sábado, 4 de outubro de 2014

Didática, origem e fundamentos.



           Segundo as bases teóricas analisadas, o conceito de didática surge com Comênio no séc. XVII, através de sua obra Didática Magna, aonde ele elabora uma proposta de reforma tanto do ensino como da escola. Seu trabalho lançou as bases da pedagogia que colocava em primeiro lugar a “arte de ensinar”, ao qual ele mesmo denominou ‘Didática, opondo-se ao pensamentos conservadores da nobreza e do clero, pois em oposição aos últimos ele desejava ensinar tudo a todos.

          A origem da Didática nos remete ao século XVII através de Iohannes Amos Comenius ou mais conhecido como Comênio (1592-1670) que realizou uma obra chamada Didática Magna (Didactica Magna) em 1657, que criava uma proposta de reformar e escolar e educacional. Seu trabalho priorizava uma pedagogia baseada na ‘arte de ensinar’, por ele denominada Didática, termo de origem grega que significa ‘arte’ ou ‘técnica de ensinar’. Desse modo lançado oposição ao pensamento pedagógico da nobreza e do clero. Em sua obra Comênio teorizava um cenário pedagógico com ênfase nos meios e no processo e não em formar um homem ideal como era o pensamento conservador dos nobres e clero, pois a maior preocupação que apresenta em seu trabalho era fundamentada em ensinar tudo a todos.            As teorias de Comênio foram marcantes para sua época, pois o enfoque no ensino voltado às exigências do mundo da produção e dos negócios, valorizando as capacidades dos interesses individuais. As ideias revolucionárias de Comênio caracterizaram-se pelo início do sistema de produção capitalista ao qual se servia de seu enfoque.

               Numa perspectiva atual, a didática propõe uma visão de que somos cidadãos do mundo, e detentores do direito de possuir os instrumentos para se apropriar dos instrumentos culturais de nossa realidade. Inclui em sua visão o conhecimento produzido pelo sujeito, na sua relação com os outros e com o objeto de conhecimento, é compreendido como um conhecimento em rede, em que todas as teorias e todos os conceitos estão interconectados, num crescimento contínuo.

             No decorrer do texto podemos ver que o autor nos apresenta dois tipos principais de didática.  A didática instrumental é elaborada como uma bagagem de conhecimentos técnicos de como fazer pedagogia. Apresentados de forma ampla desvinculam-se dos conteúdos específicos. Já a didática fundamental possui um processo multidimensional de ensino-aprendizagem. Ela não dissocia a competência técnica e o compromisso político, mas se interpenetram. Os projetos pedagógicos devem ser pensados com projetos éticos e político-social.  A didática deve ter por bases a ação educativa constituindo-se em ações sempre voltadas para a realidade circunstancial, cada processo de ensino-aprendizagem é singular e deve ser observado a partir de suas características.

         Neste momento abordarei de forma sucinta as Tendências Pedagógicas 1 dos autores Paulo Freire e José Carlos Libâneo. Para Freire, há duas concepções de educação: bancária, que serve à dominação (cunho mecânico e voltada para a memorização, que unicamente interessa as elites dominantes) e a problematizadora (possibilitando a construção de um de um conhecimento crítico realizado através da vivencia), que serve à libertação. Como afirma: “Em verdade, não seria possível à Educação Problematizadora, que rompe com os esquemas verticais característicos da Educação Bancária, realizar-se como prática da liberdade, sem superar a contradição entre o educador e os educandos. Como também não lhe seria possível fazê-lo fora do diálogo. [...] O Educador já não é apenas o que educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa.” (FREIRE, 1982, p.78).

          Para José Carlos Libâneo, acredita nas condicionantes sociopolíticos da escola, que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade, de diferentes pressupostos sobre o papel da escola, da aprendizagem, das relações professor-aluno e de técnicas pedagógicas, classificou as tendências pedagógicas em: Tendência Pedagógica Liberal (classificada em: Tradicional, Renovada progressivista, Renovada não-diretiva, Tecnicista.) e Tendência Pedagógica Progressista (Libertadora, Libertária e Crítico-social dos conteúdos). O autor afirma sobre a tendência pedagógica liberal: “A pedagogia liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois, embora difunda a ideia de igualdade de oportunidades, não veva em conta a desigualdade de condições [...].” (LIBÂNEO, 2002, p. 21-22).

Conforme Libâneo, a Tendência Pedagógica Liberal está classificada em:
1- Liberal:
a.    Tradicional (transmissão de conteúdos / professor);
b.    Renovada Progressivista e Renovada Não-Diretiva (Escola Nova: enfoque no aluno);
c.    Tecnicista (transmissão de conteúdos / técnicas).

