quinta-feira, 10 de junho de 2010

EVOLUÇÃO EM DÚVIDA!!!!!!!!!

Michael Behe: E O DESENHO INTELIGENTE




1.Michael Behe:


É o bioquímico norte-americano que com o seu livro A Caixa Preta de Darwin desafiou com a sua tese do 'complexo irredutível' a teoria da evolução de Charles Darwin, além de propor a existência necessária de uma causa eficiente deste complexo irredutível: o Intelligent Design. Toda motivação
de Behe se pauta no que propora Darwin ao dizer: Se se pudesse
demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse demaneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra [Charles Darwin, Origem das Espécies, Belo Horizonte: Villa Rica, 1994, p. 161], ao que Behe responderia: Para Darwin, a célula era uma 'caixa preta'-- suas operações internas eram completamente misteriosas para ele. A gora, a caixa preta foi aberta e nós sabemos como ela funciona. Aplicando-se o teste de Darwin ao mundo
ultracomplexo da maquinaria molecular e dos sistemas celulares que têm sido descobertos nos últimos 40 anos, nós podemos afirmar que a teoria deDarwin 'ruiu inteiramente por terra'
[Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin: O Desafio da Bioquímica à Teoria da
Evolução. Jorge Zahar Editor].


2.Complexo irredutível?


Segundo Behe algo é irredutivelmente complexo por ser um sistema composto de diversas partes bem sincronizadas e interativas que contribuem para a função básica, onde a remoção de qualquer uma das partes faz com que o sistema efetivamente deixe de funcionar. Behe salienta que a célula não é mais uma misteriosa caixa preta como foi para Darwin, pois se sabe agora como ela funciona a nível molecular e como se encontra abarrotada de sistemas que são irredutivelmente complexos.




A COMPLEXIDADE CELULAR QUE DARWIN NUNCA VIU.


O fato da complexidade irredutível dará, segundo Behe, uma nova perspectiva em biologia para não mais ignorar a presença evidente de um intelligent design [planejamento inteligente]. M. Behe segue os passos de Phillip Johnson, um professor de Direito na Universidade da Califórnia, em Berkeley, que com o seu livro Darwin on Trial [revisto em 1993] tem provocado os mais prestigiados evolucionistas do mundo, incluindo Stephen Jay Gould da Universidade de Harvard e Niles Eldredge, do Museu Americano de História Natural, com a sua proposta do Intelligente Design. O objetivo do movimento do design/ planejamento inteligente é liberar a ciência de seus grilhões da filosofia naturalista -lê-se evolucionista- a fim de que os cientistas que pesquisam a
origem das maravilhas da natureza tenham a liberdade de considerar todas as Michael Behe [outras] explicações possíveis, incluindo o design/ planejamento, por um agente inteligente.


3. Behe, O Papa e Darwin:




BEHE, O PAPA E DARWIN.


Desde a publicação do seu livro, Behe esteve no olho do furacão respondendo a inúmeras questões dos seus opositores. Cristão católico, não foi poupado inclusive das críticas de autores cristãos. Em resposta, Behe imediatamente escreveu um artigo opinião/ editorial, que ficou um mês sobre a mesa do editor. Contudo, numa declaração do Papa João Paulo II, que correu mundo afora, feita em 25/ 10,1996 à Pontifícia Academia das Ciências, sobre a evolução, em que afirmava novos conhecimentos científicos levam a não considerar mais a teoria da evolução mera hipótese... É digno de nota o fato de que essa teoria se tenha progressivamente imposto à atenção dos pesquisadores, posteriormente a uma série de descobertas feitas nas diversas disciplinas do saber . Esta mensagem foi distorcida e foi passada como se o Papa promovesse a total aceitação da evolução, o que causou certo desânimo em Behe por não compreender a mensagem do Papa. O Papa, naquela mensagem de Outubro de 1996 à Pontifícia Academia das Ciências, reconheceu à evolução o caráter de teoria científica, em virtude da sua coerência com as opiniões e as descobertas de vários ramos da ciência. Ao mesmo tempo realçava que existem diversas teorias explicativas do processo evolutivo, entre as quais também algumas que para a ideologia materialista, na qual se inspiram, não são aceitáveis para o crente, sobretudo no que se refere à criação da alma humana diretamente por Deus. Mas neste caso não é a ciência que está em questão, mas uma ideologia. Uma síntese da doutrina católica a respeito deste tema pode ser lida no documento Comunhão e Serviço: a pessoa humana criada à imagem de Deus, da Comissão Teológica Internacional de 2004.


