.
De Salvador partiu com 676 pessoas a bordo mas veio a naufragar, horas depois, nos recifes de Arembepe.
Possuia um tesouro avaliado em mais de, atualmente, US$ 200 milhões.
O grande historiador Pedro Calmon narra a corrida do ouro dos habitantes de Salvador quando souberam da notícia. Muitos bens e cadáveres estavam espalhados pela praia, pois somente 6 pessoas escaparam.
Foi a maior carga de ouro transportada por uma nau a partir da Índias que naufragou abaixo da linha do Equador.

SÃO JOÃO MAGNANIMO

Charrua construída no Arsenal do Pará e lançada ao mar em 1794.
Em uma de suas primeiras viagens, ainda em 1794, quando em rota para Portugal naufragou no Banco da Tijoca (PA).
Transportava toda a prataria que havia na Igreja dos Mercenários.

PRINCE

Nau de guerra francesa.
Tinha como capitão Morin des Zerets.
Em 1752 navegava da França com destino à Índia quando, em 26 de Julho, pegou fogo e naufragou.

Existem 3 versões do local do naufrágio:

1. próximo a Natal (RN),
2. em Pernambuco e
3. próximo a ilha da Ascensão, no meio do Atlântico.


Transportava carga avaliada em mais de 5 milhões de libras.
De sua tripulação de mais de 400 pessoas apenas nove sobreviveram.

NAU DE GONÇALO COELHO

Até o momento não foram encontrados documentos que nos informem seu nome.
Seu proprietário era Fernão de Loronha (Fernado de Noronha) e tinha como comandante Gonçalo Coelho.
Era uma embarcação de três mastros, tinha uma capacidade de carga de cerca 300 tonéis (hoje equivalentes a aproximadamente 260 toneladas), com uma tripulação de 240 homens.
Seu naufrágio ocorreu no dia 10 de agosto de 1503, o que a torna o naufrágio mais antigo documentado para as costas do Brasil.
Quase tudo o que se sabe vem da Léttera escrita por Américo Vespúcio, que estava comandando uma das embarcações da frota de 6 navios enviada para explorar as costas do Brasil e nela construir fortalezas.
Seu valor histórico é incalculável pois nela estão depositadas as características não só da construção naval, bem como a dos equipamentos e utensílios utilizados à bordo durante a era dos Descobrimentos.
O ponto mais provável de seu naufrágio: nas proximidades da ilha de Fernado de Noronha.

MADAGASCAR

Cliper inglês que partiu, em 1853, da Austrália com destino à Inglaterra e desapareceu nas costas do Brasil. Transportava como parte de sua carga 1.020,6 toneladas (36.000 oz.) de ouro que seriam entregues num banco na Inglaterra.

Vários pesquisadores o tem procurado e duas diferentes (bem diferentes por sinal) possíveis localizações são as mais prováveis:

• 1. Na região de Bragança no Pará
• 2. Nas costas do Rio Grande do Sul.


RAINHA DOS ANJOS

Nau de guerra portuguesa, armada com 56 canhões.
Voltando da China para Lisboa, em maio de 1722, e estando no Rio de Janeiro, acidentalmente pegou fogo e explodiu, levando para o fundo sua carga, que incluía os presentes que o Imperador da China enviava ao Rei de Portugal.
Este tesouro é estimado em mais de US$ 450 milhões.

EMBARCAÇÕES DA BATALHA DO ABROLHOS

No dia 11 de setembro de 1631 duas esquadras, uma luso-espanhola (com 19 navios de guerra que comboiavam mais 35 embarcações) e outra holandesa (com 18 embarcações de guerra), combateram a cerca de 80 léguas do arquipélago dos Abrolhos.
O combate se iniciou pelas 9 horas da manhã e foi terminar por volta das 4 horas da tarde.Neste duro conflito perderam-se, segundo alguns autores 6 embarcações, segundo outros apenas 4.

Com concordância geral, foram ao fundo as seguintes embarcações:

Frota holandesa:


• Prins Wilhelm - nau capitânia ( 46 canhões, 300 tripulantes)
• Provincie van Utrecht ( 38 canhões, 262 tripulantes )

Frota luso-espanhola:

• San Antonio - nau almiranta ( 28 canhões, 344 tripulantes )
• N.S. dos Prazeres Menor ( 18 canhões, 188 tripulantes )

Estas embarcações naufragadas representam valioso patrimônio histórico mas repousam numa profundidade entre 150 e 200 metros e numa localização muito vaga ( 80 léguas a leste dos Abrolhos ).

NAU DE AIRES DA CUNHA

Em outubro de 1535 parte de Portugal uma esquadra, comandada por Aires da Cunha, composta por 10 embarcações, com uma tripulação total de 900 homens, fortemente armada, tanto para o mar quanto para terra e com 113 cavalos a bordo. Tinha a missão oficial de tomar posse da capitania do Maranhão em nome de seu donatário, João de Barros.
Em março de 1536, quando a esquadra chegava às costas do Maranhão, fortes chuvas e vento castigavam a região e, provavelmente devido a estas condições climáticas adversas, a nau capitânia desapareceu.
Por ser a mais importante das embarcações e nela estavam os personagens mais influentes, com seus bens, seu valor histórico é bem elevado, bem como existe a possibilidade de que ela estivesse transportando valores.
Além desta, outras embarcações da esquadra naufragaram na ilha do Maranhão.
Possíveis locais: Ilha do Medo e Coroa Grande.

