quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Meu Deus, 35% dos brasileiros passam fome.

Crianças ainda morrem de fome em nosso Brasil

Convide ele para jantar com você em seu restaurante 5 estrelas. Quanta hipocrisia!!!

Dados levantados em um recente relatório do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram pelo menos um terço das famílias ainda passam fome no Brasil, apesar da propaganda da burguesia de que há um crescimento econômico que melhoraria as condições de vida da população.

No dia 23 de junho foi divulgada pelo IBGE uma nova pesquisa que mede a renda da população brasileira, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. Toda a imprensa burguesa procurou destacar os índices como resultado de uma significativa melhora nas condições de vida da população graças a uma estabilidade adquirida na economia nacional. Uma análise mais detalhada dos índices, no entanto, desmente tal tese.

A prova da melhoria na condição de vida da população estaria em que os itens de alimentação ocupam uma porcentagem cada vez mais proporcional a outros gastos e que um número menor de famílias declararam passar fome.

Pela primeira vez o que é gasto com a alimentação teria se equiparado ao gasto com o transporte. O gasto médio com alimentação no país de 16,1% dos gastos totais de uma família teriam atingido o gasto nos transportes que também ocupariam 16% do total da renda média familiar.

No entanto, o índice de famílias desnutridas continua sendo enorme, de mais de um terço da população (35,6%) dos entrevistados.

Os números da pesquisa anterior de 2002/2003 mostravam que 47% reclamavam da quantidade de alimentos consumidos.

Como se pode ver por outros dados as famílias não estão gastando mais em alimentação, mas sim estão deixando de gastar em alimentos para repassar sua renda para outros gastos.

Enquanto na última pesquisa, de 2002-2003, os alimentos representavam 20,8% das despesas de uma família em 2008 e 2009 este percentual sofreu uma leve queda para 19,8%.

Já gastos com habitação, transporte e inclusive com dívidas, tomaram conta da maior parte do orçamento das famílias.

Os gastos com habitação passaram neste intervalo de seis anos a ocupar 35,9% da renda familiar, enquanto que em 2002 e 2003 ocupavam 30,4%. Já no transporte, este índice saltou de 11,2% para 19,6%.

A parcela ocupada na renda familiar para despesas com dívidas também aumentou nos últimos seis anos em 11%.

Nenhuma melhora

Os dados divulgados pelo IBGE, muito longe de mostrar qualquer prosperidade mostram que se mantém um imenso índice de miséria no País, com uma imensa maioria da população não conseguindo gastar com produtos básicos.

75% das famílias alegam que não chegam até o final do mês com dinheiro suficiente para comprar produtos básicos.


Para as famílias que ganham R$ 830,00 por mês, 88% consideram não conseguir adquirir todos os produtos básicos suficientes.

Em meio à euforia da imprensa burguesa foi deixado de lado um índice negativo que aponta para uma tendência no próximo período que tende a se agravar.

Segundo dados do próprio IBGE, graças à inflação, a renda do trabalhador nas seis principais regiões do país caiu 0,9% de abril a maio.

Na tentativa de mostrar a situação como favorável, o governo e seus órgãos assim como a imprensa burguesa procuram esconder o fato de que as condições de vida da população não melhoraram em nada e que tudo o que cresceu no País ou na renda do trabalhador foi para gastar com o aumento das taxas e a inflação.

A população continua a ser explorada e a renda não corresponde à previsão de crescimento do PIB, que segundo a equipe econômica irá atingir 6% neste ano.

O crescimento econômico não está diretamente relacionado com a renda do trabalhador porque a política econômica defendida por Lula, que era colocada em prática por FHC é a política de fome, baseada na baixa renda da população pela retirada do País da riqueza de suas matérias-primas e na defesa no campo do latifúndio, e na oferta de mão-de-obra barata aos capitalistas nacionais e estrangeiros que procuram um lugar para aplicar seus capitais.

Os trabalhadores devem reagir a esta política se organizando em torno da reivindicação de um salário mínimo vital, reivindicação não apenas econômica, imediata, mas política, baseado nos gastos da necessidade de uma família e no fato de que o salário dos trabalhadores não devem se basear no que os capitalistas e o governo alegam que podem pagar. O salário mínimo deve estar baseado em um índice estabelecido no que está previsto na constituição, da renda necessária para atender todas as necessidades de uma família trabalhadora não apenas em gastos básicos, mas também em cultura, educação e lazer.

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http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/01/463156.shtml

submarino nuclear russo "San Jorge" retorno à base após o sucesso do lançamento de mísseis.


O submarino nuclear russo "São Jorge" voltou para sua base naval na península de Kamchatka, após a conclusão bem sucedida de manobras militares, informou a assessoria de imprensa da frota russa do Pacífico.

"Após a amarração do submarino nuclear e informar o seu capitão, Anatoly Nesheret, o chefe da frota russa do Pacífico, almirante Sergey Abakayant parabenizou a tripulação e o capitão deu o porco assado tradicional", disse a fonte.

Além disso, o serviço de imprensa acrescentou que os submarinos da classe de "São Jorge" formam agora a base estratégica da Rússia de forças nucleares no Oceano Pacífico.

Em outubro, o míssil de um submarino da classe "São Jorge" fez do mar de Okhotsk lançar um míssil balístico intercontinental em direção ao polígono "Chizh", localizada no Mar Branco, na parte europeia da Rússia.

Ele explicou que o lançamento de mísseis balísticos pelo "São Jorge" em posição submersa, parte de uma série de lançamentos de mísseis balísticos Sineva como outros do submarino Bryansk no Mar de Barents, e com o lançamento de teste do novo Bulava míssil do submarino Dmitry Danskoi.

