segunda-feira, 14 de junho de 2010

A CORAGEM DE MOSTRAR UMA ADMIRÁVEL NOVA VERDADE.

Os renegados da ciência





Eles defendem idéias que a maioria dos cientistas acha absurdas. Seriam tidos como malucosse não fosse um detalhe: são pesquisadores sérios e têm um currículo acadêmico invejável.


O biólogo americano Robert Weinberg se lembra com carinho da última conversa que teve com o colega Kary Mullis, Prêmio Nobel de Química de 1993. “Eu disse a ele: Doutor Mullis, a história verá como um ato de irresponsabilidade criminal o fato de o senhor usar o seu Nobel para defender que o vírus HIV não causa a Aids”. Weinberg faz uma pausa e continua: “Sabe o que ele me respondeu? Três palavras: as duas primeiras são ‘vá se’ e a outra começa com ‘f’”.


Mullis é uma figura que mudou a história da biologia. Nos anos 80, o ex-hippie californiano inventou a reação em cadeia da polimerase, a PCR, uma ferramenta que revolucionou a genética e deu ao mundo o genoma, os transgênicos e os testes de paternidade. Naquela década, no entanto, Mullis se deixou seduzir pelas idéias desvairadas do bioquímico Peter Duisberg, que negava o fato de que o vírus HIV fosse o agente causador da Aids. Sujeito astuto e dado à polêmica, Duisberg conseguiu convencer diversos cientistas importantes de que o HIV era mesmo inocente, e que a Aids era uma espécie de “reação do corpo” na qual o vírus é um sintoma, não uma causa. Tudo isso sem entender nada de virologia.


Em sua autobiografia Dancing Naked in the Mind Field, de 2000 (“Dançando Nu no Campo da Mente”, inédito no Brasil), Mullis defende Duisberg e diz que a ligação HIV-Aids é parte de uma conspiração das indústrias farmacêuticas, que ganham milhões de dólares com drogas como o AZT. E ataca outras “mentiras” do establishment científico, como o buraco da camada de ozônio e a influência humana no aquecimento global.


Kary Mullis – que saiu de cena desde então e hoje divide seu tempo entre as ondas da Califórnia e palestras para estudantes e empresários – não é o primeiro cientista respeitável a fazer ataques amalucados a idéias científicas bem estabelecidas. Os chamados “céticos” sempre existiram em todos os ramos da ciência, porque é exatamente assim que ela funciona: alguém propõe uma teoria, um monte de gente discorda, as evidências se somam e um dos lados prevalece. Monta-se, então, um consenso, que sempre estará sujeito à falsificação. E, muitas vezes, ele cai.


“A construção de consenso na ciência é um processo aberto, então todas as conclusões que nós damos por certas podem ser escrutinadas e desafiadas”, diz o físico e filósofo da ciência americano David Kaiser, do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT). Segundo Kaiser, algumas áreas tendem a ser mais desafiadas do que outras, e isso depende de dois fatores: da personalidade dos cientistas envolvidos e do que está em jogo com o debate. As opiniões de Kary Mullis sobre a Aids foram convenientemente usadas pelo presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, para negar distribuição de drogas anti-aids aos pobres de seu país. Da mesma forma, rejeitar a idéia de que atividades humanas causam o aquecimento global é música para os ouvidos de políticos financiados pela indústria do petróleo.


Mas, claro, a maioria dos céticos não tem uma razão oculta para atacar um paradigma. Eles fazem isso por vaidade mesmo. Pelo gostinho de poder um dia ver ruir o castelo construído com tanto esmero por seus adversários intelectuais. Enquanto isso não acontece, vão aproveitando os holofotes.


A farsa ambiental




A FARSA DO EFEITO ESTUFA.


É meio-dia em Cambridge, EUA. Faz sol e o clima é de 20ºC negativos. Quem olha da janela do escritório no MIT para o rio congelado, 17 andares abaixo, tem mesmo boas razões para duvidar do aquecimento global. O dono da sala, o meteorologista Richard Lindzen, faz questão da acrescentar outras tantas: “Ninguém questiona que a temperatura média global cresceu 5,8ºC no último século. Mas isso é consistente com a variação natural do clima”.


Dick, como prefere ser chamado, é o inimigo número 1 da idéia de que o efeito estufa seja uma tragédia ambiental iminente, causada pelo consumo desenfreado de petróleo pelos humanos. Para ele, não há boas evidências de que haja uma tendência ao aquecimento. O alarme soado pelo IPCC, painel de mil cientistas ligado à ONU que prevê um aumento de até 5,8ºC na temperatura média global em 2100, não passa, na visão de Lindzen, de uma especulação política do movimento ambientalista.


O pior é que Dick sabe do que está falando. Ele é um dos meteorologistas mais competentes dos EUA, e publica seus artigos em revistas científicas de primeira linha. Suas objeções à idéia de que as emissões de gás carbônico estão aquecendo a Terra são válidas. Afinal, os modelos são incertos porque o clima do planeta é extremamente complexo.


“Concordo com todos os argumentos do Lindzen. As conclusões é que estão erradas, porque a incerteza corta dos dois lados e também pode ser usada contra ele”, diz o climatologista Steven Wofsy, da Universidade Harvard, EUA, e amigo de Lindzen.


Descrito por colegas como alguém com prazer em se opor a qualquer coisa, Dick é uma metralhadora giratória. Diz que o efeito estufa vai diminuir a freqüência de tempestades, não aumentá-la, que mitigar as emissões de gases-estufa é mais caro do que adaptar-se à mudança climática e que o argumento do IPCC é “simplesmente uma mentira”. Sua principal teoria é a de que a atmosfera possui um “efeito íris”, ou seja, compensa o aumento de calor por meio de uma maior quantidade de nuvens fazendo sombra sobre o planeta. Mas até ele admite que a idéia não passou pelo teste da experimentação. “Os dados não são tão bons quanto gostaríamos”, diz.


Contra a cratera




GIGANTESCA ERUPÇÃO TERIA COLOCADO FIM AO REINADO DOS DINOSSAUROS.


Toda criança já ouviu a história. Há 65 milhões de anos, um asteróide de 10 quilômetros de diâmetro se chocou com a Terra. O impacto carbonizou florestas e uma nuvem de pó cobriu todos os continentes. A Terra mergulhou em um inverno do qual 60% das formas de vida sairiam extintas, incluindo os grandes répteis que haviam dominado os ambientes terrestres pelos últimos 150 milhões de anos -– os dinossauros.


A paleontóloga Gerta Keller diz que lamenta, mas os livros e filmes infantis terão de mudar. Ela afirma que a extinção que marcou o fim dos dinossauros, entre os períodos Cretáceo e Terciário, não pode ter sido culpa do asteróide gigante porque, entre outros motivos, ele caiu na Terra 300 mil anos antes do evento.


“Os dinossauros estavam em declínio desde milhões de anos antes da fronteira Cretáceo-Terciário, devido a um resfriamento global", diz a pesquisadora. Para ela, um conjunto de impactos, mudanças climáticas e um grande derramamento de lava na atual Índia liqüidou os grandes répteis. Por mais que os guardiões da hipótese “oficial” digam que isso é bobagem, Keller e seus colaboradores têm feito barulho na academia. Seu último artigo foi publicado no primeiro semestre deste ano na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences, um dos principais periódicos científicos do mundo. Nascida no pequeno principado de Liechtenstein, Keller ensina geologia em Princeton, uma das principais universidades dos EUA, a mesma onde lecionava o físico Albert Einstein.


