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terça-feira, 5 de julho de 2016

Templo megalítico de Mnajdra



Mnajdra é um templo megalítico localizado na costa sul de Malta. Localiza-se a cerca de 500 metros de Haġar Qim. Mnajdra foi construído em cerca de 6 mil anos atrás, e os templos megalíticos de Malta estão entre os centros culturais mais antigos do mundo, tendo sido descritos pelo comitê de Sítios do Patrimônio Mundial como "grandes peças de arquitetura únicas"

Em Malta podem ser encontrados os primeiros indícios de construções monumentais com engenharia arquitetônica muito desenvolvida para o período anterior ao egípcio, além de muita precisão matemática. Pesquisas indicam que Malta foi construída antes da invenção da roda e das ferramentas de metal.

Ao sul da Itália, no norte da África, no mar Mediterrâneo há um arquipélago constituído por 5 ilhas que juntas formam a República de Malta, destas, somente às 3 menores são habitadas, elas são: Malta, Gozo e Comino. Malta está na região central do mediterrâneo e possui uma história milenar pelas convergências (e mistérios) de suas civilizações. Segundo estudos ela é habitada desde cerca de 5200 A. C. e foi uma área importante para uma civilização pré-histórica anterior aos fenícios, os sicilianos.



Mnajdra (Complemento em espanhol)

Mnajdra es un templo megalítico que se encuentra e la costa sur de Malta, a 500 m de la estructura homóloga de Ħaġar Qim. Se encuentra cerca de un acantilado y desde ella es posible ver el islote de Filfla. Mnajdra fue construido en el 3000 a. C. y es por consiguiente una de las más antiguas estructuras autónomas del mundo, anterior incluso a las pirámides de Egipto y a Stonehenge.

Está compuesta por piedra caliza de origen coralino, la cual es mucho más fuerte que la del vecino Ħaġar Qim. En 1992, la Unesco declaró el conjunto de Mnajdra, junto a otros cuatro sitios megalíticos en el archipiélago de Malta, Patrimonio de la Humanidad.



El primero de los dos templos en la parte superior de los acantilados que visitamos fue Hagar Qim (se pronuncia "Hajareem"). Unos 500 metros de ella, cuesta abajo hacia el mar, es el templo Mnajdra. Los dos templos tienen mucho en común, pero también tienen diferencias significativas. Mnajdra es más complicada, siendo quizás una amalgama de tres estructuras individuales. Cada estructura se compone de un camino recto de la "puerta de entrada" a una cámara circular u oval en la parte posterior del templo. Fuera de este camino hay cámaras simétricas laterales, tal vez dos (uno a cada lado), o cuatro. La "puerta de entrada" tiene dos grandes piedras laterales bien vestidos, y está coronado por piedras horizontales dintel. Puertas internas, por otro lado, son a menudo agujeros rectangulares cortadas a través de una gran piedra vestido rectangular.


Interior do templo megalítico de Mnajdra na ilha de Malta

Muchas objetos decorados se encuentran en los templos. Algunos hemos visto en el sitio una y otra vez en el Museo Arqueológico, así que obviamente uno u otro debe ser una réplica. No hay indicios de que es el original, y son tan parecidos como para ser indistinguibles para el ojo inexperto. Replica u original, el "Árbol de la Vida" altar es una notable pieza de trabajo, cualquiera que sea la fecha, pero la más notable dada su fecha prevista de alrededor de 3500 aC, la época de las primeras ciudades sumerias. Gran parte de la superficie del altar es punteada. Lo mismo es punteado en varias piedras talladas. Claramente se hace con cuidado, dentro de un límite prescrito, incluso un área enmarcada, pero su propuesta es un misterio.



Mnajdra está a pocos pasos de Hagar Qim lo largo de una calzada construida, presumiblemente construido para mantener a los turistas fuera del terreno frágil. El templo está bien camuflada contra el fondo de piedra caliza bastante árido, pero cuando se construyó, la isla estaba cubierta de bosques, probablemente, y el templo podría haber sido en un claro, con miras a la salida del sol sobre el mar. Tenía que haber un punto de vista la salida del sol, porque las alineaciones solares parecen haber sido muy importante para los constructores del templo.



sábado, 19 de dezembro de 2015

Um pouco da história do livro e da leitura





Podemos dizer que o livro foi um dos primeiros meio de comunicação em massa do mundo; além de ser um dos meios de transmissão de conhecimento mais universais e eficazes que existem. O livro tem aproximadamente 6 mil anos de história, tendo sido feito com os mais diversos tipos de materiais e formatos. A sua história apresenta dois grandes marcos: antes de Gutenberg (quando o livro era manuscrito) e depois de Gutenberg (quando surgiu a tipografia).