4. Facchini x Behe:




FLORENZO FACCHINI, EX-PROFESSOR DE ANTROPOLOGIA.


Fiorenzo Facchini, ex-Professor de Antropologia na Universidade de Bolonha, Itália, publicou recentemente, em 21 de Janeiro de 2006, o seu artigo Evolução e Criação, no prestigiado órgão de imprensa oficial do Vaticano, L'OsservatoreRomano e causou grande comentário mundial: 1) por parecer defender a posição oficial da Igreja Católica; 2) por criticar a teoria do 'Intelligent Design' defendida por alguns cientistas cristãos, dentre eles Michael Behe e 3) ressaltar que a Igreja Católica não se opõe à doutrina evolucionista: Como se sabe, os defensores do "intelligent design (ID)" não negam a evolução, mas afirmam que a formação de certas estruturas complexas não pode ter acontecido por eventos casuais mas exigiu intervenções particulares de Deus ao longo da evolução e responde a um projeto inteligente. Excluindo o fato de que, contudo, não bastariam as mutações das estruturas biológicas, porque são necessárias também mudanças ambientais, com o recurso a intervenções externas suplementares ou corretivas em relação às causas naturais, é introduzida nos acontecimentos da natureza uma causa superior para explicar coisas que ainda não conhecemos, mas que poderíamos conhecer. Mas assim não se faz ciência. Colocamo-nos num plano diverso do científico. Se o modelo proposto por Darwin é considerado insuficiente, que se procure outro, mas não é correto sob o ponto de vista metodológico sair do campo da ciência pretendendo fazer ciência. A decisão do juiz da Pensilvânia parece portanto ser correta.




ESTAMOS DIANTE DE ALGO ELABORADAMENTE ARQUITETADO DIZ BEHE.


O ID não pertence à ciência e não se justifica a pretensão que seja ensinado como teoria científica paralelamente à explicação darwiniana. Gera-se apenas confusão entre o plano científico e o filosófico ou religioso. Também não é
exigida uma visão religiosa para admitir um desígnio geral sobre o universo. É melhor reconhecer que o problema sob o ponto de vista científico permanece aberto. Se sairmos da economia divina que age através das causas secundárias (quase retraindo-se da sua obra de criador), não se compreende por que certos acontecimentos catastróficos da natureza ou linhas ou estruturas evolutivas sem significado ou mutações genéticas danosas não foram evitadas por um projeto inteligente. Infelizmente, na base de tudo isto deve ser também reconhecida
uma certa tendência em cientistas darwinistas a assumir a evolução em sentido totalizante, passando da teoria à ideologia, numa visão que pretende explicar toda a realidade viva, incluindo o comportamento humano, em termos de seleção natural excluindo outras perspectivas, como se a evolução tornasse supérflua a criação e tudo se pudesse ter autoformado e ser reconduzido à casualidade.


4.Tomás x Behe:




SÃO TOMAS DE AQUINO.