“Ela sempre foi do contra. Há alguns anos, defendia que não havia extinção em massa entre o Cretáceo e o Terciário” diz o geólogo americano Kevin Pope, que também estuda esse período. A teoria que Keller combate é uma dessas hipóteses científicas que só melhoram com o tempo. Proposta em 1980 pelo Nobel de Física Luís Alvarez e seu filho Walter, a hipótese de um impacto extraterrestre como causa da extinção dos dinos ganhou força nos anos 90, com a descoberta da cratera de Chicxulub, na península de Yucatán, México. Hoje, ela é virtualmente consenso entre os paleontólogos. “Não espero que o pessoal da linha-dura aceite as minhas evidências”, diz a cientista.


Pré-história hippie




MEU IRMÃO NEANDERTAL.


Você provavelmente se ofenderia ao ser chamado de neandertal por alguém. Mas para o antropólogo americano Milford Wolpoff, é exatamente isso o que todos nós somos: resultado do cruzamento entre neandertais e outros hominídeos ao longo de milhares de anos, em várias regiões do planeta, que acabaram produzindo a forma que se convencionou chamar Homo sapiens. Wolpoff e seus colaboradores, como o australiano Alan Thorne, dizem que não faz sentido separar as espécies em Homo erectus, Homo neanderthalensis ou Homo sapiens: todos são versões regionais do mesmo bicho, o homem anatomicamente moderno.


A visão dominante hoje na antropologia é o chamado modelo Out of Africa (algo como "fora da África"), segundo o qual o Homo sapiens surgiu num único berço, a África subsaariana, e se espalhou pelo planeta a partir de 160 mil anos atrás. No caminho, dizimou as populações de hominídeos que tinham deixado o continente africano antes, como o Homo erectus asiático, e o homem de Neandertal, que evoluíra separadamente na Europa. Essa idéia tem sido reafirmada por estudos genéticos, que conseguiram extrair DNA de fósseis de neandertal e compará-lo ao de humanos atuais, mostrando que as diferenças são grandes demais para que eles possam ser considerados de uma mesma espécie. Estudos em fósseis de crianças neandertais também mostram que ele tinha um padrão de desenvolvimento completamente diferente daquele do Homo sapiens atual.


No entanto, para Wolpoff, o mundo pré-histórico era muito mais de amor do que de guerra. A colonização do planeta teria envolvido idas e vindas, não apenas uma migração em apenas um sentido. Nesses passeios, as várias populações humanas se cruzaram e trocaram genes, num liqüidificador sexual que resultou em uma espécie homogênea. “Eu ganhei um monte de dinheiro para estudar a evolução da mastigação em todos os hominídeos. De 1976 a 1980, tive oportunidade de ver cada fóssil e estudá-los – não apenas passar por eles, como a maioria dos meus colegas. Aí comecei a me dar conta de que a evolução humana não tinha acontecido em uma série de estágios, como eu pensava, mas que ela tinha sido diferente em cada região”, diz Wolpoff.


O diabo está na confirmação. Para o americano, ela não pode ser feita com as ferramentas genéticas existentes hoje. Seria preciso usar o DNA que se esconde no núcleo das células, “e isso é praticamente impossível de se obter de um fóssil”, afirma Wolpoff . “Se quisermos saber se os neandertais são ancestrais de pessoas vivas, o melhor jeito é procurar características de neandertal em pessoas vivas.” Você viu algum por aí?


A terra é um balão




UM PLANETA EM EXPANSÃO.


Quando o alemão Richard Wegener afirmou, em 1912, que os continentes flutuavam como jangadas à deriva, todo mundo riu dele. Wegener foi vingado nos anos 60, quando uma série de pesquisas geológicas mostrou que a crosta terrestre é composta de placas que realmente flutuam, se afastam e se chocam umas contra as outras, produzindo montanhas, vulcões e moldando a Terra como ela é.


A teoria da tectônica de placas é, com o perdão do trocadilho, sólida como rocha. Virou o bê-a-bá da geologia e da geofísica modernas. E, é claro, atraiu detratores. O mais célebre deles foi o australiano Samuel Warren Carey, um dos ideólogos, juntamente com o britânico Hugh Owen, da teoria da Terra em expansão.


Carey, geólogo da Universidade da Tasmânia morto em 2002, e Owen, estratígrafo aposentado do Mu-seu Britânico de História Natural, em Londres, afirmam que os dinossauros andaram sobre um planeta 80% menor do que a Terra atual. A principal evidência disso seria o fato de que, se tentássemos juntar a Áfri-ca e a América do Sul num modelo esférico, rebobinando a deriva continental, eles não se encaixariam. Sobrariam “buracos” no globo.


Owen resolveu esse problema geométrico afirmando, em 1983, que a Terra se expande continuamente, idéia que os geofísicos consideram absurda. Para a maioria deles, o leito oceânico é reciclado o tempo todo. O que acontece é que as placas que estão no fundo do Atlântico estão se afastando, o que aumenta a área do fundo do mar. Para compensar esse movimento, a massa de terra que compõe as Américas avança sobre a placa oceânica do Pacífico. Esse movimento alimenta os vulcões nos Andes e causa a subducção – o afundamento e derretimento – da placa do pacífico.


Em entrevista à Sapiens, Owen confessa não ver “nada de errado” com a tectônica. Para ele, a expansão é lenta o suficiente para ser compatível com as idéias da maioria dos geofísicos. Já Carey se recusava a admitir a subducção e, portanto, todo o resto da teoria das placas. “Há duas escolas de pensamento sobre a Terra em expansão. A chamada expansão rápida, defendida por Sam Carey e outros, não funciona. Ela traz problemas geométricos”, diz Owen.


Aos 71 anos, Owen afirma não ter tido muitos artigos rejeitados para publicação, mas reclama de preconceito na academia. “Quando você fala de ciência, algumas idéias são controversas. E há pessoas com visões muito firmes que ocupam posições altas nas instituições de pesquisa”, afirma Owen.


Kary Mullis




Idade: 60 anos


Cargo: Vive de escrever livros e dar palestras


Estilo: Inventou o PCR, uma ferramenta que revolu-cionou a genética


Polêmica: Acha que o HIV não causa a Aids


Richard S. Lindzen




Idade: 63 anos


Cargo: Titular de meteorologia do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, EUA


Estilo: Casado, vive entre os EUA e a França (“Lá as pessoas fumam”).Escreve com sua mulher um livro sobre a história dos judeus de Paris


Polêmica: Acredita que o efeito estufa não existe.


“O ambientalismo é hoje o que a eugenia era no começo do século 20”


Gerta Keller




Idade: 59 anos


Cargo: Professora da Universidade de Princeton, EUA


Estilo: Publica artigos nas principais revistas científicas do mundo. Atualmente, viaja pelas Américas recolhendo rochas para comprovar sua hipótese. Planeja vir ao Brasil.


Polêmica: Acredita que o impacto de um asteróide não foi a causa da extinção dos dinossauros.


“O conto da cratera da destruição é muito apelativo e imaginativo. Cientistas muito eloqüentes têm promovido essa história, a imprensa adorou, a indústria cinematográfica adorou, todo mundo adorou”


Milford Wolpoff




Idade: 62 anos


Cargo: Professor da Universidade do Michigan, EUA.


Estilo: Casado, pai de dois filhos “que adoram cantar e dançar enquanto eu estou ao telefone”


Polêmica: Primeiro cientista a propor um modelo em que a origem do homem moderno está no cruzamento entre Homo erectus, neandertais e Homo sapiens


“A ciência é uma atividade humana. Há quem revise artigos não com base no mérito, mas sim pelo gosto pessoal. e revistas científicas rejeitam textos quando não gostam da conclusão”


Warren Carey




Idade: Morto em 2002, aos 91 anos


Cargo: Era professor de geologia da Universidade da Tasmânia


Estilo: Deixou mulher, quatro filhos, sete netos e dois bisnetos


Polêmica: Propôs, junto ao britânico Hugh Owen, a teoria da Terra em expansão, segundo a qual o diâmetro do planeta hoje é 80% maior que há 200 milhões de anos


“Não sou mais um rebelde. As pessoas agora acreditam na minha teoria. Ou pelo menos vão acreditar um dia. Demora um tempo para que alguns consigam acompanhar essas coisas”

VOCÊ QUER SABER MAIS?