O livro manuscrito

Antes do livro surgiu a escrita, há cerca de 40 mil anos, quando o homem pintava imagens de sua realidade nas paredes das cavernas (pictografia). A partir desse momento, a escrita foi adquirindo características muito próprias em diversos povos (escrita mnemônica, escrita fonética e escrita ideográfica). As formas de registro e guarda da memória escrita também variavam bastante. Vemos, então, que a história do livro confunde-se com a própria história da escrita.


Os primeiros suportes utilizados para a escrita – e que podem ser considerados os primeiros livros - foram as tabuletas de argila utilizadas pelos sumérios. A Suméria era uma região semi-árida localizada na Mesopotâmia (atual região sul do Iraque). O estilo de sua escrita era a cuneiforme, que apresentava sinais em forma de cunhas. O escritor Fernando Báez (que estudou a história da destruição das bibliotecas) conta que perto de 2600 a.C. já apareciam, nessa região, formatos inovadores parecidos com o livro que conhecemos atualmente: textos onde na parte superior eram indicados os nomes do redator e do supervisor. Já nessa época existiam diversas grandes bibliotecas que versavam sobre registros econômicos, administrativos, políticos, flora, fauna, poesia, magia, etc.



Mais tarde, os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro, uma planta encontrada às margens do rio Nilo, cujas fibras unidas em tiras - e previamente preparadas por um minucioso processo - serviam como superfície resistente para a escrita hieróglifa (formada por desenhos e símbolos). Os rolos com os manuscritos chegavam a 20 metros de comprimento. O desenvolvimento do papiro deu-se cerca de 3000 a..C. e a palavra papiryrus, em latim, deu origem a palavra papel. O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada ou livrada (em latim libere, que quer dizer livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber, libri, em latim, e posteriormente livro em português.
“Livro dos Mortos” de Neferrenpet – cerca de 1250 a.C.

Os romanos usavam os papiros em forma de cilindro, que chamavam de volumen (ou khartés, nome original), facilmente transportados. O volumen era desenrolado conforme ia sendo lido, sendo que o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um volumen era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros. Os romanos, também, chegaram a escrever em tábuas de madeira cobertas com cera.

Devido à escassez natural do papiro e também aos conflitos políticos e às guerras, que impediam a importação deste material, precisou-se recorrer a uma nova matéria-prima que o substituísse. Nesse processo, surgiu o pergaminho, cuja invenção atribuiu-se aos habitantes de uma cidade da Ásia Menor chamada Pérgamo (razão do nome). Porém, alguns estudiosos afirmam que o uso de peles de animais (sobretudo o de carneiro) já era corrente na Ásia há muito tempo e que Pérgamo só aperfeiçoou a técnica.

Ilustração alemã, datada de 1568, que mostra o processo de fabricação do pergaminho

Nesse processo de evolução surgiu o pergaminho feito geralmente da pele de carneiro, que tornava os manuscritos enormes, e para cada livro era necessária a morte de vários animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo; porém seu custo acabava sendo altíssimo. Em razão disso, surgiam os palimpsestos, manuscritos reutilizados, onde o texto anterior era apagado para dar lugar a outro. O formato, com o uso do pergaminho, também acabava mudando: passava-se do volumen para o códex (ou códice), que não era mais um rolo, mas sim uma compilação de páginas acompanhada de uma capa. Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois o compartilhamento das informações escritas tornou-se mais fácil. A utilização do pergaminho se estende pela Idade Média.

A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos monastérios era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos. Esses ambientes acabaram se tornando verdadeiras produções em massa de livros manuscritos.

A difusão do papel

À margem dessa trajetória do papiro e do pergaminho, outros povos utilizavam-se dos mais diversos suportes para registrar seus escritos. Os indianos, por exemplo, faziam seus livros em folhas de palmeiras. Os maias e os astecas, antes do descobrimento das Américas, escreviam os livros em um material macio existente entre a casca das árvores e a madeira.