VOCÊ QUER SABE MAIS?

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/sinau.htm

http://www.naufragiosdobrasil.com.br/Materiasespeciais.htm

http://www.pldivers.com.br/Naufragio.asp

http://www.pldivers.com.br/links.asp

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

PELA SOBERANIA PALESTINA E ISRAELENSE.

ISRAEL E PALESTINA COEXISTINDO COMO NAÇÕES SOBERANAS.



Israel aparenta ser um país comum, onde há médicos judeus, time de futebol judeu, calendário judaico, universidades que ensinam em hebraico e até mesmo judeus pedindo esmola. Há áreas ricas nos subúrbios de Tel Aviv, mas também cidades pobres e esquecidas no Negev. Os israelenses lutam para manter este sonho de existir como um Estado judaico. E suas guerras muitas vezes não se focam no presente, mas no futuro. Em Israel, o medo não é o Hamas ou o Hezbollah destruir o país agora. Sabem que isso é impossível. Podem provocar baixas, mas jamais mexer nas estruturas de um país que tem dos Exécitos mais poderosos do mundo. O temor dos israelenses é ter um inimigo armado que possa deixar vulnerável toda a sociedade israelense, impedindo que no futuro torcedores do Beitar Jerusalem entoem cânticos em hebraico nas arquibancadas porque a nação judaica terá sido eliminada do mapa.





Os palestinos lutam para existir no presente. Existem médicos palestinos, times de futebol palestinos, muitos mendigos palestinos e quase todas as cidades são pobres. Mas não existe um Estado palestino(O Estado da Palestinنa é uma organização política reconhecida parcialmente como um estado soberano no Oriente Médio. O Estado palestiniano controla algumas funções da administração pública nos territórios palestinos. Ele foi proclamado no dia 15 de Novembro de 1988 em Argel pelo Conselho Nacional Palestino).Não há moeda palestina. Não há aeroporto palestino. Não há porto palestino. Não há Exército palestino. O sonho dos palestinos é poder um dia ter uma manhã em Nablus tão comum como a dos judeus na Ben Yehuda.

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados essa é minha palavra final, pois reconheço e soberania Palestina tanto quanto a Israelense. As duas nações devem coexistir como soberanas.

O PERIGO DO NEONAZISMO ENTRE OS JOVENS.

A HIPNOSE NEONAZISTA

Mais de seis décadas depois da derrocada do nazismo, o que leva pessoas instruídas a aderirem a uma ideologia de ódio e preconceito?



“A sociedade perfeita. O nazismo se compõe de pensamentos radicais para atingir um objetivo de algo idealizado, ou seja perfeito e que dê explicações perfeitas para a sociedade, onde sejam nomeados os inimigos”, afirma o doutor em Psicologia Social e professor do curso de mestrado em Psicologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jamil Zugueib. Neste contexto, judeus, negros, homossexuais, e punks “corrompem” este imaginário de “sociedade perfeita”, e por isso passam a ser odiados. “Ter um inimigo é um grande agente socializador. O ódio é socializador. Quem odeia junto, compartilha junto alguma coisa. Odiar é ação socializadora, muito mais que amar.”
Para o professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e da Universidade Positivo Antonio dos Santos Neto, o neonazismo e outros movimentos não são fenômenos típicos “da adolescência”, mas reflexos de uma sociedade que enaltece os excessos. “Olhamos para dentro de nós e não gostamos de algumas coisas que vemos, então criamos excessos para suprir isso”, afirma. “Este excesso está na estrutura da nossa sociedade. Ele desmonta alguns conceitos que são universais. É como se olhássemos um espelho e não o aceitássemos inteiro. Quebro o espelho e vivo no pedaço que eu gosto.”
Santos Neto avalia que esses “estilhaços” estão em todas as partes – como nas diferentes denominações religiosas e nas “tribos” que preferem determinados estilos musicais. A diferença, para ele, é que grupos como os dos neonazistas geram desequilíbrio. “Ainda conseguimos reconhecer o espelho inteiro. Mas essa prática (a do neonazismo) é de uma meia dúzia de malucos fora de qualquer propósito, que não reconhecem mais o todo.”
Já o professor de Filosofia Política da UFPR Emmanuel Appel avalia que a principal forma de combate ao nazismo e à intolerância é a educação. Appel cita o filósofo alemão Theodor Adorno (1903-1969) para defender uma formação integral, que proporcione autonomia intelectual. “Adorno proclama como grande objetivo educacional evitar que Auschwitz se repita. Esta máxima deve ser a primeira grande exigência educacional”, afirma. “É preciso combater o nazismo com uma educação que conduza à autorreflexão, proporcionar condições para a libertação de toda e qualquer tutela, para evitar adesões de forma cega aos coletivos. O semiculto, o meio formado, é perigosamente hostil ao cultura e a diálogo.”

VOCÊ QUER SABER MAIS?

http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/2009/05/22/o-neonazista-paulista-e-sua-nova-republica/

http://www.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=827

http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=3&vis=