Saiki, R. K., D. H. Gelfand, S. Stoffel, S. J. Scharf, R. Higuchi, G. T. Horn, K. B. Mullis, and H. A. Erlich. "Primer-Directed Enzymatic Amplification of DNA with a Thermostable DNA Polymerase." Science 239 (1988): 487-491


The Expanding Earth, 448 pp., Elsevier, Amsterdam 1976


Theories of the Earth and Universe, 206 pp., Stanford University Press. 1988


Earth Universe Cosmos - University of Tasmania. 1996


MILFORD WOLPOFF and ALAN THORNE; The case against Eve: Where did we originate? Some reserachers think that all modern humans evolved from a single African women. The testimony of fossils suggests otherwise; New Scientist magazine, 22 June 1991, page 37 -


G. Keller (2005), Impacts, volcanism and mass extinction: random coincidence or cause and effect? (Impacto de asteróide, vulcanismo e extinções em massa: coinscidência ou causa e efeito?), Australian Journal of Earth Sciences, v. 52, p. 725 - 757.


Robock, Alan, and Clive Oppenheimer, Eds., 2003: Volcanism and the Earth’s Atmosphere, Geophysical Monograph 139, American Geophysical Union, Washington, DC, 360 pp

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal


domingo, 13 de junho de 2010

CIVILIZAÇÃO RAPA-NUI


As esculturas da civilização Rapa-Nui são uma incógnita para os estudiosos da Ilha de Páscoa.




Conhecida como um dos pontos mais distantes do planeta, a Ilha de Páscoa fica localizada a exatos 3700 quilômetros do continente americano e quase mantém a mesma distância em relação ao Taiti, no Pacífico. Por conta da posição isolada, esse pequeno montante de terras lançado no oceano parece não ser propício à formação de nenhum tipo de civilização ou cultura.
Como se não bastasse o problema da distância, Páscoa é uma ilha dotada de vários acidentes geográficos que impedem a presença de terras férteis ou algum outro recurso favorável à fixação humana. Entretanto, contrariando a quase grotesca imagem desse lugar, Páscoa é tomada por uma série de gigantescas estátuas que pretendem representar a face de um humano.




A partir desse indício, várias pessoas tiveram a curiosidade de pesquisar e tentar desvendar esse mistério revelado por um grupo de navegantes holandeses do século XVIII. Após várias pesquisas, etnógrafos e outros especialistas chegaram à conclusão de que o chamado “povo Rapa Nui” alcançou a ilha de Páscoa em pequenas embarcações de casco duplo.
Convivendo paralelamente às pesquisas científicas, a tradição oral de alguns povos que vivem mais proximamente ao local diz que o primeiro a pisar naquelas terras foi um sujeito chamado Hotu Matua. Para os arqueólogos, o processo de ocupação da ilha teria acontecido entre os séculos V e VIII d.C.. Além disso, os estudiosos também estão convencidos de que a população animal teria sido instalada pelas tribos polinésias que visitaram a região.




Sejam lá quais os eventos que fornecem uma explicação lógica ao processo de ocupação da ilha, a presença das estátuas de rosto humano, também conhecida como moai, é o grande mistério que cerca o lugar. Ao todo, são contabilizados 887 monólitos que tem entre 1 a 10 metros de altura. Vale ainda destacar que outras versões semelhantes dessas estátuas podem ser encontradas no Taiti e no Havaí.
Nenhum relato ou evidência mais clara apontam para os reais motivos que teriam justificado a construção destas estátuas. Entretanto, realizando um estudo comparativo das tradições dos povos polinésios vizinhos, alguns estudiosos concluíram que as estátuas serviriam para demarcar as terras ou apontar a liderança política de algum líder que tenha vivido na ilha.
Os deuses de Rapanui e os Moais - História dos deuses de Rapanui e os Moais

Em todo este relato da saída do rei Hotu Matua (Matua significa pai) da ilha Hiva e a posterior chegada dos maoris a Rapa Nui, não há nenhuma explicação para os gigantescos moais, que nada significam para os atuais habitantes, nem como ídolos sagrados nem como estátuas de personagens históricos ou legendários respeitados, à parte do fato de comentar-se que antes de estes maoris chegarem, habitava a ilha a gente de orelhas largas, que o povo das orelhas curtas do araki Tuu-ko-Iho, o esposo de Ava Rei Pua, matou tentando explicar o seu desconhecimento sobre a origem dos moais, e a plausível versão da desaparição dos talhistas daqueles monólitos antropomórficos, dos quais só sabem que muitos estão abandonados nas canteiras das cimeiras, a meio talhar, sem que nenhum rapanuino tenha podido dar conta de quando nem de como se produziu tal interrupção na sua talha e posterior ereção nem a razão da sua presença nas ladeiras da ilha.




Quanto à mitologia da ilha de Páscoa, se menciona em primeiro lugar o deus-pássaro Makumaku, do qual há multidão de talhas antigas, seguramente da mesma época que a dos construtores de maois, nas rochas das montanhas vulcânicas da ilha: se fala da existência dos Aku-aku, os espíritos invisíveis que dão a chave das almas à população de origem maori; se pensa em outros deuses secundários, como são Hava, Hiro, Raraia Hoa e Tive, mas não existe uma doutrina sólida que una estes deuses e espíritos duma maneira coerente, nem sequer que possa estabelecer um nexo entre as esculturas e os povoadores atuais, dado que os nomes do mito que se mantiveram após a cristianização só são personificações animistas residuais que dão sentido a determinadas manifestações visíveis das forças mais temidas da natureza.


Civilização Rapa-Nui


Rapa-Nui - Os Gigantes da Ilha de Páscoa




No ano de 1722, domingo de páscoa, às 18 horas. A bordo do navio de Afrikaanske Galei, os marinheiros trabalham normalmente. Há quatro meses e meio tinham levado ferros da Holanda em viagem de exploração e comércio e afora o rápido combate com um grande galeão espanhol, que tinha deixado para trás graças a sua superior velocidade, tudo havia corrido ao gosto do comandante comodoro Jacob Roggeveen.




Súbito o vigia , anuncia " terra à vista" . Aproximan-se de uma ilha não assinalada no mapa. Com a pouca luz do entardecer chegam em tempo de avistar no litoral, sobre longas muralhas de pedra, enormes gigantes que parecem dispostos a evitar desembarque. Roggeveen manda ancorar longe da costa e decide esperar pelo amanhecer para tomar uma decisão Quando o dia clareia os europeus têm sua segunda surpresa. Os gigantes permaneciam parados e com óculos de alcance foi possível avistar gente de tamanho normal que se movia entre eles. Tinha-se assustado com estátuas. Resolvem então desembarcar, após batizar a ilha em honra a data de sua descoberta.


Estátuas colossais, de mais ou menos 5 metros reinam em toda ilha do Pacifico desafiando a ciência. Como explicar o transporte das colossais estátuas, chamadas Moais, ninguém até hoje soube dizer. As estátuas olham para o norte e nordeste, sul, suldoeste e sudeste. A ilha toda tem 170 km2 de extenção, 3500 km da costa oeste da América do sul. Existem hieróglifos por toda parte da ilha e se fossem decifradas iriam revelar muito sobre a cultura daquela época.