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http://sp.rian.ru/Defensa/20101110/147870950.html

China e Rússia elaboram diretrizes militares de cooperação técnica.

Laços Selados com Vodka

Moscou, 09 de novembro, RIA Novosti.

O ministro da Defesa russo Anatoly Serdiukov e Vice-Presidente da Comissão Militar Central da China, coronel-general Guo Boxiong, assinaram uma adenda que define as diretrizes para a cooperação técnico-militar entre os dois Estados, anunciou ontem Irina Kovalchuk, porta-voz ministro russo.

Ministro da Defesa Russo Anatoly Serdiukov

A assinatura teve lugar em Pequim, no âmbito da 15 ª sessão da Comissão Mista de Cooperação Técnico-Militar, disse Kovalchuk. Ambos os lados, ela disse, destacou os resultados positivos do seu trabalho conjunto em 2009, "acima de tudo, a celebração de contratos para o fornecimento de peças de reposição para sistemas de aeronaves, equipamentos navais e de aviação, bem como o desenvolvimento de produtos de uso militar em programas de I & D a favor da China. "

Eles também destacaram "boas oportunidades de cooperação bilateral no domínio dos transportes e da aviação militar de combate, equipamento naval, sistemas de defesa aérea e serviço pós-venda de material russo incluído no arsenal de Libertação do Povo Chinês, do Exército", disse ele.

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http://sp.rian.ru/Defensa/20101109/147863200.html

http://sp.rian.ru/infografia/20100924/127832508.html

Presidente Russo espera que G-20 coordene a política monetária global.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, presidiu uma reunião de negócios previsto para o G-20 na quinta-feira, disse o presidente sul-coreano Lee Myung-bak.

Seul, 10 de novembro, RIA Novosti.

* Os líderes russos e sul-coreanos discutiram planos de cooperação e os preparativos para o G-20.

* Medvedev promove relações econômicas durante uma visita à Coreia do Sul.

* Coreia do Sul e Rússia assinaram vários acordos de cooperação.

* Rússia vê o G-20 como modo de coordenar a política monetária global.


"O presidente Medvedev deseja aplicar todos os esforços possíveis para o êxito da cúpula, também presidirá a uma sessão da cimeira dos negócios", disse Lee Myung-bak, durante um fórum russo-coreano.

Medvedev participará na quinta-feira em uma sessão de mesa-redonda sobre o comércio eo investimento na cimeira dos negócios do G-20, que irá antecipar a reunião de líderes do G20 para começar na tarde de 11 de novembro, em Seul.

O líder sul-coreano, expressou sua confiança de que a cimeira vai ter sucesso e alcançar "resultados positivos", sublinhou igualmente a necessidade de o G-20 leva em consideração os interesses dos países que não participem na reunião.

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http://sp.rian.ru/economy/20101110/147872209.html

Intelectuais protestam contra racismo em Israel.

Vários importantes intelectuais de Israel protestaram neste domingo em Tel Aviv contra manifestações crescentes de racismo que, dizem, afetam os cidadãos árabes do país.

Escritor Uri Avnery diz que não quer ver 'ascensão do fascismo' em Israel

Os manifestantes, entre eles escritores e artistas de renome, criticaram decretos recentes de rabinos proibindo o aluguel de apartamentos a cidadãos árabes e a promulgação de leis de caráter discriminatório no Parlamento.

O protesto ocorreu na Alameda Rotschild, no centro de Tel Aviv, em frente ao prédio onde foi realizada a histórica declaração da fundação do Estado de Israel, em 1948, conhecida como Declaração da Independência.

De acordo com os organizadores, o local foi escolhido para marcar o que consideram a contradição entre a realidade atual no país e o conteúdo da declaração, que garantia "igualdade total de direitos políticos e sociais para todos os cidadãos, sem discriminação de religião, raça ou gênero".

Participantes do protesto ouvidos pela BBC Brasil mencionaram o "perigo da ascensão do fascismo em Israel".

O jornalista e escritor Uri Avnery, 87, que lutou na guerra de 1948 pela criação de Israel, disse à BBC Brasil que participou do protesto "porque quando eu tinha nove anos vi a ascensão do fascismo na Alemanha e não quero vê-la, pela segunda vez, no Estado que ajudei a construir".

De acordo com o escritor Sefi Rachlevsky, "a Declaração da Independencia está sendo pisada pelos atos e as leis que vemos hoje".

"Em um país em que tantos cidadãos já sofreram perseguições e racismo, não podemos permitir que coisas como essas aconteçam."

Aluguéis vetados

No dia 25 de outubro, o rabino-chefe da cidade de Tzfat (norte de Israel), Shlomo Eliahu, e mais 17 rabinos publicaram um decreto proibindo os habitantes da cidade de alugarem apartamentos para cidadãos árabes.

O decreto atinge centenas de estudantes árabes que cursam a Faculdade de Tzfat.

Segundo o decreto, os habitantes da cidade devem boicotar aqueles que alugarem propriedades a "não judeus".

O presidente da união dos estudantes árabes da Faculdade, Mahmoud Abu Salah, disse que a maioria dos proprietários de imóveis está obedecendo ao decreto dos rabinos.

Abu Salah também afirmou que esta é a primeira vez em que os estudantes árabes se deparam com tal rejeição por parte de proprietários de apartamentos em Tzfat.

O decreto foi endossada pelo rabino Ovadia Yossef, lider espiritual do partido Shas, que faz parte da coalizão governamental.

Para o escritor Yoram Kaniuk, "não é possivel parar o fascismo com palavras, são necessários atos significativos".