            2- Tendência Pedagogia Progressista: o referido autor esclarece que esta, por meio de suas diferentes tendências pedagógicas, parte da análise das realidades sociais e sustenta implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. Segundo Libâneo, a tendência pedagógica progressista está classificada em:

            a. Libertadora (fundamentada nos estudos de Paulo Freire).
           b. Libertária (Fundamentada nos estudos do espanho. Ferrer y Guardiã. Partem do principio que deve haver uma autogestão pedagógica que deve resistir à burocracia com instrumento de ação dominadora do Estado.)
            c. Crítico-social dos conteúdos (fundamenta-se nos estudos de Carlos Libâneo e Dermeval Saviane. Sua principal característica é a difusão dos conteúdos. São conteúdos culturais, universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente autônomos.)

            Estudaremos agora as Tendências Pedagógicas 2: Baseadas no posicionamento dos educadores e pensadores brasileiros: Fernando Becker
Maria da Graça Nicoletti Mizukami. O professor Fernando Becker, defende que existem três diferentes formas de representar a relação ensino-aprendizagem. Denomina essas formas de modelos pedagógicos e epistemológicos: pedagogia diretiva, pedagogia não-diretiva e pedagogia relacional.

            Pedagogia Diretiva: conforme Fernando Becker, o aluno é uma tabula rasa, sobre a qual é gravado o conhecimento. No perfil da classe o enfileiramento, não oportunizando a relação entre os alunos. Palavra monopolizada ao professor, onde este acredita no ensino onde o aluno apenas escuta e absorve os conhecimentos, aprendendo pelo meio da fixação e repetição. O aluno devesse mantêm em silêncio recebendo passivamente as informações.

“O professor (P), representante do meio social, determina o aluno (A) que é tábua rasa a cada novo conteúdo. [...] É o modelo, por excelência, do fixismo, da reprodução, da repetição”. (BECKER, 2000, p.19).

            Pedagogia não-diretiva: o professor assume  a função de facilitador, de auxiliar do aluno. “O aluno já traz um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou, ainda, rechear de conteúdo”. (BECKER, 2000, p.19).            Nesse modelo pedagógico há a negação do pólo ensino, atribuindo-se valor absoluto à aprendizagem, o que significa abdicação do professor na sua atuação fundamental docente: a intervenção no processo de aprendizagem do aluno.
           
            Pedagogia relacional: o aluno já tem um conhecimento construído e que isso serve de base para construção de novos conhecimentos. 

            A metodologia  utilizada é aquela que possibilita ao aluno pensar, refletir e interagir. Como lemos: “[...] aprendizagem é, por excelência, construção [...]” (BECKER, 2000, p.24).
Modelo da Metodologia



            Abordaremos agora o processo de ensino-aprendizagem, segundo a 
perspectiva de Maria da Graça Nicoletti Mizukami. Classifica o processo de ensino em cinco abordagens.


   Abordagem tradicional: centrada no professor; Alunos recebem tarefas majoritariamente individuais, maiores interesse na fixação da informação do que no pensamento reflexivo. Relação professor-aluno é vertical, avaliação por meio de provas, exames e chamadas orais.

         Abordagem comportamentalista: O conteúdo transmitido visa objetivo e habilidades que levem à competência. O aluno é considerado como um recipiente de informações e reflexões. Assim, o ensino é composto por padrões de comportamento que podem ser mudados por meio de treinamento. O ensinar consiste num planejamento de reforço sob as quais os alunos aprendem, sendo de responsabilidade do professor, assegurar a aquisição do comportamento.

       Abordagem humanista: O professor, em si não transmite o conteúdo, mas sim dá assistência ao aluno, sendo um facilitador da aprendizagem.
O conteúdo advém das próprias experiências dos alunos, e o professor não ensina, apenas cria condições para que os alunos aprendam. Dessa forma, a responsabilidade da educação é fundamentalmente do próprio aluno – o ensino é centrado no aluno.

          Abordagem cognitivista: Aqui a inteligência é o instrumento mais importante para a aprendizagem. A educação consiste no que o aluno aprende por si próprio sem a intervenção do professor. Valorização do trabalho em grupo.

          Abordagem sócio-cultural: Historicidade, processo de conscientização, valorização da linguagem e da cultura do aluno, a verdadeira educação consiste na Educação Problematizadora.
Cooperação, união, organização e solução comum de problemas.

            A avaliação é realizada por meio da auto-avaliação e/ou avaliação mútua da prática educativa por professor e alunos.