Mas o papel como conhecemos, surgiu na China no início do século II, através de um oficial da corte chinesa, a partir do córtex de plantas, tecidos velhos e fragmentos de rede de pesca. A técnica baseava-se no cozimento de fibras do líber - casca interior de certas árvores e arbustos - estendidas por martelos de madeira até se formar uma fina camada de fibras. Posteriormente, as fibras eram misturadas com água em uma caixa de madeira até se transformar numa pasta. Mas a invenção levou muito tempo até chegar ao Ocidente.

Dados históricos mostram que o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela instalação da primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, na Espanha, em 1150 após a invasão da Península Ibérica. Com o tempo o papel passou a substituir o pergaminho no Ocidente e os elementos mais característicos dos livros atuais foram sendo incorporados, tais como a pontuação no texto, uso de letras maiúsculas, índices, sumários, resumos e gêneros de textos.

A imprensa

Basicamente a tipografia consiste em pequenas peças de madeira ou metal em relevos de letras e símbolos (tipos móveis). Antes de Gutenberg (em 1405), os chineses já haviam inventado tipos rudimentares, mas que não eram reutilizáveis, pois eram de madeira. A revolução realmente veio com a invenção da imprensa com tipos móveis reutilizáveis pelo alemão Johann Gutenberg, em 1455. Seus tipos móveis eram de chumbo fundido, portanto mais duradouros e resistentes do que os fabricados em madeira. O primeiro livro impresso por essa técnica foi a Bíblia em latim.


Não se sabe ao certo o volume de códices em circulação na Europa, na época da invenção da tipografia, mas a resistência e esta nova tecnologia por parte da classe dos copistas faz pensar que empregava muita gente. Também é curioso notar que a própria Igreja teve alguma resistência ao uso da tipografia, pois possuía os seus próprios copistas e continuou a produzir livros litúrgicos manuscritos até ao séc. XIX.

A reutilização dos tipos móveis conferia uma enorme versatilidade ao processo de elaboração de livros e outros trabalhos impressos, permitindo a sua massificação. Além disso, o uso dos tipos pedia um novo desenho de letras. Isso acarretou em uma verdadeira revolução cultural que permitiu o desenvolvimento do livro como primeiro meio de comunicação em massa, tornado acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.

Na Idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques. A partir do século 19, aumenta a oferta de papel para impressão de livros e jornais, além das inovações tecnológicas no processo de fabricação. O papel passa a ser feito de uma pasta de madeira, em 1845. Aliado à produção industrial de pasta mecânica e química de madeira - celulose - o papel deixa de ser artigo de luxo e torna-se mais barato. Surgem depois o jornal e outros periódicos, que disseminam as informações de forma cada vez mais rápida.

A leitura e o acesso aos livros

A história do acesso aos livros e à leitura é intimamente ligada à história da cultura e da educação no mundo. Na Antigüidade, o conhecimento era transmitido oralmente. Por isso, a arte da oratória era a base dos ensinamentos, sendo que os mestres ensinavam os aprendizes através do diálogo. A leitura e a escrita ficaram restritas a poucos privilegiados por séculos e séculos. Efetivamente, a educação e o acesso à cultura só foram massificadas a partir da Revolução Francesa. A máxima de que conhecimento é poder é totalmente compreensível, portanto.

Na Grécia, restringia-se aos filósofos e aristocratas, enquanto em Roma a escrita tornou-se uma forma de garantir os direitos dos patrícios às propriedades. Na Idade Média, uma minoria era alfabetizada, as igrejas, os mosteiros e as abadias converteram-se nos únicos centros da cultura letrada. Nos mosteiros e abadias medievais encontravam-se as únicas escolas e bibliotecas da época, e era lá que se preservavam e restauravam textos antigos da herança greco-romana.

De acordo com Wilson Martins, autor do livro “A palavra escrita”, até a Renascença, as bibliotecas não estavam à disposição daqueles que não eram religiosos (ou que não detinham o poder). Elas eram locais mais ou menos sagrados. “O livro, a palavra escrita, eram o mistério, o elemento carregado de poderes maléficos para os não-iniciados”. Com o advento da Renascença e, conseqüentemente, com a ascensão da burguesia e decadência do monopólio da Igreja sobre o poder; o livro perde o seu caráter de objeto sagrado. De acordo ainda com Martins, “foi o livro, ou seja, no fundo, a biblioteca, um dos instrumentos mais poderosos da abolição do ‘antigo regime’.” A partir do século XVIII, com a estimulação das idéias iluministas, tem-se a presença de um pensamento democrático que via na instalação de gabinetes de leitura, bibliotecas públicas e museus uma forma de democratizar o conhecimento ao homem comum que não era alcançado em vista dos privilégios de uma minoria. No século XIX torna-se imperativo a todos a implantação da escola pública.