Durante a manifestação deste domingo, o escritor anunciou que pretende exigir que o Ministério do Interior apague seu registro como judeu da carteira de identidade e o defina como "sem religião".

O jurista Mordechai Kremnitzer mencionou projetos de lei em tramitação no Parlamento que podem atingir diretamente a população árabe de Israel. É o caso de uma lei que, se aprovada, permitirá que comissões de admissão em povoados pequenos vetem a entrada de novos membros "que possam afetar o caráter da comunidade".

Para a professora de História da Arte Gila Balas, existem hoje em Israel "todos os sintomas que havia na Europa no começo do fascismo".

"Não podemos ficar quietos, temos que fazer algo para impedir que esse processo continue", disse Balas à BBC Brasil. "Estão utilizando caminhos supostamente legais para promulgar leis antidemocráticas, justamente como aconteceu na Europa."

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http://www.bbc.co.uk/

Os Integralistas e a Guerra Civil Espanhola.

Rumo a Espanha, Voluntários Nacionalistas confraternizam com Integralistas, no Rio de Janeiro.

Marcus Ferreira*

A Legião estrangeira Espanhola.

Em 1916, aos 22 anos, Francisco Franco era apenas um capitão, o mais jovem da Espanha. Havia um ano que fora transferido para o Marrocos, colônia espanhola, onde poderia ganhar mais e as promoções eram por bravura e não por algum serviço administrativo, como na metrópole. Lá enfrentavam a guerrilha local, que resistia a invasão. Franco, sempre na linha de frente, fora ferido e condenado à morte pelos médicos. Sua família foi chamada, e seus superiores cogitaram lhe promover postumamente a major pela bravura. Contrariando as expectativas sobreviveu e recuperou-se. Exigiu e recebeu a promoção. Os inimigos criaram a lenda que ele possuía “Baraka”, que seria uma força misteriosa, “o sopro da vida”, que o protegia.

Nos meses seguintes, o major Franco e seu amigo, o coronel Millan Astray, alistaram mais 550 legionários, e os instruíram para combater o chefe Abd-el-Krim. Finalmente em uma licença, cinco anos depois de afastado de sua noiva, casou-se com sua amada, tendo, para surpresa de seu sogro, a presença do general Losada, representando o rei da Espanha, Afonso XIII. Apesar das pesadas perdas, a Legião Estrangeira Espanhola lutou com bravura, tendo Franco sempre na primeira linha de combate. Ele e Millan Astray impuseram um código com oito itens aos legionários:

I – O espírito legionário: o único e substancial dever é a agressividade cega e feroz: encurtar sempre à distância para o inimigo, para atacá-lo com a baioneta.

II – O espírito de camaradagem: "jurais que não abandonareis jamais um legionário no campo de luta, mesmo com o risco de morrerem todos".

III – O espírito de união e socorro: ao chamado – A mi la legion! – todos correrão para prestar ajuda ao legionário, que, com ou sem motivo, se encontra em perigo.

IV – O espírito de marcha: um legionário jamais dirá que está cansado; antes preferirá cair morto.

V – O espírito de dor e de resistência: o legionário não se queixará de cansaço, nem de dor, nem de fome, nem de sede, nem de sono.

VI – O espírito de disciplina: o legionário cumprirá o seu dever até a morte.

VII – O espírito de combate: a legião pedirá sempre para combater sem tréguas, sem contar os dias, nem os meses, nem os anos.

VIII – O espírito de morte: morrer em combate é a maior das honras. A morte liberta de todas as dores e não é terrível, como parece. Mais terrível é viver como covarde. A bandeira da legião será a mais gloriosa, porque é manchada com o sangue de legionário.

A Bandeira da Legião – É a mais gloriosa por que está tingida com o sangue dos legionários.

Todos os homens legionários são bravos, cada nação tem fama de bravura, aqui deve demonstrar que pode ser mais valente.

De fato, lutar sob o comando de Franco não era fácil. Diz-se que era inflexível, duro, minucioso e exigente. Não fazia muitas amizades, mas jamais exigia sacrifícios de sua tropa que não estivesse disposto a exigir de si próprio. Suas tropas eram experientes, disciplinadas e vorazes - como seu líder. Este homem e seus soldados se levantariam contra a Frente Popular que ganhou as eleições legislativas na Espanha.

A internacionalização de uma Guerra Civil.


Quando a revolta nacionalista começou, Franco constatou que quase toda a Marinha e a Aeronáutica estavam do lado republicano, e, com seu exército fora do continente, seria impossível retomar a Espanha. Por isso procurou apoio estrangeiro. As duas maiores potências anticomunistas na época eram a Alemanha nazista, de Adolf Hitler, e a Itália fascista, de Benito Mussolini. Havia também Portugal, de Salazar, que se tornou seu amigo mais tarde. Franco não hesitou em pedir auxílio. A ajuda alemã chegou a partir de agosto de 1936, na forma de 50 aviões Junkers Ju-86. Estes, somados aos aviões de transporte italianos, serviram para o transporte dos primeiros soldados e material bélico. A “Legião Condor”, comandada por Ritter Von Thomas era formada por voluntários da Luftwaffe [a força aérea alemã]. Habilmente treinados e perfeitamente disciplinados, colocariam em prática as táticas que até então eram apenas teorias sobre a guerra aérea e o bombardeio terrestre.

Os italianos colaboraram com dezenas de milhares de soldados e milhões de liras para a compra de armas e suprimentos. Os italianos tiveram milhares de baixas no conflito. Portugal enviou a “Legião de Viriato”, composta por 20.000 voluntários, que sofreu também perdas consideráveis. A Legião Viriato foi formada pelo major Jorge Botelho Moniz, presidente do Rádio Clube Português e amigo de Oliveira Salazar. Este deixou simplesmente que a idéia da Legião prosseguisse, mas não se responsabilizou por ela. É de Oliveira Salazar a frase que descreve melhor este momento: "a internacionalização de uma guerra desenvolvendo-se no quadro de um território nacional".