         Professor Reflexivo e Pesquisador: Neste momento do presente trabalho procurarei construir a importância da relação entre trabalho pedagógico e pesquisa, de modo a enfatizar o professor o professor como sujeito reflexivo e pesquisar. “[...] o educador nunca estará definitivamente ‘pronto’, formado, pois que sua preparação, sua maturação se faz no dia-adia, na mediação teórica sobre sua prática. A sua constante atualização se fará pela reflexão diurna sobre  os dados de sua prática. Os âmbitos do conhecimento que lhe servem de base não deverão ser facetadas, estanques e isoladas de tratamento do seu objeto de ação: a educação. Mas serão, sim, formas de ver e compreender globalmente, na totalidade, o seu objeto de ação.” (CANDAU, 2000b, p.89).
           
            Nesse sentido, obtemos a necessidade do professor repensar sua prática pedagógica, abrindo-se agora para uma nova premissa em educação que é a de construção de conhecimento, problematização de hipóteses, isto é, um novo pensamento – o de tornar-se reflexivo, pesquisador. Como?  Através de uma constante atualização teórica, para que a prática pedagógica possa transformar-se, modificar-se.

            Pesquisa Qualitativa em Educação: Os autores esclareceram que: “[...] um campo que era anteriormente dominado pelas questões da mensuração, definições operacionais, variáveis, testes de hipóteses e estatística alargou-se para contemplar uma metodologia de investigação que enfatiza a descrição, a indução, a teoria fundamentada e o estudo das percepções pessoais.” (BOGDAN; BIKLEN, 1994, p.11). Eles designaram essa abordagem por Investigação Qualitativa, onde a caracterizaram como significado da importância vital na abordagem qualitativa.

            Estruturação de uma Pesquisa: para se construir um plano de investigação, ou seja, umas propostas de pesquisa qualitativa deveram ter em mente alguns elementos que devem ser considerados na estruturação do projeto de pesquisa, os quais  estão descritos a seguir. A escolha do estudo ou tema da investigação: temas instigantes, inovadores, com os quais a possibilite de investigar torne-se presente. As pesquisas podem ser estruturadas utilizando-se os estudos de caso: que consiste na observação detalhada de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou um acontecimento específico. Observação inicial: é o tratamento histórico do ambiente, para compreensão da situação atual. Trabalho de campo: é a inserção do pesquisador no espaço a ser pesquisado. Métodos da coleta de dados: A observação: que são propósitos específicos do estudo, é um registro detalhado do que está sendo observado. O registro: pós a realização da observação, é o registro do dia, hora e local do trabalho de pesquisa a ser efetivado.  Entrevistas: São questões elaboradas pelo pesquisador e outras formuladas no momento da sua execução conforme as respostas dos entrevistados. Análise documental: é qualquer material escrito que pode ser usado como fonte de informação.   Análise dos dados: É um processo de busca e de organização do material obtido, que reduz os dados e criam as seguintes etapas: delimitação do foco de estudo; formulação de questões analíticas; - aprofundamento da revisão da leitura sobre a temática. E a última etapa do projeto de pesquisa seria a redação para futura publicação. Que deve ter um: tema, título, introdução, desenvolvimento, conclusão, referências bibliográficos, e anexos.

            A Pesquisa em sala de aula: Como podemos trabalhar com a pesquisa em sala de aula? Seremos pesquisadores ou utilizaremos algumas idéias, afim de contribuir com a nossa prática educativa? Será que podemos nos tornar professores-pesquisadores na contribuição acadêmica? Segundo Ludke e Boing (2004, p.56). “[...] Em suma, advogamos a ideia de que a pesquisa do professor da escola básica é diferente daquela da academia, mas isso não significa que seja hierarquicamente inferior. O desenvolvimento de uma pesquisa própria,  que não se restringe apenas à sua prática , mas aos conhecimentos específicos de sua identidade disciplinar e aos saberes docentes próprios do campo, contribuirá decisivamente para que o professor  encontre os próprios rumos de sua profissionalização.”

            Mas o que pesquisar? Como construirmos uma proposta de pesquisa em sala de aula? São indicadas propostas associadas a releitura e leitura crítica da cultura, a partir das ideias do multiculturalismo compreendido como “a representação de raça de classe e gênero como o resultado de lutas sociais mais amplas, a tarefa central de transformar as relações sociais, culturais e institucionais nas quais os significados são gerados”. Pesquisas em sala de aula que evidenciam a busca pela ousadia criatividade e problematização de nossos próprios conceitos, verdades e teorias são fundamentais.