O Magistério da Igreja fundamenta-se na doutrina antropológica de São Tomás de Aquino para tratar do homem. Eis o que
afirma o documento Comunhão e Serviço, N°30: Para manter a unidade de corpo e alma ensinada na Revelação, o Magistério adota a definição da alma humana como forma substantialis (cf. o Concílio de V ienne e o V Concílio do Latrão). A qui oMagistério se baseou sobre a antropologia de Tomás de Aquino que, inspirando-se na filosofia de A ristóteles, vêo corpoea alma comoos princípiosmateriais e espirituais deumser humano individual. Podemos observar como tal posição não é incompatível com as mais recentes descobertas científicas. A Física moderna demonstrou que a matéria, nas suas partículas
mais elementares, é puramente potencial e não tem nenhuma tendência para a organização. Mas o nível de organização no universo, onde se encontram formas altamente organizadas de seres vivos e não vivos, subentende a presença de uma certa forma de informação . Um raciocínio deste gênero leva a pensar em uma parcial analogia entre o conceito aristotélico de forma substancial e omoderno conceito científico de informação . Portanto, por exemplo, o DNA dos cromossomos contém as informações necessárias para que a matéria possa se
organizar segundo o esquema típico de uma data espécie ou ser particular. De modo análogo, a forma substancial fornece à matéria prima as informações de que esta necessita para se organizar de um modo particular. Convém tomar esta analogia com a devida cautela, dado nãoser possível umconfrontodiretoentre conceitos espirituais emetafísicos edadosmateriais e biológicos.


5. Criação x Evolução Tomista:


O Magistério da Igreja vê nos princípio filosóficos do Aquinate as razões suficientes para explicar que, com relação à origem da alma humana, esta não pode ter sido originada segundo a teoria da
evolução materialista, pois não tem ela a sua origem do sêmen. Encontra também na cosmologia tomista os princípios metafísicos que asseguram que o mundo teve a sua origem por criação e que isso não anula a possibilidade de que, a partir do criado, da potência da matéria primeira, fossem eduzidas novas formas substanciais originadas pela mescla das formas elementares que a informaram originariamente. Segundo o Aquinate o mundo, que é constituído de matéria, sua matéria foi criada por Deus e não pressupôs a matéria para criar o mundo, sendo Deus o único princípio de criação, criando duas coisas uma próxima dEle e outra próxima do nada Segundo TA, esta tese foi defendida por Santo Agostinho. O Aquinate não considera que a matéria foi criada absolutamente informe ainda que nada impeça de que se a conceba informe no instante da criação, mas informada no instante posterior, porque embora não tenha sido informada completa e imediatamente pelas formas específicas no mesmo instante de sua criação, foi, pelo menos, no instante seguido, pelas formas elementares, a partir das quais, por mescla, constituiriam a posterior informação específica da matéria, já no tempo sucessivo.




INFOGRAFO. DO SIMPLES AO COMPLEXO!


Se tudo o que existiu foi por causa de alguma forma, seria ilícito sustentar que Deus criou a matéria absolutamente informe, mesmo que a forma que Ele comunicou à matéria primeira, no
início, tenha sido alguma forma de natureza inferior, a saber, a forma de corporeidade. Metafisicamente falando, este seria o 'elemento irredutível' que comprovaria uma causalidade inteligente, já que o complexo irredutível de Behe os supõe. De qualquer modo, podemos admitir
uma informação simultânea no instante da criação e outra sucessiva depois deste instante, já no tempo, o que poderíamos denominar evolução, e nisso não haveria contradição em supor, desde que se admitissem ao menos alguma informação naquele instante da criação da matéria primeira. Pois bem, segundo a doutrina do Aquinate não há oposição entre criação e que a partir desta tenham sido gerados por transformações a partir de 'elementos irredutíveis' outras substâncias. Em nossos dias, tal mudança, transformação ou mutação, em macroorganismos, recebe o nome de, guardadas as proporções, evolução.


VOCÊ QUER SABER MAIS?


José Luís Soares, Dicionário etimológico e circunstanciado de Biologia. São Paulo: Editora Scipione, 2004.


Michael J. Behe, Caixa Preta de Darwin: o Desafio da Bioquímica à Teoria da Evolução. Editora Jorge Zahar, 1997.


John Polkinghorne, Cientista Lê a Bíblia. Editora Loyola, 1998.


Ernst Mayr, O que é a Evolução? Editora Rocco, 2009.


http://www.4shared.com/file/94044881/71d567fc/Resumo_-_Michael_Behe__A_caixa.html?s=1

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