Quando a guerra começou e se tornou conhecida ao mundo, começaram a chegar novos voluntários, que formaram a “Legião Joana d’Arc”. Cerca de 600 irlandeses, 10 ingleses e 100 franceses. Chegou também uma companhia de russos brancos, e sete membros da Guarda de Ferro romena. Da América do Sul chegaram grupos de argentinos e uruguaios, entre outros - há indícios da participação de brasileiros ao lado de Franco no conflito, mas minhas pesquisas ainda não provaram isto. Estes voluntários eram monarquistas, fascistas, nacionalistas, católicos ou até mesmo descendentes de espanhóis. Em comum só o anticomunismo.

A ação irlandesa e romena.

A motivação dos irlandeses foi basicamente o ódio aos comunistas. Eles ouviram que "os vermelhos estavam queimando igrejas e caçando padres e freiras". O grupo foi liderado por Eoin O'Duffy, líder dos "camisas azuis", movimento fascista irlandês. A viagem foi patrocinada por católicos e por jornais nacionalistas. Partiram de Dublin, em 13 de novembro de 1936. Formaram a 15ª bandeira da Legião Estrangeira Espanhola. Ao chegarem em Jarama, em 11 de Fevereiro de 1937, se envolveram em um combate ferrenho na linha de frente, enfrentando as Brigadas Internacionais. Ambos os lados tiveram enormes baixas. A unidade foi retirada de combate, para praticamente não mais lutar. O’Duff retornou a Espanha em 1938, publicando o livro Crusade in Spain, onde se vangloria da luta anticomunista. Faleceu em 1944, sendo enterrado com honras militares.

A Guarda de Ferro romena, também conhecida como Movimento Legionário, enviou um grupo meramente simbólico para o conflito. Eram todos líderes do movimento, que participaram de sua fundação e organização. Muitos outros se propuseram a partir, mas o movimento não tinha recursos para a viagem. Partiram em 24 de novembro de 1936, e a tropa era liderada por Ion Mota, cunhado do líder da legião Corneliu Codreanu - além dele, foram o padre ortodoxo Dumitrescu Borsa e outros cinco voluntários. Chegando à Espanha, foram incorporados à 21ª companhia da Legião Estrangeira Espanhola, sob o comando do coronel Yague. Em 13 de janeiro de 1937, defenderam a cidade de Majadahonda de um ataque republicano. Tiveram dois mortos, um ferido e um doente, e vitoriosos, se retiraram dos combates voltando para seu país. Os romenos da Guarda de Ferro, após breve período em que administraram o país ao lado do ditador Ion Antonescu, deste divergiram e foram internados pelos alemães no campo de concentração de Buchenwald. Depois foram liberados pelos alemães para se defenderem da invasão russa, em 1945, quando já era tarde demais. Após a guerra muitos fugiram do país, inclusive para o Brasil. Os que foram para a Espanha, fizeram um grande monumento em memória de seus mortos, Ion Mota e Vasile Marin, na cidade onde tombaram.

O Brasil na rota nacionalista.

Alguns grupos de voluntários da América do Sul passaram pelo Rio de Janeiro, em 1936, em direção à Espanha. No Brasil existia a Ação Integralista Brasileira, partido nacionalista fundado em 7 de outubro de 1932, liderado por Plínio Salgado, seu “Chefe Nacional”. A AIB tinha afinidades ideológicas com a falange de Primo de Rivera, e apoiava a ação anticomunista de Franco.

Na Cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, estava o jornal A Offensiva, seu principal órgão noticioso. A sede do jornal recebeu dois destes grupos voluntários. O primeiro grupo, chegou em 9 de setembro de 1936, e era formado por 10 espanhóis e 3 uruguaios. O grupo era procedente de Buenos Aires e Montevidéu. Chegou no paquete alemão General San Martin. Os uruguaios, Antonio Arribas, Benito Arribas e Bernardo Corrosso eram aviadores. Os argentinos, Carlos Castro, Amélio Fernandez, Manoel Mendez, Juan Arregri, Antonio Dapena, Ramon Ramoni, Benito Átrio, Laureano Casero e Rufo Arguñarena eram milicianos.

Em 1º de setembro de 1937 chegou outro grupo, no vapor General Artigas. Eram liderados pelo Chefe Nicolas Guintane e pelo sub-Chefe Enrique Rodrigues. Estavam com eles Sebastian Cereceda e Emílio Rosado. Foram recebidos pelo segundo no comando na AIB, Gustavo Barroso, e pelo diretor do jornal, Madeira de Freitas. Este, empolgado com aqueles homens, escreveu no editorial do dia 4 de setembro:

Vi-os, quando, atraídos pela força do ideal comum, procuraram a redação de A Offensiva. Saudei-os, como integralista, em nome e por ordem do Chefe Nacional. E vendo-os, adivinhei quanto de grave, de sublime e de transcendente lhes iluminava o olhar, onde um brilho estranho falaria bem mais alto do que as suas palavras de retribuição “al saludo de los hermanos del Brasil”.

(...) Integralistas e camisas-azuis, compreenderam-se. E marcham, com os patriotas do mundo inteiro, para a apoteose da grande epopéia, para o raiar de uma nova aurora, ao ritmo novo de um novo conceito de vida, o conceito da própria dignidade humana.