            O Professor como mediador nas relações entre o aluno e a realidade: Neste trabalho apontaremos o papel do professor junto do seu aluno no processo educacional.          Devido a constante transformação em que se encontra o mundo, os educadores vem se dando conta de que suas relações mediadoras anteriormente praticadas alienava e desumanizava  as capacidades e interesses por parte da sociedade. O professor além de ser educador e transmissor de conhecimento, deve atuar ao mesmo tempo como mediador. Ou seja, o professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que dessa forma o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do professor. No âmbito de uma sala de aula são existentes diferentes níveis sociais e emocionais para que o professor consiga atingir um ensino e aprendizagem de qualidade, é preciso que sua forma pedagógica seja objetiva, afetiva e também profissional. Por fim pretendemos através de um trabalho que se ampara em pesquisa bibliográfica e artigos da internet, de mostrar que nós postulantes professores, temos de estar conscientes de que iremos nos deparar com turmas de altos níveis de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos na escola hoje em dia, com todos esses problemas é preciso muita dedicação e afeto do professor para com o aluno para que se obtenha êxito na arte de educar.

            Para que haja uma mudança, segundo autor, “[...] essa relação professor-aluno tem que ser estimulada, com respeito à primeira intervenção, relacionada à preocupação com o conhecimento das estruturas cognitivas e para que isso ocorra devemos esclarecer da importância da afetividade com o envolvimento com o aluno. O local onde o aluno possa se sentir valorizado implica no seu prévio reconhecimento, independente das suas verdades se aproximarem dos seus erros ou acertos. E nele deve reinar a valorização e o respeito ao aluno, ao professor e entre os alunos, assim é possível manifestar o pensamento, tanto para complementar ou questionar sobre as dúvidas que surjam. Não há ação cuja causa é puramente lógico-matemática, nem mesmo as ações mais complexas dos físicos, matemáticos e lógicos. Ela sempre tem um componente afetivo que a faz acontecer.” (BECKER, 2003, p. 20). Existem alguns aspectos que Becker salienta como importantes como: o professor e a sua docência no encontro com o aluno; o gerenciamento do processo de ensino-aprendizagem (ação-reflexão-construção da ação) rigor intelectual; aprendizagem e conhecimento.

            Professor e sua docência no encontro com e aluno: Filosofia: “que todo conhecimento começa com experiência, mas a experiência sozinha não nos dá o conhecimento”.  Kant.

            Como romper com o dogma do erro enquanto "falha moral" e substituí-lo pelo dogma de "erro cognitivo"? Postura de "múltiplas e competentes" (BECKER, 2003); Pedagogia construtivista; Professor mediador; Saberes do aluno; Avaliação resultante; Interação de qualidade; Necessidade de reorganização.

       O professor deverá considerar o processo de assimilação, acomodação e equilibrar vivenciado pelo aluno rumo as construções cognitivas, para, se necessário, reorganizá-las em uma nova assimilação, nova acomodação e, finalmente, um novo equilíbrio. Trata-se: do rompimento do senso comum, das verdades supremas dos professores. Apropriação dos "conhecimentos científicos para interpretar o mundo em que vivem" (BECKER, 2003, p. 33).

            Romper com o dogma da "falha moral" para incentivar o "erro cognitivo" implica: Articular as respostas às 3 perguntas que nortearam este texto Relação do aluno com a realidade em que vive. A diversidade é inevitável na escola, portanto, nos cabe respeitar e valorizar essas diferenças. Valorizar a condição de aprendizagem do aluno, desafiá-lo e fazer da avaliação um processo em que o erro se torne pedagógico faz com que a docência seja comprometida. Devemos trabalhar para que a “falha moral” (professor apontar e julgar o erro) torne-se “erro cognitivo” (professor adquirir nova visão no erro do aluno e fazer deste erro aprendizado). “Essa é a nova base democrática da educação obrigatória sob o pensamento moderno. Se não acreditamos que todos podem “crescer” no sentido de acrescentar suas habilidades e capacidades, a universalidade da educação obrigatória perde seu fundamento mais digno” (SACRISTAN,2001, p. 59).