Fica a seguinte pergunta no ar: Quem e que ferramentas foram usadas na construção daquelas estátuas? Simplesmente esta pergunta está entre nós desde o descobrimento da Grande Pirâmide do Egito. Mas se pensármos bem o Mundo está repleto de enigmas do qual só temos uma resposta, ou fomos auxiliados por seres inteligentes de outras galáxias, ou tivemos uma grande catástrofe da qual esquecemos tudo e recomeçamos da estaca zero... A ilhota é de formação vulcânica, tendo um relevo moderado, superficie de 118 km quadrados, com altitudes que variam de 200 à 500m. Faz parte da província de Val Paraíso no Chile, e constitui a Oceania chilena. Sempre os mesmos traços de impossibilidade, nos canteiros do vulcão, sem terminar ficaram mais de 200 Moais, que não foram terminados nem distribuidos. Batizada como "Te pita, te henua" (umbigo do mundo).


Civilização Rapa-Nui


Existem três tipos de estátuas gigantes:


As primeiras estátuas estão situadas nas praias à borda do mar. Seu número é de mais ou menos 200 à 260 e algumas estão à uma distância de mais de 20 km do canteiro do vulcão onde foram modeladas. Estas estavam instalados em vários números, sobre monumentos funerários chamados "ahus"e davam as costas para o mar. Originariamente estiveram tocados por um tipo de chapéu cilíndrico chamado "Punkao", feito com uma rocha avermelhada, tirada do vulcão "Puna Pao".


O segundo grupo é o das eregidas ao pé do "Rano Raraku". São estátuas terminadas, porém diferentes das outras, pois seus corpos estão cobertos por símbolos. As órbitas dos olhos não estão desenhadas e precisam de um chapéu ou "punkao". No entanto estas são mais enigmáticas que as anteriores.


O terceiro grupo há anos a mais conhecida de todas elas "tukuturi", que possui a particularidade de ter pernas, foi comparada as estátuas da arte pré-incaica criando sérias dúvidas sobre a tese comum da origem dessas populações. A ilha porém foi abandonada por alguma razão... Os obreiros abandonaram suas ferramentas e oficinas. Como se suas causas desta paralização tivessem sido provocadas por uma catástrofe de carater natural, como maremoto, por alguma invasão ou epidemia.


Pára-Raios?




Porém alguns cientistas, no ano de 1989, caracterizaram os Moais como "PARA RAIOS", devido a constantes descargas elétricas naquela ilha. Mesmo assim à quem se atribui a inteligência de produzir "para raios" naquela época? Assim do meu ponto de vista, até acho que os moais tenham sido destruídos por raios naquela época, e seus criadores tenham feito os chápeus Punkao, para que as grandes estátuas não fossem danificadas pelo impacto dos raios...já que os chapéus não tem um formato muito criativo, sem ornamentos, digo, bem simples em vista que os monumentos têm muitos detalhes, são ricos de finos traços.


As estátuas monolíticas de até dez metros de altura da ilha de Páscoa, no Oceano Pacífico, foram construídas pelos antigos nativos para funcionar como pára-raios e, desse modo protegê-los das descargas elétricas freqüentes naquela região. Essa teoria, já comprovada científicamente através de pesquisas nos laboratórios da Universidade Federal do Maranhão, foi levantada pelo professor Francisco Soares, que passou seis meses na ilha estudando a função dos misteriosos Moai - nome dado às estátuas pelos nativos.


Soares, de 31 anos, que é engenheiro eletrônico especializado em computação, descobriu que os antigos habitantes da ilha de Páscoa já conheciam na prática a Lei de Gauss, que aplicavam empiricamente, através das gicantescas estátuas para proteger-se das descargas elétricas. A Lei de Gauss determina o comportamento da distribuição de cargas elétricas espaciais sobre uma superfície dielétrica. O chapéu na cabeça das estátuas, de material vulcânico poroso, absorvia os raios e impedia que elas fossem destruidas. Até então imaginava-se que os moai tinham apenas funções relifiosas ou estéticas.


Dedicando-se, desde 1979, à pesquisa sobre equipamentos primitivos de computação, como o ábaco, uma tábua de cálcuos criada pelos chineses, Francisco Soares chegou a civilização Inca, que possuia a mesma técnica com o quipu, feito de fios. E no rastro do quipu, Soares chegou a Rapa-nui, nome nativo da Ilha de Páscoa, descoberta em 1722, num domingo de páscoa, pelo holandês Jacob Roageveen. Ele conduziu suas pesquisas a partir de de quatro perguntas; Por que os moai foram construídos? Por que eram altos e tinham a forma alongada? Por que o chapéu? Por que só ocupavam a faixa costeira da ilha?


Até então as gigantescas estátuas haviam sido estudadas apenas por antropólogos e etnólogos, que viam nelas um sentido mistico; teriam poderes mágicos ( os nativos diziam que quem tocasse na sua cabeça morria ) e ao mesmo tempo, seriam uma homenagem aos seus ancestrais. Francisco Soares, no entanto concluiu que as estátuas, dispostas somente no redor da ilha, tinham a função de pára-raios, atraíndo as descargas elétricas. Ficava assim protegido o centro dessa ilha, de 179 quilometros quadrados e a cerca de quatro mil quilômetros da costa do Chile. Ali estavam as habitações e lavouras de subsistência.


Com o auxílo do professor Antônio Oliveira, mestre em física e matéria condensada do Departamento de Física da Universidade Federal do Maranhão, Soares recriou em laboratório as condições necessárias para a simulação de descargas elétricas. Usou uma fonte de alta tensão, uma câmpanula para fazer vácuo, e miniaturas das estátuas, confeccionadas com o mesmo material dos Moai, dispostas numa maquete da ilha. Comprovou-se, desse modo, que as estátuas com chapéu atraiam todas as descargas elétricas, que eram absorvidas e distribuidas pelo corpo, sem danificá-las. E mais: no escuro, os chápeus, carregados de energia, ficavam iluminados, o que, segundo ele, explica os poderes mágicos atribuídos aos moai.


Soares concluiu, diante disso, que os antigos nativos da ilha dominavam o conhecimento prático da Lei de Gauss, pois a função de pára-raios só se tornou possível por causa da forma dos chapéus das estátuas e do material vulcânico poroso com que foram confeccionadas, diferentes do material do corpo. Se fosse outro material utilizado, elas seriam destruídas pela primeira descarga elétrica. O jovem cientista maranhense, que deu ao seu trabalho o título de aplicação empírica da Lei de Gauss e difusão elétrica nos moai de Rapa-nui, volta a ilha em julho para novas pesquisas."




Maior estátua construída na ilha tem 10 metros e 90 toneladas. E ainda existe uma outra inacabada com 20 metros de altura.


VOCÊ QUER SABER MAIS?



Katherine Routledge (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8


Steven R Fischer. The island at the end of the world. Reaktion Books 2005 ISBN1 86189 282 9


Katherine Routledge (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8 page 181


Katherine Routledge (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8 page 186


Matthews, Rupert (1988). Ancient Mysteries. Wayland Publishing. ISBN 0-531-18246-0.


Pelta, Kathy (2001). Rediscovering Easter Island. Lerner Publishing Group. ISBN 0-8225-4890-9.


Routledge, Katherine (1919) The Mystery of Easter Island ISBN 0-932813-48-8.


Diamond, Jared. Colapso - Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Capítulo 2 - Crepúsculo em Páscoa, página 144. Editora Record. Rio de Janeiro - São Paulo (2006).


http://www.portalrapanui.cl/rapanui/informaciones.htm


www.ufma.br/

quinta-feira, 10 de junho de 2010

EVOLUÇÃO EM DÚVIDA!!!!!!!!!