Finalmente, em 13 de Janeiro de 1937, chegou ao Rio de Janeiro, de Sevilla e indo para Buenos Aires, Raul Iglesias, agente da falange espanhola. Este estava em Barcelona no início das hostilidades, e se alistou no Exército de Moscardo. Recuou com estes para Alcazar, e lá ficou cercado durante meses. Levantado o cerco, participou do ataque bem sucedido a Irun. Lá, se tornou emissário da Falange e foi enviado para a Argentina. Na ocasião disse: “Pode publicar em seu jornal que a Espanha não é comunista e que os espanhóis nacionalistas estão certos da vitória pela confiança que tem no general Franco e pela fé que tem em Deus”.

Finalmente, em 13 de janeiro de 1937, chegou ao Rio de Janeiro, de Sevilla, e indo para Buenos Aires, Raul Iglesias, agente da falange espanhola. Este estava em Barcelona no início das hostilidades, e se alistou no Exército de Moscardo. Recuou com estes para Alcazar, e lá ficou cercado durante meses. Levantado o cerco, participou do ataque bem sucedido a Irun. Lá, se tornou emissário da Falange e foi enviado para a Argentina. Na ocasião, disse: “Pode publicar em seu jornal que a Espanha não é comunista e que os espanhóis nacionalistas estão certos da vitória pela confiança que tem no general Franco e pela fé que tem em Deus”.

A guerra se torna mundial.


Terminada a Guerra Civil, marcada pela extrema violência de ambos os lados em conflito, Franco começou a lenta reestruturação do país. Logo começou a 2ª Guerra Mundial, e lhe foi cobrada uma posição no conflito. O encontro com Hitler foi em 13 de Novembro de 1940, em Hendaye, na França. O encontro com Mussolini foi em 7 de Março de 1941, em Bordighera, na Itália. Franco optou pela neutralidade enviando para a Alemanha apenas uma divisão de infantaria, conhecida como “Divisão Azul”, a de número 250 da Wehrmacht, comandada pelo General-major Muñoz Grandes. Esta divisão era composta por voluntários espanhóis, na maior parte falangistas, e por cerca de 15 portugueses, ex-membros da Legião Viriato. Engajou-se na luta no setor de Leningrado, na Rússia, até ser retirada de combate, com cerca de seis mil baixas.

Dos portugueses desta divisão, somente um retornou vivo. A maior parte morreu no frio de 35º abaixo de zero das estepes russas. Chamava-se João Rodrigues Júnior. Este, em 1936, depois de ter cumprido o serviço militar, partiu para Espanha, onde havia começado a guerra Civil, e se alistara na Legião Estrangeira Espanhola. Em 1941, terminaria seu contrato de cinco anos com a Legião, mas decidiu por renová-lo para lutar contra o comunismo. Em 1942, aos 26 anos, retornou para sua casa, ainda um idealista.

Fontes:

Revista A Esfera. Portugal, 1942.

Jornal A Offensiva. Rio de Janeiro, 1936-1938.

Carap, Julia. Delírios e destinos. Niterói, RJ: Muiraquitã. 1997.

Legiunea In Imagini. Madrid: Editura Miscárii Legionari, 1977.

Revista “Anauê!”. Rio de Janeiro, 1935-1937.

* Historiador. Rio de Janeiro.

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A Semana de Arte Moderna de 1922.

A Semana de Arte Moderna e o Pensamento de Plínio Salgado.

Fabrícia Lopes*.

A Semana de Arte Moderna de 1922 pode ser considerada como marco do modernismo no Brasil. O evento aconteceu na capital paulista e reuniu intelectuais de distintas linhas ideológicas. Apesar das divergências, buscavam a mudança da velha mentalidade estética por outra, em valores e propósitos. Tal semana, na época em que ocorreu, não abalou estruturas e nem foi um movimento de massa. Sua repercussão só ganharia contornos nos anos sucessivos.

Dentre os desdobramentos da Semana, surge o Movimento Cultural Verde-Amarelo e Grupo Anta, fundado em 1926. O movimento contou com a presença do jornalista e escritor Plínio Salgado, que teve ao seu lado nomes como Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Cândido Mota Filho. Eram os fomentadores do Manifesto do Verde-Amarelismo, que tem como base o nacionalismo tupi.

Anteriormente a sua participação na Semana de Arte Moderna, Plínio Salgado passou por um momento que mudaria o rumo de suas convicções filosóficas. Antes da morte de sua esposa, em 1919, o jornalista teve contato com doutrinas materialistas e revolucionárias de Sorel, Marx, Trotski e Feuerbach. Entretanto, com a perda da companheira, o escritor buscaria refugio no Cristianismo, que passará a influenciar sua produção literária.

Em 1922, sua presença na Semana de Arte Moderna foi crucial para a formação intelectual e política de seu pensamento, sendo ela responsável pelo amadurecimento de suas convicções ideológicas nacionalistas. Foi por meio de sua atuação no movimento modernista que Plínio Salgado confirmou seu sentimento patriótico, travando debates com outra vertente modernista, composta por Mário de Andrade. Em sua produção literária, o jornalista ressalta a importância de valores para a constituição de uma identidade brasileira.

O estilo modernista adotado por Plínio Salgado em suas obras literárias acabou sendo visto com preconceito, devido a sua atuação política ter sido associada ao nazi-facismo. Esta acusação normalmente partia dos intelectuais de esquerda, que se opunham à sua visão dualista, visto que se embasavam no materialismo e no relativismo cultural para produção de suas obras.

Observando a obra do autor, é possível notar seu respeito ao ser humano, e o culto a virtudes que são necessárias para uma plena convivência com o próximo, mostrando que para ser intelectual e romper com velhos paradigmas não é necessário negar valores que são imutáveis, como Deus, a família, e a Pátria. De fato, Salgado é um exemplo para os intelectuais da pós-modernidade, que para serem aceitos assumem posicionamentos ateístas e agnósticos, que não respondem aos seus anseios interiores.