            Função social do ensino e suas implicações Didático-pedagógicas: Tem como objetivo possibilitar aos alunos a compreensão de como a escola deve e pode dar respostas à sociedade na qual se insere, além de garantir o acesso de todos os alunos ao conhecimento sistematizado, desenvolver as competências básicas para a plena participação social e o exercício da cidadania, partindo de uma visão macro e micro-social. . Tudo que está expresso na linha político cultural e pedagógica da escola constitui-se num legado de contestação histórica que perpassa o processo de escolarização, onde os alunos participam ou não do processo de transformação social na escola ou na comunidade em que vivem. Os conhecimentos se formam a partir das contestações vividas na escola, dentro das práticas escolares, pois existe pedagogia em qualquer lugar em que o conhecimento é produzido, porém de diferentes formas, sendo que as pedagogias que se enquadram no lugar comum certamente levarão a produzir o significado já posto na    cultura da sociedade. “Uma coisa é a organização dos saberes a partir de uma perspectiva científica e outra, bastante distinta, é como devem ser apresentados e ensinados os conteúdos de saberes para que sejam aprendidos em maior grau de profundidade.” (ZABALA, 2002, p. 18).


        Hoje nas escolas temos uma seleção de conteúdos de aprendizagem a partir de critérios disciplinares, com currículos que apresentam um somatório de disciplinas selecionadas sobre critérios organizados disciplinarmente, contrariando a interdisciplinaridade. A função social consiste num processo de socialização dos conhecimentos a fim de se inserirem ou não no meio em que vivem.  Na nova escola, o protagonista passa a ser o aluno, tendo como ponto de partida uma visão global, onde o professor deverá contextualizar o ensino, buscando com e no aluno os conhecimentos prévios que tem sobre  o tema apresentado (contextualização/  problematização) do conteúdo. É na escola que o aluno vê a oportunidade de crescer através de ações sociais, econômicas, culturais e políticas, oportunizando uma preparação para o futuro desses alunos, através de professores que busquem um olhar para a contextualização, a partir da visão global, partindo da síncrese/ análise/ síntese, sem esquecer o meio, a circunstância da comunidade em que vivem esses alunos. Conhecer as expectativas da comunidade, bem como suas necessidades, formas de sobrevivência, valores, costumes e manifestações culturais. Ver a escola como polo cultural, onde o conhecimento já sistematizado pela humanidade é socializado e trabalhado de forma não fragmentada, vinculada a realidade, proporcionando a ampliação das possibilidades culturais dos alunos e da comunidade, através do debate das principais questões locais, regionais e nacionais.  Inserir o aluno no mundo em que vive, numa visão crítica cultural e social, auxiliando-o a ver e pensar a realidade como um todo, com um certo distanciamento, de forma autônoma, única possibilidade de transformá-la.

Filme Escola da Vida: O filme escola da vida nos trás uma grande reflexão: É importante e necessário buscar meios para tornar o ensino mais agradável e produtivo,  levando o aluno a ser um produtor e construtor de conhecimentos e não reprodutor, ou simplesmente uma marionete nas mãos dos professores. Mas que caminhe e que seja capaz de fazer caminhos para um futuro brilhante. Mas para que isto ocorra é necessário, que o professor sinta na pele a condição de aluno e busque tudo que for preciso para que alcance a sua meta de ensino. Levar o aluno além da sala de aula, do papel e caneta nas mãos. Mas sim, leva-lo a pensar, a pesquisar, sentir, cheirar, pegar, enfim, coloca-lo em prática para que a aula seja produtiva e agradável. Vemos no desenvolver da trama a realidade do cotidiano escolar, neste o professor procura sempre estimular os alunos para que sem que eles percebam possam desenvolver o protagonismo. Vemos que o professor sai de seu pedestal de mestre e entra em convivência diária com aqueles alunos demonstrando ser como eles para que assim eles possam interagir constantemente. Neste modo de ensino que o professor do filme utiliza ele demonstra-se que é possível educar com liberdade, pois assim os alunos perceberam que precisam respeitar as diferenças, ter primeiramente tolerância em certas ocasiões e os ensina a serem cidadãos melhores. Constantemente aparece a relação entre pais e filhos na escola, pois no mesmo os pais estão sempre ausentes na vida escolar de seus filhos, e por mais que isso seja tolerável é a atitude mais incorreta que os pais podem ter com seus filhos. O convivo na escola deve ser constante entre pais, professores e filhos “alunos” para que assim sempre haja harmonia entre todos e a escola seja um motivo de felicidade para os alunos.

            Podemos presenciar muitas realidades cotidianas que acontecem sem nem mesmo as pessoas perceberem, por meio desse filme devemos aprender a dar mais valor e atenção às pessoas e situações corretas.

Autor: Leandro Claudir. Criador e administrador do Projeto Construindo História Hoje e Acadêmico de História.

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Você quer saber mais? 

CORDEIRO, Luciana Peixoto; MAIA, Christiane  Martinatti. Didática: organização do trabalho pedagógico. Santa Maria: Editora Pallotti, 2008.

BECKER, Fernando.  Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Vozes, 1982.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

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