Michael Behe: E O DESENHO INTELIGENTE




1.Michael Behe:


É o bioquímico norte-americano que com o seu livro A Caixa Preta de Darwin desafiou com a sua tese do 'complexo irredutível' a teoria da evolução de Charles Darwin, além de propor a existência necessária de uma causa eficiente deste complexo irredutível: o Intelligent Design. Toda motivação
de Behe se pauta no que propora Darwin ao dizer: Se se pudesse
demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse demaneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra [Charles Darwin, Origem das Espécies, Belo Horizonte: Villa Rica, 1994, p. 161], ao que Behe responderia: Para Darwin, a célula era uma 'caixa preta'-- suas operações internas eram completamente misteriosas para ele. A gora, a caixa preta foi aberta e nós sabemos como ela funciona. Aplicando-se o teste de Darwin ao mundo
ultracomplexo da maquinaria molecular e dos sistemas celulares que têm sido descobertos nos últimos 40 anos, nós podemos afirmar que a teoria deDarwin 'ruiu inteiramente por terra'
[Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin: O Desafio da Bioquímica à Teoria da
Evolução. Jorge Zahar Editor].


2.Complexo irredutível?


Segundo Behe algo é irredutivelmente complexo por ser um sistema composto de diversas partes bem sincronizadas e interativas que contribuem para a função básica, onde a remoção de qualquer uma das partes faz com que o sistema efetivamente deixe de funcionar. Behe salienta que a célula não é mais uma misteriosa caixa preta como foi para Darwin, pois se sabe agora como ela funciona a nível molecular e como se encontra abarrotada de sistemas que são irredutivelmente complexos.




A COMPLEXIDADE CELULAR QUE DARWIN NUNCA VIU.


O fato da complexidade irredutível dará, segundo Behe, uma nova perspectiva em biologia para não mais ignorar a presença evidente de um intelligent design [planejamento inteligente]. M. Behe segue os passos de Phillip Johnson, um professor de Direito na Universidade da Califórnia, em Berkeley, que com o seu livro Darwin on Trial [revisto em 1993] tem provocado os mais prestigiados evolucionistas do mundo, incluindo Stephen Jay Gould da Universidade de Harvard e Niles Eldredge, do Museu Americano de História Natural, com a sua proposta do Intelligente Design. O objetivo do movimento do design/ planejamento inteligente é liberar a ciência de seus grilhões da filosofia naturalista -lê-se evolucionista- a fim de que os cientistas que pesquisam a
origem das maravilhas da natureza tenham a liberdade de considerar todas as Michael Behe [outras] explicações possíveis, incluindo o design/ planejamento, por um agente inteligente.


3. Behe, O Papa e Darwin:




BEHE, O PAPA E DARWIN.


Desde a publicação do seu livro, Behe esteve no olho do furacão respondendo a inúmeras questões dos seus opositores. Cristão católico, não foi poupado inclusive das críticas de autores cristãos. Em resposta, Behe imediatamente escreveu um artigo opinião/ editorial, que ficou um mês sobre a mesa do editor. Contudo, numa declaração do Papa João Paulo II, que correu mundo afora, feita em 25/ 10,1996 à Pontifícia Academia das Ciências, sobre a evolução, em que afirmava novos conhecimentos científicos levam a não considerar mais a teoria da evolução mera hipótese... É digno de nota o fato de que essa teoria se tenha progressivamente imposto à atenção dos pesquisadores, posteriormente a uma série de descobertas feitas nas diversas disciplinas do saber . Esta mensagem foi distorcida e foi passada como se o Papa promovesse a total aceitação da evolução, o que causou certo desânimo em Behe por não compreender a mensagem do Papa. O Papa, naquela mensagem de Outubro de 1996 à Pontifícia Academia das Ciências, reconheceu à evolução o caráter de teoria científica, em virtude da sua coerência com as opiniões e as descobertas de vários ramos da ciência. Ao mesmo tempo realçava que existem diversas teorias explicativas do processo evolutivo, entre as quais também algumas que para a ideologia materialista, na qual se inspiram, não são aceitáveis para o crente, sobretudo no que se refere à criação da alma humana diretamente por Deus. Mas neste caso não é a ciência que está em questão, mas uma ideologia. Uma síntese da doutrina católica a respeito deste tema pode ser lida no documento Comunhão e Serviço: a pessoa humana criada à imagem de Deus, da Comissão Teológica Internacional de 2004.


4. Facchini x Behe:




FLORENZO FACCHINI, EX-PROFESSOR DE ANTROPOLOGIA.


Fiorenzo Facchini, ex-Professor de Antropologia na Universidade de Bolonha, Itália, publicou recentemente, em 21 de Janeiro de 2006, o seu artigo Evolução e Criação, no prestigiado órgão de imprensa oficial do Vaticano, L'OsservatoreRomano e causou grande comentário mundial: 1) por parecer defender a posição oficial da Igreja Católica; 2) por criticar a teoria do 'Intelligent Design' defendida por alguns cientistas cristãos, dentre eles Michael Behe e 3) ressaltar que a Igreja Católica não se opõe à doutrina evolucionista: Como se sabe, os defensores do "intelligent design (ID)" não negam a evolução, mas afirmam que a formação de certas estruturas complexas não pode ter acontecido por eventos casuais mas exigiu intervenções particulares de Deus ao longo da evolução e responde a um projeto inteligente. Excluindo o fato de que, contudo, não bastariam as mutações das estruturas biológicas, porque são necessárias também mudanças ambientais, com o recurso a intervenções externas suplementares ou corretivas em relação às causas naturais, é introduzida nos acontecimentos da natureza uma causa superior para explicar coisas que ainda não conhecemos, mas que poderíamos conhecer. Mas assim não se faz ciência. Colocamo-nos num plano diverso do científico. Se o modelo proposto por Darwin é considerado insuficiente, que se procure outro, mas não é correto sob o ponto de vista metodológico sair do campo da ciência pretendendo fazer ciência. A decisão do juiz da Pensilvânia parece portanto ser correta.




ESTAMOS DIANTE DE ALGO ELABORADAMENTE ARQUITETADO DIZ BEHE.


O ID não pertence à ciência e não se justifica a pretensão que seja ensinado como teoria científica paralelamente à explicação darwiniana. Gera-se apenas confusão entre o plano científico e o filosófico ou religioso. Também não é
exigida uma visão religiosa para admitir um desígnio geral sobre o universo. É melhor reconhecer que o problema sob o ponto de vista científico permanece aberto. Se sairmos da economia divina que age através das causas secundárias (quase retraindo-se da sua obra de criador), não se compreende por que certos acontecimentos catastróficos da natureza ou linhas ou estruturas evolutivas sem significado ou mutações genéticas danosas não foram evitadas por um projeto inteligente. Infelizmente, na base de tudo isto deve ser também reconhecida
uma certa tendência em cientistas darwinistas a assumir a evolução em sentido totalizante, passando da teoria à ideologia, numa visão que pretende explicar toda a realidade viva, incluindo o comportamento humano, em termos de seleção natural excluindo outras perspectivas, como se a evolução tornasse supérflua a criação e tudo se pudesse ter autoformado e ser reconduzido à casualidade.


4.Tomás x Behe:




SÃO TOMAS DE AQUINO.


O Magistério da Igreja fundamenta-se na doutrina antropológica de São Tomás de Aquino para tratar do homem. Eis o que
afirma o documento Comunhão e Serviço, N°30: Para manter a unidade de corpo e alma ensinada na Revelação, o Magistério adota a definição da alma humana como forma substantialis (cf. o Concílio de V ienne e o V Concílio do Latrão). A qui oMagistério se baseou sobre a antropologia de Tomás de Aquino que, inspirando-se na filosofia de A ristóteles, vêo corpoea alma comoos princípiosmateriais e espirituais deumser humano individual. Podemos observar como tal posição não é incompatível com as mais recentes descobertas científicas. A Física moderna demonstrou que a matéria, nas suas partículas
mais elementares, é puramente potencial e não tem nenhuma tendência para a organização. Mas o nível de organização no universo, onde se encontram formas altamente organizadas de seres vivos e não vivos, subentende a presença de uma certa forma de informação . Um raciocínio deste gênero leva a pensar em uma parcial analogia entre o conceito aristotélico de forma substancial e omoderno conceito científico de informação . Portanto, por exemplo, o DNA dos cromossomos contém as informações necessárias para que a matéria possa se
organizar segundo o esquema típico de uma data espécie ou ser particular. De modo análogo, a forma substancial fornece à matéria prima as informações de que esta necessita para se organizar de um modo particular. Convém tomar esta analogia com a devida cautela, dado nãoser possível umconfrontodiretoentre conceitos espirituais emetafísicos edadosmateriais e biológicos.