* Estudante de Jornalismo (Quarto Semestre). Araçatuba, São Paulo.

# Escrito por Jornalismo UniToledo, às 09h33, dia 29/08/2008.

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Aplicações Praticas do Manifesto Integralista de 1932 na Atualidade.

O MANIFESTO INTEGRALISTA DE 1932


Acácio Vaz de Lima Filho*

Setenta e dois anos são passados, desde que, em Outubro de 1932, Plínio Salgado lançou o seu “Manifesto à Nação Brasileira”, ato inaugural do surgimento da “Ação Integralista Brasileira – A.I.B.”, ulteriormente do “Partido de Representação Popular”, e, por fim, da “Confederação dos Centros Culturais da Juventude” (O Movimento Águia Branca). E a inveterada campanha difamatória lançada ao longo deste tempo contra o Integralismo; campanha partida de fontes marxistas, filomarxistas e liberais, faz surgir a necessidade de esclarecer a geração atual sobre quem era Plínio Salgado, o que é o Integralismo, e quais os seus propósitos.

Em recente artigo publicado no jornal “O Estado de São Paulo”, o insigne professor Miguel Reale, com a autoridade de antigo Secretário Nacional de Doutrina da Ação Integralista Brasileira, abordou o assunto (Vide “O Integralismo Revisitado”, edição de 28-8-2004). Aqui, como antigo Secretário de Doutrina do inesquecível “Grêmio Cultural Jackson de Figueiredo”, tento dar a minha contribuição sobre a matéria.

O primeiro ponto a ser elucidado é o relativo a ter sido, a Doutrina do Sigma, uma concepção do Universo do Homem, de cunho nitidamente espiritualista. Neste sentido, o Manifesto de 1932 assim tem início: “Deus dirige os destinos dos povos”. Assim, o Integralismo surgiu se opondo à concepção materialista, posta em voga pelo marxismo-leninismo. Sucede que a doutrina de Plínio Salgado se opunha radicalmente, também, ao materialismo da concepção liberal-burguesa da Sociedade!... Este ponto é maldosamente escamoteado pela mídia - em parte, dotada de uma ignorância crassa em História - que timbra em apresentar os “camisas verdes” como cães de fila do capital. Isto é injusto e mentiroso: no livro O Espírito da Burguesia, Plínio Salgado demonstra, de maneira irretorquível, em primeiro lugar, que a burguesia, antes de ser uma classe social, é um estado de espírito, marcado pelo egoísmo e pelo comodismo, e, em segundo lugar, que o comunista e o burguês – ambos materialistas – são o verso e o reverso de uma só realidade...


O Integralismo foi a primeira doutrina filosófica e política a valorizar as raças formadoras da Nação Brasileira: o lusitano, o índio e o negro – em uma época em que os “intelectuais” da moda, influenciados – ainda! – pelas doutrinas européias de Chamberlain e de Gobineau, falavam dos indígenas e dos afro-descendentes como de “raças inferiores”. Nesta ordem de idéias, e insurgindo-se contra o reducionismo da Ciência do Século XIX, a Doutrina do Sigma proclamou que não havia causas isoladas para os fenômenos.

Esta foi a Doutrina Integralista, que, na ordem política, econômica e social, preconizou o Estado Ético (isto é, influenciado pela Moral) e buscou uma “terceira via”, entre os excessos do individualismo burguês e os do coletivismo do Comunismo.

E Plínio Salgado? Inteligência polimorfa e espírito culto, foi pensador, ideólogo, historiador, romancista e ... poeta. Fosse este um país sério, e os seus livros O Estrangeiro, O Esperado, O cavaleiro de Itararé e A Voz do Oeste, seriam de leitura obrigatória na Escola Média. Cultuasse este país a sua própria História, e os cadetes de todas as Escolas Militares, os alunos das Escolas de Sargentos, e os reservistas em geral, seriam levados a decorar o Poema da Fortaleza de Santa Cruz, também de Plínio Salgado.

O papel desempenhado pelos integralistas na recente História do Brasil, atesta a importância da Doutrina do Sigma. A Revolução de Março de 1964 foi deflagrada por um integralista, o general Olympio Mourão Filho. O vigente Código de Processo Civil resultou do labor de um outro integralista, o professor Alfredo Buzaid. A Teoria Tridimensional do Direito do professor Miguel Reale (que poderia ser chamada de “Teoria Integral do Direito”), reflete a concepção do Universo e do Homem defendida por Plínio Salgado. E o novo Código Civil foi o fruto do trabalho de uma comissão de juristas chefiada pelo integralista Miguel Reale... Indo além, a Igreja Católica, no Brasil, começou a se preocupar seriamente com os problemas sociais, pela voz do integralista padre Hélder Câmara. Quando a Revolução de Março de 1964, desviada da sua pureza original, desembocou em uma tecnoburocracia insípida, foi o integralista professor Goffredo da Silva Telles Júnior quem, na “Carta aos Brasileiros”, externou os reclamos da nacionalidade!...

Hoje, quando a mídia, a serviço de interesses internacionais inconfessáveis, aponta como modelo para os jovens um homossexual e usuário de drogas, redobra o meu orgulho pelo fato de, em minha juventude, ter pugnado pelos valores da tríade “Deus, Pátria e Família”, na qual continuo a acreditar, pois busco vivenciar o conselho com que Plínio Salgado encerra o “Código de Ética do Estudante”:

“Se és incapaz de sonhar, nasceste velho. Se os teus sonhos te impedem de agir segunda a realidade, nasceste inútil. Se, porém, és capaz de transformar sonhos em realidades, e tocar as realidades que encontras com a luz dos teus sonhos, então, tu serás grande na tua Pátria, e a tua Pátria será grande em ti!”