Durante o século XX e início do XXI, assistimos uma enorme aceleração do desenvolvimento de tecnologias ligadas à comunicação e informação. Ao lado dos tradicionais livros, periódicos (jornais e revistas), rádio e televisão; temos agora a internet, os aparelhos de comunicação móvel e uma crescente convergência de mídias (celulares que transmitem sinais de TV e enviam e-mails; TV digital, e-books, etc.).

E-book

Todo esse panorama nos acostumou a um novo modo de leitura: a leitura através de hipertextos ou hiperlinks, surgidos através dos sistemas informáticos e computacionais, popularizados pela internet. A forma de ler e encontrar as informações na internet, por exemplo, segue uma ordem não-linear, enquanto que o texto impresso ou não adaptado à internet segue uma linha preestabelecida. O próprio modo de pensar do ser humano não é totalmente linear, pois às vezes entrecortamos pensamentos e nos focamos em diversos pontos de atenção. A internet possibilitou, também, o encontro de informações e textos, cujo acesso no mundo real seria quase que impossível ou muito oneroso. Podemos dar como exemplo, os conteúdos localizados fisicamente em outros países, ou mesmo os livros raros ou já esgotados.

É claro que o caminho para a plena democratização da leitura e da informação não foi e não tem sido tão fácil até hoje. A tendência em se transformar os bens de cultura (livros, por exemplo) em bens de consumo, desde o início da era industrialização e da produção de produtos em massa, dificulta o acesso dos mais pobres. As tecnologias de comunicação e informação também sofrem do mesmo mal, sendo que o acesso aos computadores e à internet aos menos privilegiados, muitas vezes, só se dá através de programas de inclusão digital. Por essa razão é tão necessária a discussão de políticas públicas que incentivem a prática da leitura e do acesso a essas tecnologias no Brasil.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

História Contemporânea do século XIX e o filme “Os Miseráveis”.


Cena do filme "Os Miseráveis" de 2012.

Ao fazermos a leitura do livro de Contemporânea do século XIX e realizarmos uma discussão sobre a problemática presente, vemos uma França de uma população infeliz com sua situação de regresso a monarquia, quando um jovem lamenta enquanto corre pela cidade e divaga em palavras sobre a luta popular e perda de tudo que haviam conseguido com a Revolução.

Podemos ver uma Paris cheia de pessoas, muitos desempregados outros indo e vindo de seus empregos em fábricas que seus soldos mal conseguem comprar o pão para a família comer por uma semana. Todos em comum formam um grande grupo de populares privados de sua dignidade, doentes, famintos.

A prostituição toma conta das ruas, pois os estômagos das mães e dos filhos sofrem mais que a honra perdida. Como vemos no filme quando Fantine é demitida da fabrica de costuras pelo gerente sem que o senhor Madeleine (na realidade Jean Valjean) saiba e acaba tendo que procurar um meio de sustentar sua única filha que trabalha como doméstica em uma pousada mesmo sendo criança. Vemos que Fantine, tenta vender um pingente, e é enganada pelos larápios  vender seu cabelo, depois os dentes e por último seu próprio corpo.

Ela perde sua honra pois teme que a filha passe fome ou frio.  Mas no filme Madeleine resgata Fantine das ruas e a leva para um hospital, mas ela não resiste as doenças adquiridas nas ruas estreitas, sujas e que exalam um cheiro nauseante como lemos no livro da disciplina. Madeleine jura cuidar de sua filha Cosette. Paris é um labirinto de túneis que servem de esgoto, que podemos ver nas cenas aonde Jean Valjean, salva a vida de Marius um dos rebeldes que luta contra a monarquia. Jean Valjean arrasta Marius até os esgotos e foge pelos tuneis com o rapaz desacordado. O êxodo rural foi algo que contribuiu para criar uma grande massa de trabalhadores desempregados nas cidades de Paris e Londres principalmente.

Uma verdadeira degeneração urbana em meio ao crescimento industrial. Cidadãos comuns são presos por roubarem um pão para alimentar sua família e as penas não são leves como vemos no filme “Os Miseráveis” a onde Jean Valjean ficou 20 anos preso por roubar um pão. Nem mesmo as crianças são poupadas do trabalho duro nas fábricas que de longe excedem há qualquer respeito à dignidade humana.