5. Criação x Evolução Tomista:


O Magistério da Igreja vê nos princípio filosóficos do Aquinate as razões suficientes para explicar que, com relação à origem da alma humana, esta não pode ter sido originada segundo a teoria da
evolução materialista, pois não tem ela a sua origem do sêmen. Encontra também na cosmologia tomista os princípios metafísicos que asseguram que o mundo teve a sua origem por criação e que isso não anula a possibilidade de que, a partir do criado, da potência da matéria primeira, fossem eduzidas novas formas substanciais originadas pela mescla das formas elementares que a informaram originariamente. Segundo o Aquinate o mundo, que é constituído de matéria, sua matéria foi criada por Deus e não pressupôs a matéria para criar o mundo, sendo Deus o único princípio de criação, criando duas coisas uma próxima dEle e outra próxima do nada Segundo TA, esta tese foi defendida por Santo Agostinho. O Aquinate não considera que a matéria foi criada absolutamente informe ainda que nada impeça de que se a conceba informe no instante da criação, mas informada no instante posterior, porque embora não tenha sido informada completa e imediatamente pelas formas específicas no mesmo instante de sua criação, foi, pelo menos, no instante seguido, pelas formas elementares, a partir das quais, por mescla, constituiriam a posterior informação específica da matéria, já no tempo sucessivo.




INFOGRAFO. DO SIMPLES AO COMPLEXO!


Se tudo o que existiu foi por causa de alguma forma, seria ilícito sustentar que Deus criou a matéria absolutamente informe, mesmo que a forma que Ele comunicou à matéria primeira, no
início, tenha sido alguma forma de natureza inferior, a saber, a forma de corporeidade. Metafisicamente falando, este seria o 'elemento irredutível' que comprovaria uma causalidade inteligente, já que o complexo irredutível de Behe os supõe. De qualquer modo, podemos admitir
uma informação simultânea no instante da criação e outra sucessiva depois deste instante, já no tempo, o que poderíamos denominar evolução, e nisso não haveria contradição em supor, desde que se admitissem ao menos alguma informação naquele instante da criação da matéria primeira. Pois bem, segundo a doutrina do Aquinate não há oposição entre criação e que a partir desta tenham sido gerados por transformações a partir de 'elementos irredutíveis' outras substâncias. Em nossos dias, tal mudança, transformação ou mutação, em macroorganismos, recebe o nome de, guardadas as proporções, evolução.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


José Luís Soares, Dicionário etimológico e circunstanciado de Biologia. São Paulo: Editora Scipione, 2004.


Michael J. Behe, Caixa Preta de Darwin: o Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução. Editora Jorge Zahar, 1997.


John Polkinghorne, Cientista Lê a Bíblia. Editora Loyola, 1998.


Ernst Mayr, O que é a Evolução? Editora Rocco, 2009.


http://www.4shared.com/file/94044881/71d567fc/Resumo_-_Michael_Behe__A_caixa.html?s=1

Você quer saber mais?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PLÍNIO SALGADO. AMOR INCONDICIONAL AO BRASIL!

PLÍNIO SALGADO




Escritor e político brasileiro. Dedicou-se ao jornalismo, fazendo crítica literária e política.




CONGRESSO INTEGRALISTA EM 1935


Fundou a Ação Integralista Brasileira, tornando-se o chefe deste movimento nacional. O Integralismo de Plínio Salgado configurou-se como o maior movimento nacionalista da história do Brasil, o primeiro a aceitar negros e mulheres, um movimento verdadeiramente nacionalista, anticomunista e antiliberal que, sob o lema "Deus, Pátria e Família", conseguiu reunir setores da classe média e intelectuais. Os milicianos obedeciam a uma série de regulamentos, entre os quais o uso de uniformes (camisas-verdes) e da saudação Anauê, uma saudação em língua tupi.




DESFILE DE 50.000 CAMISAS VERDES NO RIO DE JANEIRO TENDO AO FUNDO O PALÁCIO DO CATETE, ONDE O ENTÃO PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS, ASSISTIA AO DESFILE.


Plínio Salgado nasceu em 22 de janeiro de 1895 em São Bento do Sapucaí SP.
Após um período em Minas Gerais e na capital paulista, voltou à cidade natal e fundou em 1916 o Correio de São Bento. Seu talento como escritor foi reconhecido por Monteiro Lobato, que publicou algumas de suas crônicas na Revista do Brasil. Dois anos depois, Plínio participou da fundação do Partido Municipalista. Viúvo aos 24 anos, com uma filha recém-nascida, tornou-se profundamente religioso. Em 1920 mudou-se para São Paulo, onde ficou conhecido como jornalista e escritor. Foi um dos ideólogos da tendência nacionalista do modernismo, denominada Movimento Verde-Amarelo, em oposição à corrente primitivista, lançada pelo Manifesto pau-brasil, de Oswald de Andrade.




HASTEANDO A BANDEIRA DO SIGMA NO RIO DE JANEIRO EM 1935


Em 1927, publicou Literatura e política, em que se declarava anticosmopolita, defensor de um Brasil agrário e contrário ao sufrágio universal. No ano seguinte, elegeu-se deputado estadual pelo Partido Republicano Paulista (PRP).




FILHOS DE INTEGRALISTAS ERAM INCENTIVADOS DESDE CEDO A SEGUIR O MOVIMENTO.


Em 1932 organizou a Sociedade de Estudos Políticos, da qual derivou uma comissão técnica, a Ação Integralista Brasileira (AIB), destinada a transmitir à população, em linguagem simples, suas bases doutrinárias. A AIB cresceu aos poucos e, em junho de 1937, já transformada em partido político, reuniu 25.000 adeptos em desfile no Rio de Janeiro. No ano seguinte, após duas tentativas de revolução contra o governo ditatorial de Getulio Vargas, a maioria dos implicados foi presa, torturada e morta.




MILICIANOS MARCHANDO E CANTANDO O HINO AVANTE EM 1936.


Salgado, detido apenas um ano depois do levante, rejeito o cargo de Ministro da Educação oferecida por Vargas e foi exilado em Portugal. O
Integralismo chegou milhões de camisas verdes espalhados em todo Brasil.




MULHERES INTEGRANTES DO DEPARTAMENTO FEMININO E PLINIANO DA CIDADE DE MATÃO-SP 1935.


De volta ao Brasil em agosto de 1945, com a redemocratização do país,
fundou o Partido de Representação Popular (PRP), pelo qual concorreu às
eleições de 1955 para a presidência da república. . Em 1970 exerceu seu
último mandato na Câmara. Morreu em São Paulo, em 7 de dezembro de 1975.




PLÍNIO SALGADO UM HOMEM, UM BRASILEIRO, UM NACIONALISTA, UM INTEGRALISTA QUE TINHA ORGULHO DE SER BRASILEIRO E TINHA ORGULHO DO POVO DE SUA NAÇÃO.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


Ferreira, Marcus. O Integralismo na cidade de Matão, 2006.


Salgado, Plínio. O Espirito da Burguesia. Livraria Classica Brasileira, 1951.


Reale, Miguel. O Estado Moderno. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio, 1934.


Salgado, Plinio. A Quarta Humanidade. Editora das Americas, 1936.


CALIL, Gilberto Grassi & SILVA, Carla Luciana. Velhos Integralistas - A Memória de Militares do Sigma. Porto Alegre: EdiPUC-RS, 2001.