* Acácio Vaz de Lima Filho, Bacharel, Mestre e Doutor em Direito pela USP (Largo de São Francisco), é Advogado e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Publicado originalmente na Gazeta de São João, São João da Boa Vista (SP), em 23-10-2.004, Sábado, pág. 4.
Nós o transcrevemos do periódico Integralista “Sei que vou por aqui!”(dirigido por Gumercindo Rocha Dorea), Ano 1, São Paulo, setembro-dezembro de 2004. Nº 2, págs. III e IV.

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Gustavo Barroso e Plínio Salgado Exemplos de Nacionalistas.

Opinião de Gustavo Barroso sobre Plínio Salgado

Gustavo Dodt Barroso

No dia 11 de Junho de 1937, as Cortes do Sigma proclamaram solenemente Candidato da Acção Integralista Brasileira à Presidência da República ao Chefe Nacional Plínio Salgado.

O discurso de encerramento daquela histórica Solenidade foi proferido por Gustavo Barroso, Secretário Nacional de Educação da A.I.B., em meio ao qual declarou o seguinte sobre o Chefe Nacional Plínio Salgado:

Plínio Salgado/Filhos de Integralistas

"Reparae - exclama o orador - a grande differença que existe entre o Chefe Nacional e os chefes dos outros movimentos, não iguaes, mas parallelos. Todos esses movimentos tiveram os seus precursores e os seus realizadores.
"No Brasil não há precursores. Plínio Salgado é o primeiro e o único".
("Monitor Integralista", Rio de Janeiro, 17 de Junho de 1937, Anno V - Num. 21 - págs. 3. Foi Justificarconservada a ortografia do original)

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Miguel Reale e Plínio Salgado Exemplos de Nacionalistas.

Opinião de Miguel Reale sobre Plínio Salgado

Miguel Reale nos primordios da AIB.

Em 14 de Maio de 1978, Miguel Reale dá uma entrevista na qual aborda o Integralismo e, como não poderia deixar de ser, fala sobre Plínio Salgado. Resolvi transcrever abaixo uma parte da mesma, para que todos constatem qual era a opinião do insígne Jurista sobre o nosso Chefe:

"Não fui um dos fundadores do Integralismo. O Movimento surgiu em Outubro de 1932, com o Manifesto de Plínio Salgado. Nessa ocasião, eu fazia oposição ao Integralismo. Sou conterrâneo de Plínio Salgado, nascemos ambos em São Bento do Sapucaí. (...) O Integralismo, a meu ver, não surgiu como uma expressão de mimetismo de fenômenos como o fascismo e muito menos o nazismo. Inicialmente, o Integralismo foi uma meditação sobre os problemas brasileiros, o que se pode ver pela obra de Plínio Salgado, como por exemplo o seu romance "O Estrangeiro", que deveria merecer tanta atenção quanto "A Bagaceira", de José Américo de Almeida.

Tanto na sua obra literária como na sua atuação política, Plínio reflete a meditação sobre a obra de Alberto Torres, Oliveira Vianna, Farias Brito, Tavares Bastos, Euclides da Cunha, que eram seus autores prediletos. De maneira que a sua formação inicial foi, digamos assim, cabocla. Aliás, sempre o considerei um grande caboclo, até pelo físico, pela maneira de ser.
"(...)
"Tomemos como exemplo Plínio Salgado.Ele tinha uma orientação eminentemente Católica. Sua formação política era baseada na doutrina social da Igreja, à qual se manteve vinculado até o fim. Isso, aliás, foi reconhecico pelos que na época falavam em nome da Igreja.
(...)
"Foi dito que ele" - Miguel Reale está se referindo a Plínio Salgado - "era um intelectual e acho que se manteve um intelectual até o fim. (...) Plínio Salgado era um político de cultura muito superior ao usual nos meios partidários. Cultura literária, filosófica e política. Era um temperamento irrequieto, um feixe de nervos, e com uma intuição fora do comum. Disse certa feita que a característica de sua inteligência era a intuição, que ele dtinha um gênio intuitivo, (...).

Plínio Salgado, amor incondicional ao Brasil!

Prevalecia nele um poder de intuição próprio do brasileiro. Intuição dos problemas sociais, políticos e uma grande capacidade de apostolado. Foi sobretudo um homem que mobilizava inteligências e a opinião pública, capaz de falar tanto ao intelectual como ao homem do povo, porquanto sua palavra vinha carregada de afetividade e sentimento. Jamais acreditou na direção do país tão-somente com idéias puras, ou seja, com idéias apenas através de conceitos. E entia a necessidade de governar lançando mão também dos elementos de comunicação, que envolvem sem dúvida aspectos afetivos. Era inegavelmente um homem que tinha uma dedicação à causa brasileira que não pode ser contestadas.

"Essa é a imagem que guardo de Plínio Salgado: um autodidata que passou do plano lietrário para o plano político sem solução de continuidade. Toda a sua doutrina política está nos seus romances. Se fizermos uma análise de sua obra literária, verificaremos como o literato passou de uma atitude puramente estética para outra de caráter político. Apesar de toda essa apresentação que corre por aí de um homem violento, Plínio Salgado no fundo era um tímido, e os que conviveram com ele sabem disso. Posso dizer-lhes que o Integralismo se preparou para tudo, menos para a conquista violenta do poder. "

MOTA, Lourenço Dantas. A História Vivida (I): [entrevistas]. [2. ed.]. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1981. A Entrevista de Miguel Reale encontra-se entre as páginas 321 e 345. As passagens transcritas foram retiradas das páginas 324, 325, 327, 334 e 335

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Integralismo e Nacionalismo.

Quadro Integralista montado em 1998, por um valoroso Companheiro Integralista da Nova Geração, residente em Belo Horizonte


Cleiton Oliveira*

Ninguém é dono do nacionalismo brasileiro, pois entendo que nacionalismo além de ser um conceito é, acima de tudo, um sentimento, um princípio – que se nasce com ele, ou se aprende a ter, ou então, como se explicaria um grande número de jovens verdadeiramente nacionalistas em um meio tão impropício para que apareça este principio? E dentro da “escola” nacionalista brasileira, inegavelmente, o Integralismo é a expressão máxima, não tenho dúvida.

O Integralismo é coerentemente a expressão do nacionalismo brasileiro. E sendo coerentemente brasileiro, não pode estar de acordo com muitos “nacionalistas” que estão muito mais para nacionalistas alemães, ou italianos, e por ai afora. Não é que estou contra esta ou aquela vertente nacionalista, deste ou daquele país. Dês que fiquem estritos as suas fronteiras, e defendam seus princípios internos – logo, externos a nós – não tenho restrições.

Quanto ao propósito do nacionalismo, ele deve ser mais AFIRMATIVO, e não uma mera referencia para todos aqueles que são anti-comunistas, anti-liberais, etc. Corroboro minha argumentação com as palavras de Miguel Reale, tratando de outro assunto, mas que nos cabe aqui:

“Há movimentos políticos que só apresentam valores negativos. São movimentos de homens congregados a fim de combater este ou aquele princípio, destruir esta ou aquela ordem de idéias ou de realidades.

“Neles nada encontramos de criador. Seu único objetivo é negar. Na negação reside toda a sua finalidade. Não afirmam, não traçam diretrizes, não aconselham rumos, não estabelecem soluções. Nem os preocupa o que deverá vir depois da destruição. Seus adeptos entusiasmam-se tão-somente com a luta demolidora. Seus dirigentes, levados pela ambição ou pelo ódio, esquecem-se desta profunda advertência que nos vem do fundo dos séculos: – ‘Quem não possui um plano sólido de reedificação, quem não tem capacidade suficiente para orientar a massa popular e dirigi-la no sentido de um ideal ético, não tem o direito de acender no coração do povo o facho da Revolução’.” (REALE, Miguel, “Atualidades Brasileiras”, 2ª edição – Editora Universidade de Brasília – 1983 – pág. 73. “Obras Políticas” – Tomo III)

A revolução do nacionalismo brasileiro é o Integralismo, pois, engloba não só o patriotismo dos militares e o nacionalismo político/eleitoreiro de alguns partidos, mas, ultrapassa-os em significado e finalidade.

* Σ – Historiador - Goiânia - Goiás.

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Qual a opinião do Integralismo sobre nazismo, fascismo e racismo?

Nazismo, fascismo, racismo.

Maria Amélia Salgado Loureiro (coordenadora)

Qual a opinião do Integralismo sobre nazismo, fascismo e racismo?

O nazismo, isto é, o nacional-socialismo, conforme seu nome indica, é um misto do socialismo de Marx e do nacionalismo de Bluntschili, cuja doutrina identifica a Nação com o Estado. Entram na composição do nazismo ainda o pensamento de Nietzsche, que engendrou o Super-Homem e pregou a violência, assim, como as idéias racistas de Houston Chamberlain e Gobineau. Transferindo a idéia do Super-Homem de Nietzsche para a Super-Raça, o nazismo identificou esta com o Estado absorvente, totalitário, belicoso, conquistador e opressor. É uma doutrina condenável que foi, deste o começo, reprovada pelo Integralismo, como se vê na famosa "Carta de Natal e Fim de Ano", de Plínio Salgado, publicada em 1935.

E fascismo?

Quanto ao fascismo, o Integralismo o considera um regime de circunstância, aparecido na Itália no momento em que o comunismo avançava assustadoramente, ameaçando a integridade daquela Nação. Não tinha uma doutrina fixa como o nazismo. Uma vez no poder organizou o Estado baseado no corporativismo católico, absorvendo o partido cristão de D. Stulzo, no nacionalismo pregado pelo partido desse nome e tradições históricas do povo italiano e seus ancestrais romanos. Tentou debalde dar ao movimento um conteúdo filosófico, por esforço de alguns intelectuais como Giovanni Gentile, mas o sentido político do regime foi pragmático, mais se preocupando com as realizações administrativas.

Então o fascismo pode ser aceitável?

Não. O fascismo não é aceitável por ser um regime que suprime a liberdade individual e elimina a representação política, pois as corporações não tinham no fascismo senão uma função econômica e a Câmara fascista não passava de um órgão constituído pelas listas do partido único, não havendo, portanto, circulação livre da opinião popular.

O Integralismo é anti-racista?

Evidentemente. A declaração a tal respeito se encontra no Manifesto de Outubro de 1932, em seu Capítulo 4º. Seria ridículo que em nosso País, onde somos o resultado de um conjunto de raças - índios, pretos, europeus e asiáticos - adotássemos qualquer preconceito racial. Além do mais, o integralismo é Cristão e Cristo pregou a confraternização de todos os povos e raças.

(Excertos do Livro Coordenado por Maria Amélia Salgado Loureiro, “O Integralismo. Síntese do Pensamento Político Doutrinário de Plínio Salgado” – São Paulo – Voz do Oeste – 1981 – 80 págs. – il.; págs. 37, 38 e 39)

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