CALIL, Gilberto Grassi. O integralismo no pós-guerra: a formação do PRP (1945-1960). Porto de Alegre: EDIPUCRS, 2001.


http://www.integralismo.org.br/novo/?cont=107&vis=

segunda-feira, 7 de junho de 2010

PRECURSORES DO DIREITO. LEIS DO POVO VISIGODO!

Direito visigótico




O rei Lodhanri, um bispo, um duque e um conde, imagem do Breviário de Alarico ou Lex Romana Visigothorum, compilação de leis romanas do Reino Visigodo de Toulouse sob Alarico II (487-507 d.C.)




Capa de uma edição do Liber Iudiciorum do ano 1600.


De origem consuetudinária, o direito visigótico foi o mais intelectualizado ramo do direito germânico, com forte influência do direito romano. Foi o primeiro da família a ser escrito.


A primeira obra de compilação, o Código de Eurico, de ca. 476, foi mista (nela trabalharam juristas de formação romana). Foi elaborado para dirimir as controvérsias entre Visigodos e hispano e galo-romanos. Neste código se tratou, pela primeira vez, dos bucelários (homens livres, semelhantes aos clientes romanos, adjuntos a uma família poderosa que os patrocinava ou sustentava, a troco de serviços, principalmente militares). Parte dos originais (60 de 350 capítulos) se encontra na Biblioteca Nacional de Paris.


A maior codificação dos Visigodos, todavia, não contém direito visigodo: foi o Breviário de Alarico II, de 506, ou Lex Romana Wisigothorum (ou Breviarium Aniani, em honra a seu chanceler), uma seleção, com interpretação, de textos de leges (Constituições Imperiais dos códigos Gregoriano, Hermogeniano e Teodosiano) e de iura (fragmentos de Gaio e Paulo).
Recaredo I (572-586) esforça-se pela unificação dos dois povos (godo-ariano e romano-católico), abolindo a proibição do matrimônio entre visigodos e romanos.
Recaredo I, finalmente, se converte para o catolicismo, fazendo de Toledo a capital em 589.


Mas a dualidade de direitos (segundo o princípio da personalidade das leis) foi superada somente pela abrogação da Lex Romana Wisigothorum e pela redação, em 654, da Lex Wisigothorum de Rescesvindo (653-672), (ou Código Visigótico, ou Liber Iudiciorum, ou Liber Iudicum, ou Forum Iudicum, que será mais tarde conhecido como Fuero Juzgo). O seu nome revelava a sua finalidade: servir para a prática forense, dos juízes.


O Código Visigótico apresentava enorme influência da tradição romana, inclusive na forma: em doze livros como o Código de Justiniano. Foi aprovado pelo VIII Concílio de Toledo, demonstrando a importância da participação da Igreja na legitimação do direito. Este costume dos reis godos, são os gérmens das futuras Cortes ou Estados Gerais. O Fuero Juzgo, ao lado dos costumes municipais, são as principais fontes do direito por muitos séculos. O Código Visigótico contém 324 leis de Leovigildo, 3 de Recaredo, 99 de Chindasvindo e 87 de Rescesvindo. Dele há uma cópia na Biblioteca Nacional em Paris e outra no Vaticano. Permaneceu em vigor até a edição da Lei das Sete Partidas por Afonso X, o Sábio.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


MERÊA, Manuel Paulo, Textos de direito visigótico, I (Codex Euricianus, Lex wisigothorum sive Liber Iudiciorum), Coimbra 1923.
MERÊA, Manuel Paulo, Textos de direito visigótico, II (Glosas ao Liber iudiciorum. lei de Teudis, Fragmentos de Holkham, Formulas visigóticas), Coimbra 1920.

http://www.juntadeandalucia.es/cultura/bibliotecavirtualandalucia/catalogo_imagenes/grupo.cmd?path=10781

http://libro.uca.edu/vcode/visigoths.htm3=


http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/80272752878794052754491/thm0000.htm3=

Você quer saber mais?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

domingo, 6 de junho de 2010

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA!

O que é a língua portuguesa?




O PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço, reconhecem como património nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comunidades lusofalantes.
Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.
É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português, conforme a perpectiva do observador.
Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola, colherá uma sensação de unidade.
Quem comparar a língua falada de duas regiões (dialectos) ou grupos sociais (sociolectos) não escapará a uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão.


Unidade


Uma língua de cultura como a nossa, portadora de longa história, que serve de matéria prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial de diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: uma língua como esta vive na história, na sociedade e no mundo.
Tem uma existência que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos humanos e, imediatamente, pela existência dos grupos que a falam.
Significa isto que o português falado em Portugal, no Brasil e em África pode continuar a ser sentido como uma única língua enquanto os povos dos vários países lusofalantes sentirem necessidade de laços que os unam. A língua é, porventura, o mais poderoso desses laços.


Diz, a este respeito, o linguista português Eduardo Paiva Raposo:
A realidade da noção de língua portuguesa, aquilo que lhe dá uma dimensão qualitativa para além de um mero estatuto de repositório de variantes, pertence, mais do que ao domínio linguístico, ao domínio da história, da cultura e, em última instância, da política. Na medida em que a percepção destas realidades for variando com o decorrer dos tempos e das gerações, será certamente de esperar, concomitantemente, que a extensão da noção de língua portuguesa varie também.


Diversidade


A diversidade linguística que o português apresenta através do seu enorme espaço pluricontinental é, inevitavelmente, muito grande e certamente vai aumentar com o tempo. Os linguistas acham-se divididos a esse respeito: alguns acham que, já neste momento, o português de Portugal (PE) e o português do Brasil (PB) são línguas diferentes; outros acham que constituem variedades bastante distanciadas dentro de uma mesma língua.


Geografia do Português e dos Crioulos de Base Portuguesa




LEGENDA



Países ou territórios com o português como língua materna e/ou língua oficial


1 Crioulos da Alta Guiné


2 Crioulos do Golfo da Guiné


3 Crioulos Indo-portugueses


4 Crioulos Malaio-portugueses


5 Crioulos Sino-portugueses


6 Crioulos do Brasil


Outros mapas


Os dialectos portugueses segundo Luís F. Lindley Cintra


Crioulos de base portuguesa: África


Crioulos de base portuguesa: Ásia


Crioulos de base portuguesa: América



Textos
Dialectos portugueses (ficheiro em formato PDF)


(Dados para a) História da Língua Portuguesa em Moçambique (ficheiro em formato PDF)


Crioulos de base portuguesa



Registos sonoros


Amostras de dialectos portugueses


Português fora da Europa

VOCÊ QUER SABER MAIS?




A Flexão Verbal do Português (Estudo de Morfologia Histórica), Joseph-Maria Piel.


A Formação de Portugal, Orlando Ribeiro.


Algumas observações sobre a noção de «Língua Portuguesa», Eduardo Paiva Raposo.


Áreas lexicais no território português, Luís F. Lindley Cintra.


Diversidade e Unidade: A Aventura Linguística do Português, Rosa Virgínia Mattos e Silva.


El Gallego-Portugués, Kurt Baldinger.


Evolução linguística interna, Timo Riiho.


http://cvc.instituto-camoes.pt/

Você quer saber mais?

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

DESVENDANDO AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO.

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO




As sete maravilhas do mundo antigo são uma famosa lista de majestosas obrasartísticas e arquitetônicas erguidas durante a Antiguidade Clássica feita por Antípatro de Sídon. Das sete maravilhas, a única que resiste até hoje quase intactas são as Pirâmides de Gizé, construídas há cinco mil anos.


Origem da lista


A origem da lista é duvidosa, normalmente atribuída ao poeta e escritor grego Antípatro de Sídon, que escreveu sobre as estruturas em um poema. Outro documento que contém tal lista é o livro De septem orbis miraculis, do engenheiro grego Philon de Bizâncio. A lista também é conhecida como Ta hepta Thaemata ("as sete coisas dignas de serem vistas").
Os gregos foram os primeiros povos a relacionar as sete maravilhas do mundo entre os anos 150 e 120 a.C.. Extraordinários monumentos e esculturas erguidos pela mão do homem, construídos na antigüidade fascinam por sua majestade, riqueza de detalhes e magnitude até hoje. Podemos imaginar o aspecto que outros monumentos e esculturas tinham a partir de descrições e reproduções estilizadas em moedas.


As Pirâmides de Gizé




As grandes pirâmides de Gizé, no Egito, única antiga maravilha do mundo ainda existente.


As três pirâmides de Gizé (ou Guiza, nome mais próximo do original - Gizé é um galicismo) ocupam a primeira posição na lista das sete maravilhas do mundo antigo.
Keóps, Quéfren e Miquerinos, foram construídas como tumbas reais para os reis Khufu (Keóps), Quéfren, e Menkaure (pai, filho e neto), que dão nome às pirâmides. A primeira delas, Queóps, foi construída há mais de 4.500 anos, por volta do ano 2550 a.C., chamada de Grande Pirâmide, a majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior construção feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1889), com a construção da Torre Eiffel.
A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relação às outras maravilhas do mundo é que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se em relativo bom estado e, por este motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para serem conhecidas, já que podem ser vistas.
O curioso é que as pirâmides de Gizé já eram as mais antigas dentre todas as maravilhas do mundo antigo pois, na época já fazia mais de dois mil anos que haviam sido construídas e são justamente as únicas que se mantém até hoje.




Aproximadamente dois milhões de blocos de pedras foram utilizados para a construção das pirâmides.




120 metros em mármore


O Farol de Alexandria


O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu no ano 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido. Era uma torre de mármore situada na ilha de Faros (por isso, "farol"), próxima ao porto de Alexandria, Egito.
Com três estágios superpostos - o primeiro, quadrado; o segundo, octogonal; e o terceiro, cilíndrico -, dispunha de mecanismos que assinalavam a passagem do Sol, a direção dos ventos e as horas. Por uma rampa em espiral chegava-se ao topo, onde à noite ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava até 50 km de distância para guiar os navegantes.


Diz à lenda que Sóstrato procurou um material resistente à água do mar e por isso a torre teria sido construída sobre gigantescos blocos de vidro. Mas não há nenhum indício disso.


À exceção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores, o que depois foi confirmado por imagens de satélite.


Os Jardins Suspensos da Babilônia




Seis montanhas artificiais


A terceira maravilha são os Jardins Suspensos da Babilônia, construídos por volta de 600 a.C., às margens do rio Eufrates, na Mesopotâmia - no atual sul do Iraque. De todas as maravilhas os Jardins Suspensos da Babilônia são os menos conhecidos já que até hoje encontram-se poucos relatos e nenhum sítio arqueológico foi encontrado com qualquer vestígio do monumento. O único que pode ser considerado "suspeito" é um poço fora dos padrões que imagina-se ter sido usado para bombear água.


Os jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido, com terraços superpostos onde foram plantadas árvores e flores. Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a 100 metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada de mármore; entre as folhagens havia mesas e fontes. Os jardins ficavam próximos ao palácio do rei Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em homenagem à mulher, Amitis, saudosa das montanhas do lugar onde nascera.


O Templo de Artêmis




200 anos de construção


A quarta maravilha do mundo antigo é o templo de Artêmis (Diana, para os romanos) em Éfeso, construído para a deusa grega da caça e protetora dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo. Localizado em Éfeso, atual Turquia, o templo foi construído em 550 a.C. pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. O templo tinha 90 metros de altura, como a estátua da Liberdade, em Nova York - e 45 de largura, o templo era decorado com magníficas obras de arte e Ártemis foi esculpida em ébano, ouro, prata e pedra preta.


Após concluído, o templo virou atração turística com visitantes de diversos lugares entregando oferendas, e foi destruído em 356 a.C. por Eróstrato, que acreditava que destruindo o templo de Ártemis teria seu nome espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os habitantes da cidade não revelaram seu nome, só conhecido graças ao historiador Strabo. Alexandre ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser reconstruído só em 323 a.C., ano da morte do macedônio. Mesmo assim, em 262 d.C., ele foi novamente destruído, desta vez por um ataque dos godos. Com a conversão dos cidadãos da região e do mundo ao cristianismo, o templo foi perdendo importância e veio abaixo em 401 d.C; e hoje existe apenas um pilar da construção original em suas ruínas.




Ruínas do templo de Artêmis em Éfeso, Turquia.


A Estátua de Zeus




Marfim, ébano e pedrarias


A quinta maravilha é estátua de Zeus em Olímpia. Foi construída no século V a.C. pelo ateniense Fídias, em homenagem ao rei dos deuses gregos — Zeus. Supõe-se que a construção da estátua tenha levado cerca de oito anos. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura - o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e ébano. Seus olhos eram pedras preciosas.


Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a estatueta de Nike, deusa da Vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia.


Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul), onde acredita-se ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto.


Mausoléu de Halicarnasso




Pirâmide de 24 degraus


O mausoléu de Halicarnasso foi o suntuoso túmulo que a rainha Artemísia II de Cária mandou construir sobre os restos mortais de seu irmão e marido, o rei Mausolo, em 353 a.C.. Foi construído por dois arquitetos gregos — Sátiro e Pítis — e por quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. Sendo esta a sexta maravilha do mundo antigo.


Halicarnasso era a capital da Cária - região que englobava cidades gregas ao longo do mar Egeu e das montanhas do interior e hoje faz parte da Turquia.
O romano Plínio descreveu o mausoléu como um suntuoso monumento sustentado por 36 colunas. Com quase 50 metros de altura, ocupava uma área superior a 1200 metros quadrados. Acima da base quadrada, erguia-se uma pirâmide de 24 degraus que tinha no topo uma carruagem de mármore puxada por quatro cavalos.


Dentro ficavam as estátuas de Artemísia e Mausolo, além de trabalhos de Escopas, considerado um dos maiores escultores da Grécia do século IV. Algumas dessas esculturas, como uma estátua de 4,5 metros, provavelmente de Mausolo, encontram-se no Museu Britânico. O túmulo foi destruído, provavelmente por um terremoto, em algum momento entre os séculos XI e XV. As pedras que sobraram da destruição acabaram sendo aproveitadas na construção de edifícios locais.


Hoje, os fragmentos desse monumento são encontrados no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada de Mausolo.




O Colosso de Rodes


Um pé em cada margem


O Colosso de Rodes, sétima maravilha do mundo antigo, era uma gigantesca estátua do deus grego Hélios colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada em 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos, tendo 30 metros de altura e setenta toneladas de bronze, de modo que qualquer barco que adentrasse a ilha passaria entre suas pernas, que possuía um pé em cada margem do canal que levava ao porto. Na sua mão direita havia um farol que guiava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar o seu polegar.


Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram armas abandonadas pelos macedônios no lugar. Apesar de imponente, ficou em pé durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da baía. Ptomoleu III se ofereceu para reconstruí-la, mas os habitantes da ilha recusaram por achar que haviam ofendido Hélios. E no fundo do mar ainda era tão impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi esquecida até a chegada dos árabes, que a venderam como sucata.


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D'Epiro, Peter e Mary Pinkowish Desmond, "Quais são as Sete Maravilhas do Mundo? E 100 Outras grandes listas Cultural". Anchor. Anchor. December 1, 1998. ISBN 0-385-49062-3.


Ferreira, José Ribeiro e Ferreira, Luisa da Nazaré,"As Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Fontes, Fantasias e Reconstituições". Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Dezembro de 2007. ISBN 978-972-44-1566-6.

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